Saiba como ter uma gravidez tranquila seguindo esses aspectos


Suporte de profissionais de saúde além do obstetra, dia a dia desacelerado e manutenção de uma rotina de exercícios são algumas das medidas em busca da gestação mais calma

Por Lygia Pontes

Com informação e orientação adequadas, é possível passar com saúde, leveza e segurança pelas mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante os nove meses de gestação. Por isso, a abertura para tirar dúvidas com a equipe médica e a troca de experiências com outras mães é tão importante.

Obstetrícia vem do verbo latim “obstare”, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, ter uma equipe em que a gestante confia é fundamental para que ela se sinta confiante de que terá um parto com o conforto e a segurança necessários. “Para as pacientes que podem escolher sua equipe médica, é importante saber se seu obstetra tem disponibilidade para contato a qualquer momento necessário e para os deliciosos imprevistos que a obstetrícia nos proporciona”, aconselha o ginecologista e obstetra Lucas D. Pastore.

A orientação de outros profissionais além do obstetra também é indicada, para auxílio integral à saúde. Profissionais de educação física, nutricionistas e fisioterapeutas podem ajudar muito em toda a gestação e no preparo para o parto. “Eles poderão montar um treino específico para a gestante, respeitando suas limitações de amplitude dos movimentos, promover dieta saudável e fortalecimento da musculatura para sustentação da sobrecarga imposta sobre a pelve, por exemplo”, diz Pastore. “O fisioterapeuta realizará fortalecimento do assoalho pélvico, e preparo do canal de parto, o que facilitará o parto normal e diminuirá riscos de incontinência urinária após o parto, independentemente se normal ou cesárea.”

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Michele continuou indo ao estádio para ver o Corinthians jogar durante a gravidez de Giulia; ela passou para a filha a paixão pelo time Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para Juliana Censi, mãe de Júlia, de 7 anos, e Luísa, de 2 meses, essa foi uma orientação que faltou. “Gostaria de ter sido orientada sobre a importância da fisioterapia pélvica, tanto no pré como no pós-parto, independentemente da via de parto.”

A mulher que pretende engravidar e ainda não pratica atividade física deve cultivar esse hábito o mais cedo possível. A gestante que já fazia atividades físicas antes de engravidar pode manter a prática do primeiro ao último dia antes do parto, desde que seja uma gestação de baixo risco. “Eu mantive a minha rotina de exercícios, mas com mais cuidado. Isso me ajudou muito por causa da minha coluna e na hora do parto. Recomendo”, conta Michele Lopes, mãe de Giulia, de 2 anos. 

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Caso a gestante não consiga manter a rotina de exercícios, pode procurar alternativas. Foi o que fez Juliana, que mora em Santos. “Não consegui ir para a academia, pois sentia muito sono. Mas caminhei na praia à noite, após o trabalho”, lembra.

Aproveite o momento

Cada gestação é única e, apesar de durar nove meses, a sensação para muitas gestantes é de que passa rapidamente. Por isso, aproveitar esse momento pode ser chave para que tanto ele quanto o nascimento do bebê sejam leves. É o que aconselha Juliana. “Gostaria que tivessem me dito que aproveitar o momento da gestação é único e tão especial. É muito importante, pois, quando nossa cabeça está bem e tranquila, tudo flui de um jeito melhor”, afirma.

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Desacelerar o ritmo no dia a dia é outra dica. “A minha médica sempre falava para eu tentar descansar e dormir, não só porque, depois que a Giulia nascesse, as minhas noites de sono não seriam mais as mesmas, mas porque eu tinha muito sono durante o dia, na gravidez. Então eu almoçava em meia hora e dormia meia hora. Isso me ajudou bastante”, avalia Michele. “Evitei pegar peso a gravidez toda, principalmente no comecinho, que é um momento mais crítico. E evitar situações estressantes foi importante.”

Também é recomendável que a grávida siga fazendo o que gosta, dentro do possível. “Não existe aquela história de ‘não pode fazer porque você está grávida’. Ou seja, eu continuei indo aos jogos do Corinthians e foi ótimo”, observa Michele.

Juliana aproveitou o período da gravidez para fazer o que gosta. “Intensifiquei as caminhadas na praia no fim da gestação. Já estava calor. Eu andava de manhã, com o pé na areia e na água do mar, que me faz sentir feliz e relaxada, além de ser um exercício físico.”

