Primeira imagem da Ômicron confirma que cepa tem mais mutações do que a Delta; veja


Característica não significa, contudo, que variante descoberta na África do Sul seja mais perigosa, segundo pesquisadores

Por Redação
Atualização:

O hospital italiano Bambino Gesù, de Roma, obteve a primeira imagem da variante de covid-19 B.1.1.529, que recebeu o nome de Ômicron, e confirmou que ela realmente tem mais mutações do que cepas de preocupação detectadas anteriormente, como a variante Delta. A divulgação ocorre dias depois de cientistas sul-africanos anunciarem a descoberta da Ômicron, que tem preocupado países em todo o mundo e resultado na adoção de medidas de restrição.

O fato de a cepa ter mais mutações não significa, contudo, que a variante descoberta na África do Sul é mais perigosa, apontam pesquisadores. Presidente da Associação Médica Sul-Africana, Angelique Coetzee afirmou ter observado 30 pacientes nos últimos dez dias com teste positivo para a Ômicron, que se recuperaram sem hospitalização. O principal sintoma apresentado, relatou, foi o cansaço.

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Na imagem tridimensional divulgada pelo Bambino Gesù, semelhante a uma cartografia, "fica claro que a variante Ômicron tem muito mais mutações do que a variante Delta (que também possui um grande número de mutações), principalmente concentrada em uma área da proteína que interage com as células humanas (spike) ", explicou a equipe de pesquisadores em nota divulgada neste domingo, 28.

"Isso não significa automaticamente que essas variações são mais perigosas, simplesmente que o vírus mais uma vez se adaptou à espécie humana, gerando outra variante", disseram os pesquisadores. "Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos perigosa ou mais perigosa." Confira abaixo a imagem enviada ao Estadão pelo hospital italiano Bambino Gesù:

Comparação entre mutações nas variantes Delta e Ômicron Foto: Ospedale Pediatrico Bambino Gesù
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A equipe de pesquisa do estabelecimento de prestígio Bambino Gesù concentrou-se na procura de mutações ao nível da "estrutura tridimensional da proteína spike", explicou Claudia Alteri, professora de microbiologia clínica da Universidade de Milão e investigadora do referido hospital romano.

Essa proteína, que é a parte do vírus "mais estudada com atenção", é "responsável pelo reconhecimento do receptor humano e pela entrada do vírus nas células". “É no pico onde atuam os anticorpos monoclonais e, claro, as vacinas”, frisou. A imagem foi feita "a partir do estudo de sequências desta nova variante contribuída para a comunidade científica" e principalmente de "Botswana, África do Sul e Hong Kong".

“Essa imagem, que representa um pouco o mapa de todas as variantes, descreve as mutações da Ômicron, mas não define o papel” que elas têm, segundo Claudia Alteri. “A partir de agora, será importante definir, por meio de experimentos de laboratório, se a combinação dessas combinações pode ter impacto na transmissão ou na eficácia das vacinas, por exemplo”, disse.

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Vários países já haviam endurecido as restrições anticovid, incluindo confinamentos reimpostos, como Áustria e Holanda, onde ocorreram protestos que resultaram inclusive em confrontos violentos. No Reino Unido, novas regras de saúde entram em vigor nesta terça-feira, 30, incluindo o uso de máscaras em lojas e transportes públicos, além de mais restrições para passageiros que chegam do exterior. /AFP

O hospital italiano Bambino Gesù, de Roma, obteve a primeira imagem da variante de covid-19 B.1.1.529, que recebeu o nome de Ômicron, e confirmou que ela realmente tem mais mutações do que cepas de preocupação detectadas anteriormente, como a variante Delta. A divulgação ocorre dias depois de cientistas sul-africanos anunciarem a descoberta da Ômicron, que tem preocupado países em todo o mundo e resultado na adoção de medidas de restrição.

O fato de a cepa ter mais mutações não significa, contudo, que a variante descoberta na África do Sul é mais perigosa, apontam pesquisadores. Presidente da Associação Médica Sul-Africana, Angelique Coetzee afirmou ter observado 30 pacientes nos últimos dez dias com teste positivo para a Ômicron, que se recuperaram sem hospitalização. O principal sintoma apresentado, relatou, foi o cansaço.

