População desconhece fatores de risco para problemas cardíacos; veja os principais


Pesquisa mostra que condições como hipertensão e diabetes não são lembradas pelas pessoas como fatores de risco para eventos cardiovasculares; médicos alertam que esse tipo de conhecimento é o primeiro passo para a prevenção

Por Layla Shasta
Atualização:

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 1 mil pessoas morrem todos os dias devido a esse grupo de problemas – o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Apesar disso, um estudo recente, feito com 2.764 pessoas na capital paulista e em cidades do interior do Estado, mostrou que a maioria dos respondentes não conhece quais são os principais fatores de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados são da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Pesquisa traz cenário preocupante sobre o conhecimento das pessoas a respeito de fatores que contribuem para problemas cardíacos. Foto: dragonstock/Adobe Stock
continua após a publicidade

Existem muitos fatores de risco para doenças cardíacas. Entre eles, os oito principais são: diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão, sedentarismo, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.

Os pesquisadores da Socesp foram às ruas com a intenção de medir o conhecimento das pessoas sobre esse cenário e entender seus hábitos. O que o estudo identificou foi um preocupante abismo entre o entendimento dos voluntários e o real perigo desses hábitos e condições. Veja:

  • Diabetes: Apenas 8% dos entrevistados mencionaram a doença como fator de risco. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, pessoas com diabetes têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto;
  • Tabagismo: Enquanto somente 10% destacaram o tabaco como possível causador de problemas cardiovasculares, o uso da substância está associado a 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor);
  • Colesterol alto: Só 11% apontaram o colesterol elevado como fator de risco. Acontece que os altos níveis de colesterol “ruim” aumentam o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral;
  • Obesidade: Também 11% reconheceram a obesidade como fator de risco. Entretanto, segundo informa o HCor, a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento;
  • Hipertensão: 11% lembram dessa condição. Enquanto isso, no Brasil, 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão, segundo o Ministério da Saúde. Ela é é uma das principais causas de AVC, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca;
  • Sedentarismo: Apenas 12% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. Segundo a SBC, o sedentarismo favorece o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, da glicose e de lipídeos no sangue. Essa combinação eleva a probabilidade de eventos cardiovasculares.
  • Alimentação desequilibrada: 13% reconheceram a alimentação não saudável como um risco. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada também serve como pano de fundo para problemas que ameaçam o coração, como obesidade, diabetes, elevação de colesterol e hipertensão arterial.
  • Distúrbios do sono: Somente 0,6% dos participantes citaram o sono como um aspecto importante da saúde do coração. Um estudo publicado pela revista Clinical Cardiology, em 2023, sugere que pessoas com insônia são mais 1,69 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco do que pessoas que não enfrentam problemas para dormir.
continua após a publicidade

De acordo com o cardiologista Andrei Sposito, diretor da Socesp, é importante que as pessoas tomem conhecimento de que esses fatores podem estar relacionados a um maior risco de morte precoce e, assim, busquem o atendimento adequado. “Se essas questões estiverem bem controladas e ajustadas, a gente já teria um impacto muito grande no risco de as pessoas apresentarem uma doença cardiovascular”.

Segundo o cardiologista Miguel Antônio Moretti, diretor científico da entidade, um fato em especial chama a atenção sobre a pesquisa: embora as condições em si sejam conhecidas, muitas vezes não são consideradas como decisivas para a ocorrência de doenças cardiovasculares. “50% dos entrevistados conheciam os sintomas do diabetes, mas menos de 11% identificaram a doença como um fator de risco para doença cardiovascular”, exemplifica.

continua após a publicidade

Para o médico, várias questões podem explicar essa desconexão, como a falta de diálogos profundos durante as consultas médicas. Ainda de acordo com ele, é essencial que o tratamento de uma condição como o diabetes tenha como foco a prevenção de doenças cardíacas, e que isso fique muito claro para o paciente.

Os caminhos para a prevenção

continua após a publicidade

Para Sposito, o primeiro passo para evitar problemas cardíacos é promover o acesso à informação. Afinal, tendo o conhecimento sobre o papel desses fatores de risco na saúde do coração, a pessoa pode buscar ajuda médica para controlá-los.

Moretti acrescenta que a melhor forma de se proteger contra doenças cardiovasculares é investir em um estilo de vida saudável, baseado na prática regular de exercícios físicos e também na manutenção de uma alimentação equilibrada. Nesse sentido, a principal dica é dar preferência a verduras, frutas e legumes, além de reduzir o consumo de alimentos cheios de açúcar, gordura e sal.

