O uso de máscaras faciais em transportes públicos não será mais obrigatório em São Paulo a partir desta sexta-feira, 9. A decisão vale para o Estado e a capital, onde a proteção compulsória foi implementada em dezembro de 2020 para conter o avanço do coronavírus.
Com a medida, hospitais, clínicas e estabelecimentos de saúde são os únicos locais onde o uso da máscara facial ainda segue como obrigatório no Estado. No caso dos transportes públicos, ela passa a ser apenas “recomendada”, principalmente para pessoas com 60 anos ou mais e as imunossuprimidas.
Em nota conjunta, o governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo anunciaram que a medida foi tomada com base em dados e recomendações do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS), cujos membros compunham o antigo Comitê Científico formado para lidar com a pandemia. Ainda no mês passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a obrigatoriedade do item em todos os aeroportos e aeronaves do País.
Em São Paulo, o anúncio foi baseado na observação do cenário epidemiológico e, principalmente, na cobertura vacinal contra o coronavírus. Hoje, o Estado tem 90,7% de toda a população com a primeira dose e mais de 88% com o esquema primário de vacinação (duas doses ou aplicação única) completo.
“O Estado de São Paulo conseguiu um índice de cobertura fantástico na campanha de vacinação contra o novo coronavírus, e protegeu sua população, principalmente contra casos graves da doença. Como consequência, as internações e óbitos despencaram”, afirmou o infectologista David Uip, secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo. “Isso nos dá a segurança necessária para a flexibilização do uso de máscaras neste momento, mas seguiremos atentos, monitorando os dados epidemiológicos de forma constante.”