Na imagem tridimensional divulgada pelo Bambino Gesù, semelhante a uma cartografia, "fica claro que a variante Ômicron tem muito mais mutações do que a variante Delta (que também possui um grande número de mutações), principalmente concentrada em uma área da proteína que interage com as células humanas (spike) ", explicou a equipe de pesquisadores em nota divulgada neste domingo, 28.

"Isso não significa automaticamente que essas variações são mais perigosas, simplesmente que o vírus mais uma vez se adaptou à espécie humana, gerando outra variante", disseram os pesquisadores. "Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos perigosa ou mais perigosa." Confira abaixo a imagem enviada ao Estadão pelo hospital italiano Bambino Gesù:

Comparação entre mutações nas variantes Delta e Ômicron Foto: Ospedale Pediatrico Bambino Gesù

A equipe de pesquisa do estabelecimento de prestígio Bambino Gesù concentrou-se na procura de mutações ao nível da "estrutura tridimensional da proteína spike", explicou Claudia Alteri, professora de microbiologia clínica da Universidade de Milão e investigadora do referido hospital romano.

Essa proteína, que é a parte do vírus "mais estudada com atenção", é "responsável pelo reconhecimento do receptor humano e pela entrada do vírus nas células". “É no pico onde atuam os anticorpos monoclonais e, claro, as vacinas”, frisou. A imagem foi feita "a partir do estudo de sequências desta nova variante contribuída para a comunidade científica" e principalmente de "Botswana, África do Sul e Hong Kong".

“Essa imagem, que representa um pouco o mapa de todas as variantes, descreve as mutações da Ômicron, mas não define o papel” que elas têm, segundo Claudia Alteri. “A partir de agora, será importante definir, por meio de experimentos de laboratório, se a combinação dessas combinações pode ter impacto na transmissão ou na eficácia das vacinas, por exemplo”, disse.

Vários países já haviam endurecido as restrições anticovid, incluindo confinamentos reimpostos, como Áustria e Holanda, onde ocorreram protestos que resultaram inclusive em confrontos violentos. No Reino Unido, novas regras de saúde entram em vigor nesta terça-feira, 30, incluindo o uso de máscaras em lojas e transportes públicos, além de mais restrições para passageiros que chegam do exterior. /AFP

O hospital italiano Bambino Gesù, de Roma, obteve a primeira imagem da variante de covid-19 B.1.1.529, que recebeu o nome de Ômicron, e confirmou que ela realmente tem mais mutações do que cepas de preocupação detectadas anteriormente, como a variante Delta. A divulgação ocorre dias depois de cientistas sul-africanos anunciarem a descoberta da Ômicron, que tem preocupado países em todo o mundo e resultado na adoção de medidas de restrição.

O fato de a cepa ter mais mutações não significa, contudo, que a variante descoberta na África do Sul é mais perigosa, apontam pesquisadores. Presidente da Associação Médica Sul-Africana, Angelique Coetzee afirmou ter observado 30 pacientes nos últimos dez dias com teste positivo para a Ômicron, que se recuperaram sem hospitalização. O principal sintoma apresentado, relatou, foi o cansaço.

Na imagem tridimensional divulgada pelo Bambino Gesù, semelhante a uma cartografia, "fica claro que a variante Ômicron tem muito mais mutações do que a variante Delta (que também possui um grande número de mutações), principalmente concentrada em uma área da proteína que interage com as células humanas (spike) ", explicou a equipe de pesquisadores em nota divulgada neste domingo, 28.

"Isso não significa automaticamente que essas variações são mais perigosas, simplesmente que o vírus mais uma vez se adaptou à espécie humana, gerando outra variante", disseram os pesquisadores. "Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos perigosa ou mais perigosa." Confira abaixo a imagem enviada ao Estadão pelo hospital italiano Bambino Gesù:

Comparação entre mutações nas variantes Delta e Ômicron Foto: Ospedale Pediatrico Bambino Gesù

A equipe de pesquisa do estabelecimento de prestígio Bambino Gesù concentrou-se na procura de mutações ao nível da "estrutura tridimensional da proteína spike", explicou Claudia Alteri, professora de microbiologia clínica da Universidade de Milão e investigadora do referido hospital romano.

