Prevenir caso de dengue é difícil, mas morte pode ser evitada, diz secretária do Ministério da Saúde


Segundo Ethel Maciel, medidas de controle clássicas contra o mosquito, como uso de inseticida e eliminação de focos, não têm sido suficientes para conter o mosquito vetor da doença

Por Leon Ferrari
Atualização:

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, disse que tem sido difícil controlar a população de mosquitos Aedes Aegypti, vetores da dengue, com medidas clássicas, como uso de inseticidas (fumacê) e eliminação de criadouros. Como consequência, as infecções seguem em disparada. No entanto, ela destacou que as mortes pela doença são “evitáveis” e frisou que trabalhar nisso é a “grande missão” da pasta.

“Desde o ano passado, já tínhamos uma previsão do que podia acontecer em 2024, nos preparamos para isso. A grande missão agora é evitar a morte. Porque, muitas vezes, não conseguimos evitar a infecção. Estamos há seculos lutando contra o mosquito, contra o vetor, e já sabemos que esse não é um bom (tipo de) controle. Usamos os inseticidas e dependemos de todo mundo para fazer essa diminuição de focos, mas o controle do vetor é sempre difícil. Estamos tendo dificuldade com a utilização principalmente dos inseticidas que estão disponíveis, já temos vários estudos dizendo que eles não funcionam bem”, afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN.

Conforme mostrou o Estadão em novembro passado, a dengue tem avançado a passos largos não só no Brasil, como no mundo todo. Para ter ideia, o número de casos anuais da doença aumentou 10 vezes na região das Américas em duas décadas. Especialistas explicam que não há apenas um motivo que explique isso, no entanto, apontam que as mudanças climáticas e a baixa eficácia medidas de controle tradicionais – embora importantes em um cenário em que novas tecnologias são testadas e apresentadas aos poucos no mercado –, tem um papel significativo.

continua após a publicidade

Uma mudança nessa trajetória nada otimista reside em três pilares. O primeiro é a uma vacina eficaz amplamente distribuída para a população. Por aqui, a vacinação com a Qdenga, do laboratório Takeda, inserida no Sistema Único da Saúde (SUS), começou na sexta-feira, 9. No entanto, a capacidade produtiva da empresa japonesa é pequena – o Ministério comprou 90% da produção deste ano. Com isso, apenas as crianças de 10 a 14 anos de 521 municípios vão receber o imunizante em 2024.

Posto de atendimento a casos de dengue em posto militar em Brasília, no DF Foto: Luis Nova/AP

O segundo pilar são metodologias inovadoras de controle do vetor. Uma das técnicas promissoras já aplicada em um número restrito de cidades brasileiras é o método Wolbachia. Nele, mosquitos ou ovos são alterados em laboratório para carregar a bactéria Wolbachia, que bloqueia a transmissão de arboviroroses. Os insetos são liberados no ambiente para competir com os selvagens, substituindo-os. A técnica tem colhido resultados surpreendentes pelo mundo, com reduções de até 90% da incidência da dengue em algumas localidades. Mas a baixa capacidade de produção de mosquitos é um desafio a ser superado para que a estratégia possa chegar a mais lugares.

continua após a publicidade

Falta também um tratamento específico para a dengue. Atualmente, a doença é tratada com alguns medicamentos para alívio dos sintomas – a automedicação é perigosa e pode agravar o caso – e com um protocolo adequado de hidratação, que salva vidas. “O que a gente precisa fazer na dengue é manter essa pessoa hidratada”, resumiu Ethel.

Essa hidratação consiste em beber água e também sais de hidratação oral. Em casos mais graves, ela é feita de forma endovenosa (na veia). É por isso que o paciente com confirmação ou suspeita precisa estar atento ao aparecimento dos sinais de alarme da doença e buscar uma unidade de saúde assim que apresentá-los.

continua após a publicidade

No ano passado, 1.094 óbitos por dengue foram registrados no Brasil, de acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, o recorde desde 2000. Em número de casos, o ano passado ficou marcado como o segundo pior da história do País, com 1,63 milhão de infecções prováveis. Segundo Ethel, desde o final do ano passado a pasta tem atuado para evitar que óbitos pela doença ocorram – já são 75 até o momento.

