Prisão de ventre: conheça as causas e maneiras de curar a constipação


Segundo especialistas, segurar a vontade de ir ao banheiro e abusar de medicamentos pode prejudicar a evacuação

Por Ana Lourenço

Irritação, impaciência, braveza, aborrecimento ou, simplesmente, enfezado - a expressão vem justamente da relação entre funcionamento do intestino e qualidade de vida. Afinal, muito além do estresse físico e mental, não ir ao banheiro corretamente pode prejudicar o sono, a alimentação e até a imunidade.

De acordo com a Federação Brasileira de Gastrologia (FBG), a constipação, ou a prisão de ventre, afeta de 15% a 20% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres e pessoas acima dos 65 anos. “Também é importante considerar a questão econômica, porque se o indivíduo não comer fibras, ele não vai conseguir regular o intestino”, afirma o presidente da FBG, Décio Chinzon.

Além do consumo de fibras, uma dieta adequada, aliada à prática de exercícios físicos - que aumentam a musculatura abdominal, facilitando o ato da evacuação -, hidratação suficiente e ir ao banheiro sempre que tiver vontade é essencial para mudar essa realidade. “A hidratação pode ser feita pelo seguinte cálculo: 35ml de água para cada quilo de peso ou observando a coloração da urina. A urina precisa ser clara, quase branca. Se estiver escura, significa consumo insuficiente de água”, detalha a nutricionista Laís Murta.

continua após a publicidade

Já a ingestão de fibra deve ser de 25g ao dia. “Esta quantidade pode ser alcançada pelo consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e sementes. Para tanto, é importante que os mesmos estejam presentes em todas as refeições ao longo do dia.”

De acordo com os especialistas, a constipação é uma doença crônica, pois são necessários cuidados médicos constantes. “A primeira coisa que é preciso saber é que não existe um milagre que faça o intestino mudar da noite para o dia”, dizem. É preciso planejamento e dedicação.

Quais são os sintomas de prisão de ventre?

continua após a publicidade

“Na maior parte dos casos, o pessoal associa à menor frequência ao banheiro. Estabeleceu-se que o normal é ir uma vez por dia, mas não é bem assim. Pode ir dia sim, dia não, todo dia, mas muito aleatório, o importante é que o indivíduo tenha essas outras características. Ele precisa saber a sua frequência e pronto”, garante Chinzon. Ou seja, apesar da frequência de evacuações não serem um sintoma, a sua diminuição, com base na sua frequência normal, pode ser.

“Se o indivíduo vai ao banheiro a cada três dias, mas as fezes têm consistência pastosa, ele não tem dor abdominal ou não faz muito esforço para evacuar, ele não tem prisão de ventre. Agora, se a pessoa vai ao banheiro todos os dias mas as fezes são duras, pequenas e ele tem uma sensação de evacuação incompleta, ele pode ser”, completa o presidente da FBG.

continua após a publicidade

O que pode causar prisão de ventre?

“Existem alguns tipos de constipações. A idiopática, ou seja, não há nada que você possa identificar, é uma causa ainda desconhecida; a secundária a alguma coisa, que seria ao uso de medicamentos, doenças metabólicas, como diabetes, hipotireodismo. E a consequência de traumas, que tem relação com o psicológico”, ensina Chinzon.

Que medidas tomar para tratar a prisão de ventre?

continua após a publicidade

O principal tratamento da constipação é comportamental. “O primeiro passo a se fazer para a melhora da prisão de ventre seria garantir o consumo mínimo de 25g de fibras e 1,5 litro de água, diariamente”, afirma a nutricionista Laís. Em dias mais quentes, a quantidade de água pode chegar a até 3 litros. Também é fundamental a realização de atividades físicas regulares. “Os exercícios auxiliam na motilidade intestinal, estimulando a musculatura do trato gastrointestinal”, diz ela.

Manter-se hidratado é fundamental pra um bom funcionamento do intestino Foto: Sandra Seitamaa/Unsplash.com

O que acontece se eu segurar a vontade de ir ao banheiro?

continua após a publicidade

Muitas vezes, a vontade de ir ao banheiro vem em um momento “inoportuno”, como em um lugar público, na casa de um colega ou durante uma viagem curta. Conforme explica Chinzon, esse é um dos maiores erros que cometemos. “Essa ação inibe o reflexo da evacuação e é extremamente prejudicial, pois a pessoa vai precisar ter cada vez mais distensão do reto (a ponta do intestino) para ter a vontade de ir de novo, o que iria viciar, de certa forma, o intestino.”

