Streptococcus A: Entenda a infecção causada pela bactéria que levou crianças à morte no Reino Unido


Após nove óbitos desde setembro, governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas

Por Renata Okumura

Ao menos nove crianças morreram no Reino Unido, desde setembro deste ano, por uma infecção causada pela bactéria Streptococcus A. Nesta terça-feira, 6, as autoridades de saúde da Irlanda do Norte confirmaram a morte de uma menina de 5 anos, em caso detectado em uma escola primária em Belfast na semana passada.

“Uma carta foi enviada aos pais, informando-os sobre a trágica perda e oferecendo informações sobre os serviços de apoio disponível na escola para nossas crianças nestes tempos tão tristes”, disse a rede de ensino em comunicado.

De acordo com a mídia local, um menor está hospitalizado e outro teve alta, depois de ambos também terem sido infectados.

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A bactéria Streptococcus A, que pode causar amigdalite, escarlatina (erupções vermelhas na pele) ou pneumonia, geralmente está relacionada com quadros leves. No entanto, alguns pacientes podem desenvolver casos mais graves, visto que a cepa do vírus é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade, podendo atingir a corrente sanguínea ou os pulmões.

O secretário de Estado britânico, responsável pelas escolas, Nick Gibb, disse que o governo está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas.

Ainda na semana passada, as autoridades de saúde fizeram um apelo para que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento dos sintomas, após constatarem um aumento no número de casos em escolas e creches da província britânica.

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Governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas pela bactéria Streptococcus A. Foto: Pixabay

Como a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de contato próximo, tosse ou espirro, geralmente é mais comum atingir ambientes como escolas.

A retomada dos casos em todo o país ocorre após dois anos de confinamento social imposto pela pandemia de coronavírus, período em que a sua incidência foi menor.

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No caso da escarlatina, em particular, o Reino Unido registrou 851 infecções na semana entre 14 e 20 de novembro deste ano, contra 186 notificações antes da covid-19.

O que é a bactéria conhecida como Streptococcus A?

A Streptococcus do Grupo A, conhecida como Streptococcus pyogenes, é uma bactéria patogênica altamente infecciosa que geralmente causa amigdalite, doença infecciosa que atinge as amígdalas, dois órgãos que ficam no fundo da garganta. Em casos leves, os sintomas vão de dor de garganta a febre baixa.

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“Esses quadros de amigdalite predominam na infância, entre os 2 anos e a adolescência. São causados pela Streptococcus A. A bactéria também é causadora da escarlatina, doença que leva a exantemas, que são as lesões avermelhadas na pele”, explica Eitan Berezin, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ainda de acordo com o especialista, as patologias associadas à bactéria que mais causam preocupação são as chamadas manifestações não supurativas, que provocam febre reumática, que é uma alteração cardiológica, e as glomerulonefrites subagudas, doenças que levam a uma inflamação de uma região do rim.

“Ultimamente, também estão sendo encontradas mais infecções graves pela bactéria Streptococcus A, que podem causar choque tóxico, quando o organismo fica intoxicado em razão das toxinas que são produzidas por bactérias, ou sepse, conhecida como infecção generalizada. Normalmente, essas infecções se originam da pele, podendo ter disseminação em diversos locais e desenvolvimento de quadros mais graves. Isso é o que está acontecendo no Reino Unido”, acrescenta Berezin.

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Como é feito o tratamento?

O tratamento continua sendo realizado com o uso de antibióticos. “Essas bactérias são extremamente sensíveis às penicilinas e, no caso de manifestações graves, podem ser necessários outros suportes, como a administração de medicações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma o infectologista.

É possível usar o antibiótico de forma preventiva?

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Para Berezin, existe a possibilidade de se dar antibiótico para quem teve contato com alguém que foi infectado pela bactéria Streptococcus A. “Isso pode ser uma forma de diminuir a presença da infecção mais grave, como tem ocorrido no Reino Unido”, avalia o especialista.

