Posso praticar esportes ou ir à praia com lente de contato? Tire dúvidas sobre o uso do acessório


Campanha Setembro Safira destaca a importância do cuidado com a saúde ocular

Por Beatriz Bulhões

Setembro é mês de campanhas de conscientização sobre diferentes questões de saúde. Entre elas está o Setembro Safira, sobre o uso correto das lentes de contato, de forma a prevenir possíveis complicações e até mesmo a perda da visão.

Um dos primeiros pontos a considerar antes de tentar usar lentes de contato, adianta Juliana Almodin, diretora da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), é que nem todo mundo que utiliza óculos terá essa indicação.

O acessório não é recomendado, por exemplo, a pessoas que têm olhos secos (pouca lubrificação), pterígio (aumento da pele no canto interno do olho) e simbléfaro (condição médica relacionada à superfície da conjuntiva).

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Além disso, lentes compradas em farmácias, mesmo que com o mesmo grau habitual, podem não ser ideais. Por isso, o conselho é procurar um profissional adequado antes de substituir os óculos.

Mercado oferece diferentes tipos de lente de contato Foto: Kitreel/Adobe Stock

Como escolher a lente de contato?

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“Na ótica, é como comprar uma roupa em tamanho único. Veste bem muita gente, mas nunca igual uma roupa que tem diversos tamanhos específicos para cada formato de corpo”, compara a médica. No consultório, o oftalmologista irá experimentar os diferentes formatos e decidir, junto ao paciente, qual a melhor opção em termos de visão e conforto.

Além disso, existem as lentes gelatinosas, que podem ser usadas por um mês, e as diárias, mais finas, que devem ser usadas por até 24 horas . Segundo a médica, a mesma analogia do vestuário serve para diferenciar os dois tipos: “ao usar a mesma roupa todo dia, mesmo que lavando corretamente a cada uso, no fim do mês, o tecido não vai estar o mesmo e tende a incomodar um pouco, mas nada grave.”

Cuidados

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Respeitar a data de validade é muito importante: usar as lentes por um período maior do que o indicado pelo fabricante pode gerar infecções graves e até mesmo cegueira. Mesmo que você adquira o modelo mensal e use apenas duas vezes por mês, isso não significa que ele poderá ser utilizado por 15 meses, adverte a médica.

A oftalmologista Cláudia Del Claro, uma das especialistas envolvidas na campanha Setembro Safira, enfatiza também a higienização correta das lentes mensais. “O descuido pode levar a infecções capazes de ocasionar consequências devastadoras aos olhos, como a limitação da visão por conta das cicatrizes causadas pelas feridas. Se extensas, elas ainda podem levar ao transplante de córnea ou até mesmo à perda do globo ocular”, alerta.

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Prática de esportes

Durante os Jogos Olímpicos de Paris, a ginasta Rebeca Andrade chamou a atenção ao pedir seus óculos para acompanhar os resultados das disputas. Apesar das manobras e do pó de magnésio usado para se fixar nos aparelhos, a medalhista poderia ter usado lente de contato, segundo as especialistas. “Em teoria, ela pode usar lentes de contato, mas certamente (o não uso) foi uma decisão tomada em conjunto com um profissional”, afirma Cláudia. O mesmo vale para outros esportes, como corrida, vôlei e ciclismo.

A orientação em relação à prática de atividade física é optar por lentes diárias, já que possíveis sujeiras, como areia ou mesmo suor, podem danificar a lente e impedir que ela seja usada pelo restante do mês.

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E nada de colocar imediatamente a lente de volta caso ela caia durante o esporte, como fez o judoca William Lima. “Idealmente, a lente deveria ter sido descartada ou, no mínimo, higienizada com solução multiuso antes de ser recolocada. As mãos também deveriam ser lavadas para fazer a substituição”, diz Cláudia.

Já quem pratica natação não deve usar lentes de contato. “Na piscina, elas podem adquirir um microrganismo, a Acanthamoeba, que pode ocasionar uma infecção gravíssima nos olhos, causando cegueira”, acrescenta Juliana.

Rebeca Andrade optou por não usar lentes de contato durante as provas das Olimpíadas de Paris Foto: Foto: Alexandre Loureiro/COB.
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Praia

Na praia, o risco da areia é o mesmo, então permanece a indicação de lentes de uso descartável. Além disso, a representante da SBO é taxativa: “água e lentes de contato jamais”.