Quando a prisão de ventre é preocupante?

A constipação se torna preocupante quando se torna crônica, ou seja, mais de 2 semanas com o trânsito intestinal alterado. Mas as preocupações maiores são as consequências disso, que podem ir da inflamação da hemorroida a fissuras anais. “O importante é não se automedicar. O máximo que a pessoa pode fazer é tentar mudar a dieta e ver se tem algum resultado. Porém, se existir algum sinal de alarme, por exemplo, perda de peso, sangramento, anemia, aí é preciso procurar imediatamente o médico”, afirma Chinzon.

continua após a publicidade

Que remédios são recomendados para a prisão de ventre?

Existem vários medicamentos para tratar a constipação - os mais populares são os laxantes. “Os melhores são os procinéticos, que estimulam a movimentação do intestino, mas também tem os osmóticos, que umidificam as fezes, como a lactulose ou o macrogol, e os irritativos, que não são bons, a longo prazo, mas podem funcionar em casos de curto período, quando há uma constipação aguda (quando a mudança no funcionamento do intestino é percebida de maneira brusca)”, explica o gastroendocrinologista. Esse último, normalmente, é o primeiro escolhido por pacientes que se automedicam. Apesar do efeito quase imediato, a longo prazo, ele piora a constipação.

Existem também os probióticos (microorganismos vivos) e exercícios específicos, como massagens abdominais, que podem ser eficazes especialmente nos casos de incoordenação na evacuação - afinal, a evacuação é realizada com uma contração e um relaxamento coordenados do intestino.

Qual o perigo de tomar laxantes?

“As medicações laxativas podem levar a uma irritação da mucosa intestinal, prejudicando os músculos e nervos do sistema digestivo, contribuindo para a obstipação crônica. Além disso, o abuso de laxativos pode levar a desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação e deficiência de minerais”, alerta Lais.

Qual é o melhor laxante natural?

Ameixas são consideradas laxantes naturais Foto: Marcelo Barabani/Estadão

De acordo com a nutricionista, os alimentos que possuem efeito comprovado para melhora da prisão de ventre são o kiwi (até duas unidades por dia), ameixas (4 unidades), semente de linhaça (uma colher de sopa), figo (duas unidades), farelo de aveia (uma colher de sopa) e psyllium (1 colher de sopa).

Na internet, não é difícil achar chás para prisão de ventre, mas, de acordo com os especialistas, eles também podem ser irritativos. “É muito importante evitar a automedicação, e isso inclui o uso de ervas, fitoterápicos e chás laxativos sem orientação profissional. Isso porque eles podem causar os mesmos problemas que as medicações laxativas. Por exemplo, o chá de sene, que é comumente utilizado como laxativo, pode causar má absorção de nutrientes, hipotensão”, explica Laís.

Irritação, impaciência, braveza, aborrecimento ou, simplesmente, enfezado - a expressão vem justamente da relação entre funcionamento do intestino e qualidade de vida. Afinal, muito além do estresse físico e mental, não ir ao banheiro corretamente pode prejudicar o sono, a alimentação e até a imunidade.

De acordo com a Federação Brasileira de Gastrologia (FBG), a constipação, ou a prisão de ventre, afeta de 15% a 20% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres e pessoas acima dos 65 anos. “Também é importante considerar a questão econômica, porque se o indivíduo não comer fibras, ele não vai conseguir regular o intestino”, afirma o presidente da FBG, Décio Chinzon.

Além do consumo de fibras, uma dieta adequada, aliada à prática de exercícios físicos - que aumentam a musculatura abdominal, facilitando o ato da evacuação -, hidratação suficiente e ir ao banheiro sempre que tiver vontade é essencial para mudar essa realidade. “A hidratação pode ser feita pelo seguinte cálculo: 35ml de água para cada quilo de peso ou observando a coloração da urina. A urina precisa ser clara, quase branca. Se estiver escura, significa consumo insuficiente de água”, detalha a nutricionista Laís Murta.

