Saiba como pais devem conversar com filhos sobre o coronavírus


CONTEÚDO ABERTO PARA NÃO-ASSINANTES: Além da recomendação dos hábitos de higiene, materiais lúdicos ajudam a tratar o assunto com crianças

Por Guilherme Bianchini
Atualização:

A lista de perguntas difíceis que crianças fazem aos pais ganhou mais um item com o crescimento do novo coronavírus em escala global. São mais de 100 mil casos da doença, em todos os continentes. No Brasil, o número já chega a 35.

Os mais novos também podem contrair o vírus, mas a maioria dos casos são leves ou assintomáticos, ou seja, não apresentam manifestações perceptíveis da doença. Apesar disso, são capazes de transmitir a enfermidade a outras pessoas, risco que aumenta a necessidade da educação preventiva. 

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Segundo especialistas, a orientação deve começar em casa, com os pais, que precisam conduzir a situação com tranquilidade. Além de reforçar as dicas repetidas à exaustão, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar contatos próximos, os ensinamentos devem ser em tom de conscientização.

Preocupadas com a disseminação do coronavírus, crianças inventam uma nova forma de se cumprimentarem na escola para evitar o contato físico Foto: Werther Santana/Estadão

“A conversa tem que ser muito calma e clara, tentando acalmar os ânimos. Os pais não podem transmitir pânico aos filhos, principalmente os menores. Quanto mais pessoas apavoradas, pior. É bom utilizar materiais lúdicos e pedagógicos, como ilustrações e infográficos. O Ministério da Saúde está disponibilizando esse tipo de conteúdo”, sugere Ricardo Monezi, pesquisador de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da PUC-SP.

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A atenção redobrada aos hábitos de higiene, inclusive, pode contribuir para a formação de uma geração apta a se prevenir de várias doenças contagiosas. É o que afirma Marco Aurélio Safadi, infectologista do Sabará Hospital Infantil.

“Um dos bons legados em uma epidemia como essa, se é que podemos ter isso, é o amadurecimento sobre a discussão de regras e etiquetas de comportamento que podem diminuir a transmissão de doenças. Não só o coronavírus, mas também infecções como influenza e hepatite A”, ressalta o médico.

Dar o exemplo na prática é tão importante quanto falar, de acordo com Monezi. O especialista em medicina comportamental aconselha que os pais lavem as mãos da maneira adequada e com frequência, em casa, para os filhos repetirem o gesto de maneira natural. “Lavar as mãos tem que ser um hábito para os adultos. Assim, as crianças vão querer lavar como o papai e a mamãe lavam. Os pais precisam ser os primeiros exemplos”.

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Respeitar a inteligência das crianças é outro ponto fundamental na hora de conversar sobre o novo coronavírus. Para Marco Aurélio Safadi, pessoas entre seis e nove anos de idade já estão amplamente capacitadas para absorver esse tipo de conhecimento. O infectologista traça um paralelo com as questões ambientais, cada vez mais disseminadas entre os jovens.

“Uma criança tem total condição de compreender essa mensagem. A conversa pode ser normal, com elementos lúdicos. Se compararmos com a preservação ambiental, com crianças mais preocupadas, isso fica claro. A questão transcende os pais, deve ser reforçada, também, pela escola”, afirma.

A lista de perguntas difíceis que crianças fazem aos pais ganhou mais um item com o crescimento do novo coronavírus em escala global. São mais de 100 mil casos da doença, em todos os continentes. No Brasil, o número já chega a 35.

Os mais novos também podem contrair o vírus, mas a maioria dos casos são leves ou assintomáticos, ou seja, não apresentam manifestações perceptíveis da doença. Apesar disso, são capazes de transmitir a enfermidade a outras pessoas, risco que aumenta a necessidade da educação preventiva. 

Segundo especialistas, a orientação deve começar em casa, com os pais, que precisam conduzir a situação com tranquilidade. Além de reforçar as dicas repetidas à exaustão, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar contatos próximos, os ensinamentos devem ser em tom de conscientização.

Preocupadas com a disseminação do coronavírus, crianças inventam uma nova forma de se cumprimentarem na escola para evitar o contato físico Foto: Werther Santana/Estadão

“A conversa tem que ser muito calma e clara, tentando acalmar os ânimos. Os pais não podem transmitir pânico aos filhos, principalmente os menores. Quanto mais pessoas apavoradas, pior. É bom utilizar materiais lúdicos e pedagógicos, como ilustrações e infográficos. O Ministério da Saúde está disponibilizando esse tipo de conteúdo”, sugere Ricardo Monezi, pesquisador de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da PUC-SP.