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Seguir dicas de profissionais é tão importante quanto a grávida entender que cabe a ela assumir os cuidados com o corpo. “Seja protagonista da sua saúde. Seus hábitos saudáveis serão fundamentais para o sucesso da gestação”, conclui Pastore.

Parto, alimentação e vacinas indicadas

  • Informe-se sobre partos

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Estude todas as possibilidades de vias e formas de parto e converse com sua equipe médica durante as consultas de pré-natal. Eles são os profissionais que poderão avaliar o que é seguro para você.

  • Cuide da alimentação

“Redobrar a higienização de verduras e legumes é fundamental para evitar risco de contaminação por toxoplasmose. Evitar carne crua bovina, suína e de frango também é importante”, orienta o ginecologista e obstetra Pastore. Além disso, é necessário comer de forma saudável. “Eu sempre tive uma alimentação boa, mas, na gravidez, levei isso à risca e acho que me ajudou muito”, relata Michele. “A única mudança que fiz na minha dieta foi no começo da gravidez. Eu não tive enjoos, apenas um mal-estar, então eu tomava água com limão e foi ótimo”, lembra ela. Para Juliana, o que a ajudou a evitar os enjoos tão comuns no início da gravidez foi “beber bastante água gelada”.

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  • Atualize a vacinação

“A pandemia deixou a imunização contra covid-19 em destaque, mas outras vacinas também devem ser observadas e aplicadas quando indicadas ao longo do pré-natal, como hepatite B, tríplice bacteriana acelular (Dtpa) e influenza”, lembra o obstetra Pastore.

Com informação e orientação adequadas, é possível passar com saúde, leveza e segurança pelas mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante os nove meses de gestação. Por isso, a abertura para tirar dúvidas com a equipe médica e a troca de experiências com outras mães é tão importante.

Obstetrícia vem do verbo latim “obstare”, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, ter uma equipe em que a gestante confia é fundamental para que ela se sinta confiante de que terá um parto com o conforto e a segurança necessários. “Para as pacientes que podem escolher sua equipe médica, é importante saber se seu obstetra tem disponibilidade para contato a qualquer momento necessário e para os deliciosos imprevistos que a obstetrícia nos proporciona”, aconselha o ginecologista e obstetra Lucas D. Pastore.

A orientação de outros profissionais além do obstetra também é indicada, para auxílio integral à saúde. Profissionais de educação física, nutricionistas e fisioterapeutas podem ajudar muito em toda a gestação e no preparo para o parto. “Eles poderão montar um treino específico para a gestante, respeitando suas limitações de amplitude dos movimentos, promover dieta saudável e fortalecimento da musculatura para sustentação da sobrecarga imposta sobre a pelve, por exemplo”, diz Pastore. “O fisioterapeuta realizará fortalecimento do assoalho pélvico, e preparo do canal de parto, o que facilitará o parto normal e diminuirá riscos de incontinência urinária após o parto, independentemente se normal ou cesárea.”

Michele continuou indo ao estádio para ver o Corinthians jogar durante a gravidez de Giulia; ela passou para a filha a paixão pelo time Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para Juliana Censi, mãe de Júlia, de 7 anos, e Luísa, de 2 meses, essa foi uma orientação que faltou. “Gostaria de ter sido orientada sobre a importância da fisioterapia pélvica, tanto no pré como no pós-parto, independentemente da via de parto.”

A mulher que pretende engravidar e ainda não pratica atividade física deve cultivar esse hábito o mais cedo possível. A gestante que já fazia atividades físicas antes de engravidar pode manter a prática do primeiro ao último dia antes do parto, desde que seja uma gestação de baixo risco. “Eu mantive a minha rotina de exercícios, mas com mais cuidado. Isso me ajudou muito por causa da minha coluna e na hora do parto. Recomendo”, conta Michele Lopes, mãe de Giulia, de 2 anos. 

Caso a gestante não consiga manter a rotina de exercícios, pode procurar alternativas. Foi o que fez Juliana, que mora em Santos. “Não consegui ir para a academia, pois sentia muito sono. Mas caminhei na praia à noite, após o trabalho”, lembra.

