Síndrome do Intestino Irritável: saiba como identificar e lidar com ela


A SII causa dores abdominais semelhantes às da cólica e não tem cura; adotar um estilo de vida mais saudável é a melhor forma de controle

Por Guilherme Santiago

Dores abdominais são comuns e podem ser apenas resultado de uma má digestão ou excesso de gases. Porém, quando são recorrentes e atreladas a outros sintomas, é um provável alerta para a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Nesses casos, junto com o desconforto, podem aparecer diarreia ou prisão de ventre, alívio da dor após a defecação e alteração do formato das fezes.

O diagnóstico é feito quando há pelo menos dois desses três sintomas atrelados à dor abdominal, conforme explica Thaísa Barbosa, médica da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). A frequência com que os sintomas aparecem também é levada em consideração. “A síndrome se caracteriza por ser uma dor recorrente. Por isso, para o diagnóstico, é preciso ocorrer ao menos uma vez na semana durante três meses”, alerta.

Por afetar a função e não a estrutura do intestino, não existe a possibilidade de danos permanentes, nem o aumento do risco de desenvolvimento de doenças mais graves, como o câncer. Mas, para aqueles que buscam conviver com a síndrome com qualidade de vida, alguns cuidados são necessários. “É uma condição de fácil controle se respeitarmos os fatores precipitantes”, diz a médica.

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Quais as causas da síndrome?

Não existe uma causa exata para o aparecimento da síndrome, mas uma combinação de aspectos que aceleram sua manifestação. A ansiedade e o estresse estão entre esses fatores. “Pacientes com ansiedade patológica, que passaram por alguma situação de estresse grave ou com depressão tendem a ter a síndrome com mais frequência”, afirma.

Thaísa Barbosa explica que alterações psicossociais têm efeito na motilidade dos músculos que revestem as paredes internas do intestino. Isso significa que essas situações podem afetar a capacidade do intestino de realizar movimentos autônomos de forma coordenada e uniforme. “A alteração da motilidade do intestino, seja com aumento ou redução dos movimentos, pode causar diarreia ou constipação.”

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Nas situações em que o peristaltismo – nome desse movimento da parede intestinal – diminui, as contrações intestinais ficam mais fracas que o normal e o processo de passagem dos alimentos se torna mais lento. É por isso que surgem a prisão de ventre e as fezes mais endurecidas. Nos casos em que a motilidade aumenta e as contrações ficam mais frequentes e fortes, a diarreia pode aparecer. Isso porque essa contração acelerada impede a correta absorção de líquidos do bolo fecal e deixa as fezes com excesso de água.

Além disso, há outros aspectos envolvidos no aparecimento da SII, como os hábitos de alimentação, possíveis intolerâncias alimentares, infecções ou inflamações intestinais, alteração da microbiota do intestino, entre outras. É a combinação desses aspectos que pode provocar episódios de desconforto abdominal atrelado a sintomas característicos da síndrome.

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“Às vezes o paciente fica frustrado porque não há uma causa específica, muitas vezes ele não adere ao tratamento e continua tendo crises. Por isso é importante que o paciente entenda que a melhor forma de controle é adotando um estilo de vida mais saudável”, explica a médica.

A ansiedade e o estresse estão entre os fatores que aceleram a manifestação da síndrome. Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash

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Como funciona o tratamento?

“A síndrome não tem cura, tem controle”, afirma Thaísa. Ajustar a alimentação pode ser o primeiro passo. Segundo a médica, diminuir o consumo de alimentos fermentáveis e bebidas alcoólicas pode reduzir a formação de gases e melhorar o desconforto abdominal.

O exercício físico também é um importante aliado, uma vez que estimula o funcionamento intestinal e pode, assim, reduzir o desconforto. Atrelado a isso, o acompanhamento com psicólogo é essencial. A Organização Mundial de Gastroenterologia recomenda, como uma alternativa, a prática da hipnoterapia para relaxamento. “Essas medidas comportamentais costumam ser suficientes para controle dos casos leves da condição”, diz a especialista.

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O que fazer para prisão de ventre e em caso de diarreia?

A síndrome pode causar duas alterações funcionais no intestino: diarreia e prisão de ventre. “O paciente pode ter as duas alterações em um período de três meses e intercalar diarreia com constipação ou pode ter só uma delas, que é o mais comum”, explica.

A recomendação para aqueles que sofrem com o intestino preso é aumentar a ingestão de líquidos e o consumo de fibras, como leguminosas, grãos e cereais. “Essa mudança na alimentação costuma ser suficiente, porém, quando não é, a gente prescreve um medicamento laxativo”, diz.

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Em pacientes com a síndrome associada à diarreia, o foco é evitar o consumo dos alimentos que podem estar causando essa condição. “Dependendo da intensidade, também podemos indicar medicamentos antidiarreicos”, afirma.