A médica sugere óculos de sol com lentes específicas para cada grau. Assim, além de melhorar a visão, o acessório forma uma barreira que dificulta a chegada da areia no rosto e ainda protege dos raios solares.

Na hora de nadar, a dica é usar óculos de natação fabricados com grau.

Posso dormir de lente?

A regra geral é não. A lente diminui a oxigenação da córnea, o que pode causar sérios riscos, incluindo cegueira, explicam as médicas. Mas há exceções. “Se estamos falando de um cochilo de 30 ou 40 minutos, não é um problema grave. Agora, dormir de verdade, por horas, não é indicado”, ensina Juliana.

Posso usar lente em um olho só?

Poder, pode. Porém, caso você necessite de grau nos dois olhos, a visualização pode ser prejudicada. Por outro lado, se uma lente for para astigmatismo e outra para miopia, por exemplo, não há problema nenhum — desde que elas tenham sido receitadas assim pelo médico.

Ida ao consultório

Mesmo que você já saiba usar a lente e higienizá-la corretamente, a visita ao oftalmologista é fundamental. Na consulta, o especialista poderá verificar se houve mudança no grau e identificar sinais de problemas. “O importante é realizar consultas oftalmológicas anuais para monitorar a saúde ocular e garantir a melhor correção visual possível”, orienta Cláudia.

Setembro é mês de campanhas de conscientização sobre diferentes questões de saúde. Entre elas está o Setembro Safira, sobre o uso correto das lentes de contato, de forma a prevenir possíveis complicações e até mesmo a perda da visão.

Um dos primeiros pontos a considerar antes de tentar usar lentes de contato, adianta Juliana Almodin, diretora da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), é que nem todo mundo que utiliza óculos terá essa indicação.

O acessório não é recomendado, por exemplo, a pessoas que têm olhos secos (pouca lubrificação), pterígio (aumento da pele no canto interno do olho) e simbléfaro (condição médica relacionada à superfície da conjuntiva).

Além disso, lentes compradas em farmácias, mesmo que com o mesmo grau habitual, podem não ser ideais. Por isso, o conselho é procurar um profissional adequado antes de substituir os óculos.

Mercado oferece diferentes tipos de lente de contato Foto: Kitreel/Adobe Stock

Como escolher a lente de contato?

“Na ótica, é como comprar uma roupa em tamanho único. Veste bem muita gente, mas nunca igual uma roupa que tem diversos tamanhos específicos para cada formato de corpo”, compara a médica. No consultório, o oftalmologista irá experimentar os diferentes formatos e decidir, junto ao paciente, qual a melhor opção em termos de visão e conforto.

Além disso, existem as lentes gelatinosas, que podem ser usadas por um mês, e as diárias, mais finas, que devem ser usadas por até 24 horas . Segundo a médica, a mesma analogia do vestuário serve para diferenciar os dois tipos: “ao usar a mesma roupa todo dia, mesmo que lavando corretamente a cada uso, no fim do mês, o tecido não vai estar o mesmo e tende a incomodar um pouco, mas nada grave.”

Cuidados

Respeitar a data de validade é muito importante: usar as lentes por um período maior do que o indicado pelo fabricante pode gerar infecções graves e até mesmo cegueira. Mesmo que você adquira o modelo mensal e use apenas duas vezes por mês, isso não significa que ele poderá ser utilizado por 15 meses, adverte a médica.

A oftalmologista Cláudia Del Claro, uma das especialistas envolvidas na campanha Setembro Safira, enfatiza também a higienização correta das lentes mensais. “O descuido pode levar a infecções capazes de ocasionar consequências devastadoras aos olhos, como a limitação da visão por conta das cicatrizes causadas pelas feridas. Se extensas, elas ainda podem levar ao transplante de córnea ou até mesmo à perda do globo ocular”, alerta.

Prática de esportes

Durante os Jogos Olímpicos de Paris, a ginasta Rebeca Andrade chamou a atenção ao pedir seus óculos para acompanhar os resultados das disputas. Apesar das manobras e do pó de magnésio usado para se fixar nos aparelhos, a medalhista poderia ter usado lente de contato, segundo as especialistas. “Em teoria, ela pode usar lentes de contato, mas certamente (o não uso) foi uma decisão tomada em conjunto com um profissional”, afirma Cláudia. O mesmo vale para outros esportes, como corrida, vôlei e ciclismo.

