Quem tem ritmo cardíaco alterado pode tomar café? Veja o que diz recente diretriz médica


O diagnóstico de fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia cardíaca, muitas vezes desencoraja o consumo da bebida; mas especialistas apontam que não há motivo para receio

Por Lara Castelo
Atualização:

A fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca, é caracterizada pelo batimento irregular – e muitas vezes acelerado – do coração. Quem convive com o quadro pode ter receio de tomar café, bebida conhecida por seu poder estimulante. Mas, de acordo com nova diretriz da Associação Americana do Coração e do Colégio Americano de Cardiologia, não há motivo para preocupação. Segundo o documento, o consumo equilibrado de café não piora e pode até reduzir o risco da doença. A diretriz foi publicada na revista científica Circulation.

A sensação estimulante após tomar café não está relacionada a efeitos da substância no coração, segundo o cardiologista Luiz Antonio Machado César, diretor da Unidade de Coronariopatia Crônica do InCor (SP). “Essa sensação vem principalmente do efeito que a cafeína produz no cérebro, e não no coração”, destaca.

Isso não quer dizer, contudo, que o café não aumente a frequência cardíaca. De acordo com o especialista, esse efeito vai depender dos hábitos individuais de consumo da bebida. “Se você nunca tomou café, uma xícara provavelmente vai acelerar a sua frequência cardíaca. Mas, se você está acostumado, isso não vai acontecer, mesmo você se tiver fibrilação atrial”, afirma.

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Segundo nova diretriz, o consumo moderado de café não piora e pode até reduzir o risco de fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca. Foto: mnimage/Adobe Stock

Vale destacar que, segundo Machado César, a fibrilação atrial não é apenas o aumento dos batimentos cardíacos, mas é um “caos” elétrico nos átrios. “A frequência e o ritmo dos batimentos cardíacos ficam desordenados e irregulares devido, muitas vezes, ao estresse”, pontua.

O que é uma quantidade segura de café?

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De acordo com a FDA, órgão semelhante à Anvisa dos EUA, tomar até 400 ml de cafeína por dia é seguro para adultos saudáveis.

Machado César pontua, contudo, que a quantidade de cafeína varia de acordo com o tipo de café. “No espresso, por exemplo, há mais cafeína em menos volume do que no filtrado. Por isso, o recomendado, para um adulto entre 60 e 85 quilos, de até 65 anos, é tomar até quatro xícaras grandes de café filtrado ou até quatro xícaras pequenas de espresso”, define.

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Importante salientar também que, embora a diretriz aponte a segurança do consumo entre quem tem fibrilação atrial, é possível que existam exceções. De acordo com a própria diretriz essa chance não pode ser totalmente descartada.

É válido frisar ainda que a diretriz analisou o consumo de café, e não de outras bebidas que levam doses excessivas de cafeína, como energéticos.

A fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca, é caracterizada pelo batimento irregular – e muitas vezes acelerado – do coração. Quem convive com o quadro pode ter receio de tomar café, bebida conhecida por seu poder estimulante. Mas, de acordo com nova diretriz da Associação Americana do Coração e do Colégio Americano de Cardiologia, não há motivo para preocupação. Segundo o documento, o consumo equilibrado de café não piora e pode até reduzir o risco da doença. A diretriz foi publicada na revista científica Circulation.

A sensação estimulante após tomar café não está relacionada a efeitos da substância no coração, segundo o cardiologista Luiz Antonio Machado César, diretor da Unidade de Coronariopatia Crônica do InCor (SP). “Essa sensação vem principalmente do efeito que a cafeína produz no cérebro, e não no coração”, destaca.

Isso não quer dizer, contudo, que o café não aumente a frequência cardíaca. De acordo com o especialista, esse efeito vai depender dos hábitos individuais de consumo da bebida. “Se você nunca tomou café, uma xícara provavelmente vai acelerar a sua frequência cardíaca. Mas, se você está acostumado, isso não vai acontecer, mesmo você se tiver fibrilação atrial”, afirma.