Já a ingestão de fibra deve ser de 25g ao dia. “Esta quantidade pode ser alcançada pelo consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e sementes. Para tanto, é importante que os mesmos estejam presentes em todas as refeições ao longo do dia.”

De acordo com os especialistas, a constipação é uma doença crônica, pois são necessários cuidados médicos constantes. “A primeira coisa que é preciso saber é que não existe um milagre que faça o intestino mudar da noite para o dia”, dizem. É preciso planejamento e dedicação.

Quais são os sintomas de prisão de ventre?

“Na maior parte dos casos, o pessoal associa à menor frequência ao banheiro. Estabeleceu-se que o normal é ir uma vez por dia, mas não é bem assim. Pode ir dia sim, dia não, todo dia, mas muito aleatório, o importante é que o indivíduo tenha essas outras características. Ele precisa saber a sua frequência e pronto”, garante Chinzon. Ou seja, apesar da frequência de evacuações não serem um sintoma, a sua diminuição, com base na sua frequência normal, pode ser.

“Se o indivíduo vai ao banheiro a cada três dias, mas as fezes têm consistência pastosa, ele não tem dor abdominal ou não faz muito esforço para evacuar, ele não tem prisão de ventre. Agora, se a pessoa vai ao banheiro todos os dias mas as fezes são duras, pequenas e ele tem uma sensação de evacuação incompleta, ele pode ser”, completa o presidente da FBG.

O que pode causar prisão de ventre?

“Existem alguns tipos de constipações. A idiopática, ou seja, não há nada que você possa identificar, é uma causa ainda desconhecida; a secundária a alguma coisa, que seria ao uso de medicamentos, doenças metabólicas, como diabetes, hipotireodismo. E a consequência de traumas, que tem relação com o psicológico”, ensina Chinzon.

Que medidas tomar para tratar a prisão de ventre?

O principal tratamento da constipação é comportamental. “O primeiro passo a se fazer para a melhora da prisão de ventre seria garantir o consumo mínimo de 25g de fibras e 1,5 litro de água, diariamente”, afirma a nutricionista Laís. Em dias mais quentes, a quantidade de água pode chegar a até 3 litros. Também é fundamental a realização de atividades físicas regulares. “Os exercícios auxiliam na motilidade intestinal, estimulando a musculatura do trato gastrointestinal”, diz ela.

Manter-se hidratado é fundamental pra um bom funcionamento do intestino Foto: Sandra Seitamaa/Unsplash.com

O que acontece se eu segurar a vontade de ir ao banheiro?

Muitas vezes, a vontade de ir ao banheiro vem em um momento “inoportuno”, como em um lugar público, na casa de um colega ou durante uma viagem curta. Conforme explica Chinzon, esse é um dos maiores erros que cometemos. “Essa ação inibe o reflexo da evacuação e é extremamente prejudicial, pois a pessoa vai precisar ter cada vez mais distensão do reto (a ponta do intestino) para ter a vontade de ir de novo, o que iria viciar, de certa forma, o intestino.”

Quando a prisão de ventre é preocupante?

A constipação se torna preocupante quando se torna crônica, ou seja, mais de 2 semanas com o trânsito intestinal alterado. Mas as preocupações maiores são as consequências disso, que podem ir da inflamação da hemorroida a fissuras anais. “O importante é não se automedicar. O máximo que a pessoa pode fazer é tentar mudar a dieta e ver se tem algum resultado. Porém, se existir algum sinal de alarme, por exemplo, perda de peso, sangramento, anemia, aí é preciso procurar imediatamente o médico”, afirma Chinzon.

Que remédios são recomendados para a prisão de ventre?

Existem vários medicamentos para tratar a constipação - os mais populares são os laxantes. “Os melhores são os procinéticos, que estimulam a movimentação do intestino, mas também tem os osmóticos, que umidificam as fezes, como a lactulose ou o macrogol, e os irritativos, que não são bons, a longo prazo, mas podem funcionar em casos de curto período, quando há uma constipação aguda (quando a mudança no funcionamento do intestino é percebida de maneira brusca)”, explica o gastroendocrinologista. Esse último, normalmente, é o primeiro escolhido por pacientes que se automedicam. Apesar do efeito quase imediato, a longo prazo, ele piora a constipação.