A atenção redobrada aos hábitos de higiene, inclusive, pode contribuir para a formação de uma geração apta a se prevenir de várias doenças contagiosas. É o que afirma Marco Aurélio Safadi, infectologista do Sabará Hospital Infantil.

“Um dos bons legados em uma epidemia como essa, se é que podemos ter isso, é o amadurecimento sobre a discussão de regras e etiquetas de comportamento que podem diminuir a transmissão de doenças. Não só o coronavírus, mas também infecções como influenza e hepatite A”, ressalta o médico.

Dar o exemplo na prática é tão importante quanto falar, de acordo com Monezi. O especialista em medicina comportamental aconselha que os pais lavem as mãos da maneira adequada e com frequência, em casa, para os filhos repetirem o gesto de maneira natural. “Lavar as mãos tem que ser um hábito para os adultos. Assim, as crianças vão querer lavar como o papai e a mamãe lavam. Os pais precisam ser os primeiros exemplos”.

Respeitar a inteligência das crianças é outro ponto fundamental na hora de conversar sobre o novo coronavírus. Para Marco Aurélio Safadi, pessoas entre seis e nove anos de idade já estão amplamente capacitadas para absorver esse tipo de conhecimento. O infectologista traça um paralelo com as questões ambientais, cada vez mais disseminadas entre os jovens.

“Uma criança tem total condição de compreender essa mensagem. A conversa pode ser normal, com elementos lúdicos. Se compararmos com a preservação ambiental, com crianças mais preocupadas, isso fica claro. A questão transcende os pais, deve ser reforçada, também, pela escola”, afirma.

A lista de perguntas difíceis que crianças fazem aos pais ganhou mais um item com o crescimento do novo coronavírus em escala global. São mais de 100 mil casos da doença, em todos os continentes. No Brasil, o número já chega a 35.

Os mais novos também podem contrair o vírus, mas a maioria dos casos são leves ou assintomáticos, ou seja, não apresentam manifestações perceptíveis da doença. Apesar disso, são capazes de transmitir a enfermidade a outras pessoas, risco que aumenta a necessidade da educação preventiva. 

Segundo especialistas, a orientação deve começar em casa, com os pais, que precisam conduzir a situação com tranquilidade. Além de reforçar as dicas repetidas à exaustão, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar contatos próximos, os ensinamentos devem ser em tom de conscientização.

Preocupadas com a disseminação do coronavírus, crianças inventam uma nova forma de se cumprimentarem na escola para evitar o contato físico Foto: Werther Santana/Estadão

“A conversa tem que ser muito calma e clara, tentando acalmar os ânimos. Os pais não podem transmitir pânico aos filhos, principalmente os menores. Quanto mais pessoas apavoradas, pior. É bom utilizar materiais lúdicos e pedagógicos, como ilustrações e infográficos. O Ministério da Saúde está disponibilizando esse tipo de conteúdo”, sugere Ricardo Monezi, pesquisador de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e professor da PUC-SP.

A atenção redobrada aos hábitos de higiene, inclusive, pode contribuir para a formação de uma geração apta a se prevenir de várias doenças contagiosas. É o que afirma Marco Aurélio Safadi, infectologista do Sabará Hospital Infantil.

“Um dos bons legados em uma epidemia como essa, se é que podemos ter isso, é o amadurecimento sobre a discussão de regras e etiquetas de comportamento que podem diminuir a transmissão de doenças. Não só o coronavírus, mas também infecções como influenza e hepatite A”, ressalta o médico.

Dar o exemplo na prática é tão importante quanto falar, de acordo com Monezi. O especialista em medicina comportamental aconselha que os pais lavem as mãos da maneira adequada e com frequência, em casa, para os filhos repetirem o gesto de maneira natural. “Lavar as mãos tem que ser um hábito para os adultos. Assim, as crianças vão querer lavar como o papai e a mamãe lavam. Os pais precisam ser os primeiros exemplos”.

Respeitar a inteligência das crianças é outro ponto fundamental na hora de conversar sobre o novo coronavírus. Para Marco Aurélio Safadi, pessoas entre seis e nove anos de idade já estão amplamente capacitadas para absorver esse tipo de conhecimento. O infectologista traça um paralelo com as questões ambientais, cada vez mais disseminadas entre os jovens.

“Uma criança tem total condição de compreender essa mensagem. A conversa pode ser normal, com elementos lúdicos. Se compararmos com a preservação ambiental, com crianças mais preocupadas, isso fica claro. A questão transcende os pais, deve ser reforçada, também, pela escola”, afirma.

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