Ainda segundo ele, no Brasil, não se tem notícias de casos mais graves por essa bactéria, não havendo preocupação neste momento. /Com informações da agência EFE

Ao menos nove crianças morreram no Reino Unido, desde setembro deste ano, por uma infecção causada pela bactéria Streptococcus A. Nesta terça-feira, 6, as autoridades de saúde da Irlanda do Norte confirmaram a morte de uma menina de 5 anos, em caso detectado em uma escola primária em Belfast na semana passada.

“Uma carta foi enviada aos pais, informando-os sobre a trágica perda e oferecendo informações sobre os serviços de apoio disponível na escola para nossas crianças nestes tempos tão tristes”, disse a rede de ensino em comunicado.

De acordo com a mídia local, um menor está hospitalizado e outro teve alta, depois de ambos também terem sido infectados.

A bactéria Streptococcus A, que pode causar amigdalite, escarlatina (erupções vermelhas na pele) ou pneumonia, geralmente está relacionada com quadros leves. No entanto, alguns pacientes podem desenvolver casos mais graves, visto que a cepa do vírus é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade, podendo atingir a corrente sanguínea ou os pulmões.

O secretário de Estado britânico, responsável pelas escolas, Nick Gibb, disse que o governo está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas.

Ainda na semana passada, as autoridades de saúde fizeram um apelo para que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento dos sintomas, após constatarem um aumento no número de casos em escolas e creches da província britânica.

Governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas pela bactéria Streptococcus A. Foto: Pixabay

Como a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de contato próximo, tosse ou espirro, geralmente é mais comum atingir ambientes como escolas.

A retomada dos casos em todo o país ocorre após dois anos de confinamento social imposto pela pandemia de coronavírus, período em que a sua incidência foi menor.

No caso da escarlatina, em particular, o Reino Unido registrou 851 infecções na semana entre 14 e 20 de novembro deste ano, contra 186 notificações antes da covid-19.

O que é a bactéria conhecida como Streptococcus A?

A Streptococcus do Grupo A, conhecida como Streptococcus pyogenes, é uma bactéria patogênica altamente infecciosa que geralmente causa amigdalite, doença infecciosa que atinge as amígdalas, dois órgãos que ficam no fundo da garganta. Em casos leves, os sintomas vão de dor de garganta a febre baixa.

“Esses quadros de amigdalite predominam na infância, entre os 2 anos e a adolescência. São causados pela Streptococcus A. A bactéria também é causadora da escarlatina, doença que leva a exantemas, que são as lesões avermelhadas na pele”, explica Eitan Berezin, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ainda de acordo com o especialista, as patologias associadas à bactéria que mais causam preocupação são as chamadas manifestações não supurativas, que provocam febre reumática, que é uma alteração cardiológica, e as glomerulonefrites subagudas, doenças que levam a uma inflamação de uma região do rim.

“Ultimamente, também estão sendo encontradas mais infecções graves pela bactéria Streptococcus A, que podem causar choque tóxico, quando o organismo fica intoxicado em razão das toxinas que são produzidas por bactérias, ou sepse, conhecida como infecção generalizada. Normalmente, essas infecções se originam da pele, podendo ter disseminação em diversos locais e desenvolvimento de quadros mais graves. Isso é o que está acontecendo no Reino Unido”, acrescenta Berezin.

Como é feito o tratamento?

O tratamento continua sendo realizado com o uso de antibióticos. “Essas bactérias são extremamente sensíveis às penicilinas e, no caso de manifestações graves, podem ser necessários outros suportes, como a administração de medicações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma o infectologista.

É possível usar o antibiótico de forma preventiva?

Para Berezin, existe a possibilidade de se dar antibiótico para quem teve contato com alguém que foi infectado pela bactéria Streptococcus A. “Isso pode ser uma forma de diminuir a presença da infecção mais grave, como tem ocorrido no Reino Unido”, avalia o especialista.