No ano passado, a secretária explicou que a doença causou uma grande pressão em Estados que há anos não viam uma escalada da dengue, como por exemplo os da região Sul. “Tivemos que fazer treinamentos mais intensivos, porque os profissionais de saúde há muito tempo não conviviam com essa doença, não faziam diagnóstico, não acompanhavam casos.”

continua após a publicidade

Conforme mostrou o Estadão, já em novembro a pasta enviou uma nota técnica falando sobre a escalada incomum da doença no final daquele ano. O Ministério pediu, então, o reforço antecipado de medidas de controle do vetor e também a intensificação da preparação dos profissionais de saúde. Semanas depois, anunciou um aporte de 256 milhões aos municípios e Estados para o combate da doença.

Na entrevista, Ethel informou que, na semana passada, a pasta fez reuniões com hospitais de rede privada para compartilhar conhecimentos sobre o manejo desses pacientes. “Diferente da covid, que era um vírus novo, (com o qual) não sabíamos como lidar, convivemos com a dengue há muito tempo, mais de 40 anos. Sabemos o que fazer e como funciona o tratamento. Estamos disseminando o protocolo de como cuidar dessa pessoa.”

continua após a publicidade

Cenário

O pano de fundo das falas da secretária é um Brasil que vive um surto da dengue, com um número de casos bastante acima da linha endêmica para esta época do ano. O País já ultrapassou meio milhão de infecções prováveis.

O Ministério não foi pego de surpresa, reforçou Ethel. De fato, já no final do ano passado a pasta anunciava que o País poderia enfrentar o pior ano da história em número de casos da doença. “Seria mais do que o dobro do ano passado, que já foi um ano muito difícil.” A previsão menos otimista estima 4,2 milhões de casos.

continua após a publicidade

A secretária atribui isso a dois fatores principais: o primeiro são as mudanças climáticas, com temperaturas extremas e pluviosidade anormal, que ajudam o mosquito a se reproduzir e transmitir mais; e o segundo ponto tem a ver com a circulação dos quatro tipos do vírus ao mesmo tempo, alguns deles retornando após 15 anos – e, portanto, encontrando uma população imunologicamente desprotegida.

“A pessoa pode ter dengue quatro vezes. Ela não tem dengue pelo mesmo sorotipo, mas tem por outro sorotipo”, destaca. “Temos principalmente nossas crianças e adolescentes de até 15 anos que não entraram em contato com esse soritpo. Então, tem muitas pessoas que podem adoecer, e a gente precisa estar atento aos sinais e sintomas para que possamos diagnosticar rápido e dar o cuidado adequado.”

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, disse que tem sido difícil controlar a população de mosquitos Aedes Aegypti, vetores da dengue, com medidas clássicas, como uso de inseticidas (fumacê) e eliminação de criadouros. Como consequência, as infecções seguem em disparada. No entanto, ela destacou que as mortes pela doença são “evitáveis” e frisou que trabalhar nisso é a “grande missão” da pasta.

“Desde o ano passado, já tínhamos uma previsão do que podia acontecer em 2024, nos preparamos para isso. A grande missão agora é evitar a morte. Porque, muitas vezes, não conseguimos evitar a infecção. Estamos há seculos lutando contra o mosquito, contra o vetor, e já sabemos que esse não é um bom (tipo de) controle. Usamos os inseticidas e dependemos de todo mundo para fazer essa diminuição de focos, mas o controle do vetor é sempre difícil. Estamos tendo dificuldade com a utilização principalmente dos inseticidas que estão disponíveis, já temos vários estudos dizendo que eles não funcionam bem”, afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN.

