Pesquisadores brasileiros reduzem espera por diagnóstico de coronavírus de 48 para 3 horas


Cientistas da Universidade Federal da Bahia utilizam o equipamento Real-Time, que custa R$ 150 mil e chegou ao país em dezembro

Por Fernanda Santana
Atualização:

SALVADOR – Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriram uma forma mais rápida de identificar a presença do coronavírus no corpo. As 48 horas de espera pelo diagnóstico foram reduzidas para 3, com o uso de um equipamento chamado Real-Time. “Estamos felizes com o resultado, torna tudo mais rápido”, comemorou o virologista Gúbio Soares, coordenador do grupo de pesquisa.

Coronavírus já superou SARS em número de infectados na China, que transformou-se em um dos principais elementos da economia global nos últimos anos Foto: Alex Plavevski/ EFE

O equipamento, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos em dezembro do ano passado para o Laboratório de Virologia da universidade, é capaz de verificar se o material genético (RNA) da secreção respiratória contém o gene do coronavírus. Como não houve nenhum caso de infecção no Brasil, Soares conta que substâncias formadas por nucleotídeos – material que compõe o código genético – foram preparadas para reconhecer regiões genéticas do vírus.

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Quando o resultado é positivo para coronavírus, é possível visualizar, pela tela do equipamento, uma aparência ondulada nas amostras. Os pesquisadores podem acompanhar todo o processo em tempo real. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros – apenas 15 por vez. A previsão é de que ele seja capaz de analisar, mensalmente, mais de 90 amostras. “Evitamos colocar muitos tubos porque é material biológico, para que as amostras não sejam contaminadas umas com as outras”, explicou.

Zika vírus

O grupo, formado também pelas pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, já havia sido pioneiro na descoberta do zika vírus, utilizando o mesmo equipamento. O primeiro diagnóstico comprovado no País foi divulgado pelo laboratório em 28 de abril de 2015 – até então, o Ministério da Saúde acreditava se tratar de infecção por parvovírus. 

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Desta vez, eles também utilizaram trabalhos científicos produzidos na própria China para orientar as análises. Para ganhar tempo no diagnóstico, o principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Os primeiros testes foram feitos na semana passada. “Nosso objetivo é processar diretamente coronavírus, com maior rapidez. Não vamos perder tempo com outros vírus”, indicou Soares.

Os pesquisadores de Salvador não chegaram a considerar, por exemplo, a possível interferência de outros vírus, como o HIV e o ebola. Nesta quinta-feira, 6, cientistas de Wuhan, na China, constataram que duas drogas usadas para combater os vírus também controlavam os efeitos do novo coronavírus. Mesmo dedicado à pesquisa deste, Gubio Soares pede que não haja alarde. “Acho importante que se diga que não é uma doença tão letal, nem tão grave. Não é para ficar aflito com carnaval, nem nada”, ressaltou. 

Entenda como é feito o diagnóstico de coronavírus pelo Real-Time:

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1) Secreções respiratórias são retiradas de um paciente suspeito e resfriadas a 4ºC. 2) Os pesquisadores extraem o material genético da secreção e adicionam, sobre ele, os nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. 2) Três horas depois, o teste fica pronto.

SALVADOR – Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriram uma forma mais rápida de identificar a presença do coronavírus no corpo. As 48 horas de espera pelo diagnóstico foram reduzidas para 3, com o uso de um equipamento chamado Real-Time. “Estamos felizes com o resultado, torna tudo mais rápido”, comemorou o virologista Gúbio Soares, coordenador do grupo de pesquisa.

Coronavírus já superou SARS em número de infectados na China, que transformou-se em um dos principais elementos da economia global nos últimos anos Foto: Alex Plavevski/ EFE

O equipamento, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos em dezembro do ano passado para o Laboratório de Virologia da universidade, é capaz de verificar se o material genético (RNA) da secreção respiratória contém o gene do coronavírus. Como não houve nenhum caso de infecção no Brasil, Soares conta que substâncias formadas por nucleotídeos – material que compõe o código genético – foram preparadas para reconhecer regiões genéticas do vírus.