Ainda segundo ele, no Brasil, não se tem notícias de casos mais graves por essa bactéria, não havendo preocupação neste momento. /Com informações da agência EFE

Ao menos nove crianças morreram no Reino Unido, desde setembro deste ano, por uma infecção causada pela bactéria Streptococcus A. Nesta terça-feira, 6, as autoridades de saúde da Irlanda do Norte confirmaram a morte de uma menina de 5 anos, em caso detectado em uma escola primária em Belfast na semana passada.

“Uma carta foi enviada aos pais, informando-os sobre a trágica perda e oferecendo informações sobre os serviços de apoio disponível na escola para nossas crianças nestes tempos tão tristes”, disse a rede de ensino em comunicado.

De acordo com a mídia local, um menor está hospitalizado e outro teve alta, depois de ambos também terem sido infectados.

A bactéria Streptococcus A, que pode causar amigdalite, escarlatina (erupções vermelhas na pele) ou pneumonia, geralmente está relacionada com quadros leves. No entanto, alguns pacientes podem desenvolver casos mais graves, visto que a cepa do vírus é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade, podendo atingir a corrente sanguínea ou os pulmões.

O secretário de Estado britânico, responsável pelas escolas, Nick Gibb, disse que o governo está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas.

Ainda na semana passada, as autoridades de saúde fizeram um apelo para que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento dos sintomas, após constatarem um aumento no número de casos em escolas e creches da província britânica.

Governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas pela bactéria Streptococcus A. Foto: Pixabay

Como a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de contato próximo, tosse ou espirro, geralmente é mais comum atingir ambientes como escolas.

A retomada dos casos em todo o país ocorre após dois anos de confinamento social imposto pela pandemia de coronavírus, período em que a sua incidência foi menor.

No caso da escarlatina, em particular, o Reino Unido registrou 851 infecções na semana entre 14 e 20 de novembro deste ano, contra 186 notificações antes da covid-19.

O que é a bactéria conhecida como Streptococcus A?

A Streptococcus do Grupo A, conhecida como Streptococcus pyogenes, é uma bactéria patogênica altamente infecciosa que geralmente causa amigdalite, doença infecciosa que atinge as amígdalas, dois órgãos que ficam no fundo da garganta. Em casos leves, os sintomas vão de dor de garganta a febre baixa.

“Esses quadros de amigdalite predominam na infância, entre os 2 anos e a adolescência. São causados pela Streptococcus A. A bactéria também é causadora da escarlatina, doença que leva a exantemas, que são as lesões avermelhadas na pele”, explica Eitan Berezin, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ainda de acordo com o especialista, as patologias associadas à bactéria que mais causam preocupação são as chamadas manifestações não supurativas, que provocam febre reumática, que é uma alteração cardiológica, e as glomerulonefrites subagudas, doenças que levam a uma inflamação de uma região do rim.

“Ultimamente, também estão sendo encontradas mais infecções graves pela bactéria Streptococcus A, que podem causar choque tóxico, quando o organismo fica intoxicado em razão das toxinas que são produzidas por bactérias, ou sepse, conhecida como infecção generalizada. Normalmente, essas infecções se originam da pele, podendo ter disseminação em diversos locais e desenvolvimento de quadros mais graves. Isso é o que está acontecendo no Reino Unido”, acrescenta Berezin.

Como é feito o tratamento?

O tratamento continua sendo realizado com o uso de antibióticos. “Essas bactérias são extremamente sensíveis às penicilinas e, no caso de manifestações graves, podem ser necessários outros suportes, como a administração de medicações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma o infectologista.

É possível usar o antibiótico de forma preventiva?

Para Berezin, existe a possibilidade de se dar antibiótico para quem teve contato com alguém que foi infectado pela bactéria Streptococcus A. “Isso pode ser uma forma de diminuir a presença da infecção mais grave, como tem ocorrido no Reino Unido”, avalia o especialista.