Conforme mostrou o Estadão em novembro passado, a dengue tem avançado a passos largos não só no Brasil, como no mundo todo. Para ter ideia, o número de casos anuais da doença aumentou 10 vezes na região das Américas em duas décadas. Especialistas explicam que não há apenas um motivo que explique isso, no entanto, apontam que as mudanças climáticas e a baixa eficácia medidas de controle tradicionais – embora importantes em um cenário em que novas tecnologias são testadas e apresentadas aos poucos no mercado –, tem um papel significativo.

Uma mudança nessa trajetória nada otimista reside em três pilares. O primeiro é a uma vacina eficaz amplamente distribuída para a população. Por aqui, a vacinação com a Qdenga, do laboratório Takeda, inserida no Sistema Único da Saúde (SUS), começou na sexta-feira, 9. No entanto, a capacidade produtiva da empresa japonesa é pequena – o Ministério comprou 90% da produção deste ano. Com isso, apenas as crianças de 10 a 14 anos de 521 municípios vão receber o imunizante em 2024.

Posto de atendimento a casos de dengue em posto militar em Brasília, no DF Foto: Luis Nova/AP

O segundo pilar são metodologias inovadoras de controle do vetor. Uma das técnicas promissoras já aplicada em um número restrito de cidades brasileiras é o método Wolbachia. Nele, mosquitos ou ovos são alterados em laboratório para carregar a bactéria Wolbachia, que bloqueia a transmissão de arboviroroses. Os insetos são liberados no ambiente para competir com os selvagens, substituindo-os. A técnica tem colhido resultados surpreendentes pelo mundo, com reduções de até 90% da incidência da dengue em algumas localidades. Mas a baixa capacidade de produção de mosquitos é um desafio a ser superado para que a estratégia possa chegar a mais lugares.

Falta também um tratamento específico para a dengue. Atualmente, a doença é tratada com alguns medicamentos para alívio dos sintomas – a automedicação é perigosa e pode agravar o caso – e com um protocolo adequado de hidratação, que salva vidas. “O que a gente precisa fazer na dengue é manter essa pessoa hidratada”, resumiu Ethel.

Essa hidratação consiste em beber água e também sais de hidratação oral. Em casos mais graves, ela é feita de forma endovenosa (na veia). É por isso que o paciente com confirmação ou suspeita precisa estar atento ao aparecimento dos sinais de alarme da doença e buscar uma unidade de saúde assim que apresentá-los.

No ano passado, 1.094 óbitos por dengue foram registrados no Brasil, de acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, o recorde desde 2000. Em número de casos, o ano passado ficou marcado como o segundo pior da história do País, com 1,63 milhão de infecções prováveis. Segundo Ethel, desde o final do ano passado a pasta tem atuado para evitar que óbitos pela doença ocorram – já são 75 até o momento.

No ano passado, a secretária explicou que a doença causou uma grande pressão em Estados que há anos não viam uma escalada da dengue, como por exemplo os da região Sul. “Tivemos que fazer treinamentos mais intensivos, porque os profissionais de saúde há muito tempo não conviviam com essa doença, não faziam diagnóstico, não acompanhavam casos.”

Conforme mostrou o Estadão, já em novembro a pasta enviou uma nota técnica falando sobre a escalada incomum da doença no final daquele ano. O Ministério pediu, então, o reforço antecipado de medidas de controle do vetor e também a intensificação da preparação dos profissionais de saúde. Semanas depois, anunciou um aporte de 256 milhões aos municípios e Estados para o combate da doença.

Na entrevista, Ethel informou que, na semana passada, a pasta fez reuniões com hospitais de rede privada para compartilhar conhecimentos sobre o manejo desses pacientes. “Diferente da covid, que era um vírus novo, (com o qual) não sabíamos como lidar, convivemos com a dengue há muito tempo, mais de 40 anos. Sabemos o que fazer e como funciona o tratamento. Estamos disseminando o protocolo de como cuidar dessa pessoa.”