A pesquisa completa será apresentada pela primeira vez no Congresso da Socesp, que acontece no final deste mês.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 1 mil pessoas morrem todos os dias devido a esse grupo de problemas – o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Apesar disso, um estudo recente, feito com 2.764 pessoas na capital paulista e em cidades do interior do Estado, mostrou que a maioria dos respondentes não conhece quais são os principais fatores de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados são da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Pesquisa traz cenário preocupante sobre o conhecimento das pessoas a respeito de fatores que contribuem para problemas cardíacos. Foto: dragonstock/Adobe Stock

Existem muitos fatores de risco para doenças cardíacas. Entre eles, os oito principais são: diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão, sedentarismo, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.

Os pesquisadores da Socesp foram às ruas com a intenção de medir o conhecimento das pessoas sobre esse cenário e entender seus hábitos. O que o estudo identificou foi um preocupante abismo entre o entendimento dos voluntários e o real perigo desses hábitos e condições. Veja:

  • Diabetes: Apenas 8% dos entrevistados mencionaram a doença como fator de risco. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, pessoas com diabetes têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto;
  • Tabagismo: Enquanto somente 10% destacaram o tabaco como possível causador de problemas cardiovasculares, o uso da substância está associado a 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor);
  • Colesterol alto: Só 11% apontaram o colesterol elevado como fator de risco. Acontece que os altos níveis de colesterol “ruim” aumentam o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral;
  • Obesidade: Também 11% reconheceram a obesidade como fator de risco. Entretanto, segundo informa o HCor, a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento;
  • Hipertensão: 11% lembram dessa condição. Enquanto isso, no Brasil, 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão, segundo o Ministério da Saúde. Ela é é uma das principais causas de AVC, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca;
  • Sedentarismo: Apenas 12% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. Segundo a SBC, o sedentarismo favorece o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, da glicose e de lipídeos no sangue. Essa combinação eleva a probabilidade de eventos cardiovasculares.
  • Alimentação desequilibrada: 13% reconheceram a alimentação não saudável como um risco. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada também serve como pano de fundo para problemas que ameaçam o coração, como obesidade, diabetes, elevação de colesterol e hipertensão arterial.
  • Distúrbios do sono: Somente 0,6% dos participantes citaram o sono como um aspecto importante da saúde do coração. Um estudo publicado pela revista Clinical Cardiology, em 2023, sugere que pessoas com insônia são mais 1,69 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco do que pessoas que não enfrentam problemas para dormir.

De acordo com o cardiologista Andrei Sposito, diretor da Socesp, é importante que as pessoas tomem conhecimento de que esses fatores podem estar relacionados a um maior risco de morte precoce e, assim, busquem o atendimento adequado. “Se essas questões estiverem bem controladas e ajustadas, a gente já teria um impacto muito grande no risco de as pessoas apresentarem uma doença cardiovascular”.

Segundo o cardiologista Miguel Antônio Moretti, diretor científico da entidade, um fato em especial chama a atenção sobre a pesquisa: embora as condições em si sejam conhecidas, muitas vezes não são consideradas como decisivas para a ocorrência de doenças cardiovasculares. “50% dos entrevistados conheciam os sintomas do diabetes, mas menos de 11% identificaram a doença como um fator de risco para doença cardiovascular”, exemplifica.

Para o médico, várias questões podem explicar essa desconexão, como a falta de diálogos profundos durante as consultas médicas. Ainda de acordo com ele, é essencial que o tratamento de uma condição como o diabetes tenha como foco a prevenção de doenças cardíacas, e que isso fique muito claro para o paciente.

Os caminhos para a prevenção

Para Sposito, o primeiro passo para evitar problemas cardíacos é promover o acesso à informação. Afinal, tendo o conhecimento sobre o papel desses fatores de risco na saúde do coração, a pessoa pode buscar ajuda médica para controlá-los.

Moretti acrescenta que a melhor forma de se proteger contra doenças cardiovasculares é investir em um estilo de vida saudável, baseado na prática regular de exercícios físicos e também na manutenção de uma alimentação equilibrada. Nesse sentido, a principal dica é dar preferência a verduras, frutas e legumes, além de reduzir o consumo de alimentos cheios de açúcar, gordura e sal.