Quando os sintomas são mais intensos, pode ser necessário o uso de medicamentos próprios para a Síndrome do Intestino Irritável, além daqueles para diarreia e prisão de ventre. “Esses medicamentos são específicos para regularizar a parede intestinal”, explica a médica.

Dores abdominais são comuns e podem ser apenas resultado de uma má digestão ou excesso de gases. Porém, quando são recorrentes e atreladas a outros sintomas, é um provável alerta para a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Nesses casos, junto com o desconforto, podem aparecer diarreia ou prisão de ventre, alívio da dor após a defecação e alteração do formato das fezes.

O diagnóstico é feito quando há pelo menos dois desses três sintomas atrelados à dor abdominal, conforme explica Thaísa Barbosa, médica da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). A frequência com que os sintomas aparecem também é levada em consideração. “A síndrome se caracteriza por ser uma dor recorrente. Por isso, para o diagnóstico, é preciso ocorrer ao menos uma vez na semana durante três meses”, alerta.

Por afetar a função e não a estrutura do intestino, não existe a possibilidade de danos permanentes, nem o aumento do risco de desenvolvimento de doenças mais graves, como o câncer. Mas, para aqueles que buscam conviver com a síndrome com qualidade de vida, alguns cuidados são necessários. “É uma condição de fácil controle se respeitarmos os fatores precipitantes”, diz a médica.

Quais as causas da síndrome?

Não existe uma causa exata para o aparecimento da síndrome, mas uma combinação de aspectos que aceleram sua manifestação. A ansiedade e o estresse estão entre esses fatores. “Pacientes com ansiedade patológica, que passaram por alguma situação de estresse grave ou com depressão tendem a ter a síndrome com mais frequência”, afirma.

Thaísa Barbosa explica que alterações psicossociais têm efeito na motilidade dos músculos que revestem as paredes internas do intestino. Isso significa que essas situações podem afetar a capacidade do intestino de realizar movimentos autônomos de forma coordenada e uniforme. “A alteração da motilidade do intestino, seja com aumento ou redução dos movimentos, pode causar diarreia ou constipação.”

Nas situações em que o peristaltismo – nome desse movimento da parede intestinal – diminui, as contrações intestinais ficam mais fracas que o normal e o processo de passagem dos alimentos se torna mais lento. É por isso que surgem a prisão de ventre e as fezes mais endurecidas. Nos casos em que a motilidade aumenta e as contrações ficam mais frequentes e fortes, a diarreia pode aparecer. Isso porque essa contração acelerada impede a correta absorção de líquidos do bolo fecal e deixa as fezes com excesso de água.

Além disso, há outros aspectos envolvidos no aparecimento da SII, como os hábitos de alimentação, possíveis intolerâncias alimentares, infecções ou inflamações intestinais, alteração da microbiota do intestino, entre outras. É a combinação desses aspectos que pode provocar episódios de desconforto abdominal atrelado a sintomas característicos da síndrome.

“Às vezes o paciente fica frustrado porque não há uma causa específica, muitas vezes ele não adere ao tratamento e continua tendo crises. Por isso é importante que o paciente entenda que a melhor forma de controle é adotando um estilo de vida mais saudável”, explica a médica.

A ansiedade e o estresse estão entre os fatores que aceleram a manifestação da síndrome. Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash

Como funciona o tratamento?

“A síndrome não tem cura, tem controle”, afirma Thaísa. Ajustar a alimentação pode ser o primeiro passo. Segundo a médica, diminuir o consumo de alimentos fermentáveis e bebidas alcoólicas pode reduzir a formação de gases e melhorar o desconforto abdominal.

O exercício físico também é um importante aliado, uma vez que estimula o funcionamento intestinal e pode, assim, reduzir o desconforto. Atrelado a isso, o acompanhamento com psicólogo é essencial. A Organização Mundial de Gastroenterologia recomenda, como uma alternativa, a prática da hipnoterapia para relaxamento. “Essas medidas comportamentais costumam ser suficientes para controle dos casos leves da condição”, diz a especialista.

O que fazer para prisão de ventre e em caso de diarreia?

A síndrome pode causar duas alterações funcionais no intestino: diarreia e prisão de ventre. “O paciente pode ter as duas alterações em um período de três meses e intercalar diarreia com constipação ou pode ter só uma delas, que é o mais comum”, explica.

A recomendação para aqueles que sofrem com o intestino preso é aumentar a ingestão de líquidos e o consumo de fibras, como leguminosas, grãos e cereais. “Essa mudança na alimentação costuma ser suficiente, porém, quando não é, a gente prescreve um medicamento laxativo”, diz.

Em pacientes com a síndrome associada à diarreia, o foco é evitar o consumo dos alimentos que podem estar causando essa condição. “Dependendo da intensidade, também podemos indicar medicamentos antidiarreicos”, afirma.

Quando os sintomas são mais intensos, pode ser necessário o uso de medicamentos próprios para a Síndrome do Intestino Irritável, além daqueles para diarreia e prisão de ventre. “Esses medicamentos são específicos para regularizar a parede intestinal”, explica a médica.

