Proliferação de zika está ligada à falta de saneamento, diz ONU


Organização das Nações Unidas afirma que, para combater doença, Brasil e outros países latino-americanos precisam melhorar serviços

Por Jamil Chade

GENEBRA - Para combater o vírus zika, o Brasil e outros países latino-americanos terão de melhorar o serviço de saneamento básico. Em um alerta emitido nesta sexta-feira, 11, a Organização das Nações Unidas (ONU) indicou que, além de tecnologia e busca por remédios, a luta contra o zika terá de incluir investimentos em infraestrutura. 

"Enquanto o mundo procura soluções de alta tecnologia para combater o vírus zika, não devemos esquecer o péssimo estado do acesso à água e ao saneamento para as populações desfavorecidas", disse o relator Nações Unidas para o Direito Humano à Água, o brasileiro Léo Heller. 

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação
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"Podemos criar mosquitos estéreis ou utilizar ferramentas da internet para mapear dados dos vários quadrantes do mundo, mas não devemos esquecer que, atualmente, há 100 milhões de pessoas na América Latina que ainda carecem de acesso a sistemas de saneamento higiênicos e 70 milhões de pessoas que não têm água encanada em seus terrenos ou dentro de suas residências", indicou. 

Para ele, "há um forte vínculo entre sistemas de saneamento deficientes e o surto atual do zika, bem como de dengue, febre amarela e chikungunya, sendo todos eles transmitidos por mosquitos. "A maneira mais efetiva de enfrentar esse problema é melhorar esses serviços", afirmou. 

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Países juntam esforços para combater a proliferação da doença e diminuir os casos de microcefalia, antes que o vírus atinja a África e a Ásia - continentes com maior taxa de natalidade

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Para Heller, nem todos na América Latina tem acesso ao abastecimento de água e 3 milhões de pessoas ainda defecam a céu aberto na região.

O impacto da falta de estrutura também leva à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pelo zika e pela dengue.

"Quando as pessoas têm condições de vida e de moradia inadequadas e não têm acesso a serviços bem geridos de abastecimento de água, elas tendem a armazenar água de maneira insegura, favorecendo a propagação de mosquitos," observou o especialista das Nações Unidas sobre moradia adequada, Leilani Farha."Além disso, os sistemas precários de esgotos, nos quais o esgoto escorre em canais abertas e é disposto em fossas inadequadas, resultam em água estagnada - a condição perfeita para a proliferação de mosquitos", alertou. 

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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

1 | 12

Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Marcio Fernandes/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Robson Fernandjes/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Felipe Rau/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Peter Leone/Estadão

Na avaliação dos especialistas da ONU, "são os mais pobres e marginalizados que sofrem de maneira desproporcional pela carga adicional do zika vírus"."Os governos dessa região devem acelerar a melhoria das condições relativas à água e ao saneamento, particularmente para as populações mais vulneráveis, sendo que assim se salvarão vidas diante do desenvolvimento dessa crise mundial", completou Heller. 

GENEBRA - Para combater o vírus zika, o Brasil e outros países latino-americanos terão de melhorar o serviço de saneamento básico. Em um alerta emitido nesta sexta-feira, 11, a Organização das Nações Unidas (ONU) indicou que, além de tecnologia e busca por remédios, a luta contra o zika terá de incluir investimentos em infraestrutura. 

"Enquanto o mundo procura soluções de alta tecnologia para combater o vírus zika, não devemos esquecer o péssimo estado do acesso à água e ao saneamento para as populações desfavorecidas", disse o relator Nações Unidas para o Direito Humano à Água, o brasileiro Léo Heller. 

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

"Podemos criar mosquitos estéreis ou utilizar ferramentas da internet para mapear dados dos vários quadrantes do mundo, mas não devemos esquecer que, atualmente, há 100 milhões de pessoas na América Latina que ainda carecem de acesso a sistemas de saneamento higiênicos e 70 milhões de pessoas que não têm água encanada em seus terrenos ou dentro de suas residências", indicou. 

Para ele, "há um forte vínculo entre sistemas de saneamento deficientes e o surto atual do zika, bem como de dengue, febre amarela e chikungunya, sendo todos eles transmitidos por mosquitos. "A maneira mais efetiva de enfrentar esse problema é melhorar esses serviços", afirmou. 