Essa proteína, que é a parte do vírus "mais estudada com atenção", é "responsável pelo reconhecimento do receptor humano e pela entrada do vírus nas células". “É no pico onde atuam os anticorpos monoclonais e, claro, as vacinas”, frisou. A imagem foi feita "a partir do estudo de sequências desta nova variante contribuída para a comunidade científica" e principalmente de "Botswana, África do Sul e Hong Kong".

“Essa imagem, que representa um pouco o mapa de todas as variantes, descreve as mutações da Ômicron, mas não define o papel” que elas têm, segundo Claudia Alteri. “A partir de agora, será importante definir, por meio de experimentos de laboratório, se a combinação dessas combinações pode ter impacto na transmissão ou na eficácia das vacinas, por exemplo”, disse.

Vários países já haviam endurecido as restrições anticovid, incluindo confinamentos reimpostos, como Áustria e Holanda, onde ocorreram protestos que resultaram inclusive em confrontos violentos. No Reino Unido, novas regras de saúde entram em vigor nesta terça-feira, 30, incluindo o uso de máscaras em lojas e transportes públicos, além de mais restrições para passageiros que chegam do exterior. /AFP

O hospital italiano Bambino Gesù, de Roma, obteve a primeira imagem da variante de covid-19 B.1.1.529, que recebeu o nome de Ômicron, e confirmou que ela realmente tem mais mutações do que cepas de preocupação detectadas anteriormente, como a variante Delta. A divulgação ocorre dias depois de cientistas sul-africanos anunciarem a descoberta da Ômicron, que tem preocupado países em todo o mundo e resultado na adoção de medidas de restrição.

O fato de a cepa ter mais mutações não significa, contudo, que a variante descoberta na África do Sul é mais perigosa, apontam pesquisadores. Presidente da Associação Médica Sul-Africana, Angelique Coetzee afirmou ter observado 30 pacientes nos últimos dez dias com teste positivo para a Ômicron, que se recuperaram sem hospitalização. O principal sintoma apresentado, relatou, foi o cansaço.

Na imagem tridimensional divulgada pelo Bambino Gesù, semelhante a uma cartografia, "fica claro que a variante Ômicron tem muito mais mutações do que a variante Delta (que também possui um grande número de mutações), principalmente concentrada em uma área da proteína que interage com as células humanas (spike) ", explicou a equipe de pesquisadores em nota divulgada neste domingo, 28.

"Isso não significa automaticamente que essas variações são mais perigosas, simplesmente que o vírus mais uma vez se adaptou à espécie humana, gerando outra variante", disseram os pesquisadores. "Outros estudos nos dirão se essa adaptação é neutra, menos perigosa ou mais perigosa." Confira abaixo a imagem enviada ao Estadão pelo hospital italiano Bambino Gesù:

Comparação entre mutações nas variantes Delta e Ômicron Foto: Ospedale Pediatrico Bambino Gesù

A equipe de pesquisa do estabelecimento de prestígio Bambino Gesù concentrou-se na procura de mutações ao nível da "estrutura tridimensional da proteína spike", explicou Claudia Alteri, professora de microbiologia clínica da Universidade de Milão e investigadora do referido hospital romano.

Essa proteína, que é a parte do vírus "mais estudada com atenção", é "responsável pelo reconhecimento do receptor humano e pela entrada do vírus nas células". “É no pico onde atuam os anticorpos monoclonais e, claro, as vacinas”, frisou. A imagem foi feita "a partir do estudo de sequências desta nova variante contribuída para a comunidade científica" e principalmente de "Botswana, África do Sul e Hong Kong".

“Essa imagem, que representa um pouco o mapa de todas as variantes, descreve as mutações da Ômicron, mas não define o papel” que elas têm, segundo Claudia Alteri. “A partir de agora, será importante definir, por meio de experimentos de laboratório, se a combinação dessas combinações pode ter impacto na transmissão ou na eficácia das vacinas, por exemplo”, disse.

Vários países já haviam endurecido as restrições anticovid, incluindo confinamentos reimpostos, como Áustria e Holanda, onde ocorreram protestos que resultaram inclusive em confrontos violentos. No Reino Unido, novas regras de saúde entram em vigor nesta terça-feira, 30, incluindo o uso de máscaras em lojas e transportes públicos, além de mais restrições para passageiros que chegam do exterior. /AFP

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