Dores abdominais são comuns e podem ser apenas resultado de uma má digestão ou excesso de gases. Porém, quando são recorrentes e atreladas a outros sintomas, é um provável alerta para a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Nesses casos, junto com o desconforto, podem aparecer diarreia ou prisão de ventre, alívio da dor após a defecação e alteração do formato das fezes.

O diagnóstico é feito quando há pelo menos dois desses três sintomas atrelados à dor abdominal, conforme explica Thaísa Barbosa, médica da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). A frequência com que os sintomas aparecem também é levada em consideração. “A síndrome se caracteriza por ser uma dor recorrente. Por isso, para o diagnóstico, é preciso ocorrer ao menos uma vez na semana durante três meses”, alerta.

Por afetar a função e não a estrutura do intestino, não existe a possibilidade de danos permanentes, nem o aumento do risco de desenvolvimento de doenças mais graves, como o câncer. Mas, para aqueles que buscam conviver com a síndrome com qualidade de vida, alguns cuidados são necessários. “É uma condição de fácil controle se respeitarmos os fatores precipitantes”, diz a médica.

Quais as causas da síndrome?

Não existe uma causa exata para o aparecimento da síndrome, mas uma combinação de aspectos que aceleram sua manifestação. A ansiedade e o estresse estão entre esses fatores. “Pacientes com ansiedade patológica, que passaram por alguma situação de estresse grave ou com depressão tendem a ter a síndrome com mais frequência”, afirma.

Thaísa Barbosa explica que alterações psicossociais têm efeito na motilidade dos músculos que revestem as paredes internas do intestino. Isso significa que essas situações podem afetar a capacidade do intestino de realizar movimentos autônomos de forma coordenada e uniforme. “A alteração da motilidade do intestino, seja com aumento ou redução dos movimentos, pode causar diarreia ou constipação.”

Nas situações em que o peristaltismo – nome desse movimento da parede intestinal – diminui, as contrações intestinais ficam mais fracas que o normal e o processo de passagem dos alimentos se torna mais lento. É por isso que surgem a prisão de ventre e as fezes mais endurecidas. Nos casos em que a motilidade aumenta e as contrações ficam mais frequentes e fortes, a diarreia pode aparecer. Isso porque essa contração acelerada impede a correta absorção de líquidos do bolo fecal e deixa as fezes com excesso de água.

Além disso, há outros aspectos envolvidos no aparecimento da SII, como os hábitos de alimentação, possíveis intolerâncias alimentares, infecções ou inflamações intestinais, alteração da microbiota do intestino, entre outras. É a combinação desses aspectos que pode provocar episódios de desconforto abdominal atrelado a sintomas característicos da síndrome.

“Às vezes o paciente fica frustrado porque não há uma causa específica, muitas vezes ele não adere ao tratamento e continua tendo crises. Por isso é importante que o paciente entenda que a melhor forma de controle é adotando um estilo de vida mais saudável”, explica a médica.

A ansiedade e o estresse estão entre os fatores que aceleram a manifestação da síndrome. Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash

Como funciona o tratamento?

“A síndrome não tem cura, tem controle”, afirma Thaísa. Ajustar a alimentação pode ser o primeiro passo. Segundo a médica, diminuir o consumo de alimentos fermentáveis e bebidas alcoólicas pode reduzir a formação de gases e melhorar o desconforto abdominal.

O exercício físico também é um importante aliado, uma vez que estimula o funcionamento intestinal e pode, assim, reduzir o desconforto. Atrelado a isso, o acompanhamento com psicólogo é essencial. A Organização Mundial de Gastroenterologia recomenda, como uma alternativa, a prática da hipnoterapia para relaxamento. “Essas medidas comportamentais costumam ser suficientes para controle dos casos leves da condição”, diz a especialista.

O que fazer para prisão de ventre e em caso de diarreia?

A síndrome pode causar duas alterações funcionais no intestino: diarreia e prisão de ventre. “O paciente pode ter as duas alterações em um período de três meses e intercalar diarreia com constipação ou pode ter só uma delas, que é o mais comum”, explica.

A recomendação para aqueles que sofrem com o intestino preso é aumentar a ingestão de líquidos e o consumo de fibras, como leguminosas, grãos e cereais. “Essa mudança na alimentação costuma ser suficiente, porém, quando não é, a gente prescreve um medicamento laxativo”, diz.

Em pacientes com a síndrome associada à diarreia, o foco é evitar o consumo dos alimentos que podem estar causando essa condição. “Dependendo da intensidade, também podemos indicar medicamentos antidiarreicos”, afirma.

Quando os sintomas são mais intensos, pode ser necessário o uso de medicamentos próprios para a Síndrome do Intestino Irritável, além daqueles para diarreia e prisão de ventre. “Esses medicamentos são específicos para regularizar a parede intestinal”, explica a médica.

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