Existem também os probióticos (microorganismos vivos) e exercícios específicos, como massagens abdominais, que podem ser eficazes especialmente nos casos de incoordenação na evacuação - afinal, a evacuação é realizada com uma contração e um relaxamento coordenados do intestino.

Qual o perigo de tomar laxantes?

“As medicações laxativas podem levar a uma irritação da mucosa intestinal, prejudicando os músculos e nervos do sistema digestivo, contribuindo para a obstipação crônica. Além disso, o abuso de laxativos pode levar a desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação e deficiência de minerais”, alerta Lais.

Qual é o melhor laxante natural?

Ameixas são consideradas laxantes naturais Foto: Marcelo Barabani/Estadão

De acordo com a nutricionista, os alimentos que possuem efeito comprovado para melhora da prisão de ventre são o kiwi (até duas unidades por dia), ameixas (4 unidades), semente de linhaça (uma colher de sopa), figo (duas unidades), farelo de aveia (uma colher de sopa) e psyllium (1 colher de sopa).

Na internet, não é difícil achar chás para prisão de ventre, mas, de acordo com os especialistas, eles também podem ser irritativos. “É muito importante evitar a automedicação, e isso inclui o uso de ervas, fitoterápicos e chás laxativos sem orientação profissional. Isso porque eles podem causar os mesmos problemas que as medicações laxativas. Por exemplo, o chá de sene, que é comumente utilizado como laxativo, pode causar má absorção de nutrientes, hipotensão”, explica Laís.

Irritação, impaciência, braveza, aborrecimento ou, simplesmente, enfezado - a expressão vem justamente da relação entre funcionamento do intestino e qualidade de vida. Afinal, muito além do estresse físico e mental, não ir ao banheiro corretamente pode prejudicar o sono, a alimentação e até a imunidade.

De acordo com a Federação Brasileira de Gastrologia (FBG), a constipação, ou a prisão de ventre, afeta de 15% a 20% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres e pessoas acima dos 65 anos. “Também é importante considerar a questão econômica, porque se o indivíduo não comer fibras, ele não vai conseguir regular o intestino”, afirma o presidente da FBG, Décio Chinzon.

Além do consumo de fibras, uma dieta adequada, aliada à prática de exercícios físicos - que aumentam a musculatura abdominal, facilitando o ato da evacuação -, hidratação suficiente e ir ao banheiro sempre que tiver vontade é essencial para mudar essa realidade. “A hidratação pode ser feita pelo seguinte cálculo: 35ml de água para cada quilo de peso ou observando a coloração da urina. A urina precisa ser clara, quase branca. Se estiver escura, significa consumo insuficiente de água”, detalha a nutricionista Laís Murta.

Já a ingestão de fibra deve ser de 25g ao dia. “Esta quantidade pode ser alcançada pelo consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e sementes. Para tanto, é importante que os mesmos estejam presentes em todas as refeições ao longo do dia.”

De acordo com os especialistas, a constipação é uma doença crônica, pois são necessários cuidados médicos constantes. “A primeira coisa que é preciso saber é que não existe um milagre que faça o intestino mudar da noite para o dia”, dizem. É preciso planejamento e dedicação.

Quais são os sintomas de prisão de ventre?

“Na maior parte dos casos, o pessoal associa à menor frequência ao banheiro. Estabeleceu-se que o normal é ir uma vez por dia, mas não é bem assim. Pode ir dia sim, dia não, todo dia, mas muito aleatório, o importante é que o indivíduo tenha essas outras características. Ele precisa saber a sua frequência e pronto”, garante Chinzon. Ou seja, apesar da frequência de evacuações não serem um sintoma, a sua diminuição, com base na sua frequência normal, pode ser.

“Se o indivíduo vai ao banheiro a cada três dias, mas as fezes têm consistência pastosa, ele não tem dor abdominal ou não faz muito esforço para evacuar, ele não tem prisão de ventre. Agora, se a pessoa vai ao banheiro todos os dias mas as fezes são duras, pequenas e ele tem uma sensação de evacuação incompleta, ele pode ser”, completa o presidente da FBG.

O que pode causar prisão de ventre?