Aproveite o momento

Cada gestação é única e, apesar de durar nove meses, a sensação para muitas gestantes é de que passa rapidamente. Por isso, aproveitar esse momento pode ser chave para que tanto ele quanto o nascimento do bebê sejam leves. É o que aconselha Juliana. “Gostaria que tivessem me dito que aproveitar o momento da gestação é único e tão especial. É muito importante, pois, quando nossa cabeça está bem e tranquila, tudo flui de um jeito melhor”, afirma.

Desacelerar o ritmo no dia a dia é outra dica. “A minha médica sempre falava para eu tentar descansar e dormir, não só porque, depois que a Giulia nascesse, as minhas noites de sono não seriam mais as mesmas, mas porque eu tinha muito sono durante o dia, na gravidez. Então eu almoçava em meia hora e dormia meia hora. Isso me ajudou bastante”, avalia Michele. “Evitei pegar peso a gravidez toda, principalmente no comecinho, que é um momento mais crítico. E evitar situações estressantes foi importante.”

Também é recomendável que a grávida siga fazendo o que gosta, dentro do possível. “Não existe aquela história de ‘não pode fazer porque você está grávida’. Ou seja, eu continuei indo aos jogos do Corinthians e foi ótimo”, observa Michele.

Juliana aproveitou o período da gravidez para fazer o que gosta. “Intensifiquei as caminhadas na praia no fim da gestação. Já estava calor. Eu andava de manhã, com o pé na areia e na água do mar, que me faz sentir feliz e relaxada, além de ser um exercício físico.”

Seguir dicas de profissionais é tão importante quanto a grávida entender que cabe a ela assumir os cuidados com o corpo. “Seja protagonista da sua saúde. Seus hábitos saudáveis serão fundamentais para o sucesso da gestação”, conclui Pastore.

Parto, alimentação e vacinas indicadas

  • Informe-se sobre partos

Estude todas as possibilidades de vias e formas de parto e converse com sua equipe médica durante as consultas de pré-natal. Eles são os profissionais que poderão avaliar o que é seguro para você.

  • Cuide da alimentação

“Redobrar a higienização de verduras e legumes é fundamental para evitar risco de contaminação por toxoplasmose. Evitar carne crua bovina, suína e de frango também é importante”, orienta o ginecologista e obstetra Pastore. Além disso, é necessário comer de forma saudável. “Eu sempre tive uma alimentação boa, mas, na gravidez, levei isso à risca e acho que me ajudou muito”, relata Michele. “A única mudança que fiz na minha dieta foi no começo da gravidez. Eu não tive enjoos, apenas um mal-estar, então eu tomava água com limão e foi ótimo”, lembra ela. Para Juliana, o que a ajudou a evitar os enjoos tão comuns no início da gravidez foi “beber bastante água gelada”.

  • Atualize a vacinação

“A pandemia deixou a imunização contra covid-19 em destaque, mas outras vacinas também devem ser observadas e aplicadas quando indicadas ao longo do pré-natal, como hepatite B, tríplice bacteriana acelular (Dtpa) e influenza”, lembra o obstetra Pastore.

Com informação e orientação adequadas, é possível passar com saúde, leveza e segurança pelas mudanças que ocorrem no corpo e na mente durante os nove meses de gestação. Por isso, a abertura para tirar dúvidas com a equipe médica e a troca de experiências com outras mães é tão importante.

Obstetrícia vem do verbo latim “obstare”, que significa “ficar ao lado de”. Por isso, ter uma equipe em que a gestante confia é fundamental para que ela se sinta confiante de que terá um parto com o conforto e a segurança necessários. “Para as pacientes que podem escolher sua equipe médica, é importante saber se seu obstetra tem disponibilidade para contato a qualquer momento necessário e para os deliciosos imprevistos que a obstetrícia nos proporciona”, aconselha o ginecologista e obstetra Lucas D. Pastore.

A orientação de outros profissionais além do obstetra também é indicada, para auxílio integral à saúde. Profissionais de educação física, nutricionistas e fisioterapeutas podem ajudar muito em toda a gestação e no preparo para o parto. “Eles poderão montar um treino específico para a gestante, respeitando suas limitações de amplitude dos movimentos, promover dieta saudável e fortalecimento da musculatura para sustentação da sobrecarga imposta sobre a pelve, por exemplo”, diz Pastore. “O fisioterapeuta realizará fortalecimento do assoalho pélvico, e preparo do canal de parto, o que facilitará o parto normal e diminuirá riscos de incontinência urinária após o parto, independentemente se normal ou cesárea.”