A pesquisa completa será apresentada pela primeira vez no Congresso da Socesp, que acontece no final deste mês.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 1 mil pessoas morrem todos os dias devido a esse grupo de problemas – o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Apesar disso, um estudo recente, feito com 2.764 pessoas na capital paulista e em cidades do interior do Estado, mostrou que a maioria dos respondentes não conhece quais são os principais fatores de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados são da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Pesquisa traz cenário preocupante sobre o conhecimento das pessoas a respeito de fatores que contribuem para problemas cardíacos. Foto: dragonstock/Adobe Stock

Existem muitos fatores de risco para doenças cardíacas. Entre eles, os oito principais são: diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão, sedentarismo, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.

Os pesquisadores da Socesp foram às ruas com a intenção de medir o conhecimento das pessoas sobre esse cenário e entender seus hábitos. O que o estudo identificou foi um preocupante abismo entre o entendimento dos voluntários e o real perigo desses hábitos e condições. Veja:

  • Diabetes: Apenas 8% dos entrevistados mencionaram a doença como fator de risco. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, pessoas com diabetes têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto;
  • Tabagismo: Enquanto somente 10% destacaram o tabaco como possível causador de problemas cardiovasculares, o uso da substância está associado a 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor);
  • Colesterol alto: Só 11% apontaram o colesterol elevado como fator de risco. Acontece que os altos níveis de colesterol “ruim” aumentam o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral;
  • Obesidade: Também 11% reconheceram a obesidade como fator de risco. Entretanto, segundo informa o HCor, a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento;
  • Hipertensão: 11% lembram dessa condição. Enquanto isso, no Brasil, 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão, segundo o Ministério da Saúde. Ela é é uma das principais causas de AVC, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca;
  • Sedentarismo: Apenas 12% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. Segundo a SBC, o sedentarismo favorece o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, da glicose e de lipídeos no sangue. Essa combinação eleva a probabilidade de eventos cardiovasculares.
  • Alimentação desequilibrada: 13% reconheceram a alimentação não saudável como um risco. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada também serve como pano de fundo para problemas que ameaçam o coração, como obesidade, diabetes, elevação de colesterol e hipertensão arterial.
  • Distúrbios do sono: Somente 0,6% dos participantes citaram o sono como um aspecto importante da saúde do coração. Um estudo publicado pela revista Clinical Cardiology, em 2023, sugere que pessoas com insônia são mais 1,69 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco do que pessoas que não enfrentam problemas para dormir.

De acordo com o cardiologista Andrei Sposito, diretor da Socesp, é importante que as pessoas tomem conhecimento de que esses fatores podem estar relacionados a um maior risco de morte precoce e, assim, busquem o atendimento adequado. “Se essas questões estiverem bem controladas e ajustadas, a gente já teria um impacto muito grande no risco de as pessoas apresentarem uma doença cardiovascular”.

Segundo o cardiologista Miguel Antônio Moretti, diretor científico da entidade, um fato em especial chama a atenção sobre a pesquisa: embora as condições em si sejam conhecidas, muitas vezes não são consideradas como decisivas para a ocorrência de doenças cardiovasculares. “50% dos entrevistados conheciam os sintomas do diabetes, mas menos de 11% identificaram a doença como um fator de risco para doença cardiovascular”, exemplifica.

Para o médico, várias questões podem explicar essa desconexão, como a falta de diálogos profundos durante as consultas médicas. Ainda de acordo com ele, é essencial que o tratamento de uma condição como o diabetes tenha como foco a prevenção de doenças cardíacas, e que isso fique muito claro para o paciente.

Os caminhos para a prevenção

Para Sposito, o primeiro passo para evitar problemas cardíacos é promover o acesso à informação. Afinal, tendo o conhecimento sobre o papel desses fatores de risco na saúde do coração, a pessoa pode buscar ajuda médica para controlá-los.

Moretti acrescenta que a melhor forma de se proteger contra doenças cardiovasculares é investir em um estilo de vida saudável, baseado na prática regular de exercícios físicos e também na manutenção de uma alimentação equilibrada. Nesse sentido, a principal dica é dar preferência a verduras, frutas e legumes, além de reduzir o consumo de alimentos cheios de açúcar, gordura e sal.