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Países juntam esforços para combater a proliferação da doença e diminuir os casos de microcefalia, antes que o vírus atinja a África e a Ásia - continentes com maior taxa de natalidade

Para Heller, nem todos na América Latina tem acesso ao abastecimento de água e 3 milhões de pessoas ainda defecam a céu aberto na região.

O impacto da falta de estrutura também leva à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pelo zika e pela dengue.

"Quando as pessoas têm condições de vida e de moradia inadequadas e não têm acesso a serviços bem geridos de abastecimento de água, elas tendem a armazenar água de maneira insegura, favorecendo a propagação de mosquitos," observou o especialista das Nações Unidas sobre moradia adequada, Leilani Farha."Além disso, os sistemas precários de esgotos, nos quais o esgoto escorre em canais abertas e é disposto em fossas inadequadas, resultam em água estagnada - a condição perfeita para a proliferação de mosquitos", alertou. 

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Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Foto: Nilton Fukuda/Estadão
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Onde o risco é maior de pegar dengue em São Paulo?

Foto: Peter Leone/Estadão

Na avaliação dos especialistas da ONU, "são os mais pobres e marginalizados que sofrem de maneira desproporcional pela carga adicional do zika vírus"."Os governos dessa região devem acelerar a melhoria das condições relativas à água e ao saneamento, particularmente para as populações mais vulneráveis, sendo que assim se salvarão vidas diante do desenvolvimento dessa crise mundial", completou Heller. 

GENEBRA - Para combater o vírus zika, o Brasil e outros países latino-americanos terão de melhorar o serviço de saneamento básico. Em um alerta emitido nesta sexta-feira, 11, a Organização das Nações Unidas (ONU) indicou que, além de tecnologia e busca por remédios, a luta contra o zika terá de incluir investimentos em infraestrutura. 

"Enquanto o mundo procura soluções de alta tecnologia para combater o vírus zika, não devemos esquecer o péssimo estado do acesso à água e ao saneamento para as populações desfavorecidas", disse o relator Nações Unidas para o Direito Humano à Água, o brasileiro Léo Heller. 

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor da zika, da dengue e da chikungunya Foto: USDA/Divulgação

"Podemos criar mosquitos estéreis ou utilizar ferramentas da internet para mapear dados dos vários quadrantes do mundo, mas não devemos esquecer que, atualmente, há 100 milhões de pessoas na América Latina que ainda carecem de acesso a sistemas de saneamento higiênicos e 70 milhões de pessoas que não têm água encanada em seus terrenos ou dentro de suas residências", indicou. 

Para ele, "há um forte vínculo entre sistemas de saneamento deficientes e o surto atual do zika, bem como de dengue, febre amarela e chikungunya, sendo todos eles transmitidos por mosquitos. "A maneira mais efetiva de enfrentar esse problema é melhorar esses serviços", afirmou. 

Seu navegador não suporta esse video.

Países juntam esforços para combater a proliferação da doença e diminuir os casos de microcefalia, antes que o vírus atinja a África e a Ásia - continentes com maior taxa de natalidade

Para Heller, nem todos na América Latina tem acesso ao abastecimento de água e 3 milhões de pessoas ainda defecam a céu aberto na região.

O impacto da falta de estrutura também leva à proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pelo zika e pela dengue.

"Quando as pessoas têm condições de vida e de moradia inadequadas e não têm acesso a serviços bem geridos de abastecimento de água, elas tendem a armazenar água de maneira insegura, favorecendo a propagação de mosquitos," observou o especialista das Nações Unidas sobre moradia adequada, Leilani Farha."Além disso, os sistemas precários de esgotos, nos quais o esgoto escorre em canais abertas e é disposto em fossas inadequadas, resultam em água estagnada - a condição perfeita para a proliferação de mosquitos", alertou. 

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Foto: Peter Leone/Estadão

Na avaliação dos especialistas da ONU, "são os mais pobres e marginalizados que sofrem de maneira desproporcional pela carga adicional do zika vírus"."Os governos dessa região devem acelerar a melhoria das condições relativas à água e ao saneamento, particularmente para as populações mais vulneráveis, sendo que assim se salvarão vidas diante do desenvolvimento dessa crise mundial", completou Heller. 

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