Michele continuou indo ao estádio para ver o Corinthians jogar durante a gravidez de Giulia; ela passou para a filha a paixão pelo time Foto: Taba Benedicto/Estadão

Para Juliana Censi, mãe de Júlia, de 7 anos, e Luísa, de 2 meses, essa foi uma orientação que faltou. “Gostaria de ter sido orientada sobre a importância da fisioterapia pélvica, tanto no pré como no pós-parto, independentemente da via de parto.”

A mulher que pretende engravidar e ainda não pratica atividade física deve cultivar esse hábito o mais cedo possível. A gestante que já fazia atividades físicas antes de engravidar pode manter a prática do primeiro ao último dia antes do parto, desde que seja uma gestação de baixo risco. “Eu mantive a minha rotina de exercícios, mas com mais cuidado. Isso me ajudou muito por causa da minha coluna e na hora do parto. Recomendo”, conta Michele Lopes, mãe de Giulia, de 2 anos. 

Caso a gestante não consiga manter a rotina de exercícios, pode procurar alternativas. Foi o que fez Juliana, que mora em Santos. “Não consegui ir para a academia, pois sentia muito sono. Mas caminhei na praia à noite, após o trabalho”, lembra.

Aproveite o momento

Cada gestação é única e, apesar de durar nove meses, a sensação para muitas gestantes é de que passa rapidamente. Por isso, aproveitar esse momento pode ser chave para que tanto ele quanto o nascimento do bebê sejam leves. É o que aconselha Juliana. “Gostaria que tivessem me dito que aproveitar o momento da gestação é único e tão especial. É muito importante, pois, quando nossa cabeça está bem e tranquila, tudo flui de um jeito melhor”, afirma.

Desacelerar o ritmo no dia a dia é outra dica. “A minha médica sempre falava para eu tentar descansar e dormir, não só porque, depois que a Giulia nascesse, as minhas noites de sono não seriam mais as mesmas, mas porque eu tinha muito sono durante o dia, na gravidez. Então eu almoçava em meia hora e dormia meia hora. Isso me ajudou bastante”, avalia Michele. “Evitei pegar peso a gravidez toda, principalmente no comecinho, que é um momento mais crítico. E evitar situações estressantes foi importante.”

Também é recomendável que a grávida siga fazendo o que gosta, dentro do possível. “Não existe aquela história de ‘não pode fazer porque você está grávida’. Ou seja, eu continuei indo aos jogos do Corinthians e foi ótimo”, observa Michele.

Juliana aproveitou o período da gravidez para fazer o que gosta. “Intensifiquei as caminhadas na praia no fim da gestação. Já estava calor. Eu andava de manhã, com o pé na areia e na água do mar, que me faz sentir feliz e relaxada, além de ser um exercício físico.”

Seguir dicas de profissionais é tão importante quanto a grávida entender que cabe a ela assumir os cuidados com o corpo. “Seja protagonista da sua saúde. Seus hábitos saudáveis serão fundamentais para o sucesso da gestação”, conclui Pastore.

Parto, alimentação e vacinas indicadas

  • Informe-se sobre partos

Estude todas as possibilidades de vias e formas de parto e converse com sua equipe médica durante as consultas de pré-natal. Eles são os profissionais que poderão avaliar o que é seguro para você.

  • Cuide da alimentação

“Redobrar a higienização de verduras e legumes é fundamental para evitar risco de contaminação por toxoplasmose. Evitar carne crua bovina, suína e de frango também é importante”, orienta o ginecologista e obstetra Pastore. Além disso, é necessário comer de forma saudável. “Eu sempre tive uma alimentação boa, mas, na gravidez, levei isso à risca e acho que me ajudou muito”, relata Michele. “A única mudança que fiz na minha dieta foi no começo da gravidez. Eu não tive enjoos, apenas um mal-estar, então eu tomava água com limão e foi ótimo”, lembra ela. Para Juliana, o que a ajudou a evitar os enjoos tão comuns no início da gravidez foi “beber bastante água gelada”.

  • Atualize a vacinação

“A pandemia deixou a imunização contra covid-19 em destaque, mas outras vacinas também devem ser observadas e aplicadas quando indicadas ao longo do pré-natal, como hepatite B, tríplice bacteriana acelular (Dtpa) e influenza”, lembra o obstetra Pastore.

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