A orientação em relação à prática de atividade física é optar por lentes diárias, já que possíveis sujeiras, como areia ou mesmo suor, podem danificar a lente e impedir que ela seja usada pelo restante do mês.

E nada de colocar imediatamente a lente de volta caso ela caia durante o esporte, como fez o judoca William Lima. “Idealmente, a lente deveria ter sido descartada ou, no mínimo, higienizada com solução multiuso antes de ser recolocada. As mãos também deveriam ser lavadas para fazer a substituição”, diz Cláudia.

Já quem pratica natação não deve usar lentes de contato. “Na piscina, elas podem adquirir um microrganismo, a Acanthamoeba, que pode ocasionar uma infecção gravíssima nos olhos, causando cegueira”, acrescenta Juliana.

Rebeca Andrade optou por não usar lentes de contato durante as provas das Olimpíadas de Paris Foto: Foto: Alexandre Loureiro/COB.

Praia

Na praia, o risco da areia é o mesmo, então permanece a indicação de lentes de uso descartável. Além disso, a representante da SBO é taxativa: “água e lentes de contato jamais”.

A médica sugere óculos de sol com lentes específicas para cada grau. Assim, além de melhorar a visão, o acessório forma uma barreira que dificulta a chegada da areia no rosto e ainda protege dos raios solares.

Na hora de nadar, a dica é usar óculos de natação fabricados com grau.

Posso dormir de lente?

A regra geral é não. A lente diminui a oxigenação da córnea, o que pode causar sérios riscos, incluindo cegueira, explicam as médicas. Mas há exceções. “Se estamos falando de um cochilo de 30 ou 40 minutos, não é um problema grave. Agora, dormir de verdade, por horas, não é indicado”, ensina Juliana.

Posso usar lente em um olho só?

Poder, pode. Porém, caso você necessite de grau nos dois olhos, a visualização pode ser prejudicada. Por outro lado, se uma lente for para astigmatismo e outra para miopia, por exemplo, não há problema nenhum — desde que elas tenham sido receitadas assim pelo médico.

Ida ao consultório

Mesmo que você já saiba usar a lente e higienizá-la corretamente, a visita ao oftalmologista é fundamental. Na consulta, o especialista poderá verificar se houve mudança no grau e identificar sinais de problemas. “O importante é realizar consultas oftalmológicas anuais para monitorar a saúde ocular e garantir a melhor correção visual possível”, orienta Cláudia.

Setembro é mês de campanhas de conscientização sobre diferentes questões de saúde. Entre elas está o Setembro Safira, sobre o uso correto das lentes de contato, de forma a prevenir possíveis complicações e até mesmo a perda da visão.

Um dos primeiros pontos a considerar antes de tentar usar lentes de contato, adianta Juliana Almodin, diretora da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), é que nem todo mundo que utiliza óculos terá essa indicação.

O acessório não é recomendado, por exemplo, a pessoas que têm olhos secos (pouca lubrificação), pterígio (aumento da pele no canto interno do olho) e simbléfaro (condição médica relacionada à superfície da conjuntiva).

Além disso, lentes compradas em farmácias, mesmo que com o mesmo grau habitual, podem não ser ideais. Por isso, o conselho é procurar um profissional adequado antes de substituir os óculos.

Mercado oferece diferentes tipos de lente de contato Foto: Kitreel/Adobe Stock

Como escolher a lente de contato?

“Na ótica, é como comprar uma roupa em tamanho único. Veste bem muita gente, mas nunca igual uma roupa que tem diversos tamanhos específicos para cada formato de corpo”, compara a médica. No consultório, o oftalmologista irá experimentar os diferentes formatos e decidir, junto ao paciente, qual a melhor opção em termos de visão e conforto.

Além disso, existem as lentes gelatinosas, que podem ser usadas por um mês, e as diárias, mais finas, que devem ser usadas por até 24 horas . Segundo a médica, a mesma analogia do vestuário serve para diferenciar os dois tipos: “ao usar a mesma roupa todo dia, mesmo que lavando corretamente a cada uso, no fim do mês, o tecido não vai estar o mesmo e tende a incomodar um pouco, mas nada grave.”

Cuidados

Respeitar a data de validade é muito importante: usar as lentes por um período maior do que o indicado pelo fabricante pode gerar infecções graves e até mesmo cegueira. Mesmo que você adquira o modelo mensal e use apenas duas vezes por mês, isso não significa que ele poderá ser utilizado por 15 meses, adverte a médica.