Quando o resultado é positivo para coronavírus, é possível visualizar, pela tela do equipamento, uma aparência ondulada nas amostras. Os pesquisadores podem acompanhar todo o processo em tempo real. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros – apenas 15 por vez. A previsão é de que ele seja capaz de analisar, mensalmente, mais de 90 amostras. “Evitamos colocar muitos tubos porque é material biológico, para que as amostras não sejam contaminadas umas com as outras”, explicou.

Zika vírus

O grupo, formado também pelas pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, já havia sido pioneiro na descoberta do zika vírus, utilizando o mesmo equipamento. O primeiro diagnóstico comprovado no País foi divulgado pelo laboratório em 28 de abril de 2015 – até então, o Ministério da Saúde acreditava se tratar de infecção por parvovírus. 

Desta vez, eles também utilizaram trabalhos científicos produzidos na própria China para orientar as análises. Para ganhar tempo no diagnóstico, o principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Os primeiros testes foram feitos na semana passada. “Nosso objetivo é processar diretamente coronavírus, com maior rapidez. Não vamos perder tempo com outros vírus”, indicou Soares.

Os pesquisadores de Salvador não chegaram a considerar, por exemplo, a possível interferência de outros vírus, como o HIV e o ebola. Nesta quinta-feira, 6, cientistas de Wuhan, na China, constataram que duas drogas usadas para combater os vírus também controlavam os efeitos do novo coronavírus. Mesmo dedicado à pesquisa deste, Gubio Soares pede que não haja alarde. “Acho importante que se diga que não é uma doença tão letal, nem tão grave. Não é para ficar aflito com carnaval, nem nada”, ressaltou. 

Entenda como é feito o diagnóstico de coronavírus pelo Real-Time:

1) Secreções respiratórias são retiradas de um paciente suspeito e resfriadas a 4ºC. 2) Os pesquisadores extraem o material genético da secreção e adicionam, sobre ele, os nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. 2) Três horas depois, o teste fica pronto.

SALVADOR – Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriram uma forma mais rápida de identificar a presença do coronavírus no corpo. As 48 horas de espera pelo diagnóstico foram reduzidas para 3, com o uso de um equipamento chamado Real-Time. “Estamos felizes com o resultado, torna tudo mais rápido”, comemorou o virologista Gúbio Soares, coordenador do grupo de pesquisa.

Coronavírus já superou SARS em número de infectados na China, que transformou-se em um dos principais elementos da economia global nos últimos anos Foto: Alex Plavevski/ EFE

O equipamento, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos em dezembro do ano passado para o Laboratório de Virologia da universidade, é capaz de verificar se o material genético (RNA) da secreção respiratória contém o gene do coronavírus. Como não houve nenhum caso de infecção no Brasil, Soares conta que substâncias formadas por nucleotídeos – material que compõe o código genético – foram preparadas para reconhecer regiões genéticas do vírus.

Quando o resultado é positivo para coronavírus, é possível visualizar, pela tela do equipamento, uma aparência ondulada nas amostras. Os pesquisadores podem acompanhar todo o processo em tempo real. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros – apenas 15 por vez. A previsão é de que ele seja capaz de analisar, mensalmente, mais de 90 amostras. “Evitamos colocar muitos tubos porque é material biológico, para que as amostras não sejam contaminadas umas com as outras”, explicou.

Zika vírus

O grupo, formado também pelas pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, já havia sido pioneiro na descoberta do zika vírus, utilizando o mesmo equipamento. O primeiro diagnóstico comprovado no País foi divulgado pelo laboratório em 28 de abril de 2015 – até então, o Ministério da Saúde acreditava se tratar de infecção por parvovírus. 

Desta vez, eles também utilizaram trabalhos científicos produzidos na própria China para orientar as análises. Para ganhar tempo no diagnóstico, o principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Os primeiros testes foram feitos na semana passada. “Nosso objetivo é processar diretamente coronavírus, com maior rapidez. Não vamos perder tempo com outros vírus”, indicou Soares.