A pesquisa completa será apresentada pela primeira vez no Congresso da Socesp, que acontece no final deste mês.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 1 mil pessoas morrem todos os dias devido a esse grupo de problemas – o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Apesar disso, um estudo recente, feito com 2.764 pessoas na capital paulista e em cidades do interior do Estado, mostrou que a maioria dos respondentes não conhece quais são os principais fatores de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados são da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Pesquisa traz cenário preocupante sobre o conhecimento das pessoas a respeito de fatores que contribuem para problemas cardíacos. Foto: dragonstock/Adobe Stock

Existem muitos fatores de risco para doenças cardíacas. Entre eles, os oito principais são: diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão, sedentarismo, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.

Os pesquisadores da Socesp foram às ruas com a intenção de medir o conhecimento das pessoas sobre esse cenário e entender seus hábitos. O que o estudo identificou foi um preocupante abismo entre o entendimento dos voluntários e o real perigo desses hábitos e condições. Veja:

  • Diabetes: Apenas 8% dos entrevistados mencionaram a doença como fator de risco. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, pessoas com diabetes têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto;
  • Tabagismo: Enquanto somente 10% destacaram o tabaco como possível causador de problemas cardiovasculares, o uso da substância está associado a 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor);
  • Colesterol alto: Só 11% apontaram o colesterol elevado como fator de risco. Acontece que os altos níveis de colesterol “ruim” aumentam o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral;
  • Obesidade: Também 11% reconheceram a obesidade como fator de risco. Entretanto, segundo informa o HCor, a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento;
  • Hipertensão: 11% lembram dessa condição. Enquanto isso, no Brasil, 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão, segundo o Ministério da Saúde. Ela é é uma das principais causas de AVC, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca;
  • Sedentarismo: Apenas 12% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. Segundo a SBC, o sedentarismo favorece o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, da glicose e de lipídeos no sangue. Essa combinação eleva a probabilidade de eventos cardiovasculares.
  • Alimentação desequilibrada: 13% reconheceram a alimentação não saudável como um risco. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada também serve como pano de fundo para problemas que ameaçam o coração, como obesidade, diabetes, elevação de colesterol e hipertensão arterial.
  • Distúrbios do sono: Somente 0,6% dos participantes citaram o sono como um aspecto importante da saúde do coração. Um estudo publicado pela revista Clinical Cardiology, em 2023, sugere que pessoas com insônia são mais 1,69 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco do que pessoas que não enfrentam problemas para dormir.

De acordo com o cardiologista Andrei Sposito, diretor da Socesp, é importante que as pessoas tomem conhecimento de que esses fatores podem estar relacionados a um maior risco de morte precoce e, assim, busquem o atendimento adequado. “Se essas questões estiverem bem controladas e ajustadas, a gente já teria um impacto muito grande no risco de as pessoas apresentarem uma doença cardiovascular”.

Segundo o cardiologista Miguel Antônio Moretti, diretor científico da entidade, um fato em especial chama a atenção sobre a pesquisa: embora as condições em si sejam conhecidas, muitas vezes não são consideradas como decisivas para a ocorrência de doenças cardiovasculares. “50% dos entrevistados conheciam os sintomas do diabetes, mas menos de 11% identificaram a doença como um fator de risco para doença cardiovascular”, exemplifica.

Para o médico, várias questões podem explicar essa desconexão, como a falta de diálogos profundos durante as consultas médicas. Ainda de acordo com ele, é essencial que o tratamento de uma condição como o diabetes tenha como foco a prevenção de doenças cardíacas, e que isso fique muito claro para o paciente.

Os caminhos para a prevenção

Para Sposito, o primeiro passo para evitar problemas cardíacos é promover o acesso à informação. Afinal, tendo o conhecimento sobre o papel desses fatores de risco na saúde do coração, a pessoa pode buscar ajuda médica para controlá-los.

Moretti acrescenta que a melhor forma de se proteger contra doenças cardiovasculares é investir em um estilo de vida saudável, baseado na prática regular de exercícios físicos e também na manutenção de uma alimentação equilibrada. Nesse sentido, a principal dica é dar preferência a verduras, frutas e legumes, além de reduzir o consumo de alimentos cheios de açúcar, gordura e sal.