Ainda segundo ele, no Brasil, não se tem notícias de casos mais graves por essa bactéria, não havendo preocupação neste momento. /Com informações da agência EFE

Ao menos nove crianças morreram no Reino Unido, desde setembro deste ano, por uma infecção causada pela bactéria Streptococcus A. Nesta terça-feira, 6, as autoridades de saúde da Irlanda do Norte confirmaram a morte de uma menina de 5 anos, em caso detectado em uma escola primária em Belfast na semana passada.

“Uma carta foi enviada aos pais, informando-os sobre a trágica perda e oferecendo informações sobre os serviços de apoio disponível na escola para nossas crianças nestes tempos tão tristes”, disse a rede de ensino em comunicado.

De acordo com a mídia local, um menor está hospitalizado e outro teve alta, depois de ambos também terem sido infectados.

A bactéria Streptococcus A, que pode causar amigdalite, escarlatina (erupções vermelhas na pele) ou pneumonia, geralmente está relacionada com quadros leves. No entanto, alguns pacientes podem desenvolver casos mais graves, visto que a cepa do vírus é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade, podendo atingir a corrente sanguínea ou os pulmões.

O secretário de Estado britânico, responsável pelas escolas, Nick Gibb, disse que o governo está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas.

Ainda na semana passada, as autoridades de saúde fizeram um apelo para que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento dos sintomas, após constatarem um aumento no número de casos em escolas e creches da província britânica.

Governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas pela bactéria Streptococcus A. Foto: Pixabay

Como a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de contato próximo, tosse ou espirro, geralmente é mais comum atingir ambientes como escolas.

A retomada dos casos em todo o país ocorre após dois anos de confinamento social imposto pela pandemia de coronavírus, período em que a sua incidência foi menor.

No caso da escarlatina, em particular, o Reino Unido registrou 851 infecções na semana entre 14 e 20 de novembro deste ano, contra 186 notificações antes da covid-19.

O que é a bactéria conhecida como Streptococcus A?

A Streptococcus do Grupo A, conhecida como Streptococcus pyogenes, é uma bactéria patogênica altamente infecciosa que geralmente causa amigdalite, doença infecciosa que atinge as amígdalas, dois órgãos que ficam no fundo da garganta. Em casos leves, os sintomas vão de dor de garganta a febre baixa.

“Esses quadros de amigdalite predominam na infância, entre os 2 anos e a adolescência. São causados pela Streptococcus A. A bactéria também é causadora da escarlatina, doença que leva a exantemas, que são as lesões avermelhadas na pele”, explica Eitan Berezin, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ainda de acordo com o especialista, as patologias associadas à bactéria que mais causam preocupação são as chamadas manifestações não supurativas, que provocam febre reumática, que é uma alteração cardiológica, e as glomerulonefrites subagudas, doenças que levam a uma inflamação de uma região do rim.

“Ultimamente, também estão sendo encontradas mais infecções graves pela bactéria Streptococcus A, que podem causar choque tóxico, quando o organismo fica intoxicado em razão das toxinas que são produzidas por bactérias, ou sepse, conhecida como infecção generalizada. Normalmente, essas infecções se originam da pele, podendo ter disseminação em diversos locais e desenvolvimento de quadros mais graves. Isso é o que está acontecendo no Reino Unido”, acrescenta Berezin.

Como é feito o tratamento?

O tratamento continua sendo realizado com o uso de antibióticos. “Essas bactérias são extremamente sensíveis às penicilinas e, no caso de manifestações graves, podem ser necessários outros suportes, como a administração de medicações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma o infectologista.

É possível usar o antibiótico de forma preventiva?

Para Berezin, existe a possibilidade de se dar antibiótico para quem teve contato com alguém que foi infectado pela bactéria Streptococcus A. “Isso pode ser uma forma de diminuir a presença da infecção mais grave, como tem ocorrido no Reino Unido”, avalia o especialista.