Cenário

O pano de fundo das falas da secretária é um Brasil que vive um surto da dengue, com um número de casos bastante acima da linha endêmica para esta época do ano. O País já ultrapassou meio milhão de infecções prováveis.

O Ministério não foi pego de surpresa, reforçou Ethel. De fato, já no final do ano passado a pasta anunciava que o País poderia enfrentar o pior ano da história em número de casos da doença. “Seria mais do que o dobro do ano passado, que já foi um ano muito difícil.” A previsão menos otimista estima 4,2 milhões de casos.

A secretária atribui isso a dois fatores principais: o primeiro são as mudanças climáticas, com temperaturas extremas e pluviosidade anormal, que ajudam o mosquito a se reproduzir e transmitir mais; e o segundo ponto tem a ver com a circulação dos quatro tipos do vírus ao mesmo tempo, alguns deles retornando após 15 anos – e, portanto, encontrando uma população imunologicamente desprotegida.

“A pessoa pode ter dengue quatro vezes. Ela não tem dengue pelo mesmo sorotipo, mas tem por outro sorotipo”, destaca. “Temos principalmente nossas crianças e adolescentes de até 15 anos que não entraram em contato com esse soritpo. Então, tem muitas pessoas que podem adoecer, e a gente precisa estar atento aos sinais e sintomas para que possamos diagnosticar rápido e dar o cuidado adequado.”

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, disse que tem sido difícil controlar a população de mosquitos Aedes Aegypti, vetores da dengue, com medidas clássicas, como uso de inseticidas (fumacê) e eliminação de criadouros. Como consequência, as infecções seguem em disparada. No entanto, ela destacou que as mortes pela doença são “evitáveis” e frisou que trabalhar nisso é a “grande missão” da pasta.

“Desde o ano passado, já tínhamos uma previsão do que podia acontecer em 2024, nos preparamos para isso. A grande missão agora é evitar a morte. Porque, muitas vezes, não conseguimos evitar a infecção. Estamos há seculos lutando contra o mosquito, contra o vetor, e já sabemos que esse não é um bom (tipo de) controle. Usamos os inseticidas e dependemos de todo mundo para fazer essa diminuição de focos, mas o controle do vetor é sempre difícil. Estamos tendo dificuldade com a utilização principalmente dos inseticidas que estão disponíveis, já temos vários estudos dizendo que eles não funcionam bem”, afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN.

Conforme mostrou o Estadão em novembro passado, a dengue tem avançado a passos largos não só no Brasil, como no mundo todo. Para ter ideia, o número de casos anuais da doença aumentou 10 vezes na região das Américas em duas décadas. Especialistas explicam que não há apenas um motivo que explique isso, no entanto, apontam que as mudanças climáticas e a baixa eficácia medidas de controle tradicionais – embora importantes em um cenário em que novas tecnologias são testadas e apresentadas aos poucos no mercado –, tem um papel significativo.

Uma mudança nessa trajetória nada otimista reside em três pilares. O primeiro é a uma vacina eficaz amplamente distribuída para a população. Por aqui, a vacinação com a Qdenga, do laboratório Takeda, inserida no Sistema Único da Saúde (SUS), começou na sexta-feira, 9. No entanto, a capacidade produtiva da empresa japonesa é pequena – o Ministério comprou 90% da produção deste ano. Com isso, apenas as crianças de 10 a 14 anos de 521 municípios vão receber o imunizante em 2024.

Posto de atendimento a casos de dengue em posto militar em Brasília, no DF Foto: Luis Nova/AP

O segundo pilar são metodologias inovadoras de controle do vetor. Uma das técnicas promissoras já aplicada em um número restrito de cidades brasileiras é o método Wolbachia. Nele, mosquitos ou ovos são alterados em laboratório para carregar a bactéria Wolbachia, que bloqueia a transmissão de arboviroroses. Os insetos são liberados no ambiente para competir com os selvagens, substituindo-os. A técnica tem colhido resultados surpreendentes pelo mundo, com reduções de até 90% da incidência da dengue em algumas localidades. Mas a baixa capacidade de produção de mosquitos é um desafio a ser superado para que a estratégia possa chegar a mais lugares.