A oftalmologista Cláudia Del Claro, uma das especialistas envolvidas na campanha Setembro Safira, enfatiza também a higienização correta das lentes mensais. “O descuido pode levar a infecções capazes de ocasionar consequências devastadoras aos olhos, como a limitação da visão por conta das cicatrizes causadas pelas feridas. Se extensas, elas ainda podem levar ao transplante de córnea ou até mesmo à perda do globo ocular”, alerta.

Prática de esportes

Durante os Jogos Olímpicos de Paris, a ginasta Rebeca Andrade chamou a atenção ao pedir seus óculos para acompanhar os resultados das disputas. Apesar das manobras e do pó de magnésio usado para se fixar nos aparelhos, a medalhista poderia ter usado lente de contato, segundo as especialistas. “Em teoria, ela pode usar lentes de contato, mas certamente (o não uso) foi uma decisão tomada em conjunto com um profissional”, afirma Cláudia. O mesmo vale para outros esportes, como corrida, vôlei e ciclismo.

A orientação em relação à prática de atividade física é optar por lentes diárias, já que possíveis sujeiras, como areia ou mesmo suor, podem danificar a lente e impedir que ela seja usada pelo restante do mês.

E nada de colocar imediatamente a lente de volta caso ela caia durante o esporte, como fez o judoca William Lima. “Idealmente, a lente deveria ter sido descartada ou, no mínimo, higienizada com solução multiuso antes de ser recolocada. As mãos também deveriam ser lavadas para fazer a substituição”, diz Cláudia.

Já quem pratica natação não deve usar lentes de contato. “Na piscina, elas podem adquirir um microrganismo, a Acanthamoeba, que pode ocasionar uma infecção gravíssima nos olhos, causando cegueira”, acrescenta Juliana.

Rebeca Andrade optou por não usar lentes de contato durante as provas das Olimpíadas de Paris Foto: Foto: Alexandre Loureiro/COB.

Praia

Na praia, o risco da areia é o mesmo, então permanece a indicação de lentes de uso descartável. Além disso, a representante da SBO é taxativa: “água e lentes de contato jamais”.

A médica sugere óculos de sol com lentes específicas para cada grau. Assim, além de melhorar a visão, o acessório forma uma barreira que dificulta a chegada da areia no rosto e ainda protege dos raios solares.

Na hora de nadar, a dica é usar óculos de natação fabricados com grau.

Posso dormir de lente?

A regra geral é não. A lente diminui a oxigenação da córnea, o que pode causar sérios riscos, incluindo cegueira, explicam as médicas. Mas há exceções. “Se estamos falando de um cochilo de 30 ou 40 minutos, não é um problema grave. Agora, dormir de verdade, por horas, não é indicado”, ensina Juliana.

Posso usar lente em um olho só?

Poder, pode. Porém, caso você necessite de grau nos dois olhos, a visualização pode ser prejudicada. Por outro lado, se uma lente for para astigmatismo e outra para miopia, por exemplo, não há problema nenhum — desde que elas tenham sido receitadas assim pelo médico.

Ida ao consultório

Mesmo que você já saiba usar a lente e higienizá-la corretamente, a visita ao oftalmologista é fundamental. Na consulta, o especialista poderá verificar se houve mudança no grau e identificar sinais de problemas. “O importante é realizar consultas oftalmológicas anuais para monitorar a saúde ocular e garantir a melhor correção visual possível”, orienta Cláudia.

Setembro é mês de campanhas de conscientização sobre diferentes questões de saúde. Entre elas está o Setembro Safira, sobre o uso correto das lentes de contato, de forma a prevenir possíveis complicações e até mesmo a perda da visão.

Um dos primeiros pontos a considerar antes de tentar usar lentes de contato, adianta Juliana Almodin, diretora da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), é que nem todo mundo que utiliza óculos terá essa indicação.

O acessório não é recomendado, por exemplo, a pessoas que têm olhos secos (pouca lubrificação), pterígio (aumento da pele no canto interno do olho) e simbléfaro (condição médica relacionada à superfície da conjuntiva).

Além disso, lentes compradas em farmácias, mesmo que com o mesmo grau habitual, podem não ser ideais. Por isso, o conselho é procurar um profissional adequado antes de substituir os óculos.

Mercado oferece diferentes tipos de lente de contato Foto: Kitreel/Adobe Stock

Como escolher a lente de contato?

