Secretários de Saúde pedem ao governo que reconheça nova onda de covid-19 provocada pela Ômicron


Argumento do Conass é de que, caso não sejam tomadas decisões de âmbito nacional, haverá aumento de pressão na rede hospitalar

Por Weslley Galzo

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) encaminhou nesta quarta-feira, 12, um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com pedidos para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19 provocada pela disseminação da variante Ômicron no País e estabeleça medidas de apoio aos Estados e municípios diantes do avanço da doença.

O Conass argumenta no ofício que, caso não sejam tomadas decisões de âmbito nacional, haverá aumento de pressão na rede hospitalar provocada, sobretudo, pelo crescimento repentino da demanda por testes, consultas e internações. “Se o sistema hospitalar entrar em colapso, tanto na rede privada, quanto na rede pública, óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantia de acesso à internação”, diz um trecho do documento.

O documento é assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula, que pede a adoção de seis frentes de ação para conter a expansão do novo coronavírus no País. Dentre as reivindicações, consta a necessidade de “posicionamento claro” da Secretaria de Vigilância em Saúde do governo em determinar o cancelamento do carnaval de rua e de outros eventos que gerem aglomeração em locais onde não seja possível controlar o acesso do público, assim como passe a ser exigido em todas as regiões a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo.

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Fila para atendimento no Hospital Sorocabana em São Paulo; Estado dobrou número de internações no período de um mês Foto: Alex Silva/Estadão

O Conass também pede a autorização imediata, seguindo os mesmos padrões definidos em 2021, para restabelecer o funcionamento de toda a rede hospitalar criada para enfrentar a covid-19, e que não tenha sido contemplada com a habilitação permanente para tratar internações em leitos clínicos e de terapia intensiva. Também foi solicitado o monitoramento nacional de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPI) e kits de intubação - itens essenciais que podem sofrer com o desabastecimento em um cenário de recrudescimento da pandemia.

Como mostrou o Estadão, a associação responsável pelas clínicas diagnósticas no País anunciou nesta quarta a possibilidade de falta de testes nos próximos dias por conta do esgotamento de insumos necessários para a realização dos exames. Neste cenário, o Conass pede o empenho urgente de recursos públicos para a criação de pontos de testagem em massa da população e “a imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças”.

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“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos”, diz o ofício.

Dentro desse mesmo ramo de exigências, foi solicitada “a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de imunização”. O grupo dos mais jovens só foi incluído no Plano Nacional de Imunização no último dia 6, após muita resistência do ministro da Saúde, que chegou a realizar um teste público para checar a receptividade da população à ideia de exigir prescrição médica para vaciná-los.

“O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo”, avalia o Conselho.

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) encaminhou nesta quarta-feira, 12, um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com pedidos para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19 provocada pela disseminação da variante Ômicron no País e estabeleça medidas de apoio aos Estados e municípios diantes do avanço da doença.

O Conass argumenta no ofício que, caso não sejam tomadas decisões de âmbito nacional, haverá aumento de pressão na rede hospitalar provocada, sobretudo, pelo crescimento repentino da demanda por testes, consultas e internações. “Se o sistema hospitalar entrar em colapso, tanto na rede privada, quanto na rede pública, óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantia de acesso à internação”, diz um trecho do documento.

O documento é assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula, que pede a adoção de seis frentes de ação para conter a expansão do novo coronavírus no País. Dentre as reivindicações, consta a necessidade de “posicionamento claro” da Secretaria de Vigilância em Saúde do governo em determinar o cancelamento do carnaval de rua e de outros eventos que gerem aglomeração em locais onde não seja possível controlar o acesso do público, assim como passe a ser exigido em todas as regiões a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo.

Fila para atendimento no Hospital Sorocabana em São Paulo; Estado dobrou número de internações no período de um mês Foto: Alex Silva/Estadão

O Conass também pede a autorização imediata, seguindo os mesmos padrões definidos em 2021, para restabelecer o funcionamento de toda a rede hospitalar criada para enfrentar a covid-19, e que não tenha sido contemplada com a habilitação permanente para tratar internações em leitos clínicos e de terapia intensiva. Também foi solicitado o monitoramento nacional de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPI) e kits de intubação - itens essenciais que podem sofrer com o desabastecimento em um cenário de recrudescimento da pandemia.