Segundo nova diretriz, o consumo moderado de café não piora e pode até reduzir o risco de fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca. Foto: mnimage/Adobe Stock

Vale destacar que, segundo Machado César, a fibrilação atrial não é apenas o aumento dos batimentos cardíacos, mas é um “caos” elétrico nos átrios. “A frequência e o ritmo dos batimentos cardíacos ficam desordenados e irregulares devido, muitas vezes, ao estresse”, pontua.

O que é uma quantidade segura de café?

De acordo com a FDA, órgão semelhante à Anvisa dos EUA, tomar até 400 ml de cafeína por dia é seguro para adultos saudáveis.

Machado César pontua, contudo, que a quantidade de cafeína varia de acordo com o tipo de café. “No espresso, por exemplo, há mais cafeína em menos volume do que no filtrado. Por isso, o recomendado, para um adulto entre 60 e 85 quilos, de até 65 anos, é tomar até quatro xícaras grandes de café filtrado ou até quatro xícaras pequenas de espresso”, define.

Importante salientar também que, embora a diretriz aponte a segurança do consumo entre quem tem fibrilação atrial, é possível que existam exceções. De acordo com a própria diretriz essa chance não pode ser totalmente descartada.

É válido frisar ainda que a diretriz analisou o consumo de café, e não de outras bebidas que levam doses excessivas de cafeína, como energéticos.

A fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca, é caracterizada pelo batimento irregular – e muitas vezes acelerado – do coração. Quem convive com o quadro pode ter receio de tomar café, bebida conhecida por seu poder estimulante. Mas, de acordo com nova diretriz da Associação Americana do Coração e do Colégio Americano de Cardiologia, não há motivo para preocupação. Segundo o documento, o consumo equilibrado de café não piora e pode até reduzir o risco da doença. A diretriz foi publicada na revista científica Circulation.

A sensação estimulante após tomar café não está relacionada a efeitos da substância no coração, segundo o cardiologista Luiz Antonio Machado César, diretor da Unidade de Coronariopatia Crônica do InCor (SP). “Essa sensação vem principalmente do efeito que a cafeína produz no cérebro, e não no coração”, destaca.

Isso não quer dizer, contudo, que o café não aumente a frequência cardíaca. De acordo com o especialista, esse efeito vai depender dos hábitos individuais de consumo da bebida. “Se você nunca tomou café, uma xícara provavelmente vai acelerar a sua frequência cardíaca. Mas, se você está acostumado, isso não vai acontecer, mesmo você se tiver fibrilação atrial”, afirma.

Segundo nova diretriz, o consumo moderado de café não piora e pode até reduzir o risco de fibrilação atrial (FA), o tipo mais frequente de arritmia cardíaca. Foto: mnimage/Adobe Stock

Vale destacar que, segundo Machado César, a fibrilação atrial não é apenas o aumento dos batimentos cardíacos, mas é um “caos” elétrico nos átrios. “A frequência e o ritmo dos batimentos cardíacos ficam desordenados e irregulares devido, muitas vezes, ao estresse”, pontua.

O que é uma quantidade segura de café?

De acordo com a FDA, órgão semelhante à Anvisa dos EUA, tomar até 400 ml de cafeína por dia é seguro para adultos saudáveis.

Machado César pontua, contudo, que a quantidade de cafeína varia de acordo com o tipo de café. “No espresso, por exemplo, há mais cafeína em menos volume do que no filtrado. Por isso, o recomendado, para um adulto entre 60 e 85 quilos, de até 65 anos, é tomar até quatro xícaras grandes de café filtrado ou até quatro xícaras pequenas de espresso”, define.

Importante salientar também que, embora a diretriz aponte a segurança do consumo entre quem tem fibrilação atrial, é possível que existam exceções. De acordo com a própria diretriz essa chance não pode ser totalmente descartada.

É válido frisar ainda que a diretriz analisou o consumo de café, e não de outras bebidas que levam doses excessivas de cafeína, como energéticos.

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