Os pesquisadores de Salvador não chegaram a considerar, por exemplo, a possível interferência de outros vírus, como o HIV e o ebola. Nesta quinta-feira, 6, cientistas de Wuhan, na China, constataram que duas drogas usadas para combater os vírus também controlavam os efeitos do novo coronavírus. Mesmo dedicado à pesquisa deste, Gubio Soares pede que não haja alarde. “Acho importante que se diga que não é uma doença tão letal, nem tão grave. Não é para ficar aflito com carnaval, nem nada”, ressaltou. 

Entenda como é feito o diagnóstico de coronavírus pelo Real-Time:

1) Secreções respiratórias são retiradas de um paciente suspeito e resfriadas a 4ºC. 2) Os pesquisadores extraem o material genético da secreção e adicionam, sobre ele, os nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. 2) Três horas depois, o teste fica pronto.

SALVADOR – Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) descobriram uma forma mais rápida de identificar a presença do coronavírus no corpo. As 48 horas de espera pelo diagnóstico foram reduzidas para 3, com o uso de um equipamento chamado Real-Time. “Estamos felizes com o resultado, torna tudo mais rápido”, comemorou o virologista Gúbio Soares, coordenador do grupo de pesquisa.

Coronavírus já superou SARS em número de infectados na China, que transformou-se em um dos principais elementos da economia global nos últimos anos Foto: Alex Plavevski/ EFE

O equipamento, que custa R$ 150 mil e foi importado dos Estados Unidos em dezembro do ano passado para o Laboratório de Virologia da universidade, é capaz de verificar se o material genético (RNA) da secreção respiratória contém o gene do coronavírus. Como não houve nenhum caso de infecção no Brasil, Soares conta que substâncias formadas por nucleotídeos – material que compõe o código genético – foram preparadas para reconhecer regiões genéticas do vírus.

Quando o resultado é positivo para coronavírus, é possível visualizar, pela tela do equipamento, uma aparência ondulada nas amostras. Os pesquisadores podem acompanhar todo o processo em tempo real. As amostras são colocadas dentro dos equipamentos em microtubos de 200 microlitros – apenas 15 por vez. A previsão é de que ele seja capaz de analisar, mensalmente, mais de 90 amostras. “Evitamos colocar muitos tubos porque é material biológico, para que as amostras não sejam contaminadas umas com as outras”, explicou.

Zika vírus

O grupo, formado também pelas pesquisadoras Silvia Sardi e Rejane Hughes, já havia sido pioneiro na descoberta do zika vírus, utilizando o mesmo equipamento. O primeiro diagnóstico comprovado no País foi divulgado pelo laboratório em 28 de abril de 2015 – até então, o Ministério da Saúde acreditava se tratar de infecção por parvovírus. 

Desta vez, eles também utilizaram trabalhos científicos produzidos na própria China para orientar as análises. Para ganhar tempo no diagnóstico, o principal diferencial dos pesquisadores foi decidir que o equipamento verificaria apenas o material genético do coronavírus. Os primeiros testes foram feitos na semana passada. “Nosso objetivo é processar diretamente coronavírus, com maior rapidez. Não vamos perder tempo com outros vírus”, indicou Soares.

Os pesquisadores de Salvador não chegaram a considerar, por exemplo, a possível interferência de outros vírus, como o HIV e o ebola. Nesta quinta-feira, 6, cientistas de Wuhan, na China, constataram que duas drogas usadas para combater os vírus também controlavam os efeitos do novo coronavírus. Mesmo dedicado à pesquisa deste, Gubio Soares pede que não haja alarde. “Acho importante que se diga que não é uma doença tão letal, nem tão grave. Não é para ficar aflito com carnaval, nem nada”, ressaltou. 

Entenda como é feito o diagnóstico de coronavírus pelo Real-Time:

1) Secreções respiratórias são retiradas de um paciente suspeito e resfriadas a 4ºC. 2) Os pesquisadores extraem o material genético da secreção e adicionam, sobre ele, os nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus. 2) Três horas depois, o teste fica pronto.

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