Ainda segundo ele, no Brasil, não se tem notícias de casos mais graves por essa bactéria, não havendo preocupação neste momento. /Com informações da agência EFE

Ao menos nove crianças morreram no Reino Unido, desde setembro deste ano, por uma infecção causada pela bactéria Streptococcus A. Nesta terça-feira, 6, as autoridades de saúde da Irlanda do Norte confirmaram a morte de uma menina de 5 anos, em caso detectado em uma escola primária em Belfast na semana passada.

“Uma carta foi enviada aos pais, informando-os sobre a trágica perda e oferecendo informações sobre os serviços de apoio disponível na escola para nossas crianças nestes tempos tão tristes”, disse a rede de ensino em comunicado.

De acordo com a mídia local, um menor está hospitalizado e outro teve alta, depois de ambos também terem sido infectados.

A bactéria Streptococcus A, que pode causar amigdalite, escarlatina (erupções vermelhas na pele) ou pneumonia, geralmente está relacionada com quadros leves. No entanto, alguns pacientes podem desenvolver casos mais graves, visto que a cepa do vírus é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade, podendo atingir a corrente sanguínea ou os pulmões.

O secretário de Estado britânico, responsável pelas escolas, Nick Gibb, disse que o governo está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas.

Ainda na semana passada, as autoridades de saúde fizeram um apelo para que os pais e responsáveis fiquem atentos ao aparecimento dos sintomas, após constatarem um aumento no número de casos em escolas e creches da província britânica.

Governo britânico está estudando a possibilidade de dar antibióticos preventivos às crianças que foram infectadas pela bactéria Streptococcus A. Foto: Pixabay

Como a transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa por meio de contato próximo, tosse ou espirro, geralmente é mais comum atingir ambientes como escolas.

A retomada dos casos em todo o país ocorre após dois anos de confinamento social imposto pela pandemia de coronavírus, período em que a sua incidência foi menor.

No caso da escarlatina, em particular, o Reino Unido registrou 851 infecções na semana entre 14 e 20 de novembro deste ano, contra 186 notificações antes da covid-19.

O que é a bactéria conhecida como Streptococcus A?

A Streptococcus do Grupo A, conhecida como Streptococcus pyogenes, é uma bactéria patogênica altamente infecciosa que geralmente causa amigdalite, doença infecciosa que atinge as amígdalas, dois órgãos que ficam no fundo da garganta. Em casos leves, os sintomas vão de dor de garganta a febre baixa.

“Esses quadros de amigdalite predominam na infância, entre os 2 anos e a adolescência. São causados pela Streptococcus A. A bactéria também é causadora da escarlatina, doença que leva a exantemas, que são as lesões avermelhadas na pele”, explica Eitan Berezin, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ainda de acordo com o especialista, as patologias associadas à bactéria que mais causam preocupação são as chamadas manifestações não supurativas, que provocam febre reumática, que é uma alteração cardiológica, e as glomerulonefrites subagudas, doenças que levam a uma inflamação de uma região do rim.

“Ultimamente, também estão sendo encontradas mais infecções graves pela bactéria Streptococcus A, que podem causar choque tóxico, quando o organismo fica intoxicado em razão das toxinas que são produzidas por bactérias, ou sepse, conhecida como infecção generalizada. Normalmente, essas infecções se originam da pele, podendo ter disseminação em diversos locais e desenvolvimento de quadros mais graves. Isso é o que está acontecendo no Reino Unido”, acrescenta Berezin.

Como é feito o tratamento?

O tratamento continua sendo realizado com o uso de antibióticos. “Essas bactérias são extremamente sensíveis às penicilinas e, no caso de manifestações graves, podem ser necessários outros suportes, como a administração de medicações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma o infectologista.

É possível usar o antibiótico de forma preventiva?

Para Berezin, existe a possibilidade de se dar antibiótico para quem teve contato com alguém que foi infectado pela bactéria Streptococcus A. “Isso pode ser uma forma de diminuir a presença da infecção mais grave, como tem ocorrido no Reino Unido”, avalia o especialista.

Ainda segundo ele, no Brasil, não se tem notícias de casos mais graves por essa bactéria, não havendo preocupação neste momento. /Com informações da agência EFE

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