“Na ótica, é como comprar uma roupa em tamanho único. Veste bem muita gente, mas nunca igual uma roupa que tem diversos tamanhos específicos para cada formato de corpo”, compara a médica. No consultório, o oftalmologista irá experimentar os diferentes formatos e decidir, junto ao paciente, qual a melhor opção em termos de visão e conforto.

Além disso, existem as lentes gelatinosas, que podem ser usadas por um mês, e as diárias, mais finas, que devem ser usadas por até 24 horas . Segundo a médica, a mesma analogia do vestuário serve para diferenciar os dois tipos: “ao usar a mesma roupa todo dia, mesmo que lavando corretamente a cada uso, no fim do mês, o tecido não vai estar o mesmo e tende a incomodar um pouco, mas nada grave.”

Cuidados

Respeitar a data de validade é muito importante: usar as lentes por um período maior do que o indicado pelo fabricante pode gerar infecções graves e até mesmo cegueira. Mesmo que você adquira o modelo mensal e use apenas duas vezes por mês, isso não significa que ele poderá ser utilizado por 15 meses, adverte a médica.

A oftalmologista Cláudia Del Claro, uma das especialistas envolvidas na campanha Setembro Safira, enfatiza também a higienização correta das lentes mensais. “O descuido pode levar a infecções capazes de ocasionar consequências devastadoras aos olhos, como a limitação da visão por conta das cicatrizes causadas pelas feridas. Se extensas, elas ainda podem levar ao transplante de córnea ou até mesmo à perda do globo ocular”, alerta.

Prática de esportes

Durante os Jogos Olímpicos de Paris, a ginasta Rebeca Andrade chamou a atenção ao pedir seus óculos para acompanhar os resultados das disputas. Apesar das manobras e do pó de magnésio usado para se fixar nos aparelhos, a medalhista poderia ter usado lente de contato, segundo as especialistas. “Em teoria, ela pode usar lentes de contato, mas certamente (o não uso) foi uma decisão tomada em conjunto com um profissional”, afirma Cláudia. O mesmo vale para outros esportes, como corrida, vôlei e ciclismo.

A orientação em relação à prática de atividade física é optar por lentes diárias, já que possíveis sujeiras, como areia ou mesmo suor, podem danificar a lente e impedir que ela seja usada pelo restante do mês.

E nada de colocar imediatamente a lente de volta caso ela caia durante o esporte, como fez o judoca William Lima. “Idealmente, a lente deveria ter sido descartada ou, no mínimo, higienizada com solução multiuso antes de ser recolocada. As mãos também deveriam ser lavadas para fazer a substituição”, diz Cláudia.

Já quem pratica natação não deve usar lentes de contato. “Na piscina, elas podem adquirir um microrganismo, a Acanthamoeba, que pode ocasionar uma infecção gravíssima nos olhos, causando cegueira”, acrescenta Juliana.

Rebeca Andrade optou por não usar lentes de contato durante as provas das Olimpíadas de Paris Foto: Foto: Alexandre Loureiro/COB.

Praia

Na praia, o risco da areia é o mesmo, então permanece a indicação de lentes de uso descartável. Além disso, a representante da SBO é taxativa: “água e lentes de contato jamais”.

A médica sugere óculos de sol com lentes específicas para cada grau. Assim, além de melhorar a visão, o acessório forma uma barreira que dificulta a chegada da areia no rosto e ainda protege dos raios solares.

Na hora de nadar, a dica é usar óculos de natação fabricados com grau.

Posso dormir de lente?

A regra geral é não. A lente diminui a oxigenação da córnea, o que pode causar sérios riscos, incluindo cegueira, explicam as médicas. Mas há exceções. “Se estamos falando de um cochilo de 30 ou 40 minutos, não é um problema grave. Agora, dormir de verdade, por horas, não é indicado”, ensina Juliana.

Posso usar lente em um olho só?

Poder, pode. Porém, caso você necessite de grau nos dois olhos, a visualização pode ser prejudicada. Por outro lado, se uma lente for para astigmatismo e outra para miopia, por exemplo, não há problema nenhum — desde que elas tenham sido receitadas assim pelo médico.

Ida ao consultório

Mesmo que você já saiba usar a lente e higienizá-la corretamente, a visita ao oftalmologista é fundamental. Na consulta, o especialista poderá verificar se houve mudança no grau e identificar sinais de problemas. “O importante é realizar consultas oftalmológicas anuais para monitorar a saúde ocular e garantir a melhor correção visual possível”, orienta Cláudia.

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