Polícia investiga rituais com veneno de sapo proibido de grupo xamânico em São Paulo


Substância psicodélica proibida no Brasil teria sido usada sem conhecimento dos usuários; instituto nega e admite ‘falha no acompanhamento dos processos’

Por Redação
Atualização:

Participantes do grupo xamânico Instituto Xamanismo Sete Raios, localizado em São Paulo, acionaram a Justiça acusando a instituição de utilizar, sem aviso, uma substância psicodélica proibida no Brasil, de acordo com o Fantástico. O inquérito está em andamento.

Pessoas que foram submetidas a sessões espirituais relatam a presença de efeitos colaterais como crises de pânico e de ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas. “Foi uma experiência horrível, de morte, de abismo”, disse a advogada Gabriele Silva ao programa. “Não tinha médico, psicólogo ou profissional de saúde”, completa.

Veneno coletado do sapo do deserto traz efeitos psicodélicos Foto: NYT / NYT
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Participantes de rituais dizem ainda que não foram avisados sobre a ilegalidade da substância e alegam ter piorado psicologicamente depois de consumir o veneno do sapo Bufo alvarius, fumado em rituais e cerimônias espirituais. Os participantes afirmam que não sabiam que o veneno do sapo seria usado nem que a substância era ilegal no Brasil. Além disso, alegam piora do estado mental e psicológico após o uso da substância. A comissária de bordo Franciele Roggia afirma que ficou com pavor de andar de avião depois de tomar a substância.

Por ter efeitos alucinógenos, a substância não pode ser utilizada no País nem em cerimônias religiosas. O veneno do sapo é considerado uma droga ilegal por conter o psicotrópico 5-MeO-DMT, ou 5-Metoxi-N,N-Dimetiltriptamina, que faz parte da lista F2 de substâncias sujeitas ao controle especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É a mesma lista em que se enquadram outras drogas, como o LSD, o MDMA (ecstasy) e a psilocibina.

O consumo vem aumentando. Em abril, a Polícia Civil de Goiás apreendeu aproximadamente 12 gramas do veneno, que seria utilizado por um líder religioso em rituais no estado do Centro-Oeste.

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O grupo Xamanismo Sete Raios é alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo, que apura possível crime de tráfico de drogas. Segundo a polícia, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos segue realizando diligências para o esclarecimento dos fatos.

Considerado um dos mais potentes alucinógenos do mundo, a substância é obtida por meio do animal encontrado principalmente no deserto de Sonora, que abrange partes do sudoeste dos Estados Unidos e noroeste do México. As autoridades do Novo México o listam como espécie ameaçada, citando a coleta excessiva entre os fatores de risco. O sapo do deserto de Sonora ainda pode ser encontrado em regiões do Arizona e Sonora, no noroeste do México.

O veneno, conhecido popularmente como “bufo”, seca quando extraído e, depois, é fumado em rituais e cerimônias ditas religiosas e espirituais. Ele deve ser inalado em pequenas quantidades - os efeitos são poderosas alucinações que duram cerca de 20 minutos.

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O que diz o Instituto

Em contato com o programa da Rede Globo, os defensores do Instituto Xamanismo Sete Raios admitem uma “falha no acompanhamento dos processos”, mas afirmam que as pessoas que procuraram o instituto sabiam no que estavam se envolvendo e conheciam a dinâmica do grupo com o uso do veneno do sapo que veio do México. Ainda segundo os defensores, os rituais não são mais realizados.

Participantes do grupo xamânico Instituto Xamanismo Sete Raios, localizado em São Paulo, acionaram a Justiça acusando a instituição de utilizar, sem aviso, uma substância psicodélica proibida no Brasil, de acordo com o Fantástico. O inquérito está em andamento.

Pessoas que foram submetidas a sessões espirituais relatam a presença de efeitos colaterais como crises de pânico e de ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas. “Foi uma experiência horrível, de morte, de abismo”, disse a advogada Gabriele Silva ao programa. “Não tinha médico, psicólogo ou profissional de saúde”, completa.

Veneno coletado do sapo do deserto traz efeitos psicodélicos Foto: NYT / NYT

Participantes de rituais dizem ainda que não foram avisados sobre a ilegalidade da substância e alegam ter piorado psicologicamente depois de consumir o veneno do sapo Bufo alvarius, fumado em rituais e cerimônias espirituais. Os participantes afirmam que não sabiam que o veneno do sapo seria usado nem que a substância era ilegal no Brasil. Além disso, alegam piora do estado mental e psicológico após o uso da substância. A comissária de bordo Franciele Roggia afirma que ficou com pavor de andar de avião depois de tomar a substância.

Por ter efeitos alucinógenos, a substância não pode ser utilizada no País nem em cerimônias religiosas. O veneno do sapo é considerado uma droga ilegal por conter o psicotrópico 5-MeO-DMT, ou 5-Metoxi-N,N-Dimetiltriptamina, que faz parte da lista F2 de substâncias sujeitas ao controle especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É a mesma lista em que se enquadram outras drogas, como o LSD, o MDMA (ecstasy) e a psilocibina.