“Existem alguns tipos de constipações. A idiopática, ou seja, não há nada que você possa identificar, é uma causa ainda desconhecida; a secundária a alguma coisa, que seria ao uso de medicamentos, doenças metabólicas, como diabetes, hipotireodismo. E a consequência de traumas, que tem relação com o psicológico”, ensina Chinzon.

Que medidas tomar para tratar a prisão de ventre?

O principal tratamento da constipação é comportamental. “O primeiro passo a se fazer para a melhora da prisão de ventre seria garantir o consumo mínimo de 25g de fibras e 1,5 litro de água, diariamente”, afirma a nutricionista Laís. Em dias mais quentes, a quantidade de água pode chegar a até 3 litros. Também é fundamental a realização de atividades físicas regulares. “Os exercícios auxiliam na motilidade intestinal, estimulando a musculatura do trato gastrointestinal”, diz ela.

Manter-se hidratado é fundamental pra um bom funcionamento do intestino Foto: Sandra Seitamaa/Unsplash.com

O que acontece se eu segurar a vontade de ir ao banheiro?

Muitas vezes, a vontade de ir ao banheiro vem em um momento “inoportuno”, como em um lugar público, na casa de um colega ou durante uma viagem curta. Conforme explica Chinzon, esse é um dos maiores erros que cometemos. “Essa ação inibe o reflexo da evacuação e é extremamente prejudicial, pois a pessoa vai precisar ter cada vez mais distensão do reto (a ponta do intestino) para ter a vontade de ir de novo, o que iria viciar, de certa forma, o intestino.”

Quando a prisão de ventre é preocupante?

A constipação se torna preocupante quando se torna crônica, ou seja, mais de 2 semanas com o trânsito intestinal alterado. Mas as preocupações maiores são as consequências disso, que podem ir da inflamação da hemorroida a fissuras anais. “O importante é não se automedicar. O máximo que a pessoa pode fazer é tentar mudar a dieta e ver se tem algum resultado. Porém, se existir algum sinal de alarme, por exemplo, perda de peso, sangramento, anemia, aí é preciso procurar imediatamente o médico”, afirma Chinzon.

Que remédios são recomendados para a prisão de ventre?

Existem vários medicamentos para tratar a constipação - os mais populares são os laxantes. “Os melhores são os procinéticos, que estimulam a movimentação do intestino, mas também tem os osmóticos, que umidificam as fezes, como a lactulose ou o macrogol, e os irritativos, que não são bons, a longo prazo, mas podem funcionar em casos de curto período, quando há uma constipação aguda (quando a mudança no funcionamento do intestino é percebida de maneira brusca)”, explica o gastroendocrinologista. Esse último, normalmente, é o primeiro escolhido por pacientes que se automedicam. Apesar do efeito quase imediato, a longo prazo, ele piora a constipação.

Existem também os probióticos (microorganismos vivos) e exercícios específicos, como massagens abdominais, que podem ser eficazes especialmente nos casos de incoordenação na evacuação - afinal, a evacuação é realizada com uma contração e um relaxamento coordenados do intestino.

Qual o perigo de tomar laxantes?

“As medicações laxativas podem levar a uma irritação da mucosa intestinal, prejudicando os músculos e nervos do sistema digestivo, contribuindo para a obstipação crônica. Além disso, o abuso de laxativos pode levar a desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação e deficiência de minerais”, alerta Lais.

Qual é o melhor laxante natural?

Ameixas são consideradas laxantes naturais Foto: Marcelo Barabani/Estadão

De acordo com a nutricionista, os alimentos que possuem efeito comprovado para melhora da prisão de ventre são o kiwi (até duas unidades por dia), ameixas (4 unidades), semente de linhaça (uma colher de sopa), figo (duas unidades), farelo de aveia (uma colher de sopa) e psyllium (1 colher de sopa).

Na internet, não é difícil achar chás para prisão de ventre, mas, de acordo com os especialistas, eles também podem ser irritativos. “É muito importante evitar a automedicação, e isso inclui o uso de ervas, fitoterápicos e chás laxativos sem orientação profissional. Isso porque eles podem causar os mesmos problemas que as medicações laxativas. Por exemplo, o chá de sene, que é comumente utilizado como laxativo, pode causar má absorção de nutrientes, hipotensão”, explica Laís.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.