Um dos cartões-postais de São Paulo, a Ponte Estaiada, na zona sul paulistana, foi iluminada de roxo na sexta-feira, 30. A ação é uma alusão ao Setembro Roxo, campanha criada para conscientizar as pessoas sobre a fibrose cística.
A iniciativa é promovida pelo Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, em parceria com voluntários e associações no Brasil. O Mês Nacional de Conscientização sobre a Fibrose Cística, neste ano, teve como tema “Respira fundo, pela frente tem muito mundo”.
Ocorreram ações em diversas plataformas e pontos da cidade, como uma exposição na Estação Higienópolis do Metrô. Além disso, o prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, recebeu uma projeção mapeada. Outra ação ocorreu por meio de podcasts e programas no YouTube. A campanha contou com entrevistas com profissionais de saúde e com pessoas diagnosticadas com a doença.
A fibrose cística é uma doença genética e não contagiosa. Tem manifestações clínicas que resultam da disfunção de uma proteína, denominada condutor transmembranar de fibrose cística (CFTR). A estimativa é de que, no Brasil, 1 a cada 10 mil nascidos vivos tenha fibrose cística, mas somente cerca de 6 mil pessoas estão diagnosticadas e em tratamento.
Os sintomas mais comuns da fibrose cística são pneumonia de repetição, tosse crônica, dificuldade para ganhar peso e estatura, diarreia, suor mais salgado do que o normal, pólipos nasais e baqueteamento digital. O diagnóstico começa pelo teste do pezinho, que deve ser realizado entre o 3.º e 7.º dia de vida. A confirmação do resultado também é feita com o teste do suor, que pode ser feito em qualquer fase da vida, em crianças, adolescentes, jovens e adultos que apresentem sintomas.
O diagnóstico ainda pode ser confirmado por meio de exames genéticos. Já o tratamento requer sessões diárias de fisioterapia respiratória, atividades físicas – e também pode ser realizado por meio de medicamentos como enzimas pancreáticas, entre outras ações.