A pesquisa completa será apresentada pela primeira vez no Congresso da Socesp, que acontece no final deste mês.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 1 mil pessoas morrem todos os dias devido a esse grupo de problemas – o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Apesar disso, um estudo recente, feito com 2.764 pessoas na capital paulista e em cidades do interior do Estado, mostrou que a maioria dos respondentes não conhece quais são os principais fatores de risco por trás de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. Os dados são da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

Pesquisa traz cenário preocupante sobre o conhecimento das pessoas a respeito de fatores que contribuem para problemas cardíacos. Foto: dragonstock/Adobe Stock

Existem muitos fatores de risco para doenças cardíacas. Entre eles, os oito principais são: diabetes, colesterol alto, obesidade, hipertensão, sedentarismo, má alimentação, tabagismo e distúrbios do sono.

Os pesquisadores da Socesp foram às ruas com a intenção de medir o conhecimento das pessoas sobre esse cenário e entender seus hábitos. O que o estudo identificou foi um preocupante abismo entre o entendimento dos voluntários e o real perigo desses hábitos e condições. Veja:

  • Diabetes: Apenas 8% dos entrevistados mencionaram a doença como fator de risco. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, pessoas com diabetes têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto;
  • Tabagismo: Enquanto somente 10% destacaram o tabaco como possível causador de problemas cardiovasculares, o uso da substância está associado a 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames, de acordo com dados do Hospital do Coração (HCor);
  • Colesterol alto: Só 11% apontaram o colesterol elevado como fator de risco. Acontece que os altos níveis de colesterol “ruim” aumentam o risco de obstrução das artérias e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral;
  • Obesidade: Também 11% reconheceram a obesidade como fator de risco. Entretanto, segundo informa o HCor, a obesidade e o excesso de peso causam mudanças importantes na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer seu funcionamento;
  • Hipertensão: 11% lembram dessa condição. Enquanto isso, no Brasil, 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão, segundo o Ministério da Saúde. Ela é é uma das principais causas de AVC, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca;
  • Sedentarismo: Apenas 12% associaram a falta de atividade física às doenças cardíacas. Segundo a SBC, o sedentarismo favorece o ganho de peso e o aumento da pressão arterial, da glicose e de lipídeos no sangue. Essa combinação eleva a probabilidade de eventos cardiovasculares.
  • Alimentação desequilibrada: 13% reconheceram a alimentação não saudável como um risco. Assim como o sedentarismo, uma dieta inadequada também serve como pano de fundo para problemas que ameaçam o coração, como obesidade, diabetes, elevação de colesterol e hipertensão arterial.
  • Distúrbios do sono: Somente 0,6% dos participantes citaram o sono como um aspecto importante da saúde do coração. Um estudo publicado pela revista Clinical Cardiology, em 2023, sugere que pessoas com insônia são mais 1,69 vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco do que pessoas que não enfrentam problemas para dormir.

De acordo com o cardiologista Andrei Sposito, diretor da Socesp, é importante que as pessoas tomem conhecimento de que esses fatores podem estar relacionados a um maior risco de morte precoce e, assim, busquem o atendimento adequado. “Se essas questões estiverem bem controladas e ajustadas, a gente já teria um impacto muito grande no risco de as pessoas apresentarem uma doença cardiovascular”.

Segundo o cardiologista Miguel Antônio Moretti, diretor científico da entidade, um fato em especial chama a atenção sobre a pesquisa: embora as condições em si sejam conhecidas, muitas vezes não são consideradas como decisivas para a ocorrência de doenças cardiovasculares. “50% dos entrevistados conheciam os sintomas do diabetes, mas menos de 11% identificaram a doença como um fator de risco para doença cardiovascular”, exemplifica.

Para o médico, várias questões podem explicar essa desconexão, como a falta de diálogos profundos durante as consultas médicas. Ainda de acordo com ele, é essencial que o tratamento de uma condição como o diabetes tenha como foco a prevenção de doenças cardíacas, e que isso fique muito claro para o paciente.

Os caminhos para a prevenção

Para Sposito, o primeiro passo para evitar problemas cardíacos é promover o acesso à informação. Afinal, tendo o conhecimento sobre o papel desses fatores de risco na saúde do coração, a pessoa pode buscar ajuda médica para controlá-los.

Moretti acrescenta que a melhor forma de se proteger contra doenças cardiovasculares é investir em um estilo de vida saudável, baseado na prática regular de exercícios físicos e também na manutenção de uma alimentação equilibrada. Nesse sentido, a principal dica é dar preferência a verduras, frutas e legumes, além de reduzir o consumo de alimentos cheios de açúcar, gordura e sal.

A pesquisa completa será apresentada pela primeira vez no Congresso da Socesp, que acontece no final deste mês.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.