SÃO PAULO - Subiu para 163 o número de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desde janeiro do ano passado, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira, 2, pela Secretaria Estadual de Saúde. Do total de infectados, 61 morreram. Na sexta passada, 26, a pasta informou haver 134 ocorrências e 52 óbitos.
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Os municípios de Mairiporã, na Grande São Paulo, e Atibaia, no interior, continuam no topo da lista de cidades com o maior número de vítimas do doença. A primeira concentra mais da metade de todos os casos no Estado: 96, com 28 óbitos. A segunda acumula 23 ocorrências e 12 mortes.
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Entre os mortos, há um morador de Minas Gerais e outro de Santa Catarina que se contaminaram em Mairiporã. Não há registro de casos na capital.
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Dia D
Para conter o avanço da doença, a secretaria realiza neste sábado, 3, o primeiro Dia D da campanha de vacinação. Segundo a pasta, 900 postos estarão abertos, com suporte de 12 mil profissionais.
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O estado de São Paulo tenta conter uma onda de pânico diante do aumento do número de casos de febre amarela. Desde dezembro já foram registrados 58 casos da doença, sendo 28 letais.
Do dia 25, data do início da campanha, até esta sexta, 1.644.975 pessoas foram imunizadas no Estado. O objetivo é vacinar 9.2 milhões em 54 cidades paulistas até o dia 17, quando o governo realizará outro Dia D e encerrará a campanha.
A secretaria explicou que a escolha dos municípios foi definida por critérios epidemiológicos após análises técnicas e de campo feitas pelo Centro de Vigilância Epidemiológica/Divisão de Zoonoses (CVE) e pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) em locais de concentração de mata.
Do total vacinado até o momento, 1.585.756 receberam a dose fracionada, de 0,1 mL, enquanto 59.219, a dose padrão. "Estudos evidenciam que a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos", afirmou a Secretaria de Saúde, em nota. "As carteiras de vacinação terão um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada."
Cerca de 6,9 milhões de doses da vacina fracionada serão disponibilizadas para as pessoas ainda não imunizadas que residem nos locais definidos. A campanha também prevê a oferta de 2,3 milhões de doses padrão, que serão disponibilizadas para crianças com idade entre 9 meses e 2 anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco.
Capital
Na capital, postos de 20 distritos das zonas leste e sul que fazem parte da segunda etapa de imunização vão fazer o atendimento das 8 às 17 horas. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o atendimento será feito apenas para pessoas que receberam as senhas em casa.
A meta da pasta é vacinar 3,6 milhões de moradores de bairros como Jabaquara, Cursino, Cidade Ademar e Campo Limpo, na zona sul, e Guaianases, Parque do Carmo, São Mateus e Cidade Tiradentes, na zona leste.
Rio
No Estado do Rio, 17 pessoas já morreram acometidas por febre amarela em 2018, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria Estadual de Saúde. O número de casos chegou a 41. Em relação ao balanço anterior, de quinta-feira, 1º, foram confirmadas mais quatro mortes e sete casos.
As mortes aconteceram em Teresópolis, Nova Friburgo, Valença e Carmo. Os novos casos foram em Teresópolis (3), Nova Friburgo (2), Carmo e Maricá.
Maricá é o 13º município do Rio onde se registra um caso de febre amarela, e o primeiro da região metropolitana. Todos os outros municípios atingidos pela doença ficam na Região Serrana ou no interior do Estado.
O município com mais casos continua sendo Valença (14, com cinco mortes), seguido por Teresópolis (sete casos e três mortes), Sumidouro (quatro casos e uma morte), Nova Friburgo (três casos e duas mortes), Rio das Flores (dois casos e duas mortes), Cantagalo e Carmo (dois casos e uma morte em cada município), Duas Barras (dois casos), Paraíba do Sul e Miguel Pereira (um caso e uma morte em cada município), Petrópolis, Vassouras e Maricá (um caso em cada).
Os casos de macacos mortos pela febre amarela também aumentaram. Até quinta-feira, só havia sido registrado um caso, em Niterói, na região metropolitana. Agora, mais quatro municípios registram casos (um macaco morto pela doença em cada): Angra dos Reis, Barra Mansa, Valença e Miguel Pereira.