Como mostrou o Estadão, a associação responsável pelas clínicas diagnósticas no País anunciou nesta quarta a possibilidade de falta de testes nos próximos dias por conta do esgotamento de insumos necessários para a realização dos exames. Neste cenário, o Conass pede o empenho urgente de recursos públicos para a criação de pontos de testagem em massa da população e “a imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças”.

“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos”, diz o ofício.

Dentro desse mesmo ramo de exigências, foi solicitada “a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de imunização”. O grupo dos mais jovens só foi incluído no Plano Nacional de Imunização no último dia 6, após muita resistência do ministro da Saúde, que chegou a realizar um teste público para checar a receptividade da população à ideia de exigir prescrição médica para vaciná-los.

“O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo”, avalia o Conselho.

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) encaminhou nesta quarta-feira, 12, um ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com pedidos para que o governo federal reconheça publicamente a existência de nova onda de covid-19 provocada pela disseminação da variante Ômicron no País e estabeleça medidas de apoio aos Estados e municípios diantes do avanço da doença.

O Conass argumenta no ofício que, caso não sejam tomadas decisões de âmbito nacional, haverá aumento de pressão na rede hospitalar provocada, sobretudo, pelo crescimento repentino da demanda por testes, consultas e internações. “Se o sistema hospitalar entrar em colapso, tanto na rede privada, quanto na rede pública, óbitos evitáveis poderão ocorrer pela não garantia de acesso à internação”, diz um trecho do documento.

O documento é assinado pelo presidente do Conass, Carlos Lula, que pede a adoção de seis frentes de ação para conter a expansão do novo coronavírus no País. Dentre as reivindicações, consta a necessidade de “posicionamento claro” da Secretaria de Vigilância em Saúde do governo em determinar o cancelamento do carnaval de rua e de outros eventos que gerem aglomeração em locais onde não seja possível controlar o acesso do público, assim como passe a ser exigido em todas as regiões a obrigatoriedade de comprovante de vacinação e teste negativo.

Fila para atendimento no Hospital Sorocabana em São Paulo; Estado dobrou número de internações no período de um mês Foto: Alex Silva/Estadão

O Conass também pede a autorização imediata, seguindo os mesmos padrões definidos em 2021, para restabelecer o funcionamento de toda a rede hospitalar criada para enfrentar a covid-19, e que não tenha sido contemplada com a habilitação permanente para tratar internações em leitos clínicos e de terapia intensiva. Também foi solicitado o monitoramento nacional de medicamentos, equipamentos de proteção individual (EPI) e kits de intubação - itens essenciais que podem sofrer com o desabastecimento em um cenário de recrudescimento da pandemia.

Como mostrou o Estadão, a associação responsável pelas clínicas diagnósticas no País anunciou nesta quarta a possibilidade de falta de testes nos próximos dias por conta do esgotamento de insumos necessários para a realização dos exames. Neste cenário, o Conass pede o empenho urgente de recursos públicos para a criação de pontos de testagem em massa da população e “a imediata deflagração de campanha pela imunização completa de toda a família brasileira, com destaque para a vacinação infantil, de modo a estimular a adesão plena da vacinação de crianças”.

“Sendo a Ômicron mais transmissível e responsável pelo aumento de pacientes com sintomas leves, os serviços ambulatoriais estarão pressionados por quadros clínicos que exigem testagem imediata, prescrição médica e emissão de atestados para o devido isolamento dos positivos”, diz o ofício.

Dentro desse mesmo ramo de exigências, foi solicitada “a inclusão imediata da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 no calendário nacional de imunização”. O grupo dos mais jovens só foi incluído no Plano Nacional de Imunização no último dia 6, após muita resistência do ministro da Saúde, que chegou a realizar um teste público para checar a receptividade da população à ideia de exigir prescrição médica para vaciná-los.

“O Conass acredita que o crescimento de casos, impulsionado pela nova variante, volta a impor desafios aos sistemas de saúde público e privado do país. Destaca-se que, mesmo com a suspeita da menor gravidade, com a alta transmissão aumentam as chances de hospitalização, principalmente na população sem esquema vacinal completo”, avalia o Conselho.

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