O consumo vem aumentando. Em abril, a Polícia Civil de Goiás apreendeu aproximadamente 12 gramas do veneno, que seria utilizado por um líder religioso em rituais no estado do Centro-Oeste.

O grupo Xamanismo Sete Raios é alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo, que apura possível crime de tráfico de drogas. Segundo a polícia, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos segue realizando diligências para o esclarecimento dos fatos.

Considerado um dos mais potentes alucinógenos do mundo, a substância é obtida por meio do animal encontrado principalmente no deserto de Sonora, que abrange partes do sudoeste dos Estados Unidos e noroeste do México. As autoridades do Novo México o listam como espécie ameaçada, citando a coleta excessiva entre os fatores de risco. O sapo do deserto de Sonora ainda pode ser encontrado em regiões do Arizona e Sonora, no noroeste do México.

O veneno, conhecido popularmente como “bufo”, seca quando extraído e, depois, é fumado em rituais e cerimônias ditas religiosas e espirituais. Ele deve ser inalado em pequenas quantidades - os efeitos são poderosas alucinações que duram cerca de 20 minutos.

O que diz o Instituto

Em contato com o programa da Rede Globo, os defensores do Instituto Xamanismo Sete Raios admitem uma “falha no acompanhamento dos processos”, mas afirmam que as pessoas que procuraram o instituto sabiam no que estavam se envolvendo e conheciam a dinâmica do grupo com o uso do veneno do sapo que veio do México. Ainda segundo os defensores, os rituais não são mais realizados.

Participantes do grupo xamânico Instituto Xamanismo Sete Raios, localizado em São Paulo, acionaram a Justiça acusando a instituição de utilizar, sem aviso, uma substância psicodélica proibida no Brasil, de acordo com o Fantástico. O inquérito está em andamento.

Pessoas que foram submetidas a sessões espirituais relatam a presença de efeitos colaterais como crises de pânico e de ansiedade, surtos psicóticos, problemas respiratórios e pensamentos suicidas. “Foi uma experiência horrível, de morte, de abismo”, disse a advogada Gabriele Silva ao programa. “Não tinha médico, psicólogo ou profissional de saúde”, completa.

Veneno coletado do sapo do deserto traz efeitos psicodélicos Foto: NYT / NYT

Participantes de rituais dizem ainda que não foram avisados sobre a ilegalidade da substância e alegam ter piorado psicologicamente depois de consumir o veneno do sapo Bufo alvarius, fumado em rituais e cerimônias espirituais. Os participantes afirmam que não sabiam que o veneno do sapo seria usado nem que a substância era ilegal no Brasil. Além disso, alegam piora do estado mental e psicológico após o uso da substância. A comissária de bordo Franciele Roggia afirma que ficou com pavor de andar de avião depois de tomar a substância.

Por ter efeitos alucinógenos, a substância não pode ser utilizada no País nem em cerimônias religiosas. O veneno do sapo é considerado uma droga ilegal por conter o psicotrópico 5-MeO-DMT, ou 5-Metoxi-N,N-Dimetiltriptamina, que faz parte da lista F2 de substâncias sujeitas ao controle especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É a mesma lista em que se enquadram outras drogas, como o LSD, o MDMA (ecstasy) e a psilocibina.

O consumo vem aumentando. Em abril, a Polícia Civil de Goiás apreendeu aproximadamente 12 gramas do veneno, que seria utilizado por um líder religioso em rituais no estado do Centro-Oeste.

O grupo Xamanismo Sete Raios é alvo de inquérito da Polícia Civil de São Paulo, que apura possível crime de tráfico de drogas. Segundo a polícia, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos segue realizando diligências para o esclarecimento dos fatos.

Considerado um dos mais potentes alucinógenos do mundo, a substância é obtida por meio do animal encontrado principalmente no deserto de Sonora, que abrange partes do sudoeste dos Estados Unidos e noroeste do México. As autoridades do Novo México o listam como espécie ameaçada, citando a coleta excessiva entre os fatores de risco. O sapo do deserto de Sonora ainda pode ser encontrado em regiões do Arizona e Sonora, no noroeste do México.

O veneno, conhecido popularmente como “bufo”, seca quando extraído e, depois, é fumado em rituais e cerimônias ditas religiosas e espirituais. Ele deve ser inalado em pequenas quantidades - os efeitos são poderosas alucinações que duram cerca de 20 minutos.

O que diz o Instituto

Em contato com o programa da Rede Globo, os defensores do Instituto Xamanismo Sete Raios admitem uma “falha no acompanhamento dos processos”, mas afirmam que as pessoas que procuraram o instituto sabiam no que estavam se envolvendo e conheciam a dinâmica do grupo com o uso do veneno do sapo que veio do México. Ainda segundo os defensores, os rituais não são mais realizados.

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