Falta também um tratamento específico para a dengue. Atualmente, a doença é tratada com alguns medicamentos para alívio dos sintomas – a automedicação é perigosa e pode agravar o caso – e com um protocolo adequado de hidratação, que salva vidas. “O que a gente precisa fazer na dengue é manter essa pessoa hidratada”, resumiu Ethel.

Essa hidratação consiste em beber água e também sais de hidratação oral. Em casos mais graves, ela é feita de forma endovenosa (na veia). É por isso que o paciente com confirmação ou suspeita precisa estar atento ao aparecimento dos sinais de alarme da doença e buscar uma unidade de saúde assim que apresentá-los.

No ano passado, 1.094 óbitos por dengue foram registrados no Brasil, de acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, o recorde desde 2000. Em número de casos, o ano passado ficou marcado como o segundo pior da história do País, com 1,63 milhão de infecções prováveis. Segundo Ethel, desde o final do ano passado a pasta tem atuado para evitar que óbitos pela doença ocorram – já são 75 até o momento.

No ano passado, a secretária explicou que a doença causou uma grande pressão em Estados que há anos não viam uma escalada da dengue, como por exemplo os da região Sul. “Tivemos que fazer treinamentos mais intensivos, porque os profissionais de saúde há muito tempo não conviviam com essa doença, não faziam diagnóstico, não acompanhavam casos.”

Conforme mostrou o Estadão, já em novembro a pasta enviou uma nota técnica falando sobre a escalada incomum da doença no final daquele ano. O Ministério pediu, então, o reforço antecipado de medidas de controle do vetor e também a intensificação da preparação dos profissionais de saúde. Semanas depois, anunciou um aporte de 256 milhões aos municípios e Estados para o combate da doença.

Na entrevista, Ethel informou que, na semana passada, a pasta fez reuniões com hospitais de rede privada para compartilhar conhecimentos sobre o manejo desses pacientes. “Diferente da covid, que era um vírus novo, (com o qual) não sabíamos como lidar, convivemos com a dengue há muito tempo, mais de 40 anos. Sabemos o que fazer e como funciona o tratamento. Estamos disseminando o protocolo de como cuidar dessa pessoa.”

Cenário

O pano de fundo das falas da secretária é um Brasil que vive um surto da dengue, com um número de casos bastante acima da linha endêmica para esta época do ano. O País já ultrapassou meio milhão de infecções prováveis.

O Ministério não foi pego de surpresa, reforçou Ethel. De fato, já no final do ano passado a pasta anunciava que o País poderia enfrentar o pior ano da história em número de casos da doença. “Seria mais do que o dobro do ano passado, que já foi um ano muito difícil.” A previsão menos otimista estima 4,2 milhões de casos.

A secretária atribui isso a dois fatores principais: o primeiro são as mudanças climáticas, com temperaturas extremas e pluviosidade anormal, que ajudam o mosquito a se reproduzir e transmitir mais; e o segundo ponto tem a ver com a circulação dos quatro tipos do vírus ao mesmo tempo, alguns deles retornando após 15 anos – e, portanto, encontrando uma população imunologicamente desprotegida.

“A pessoa pode ter dengue quatro vezes. Ela não tem dengue pelo mesmo sorotipo, mas tem por outro sorotipo”, destaca. “Temos principalmente nossas crianças e adolescentes de até 15 anos que não entraram em contato com esse soritpo. Então, tem muitas pessoas que podem adoecer, e a gente precisa estar atento aos sinais e sintomas para que possamos diagnosticar rápido e dar o cuidado adequado.”

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.