Takeda firma parceria com empresa indiana para escalar produção da vacina contra a dengue


Empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano

Por Leon Ferrari
Atualização:

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou na segunda-feira, 26, que firmou parceria com a Biological E. Limited (BE), uma empresa de produtos farmacêuticos com sede na Índia, para acelerar a produção da Qdenga, única vacina contra dengue aprovada no Brasil para aplicação em uma faixa etária ampla da população (4 a 60 anos).

A empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano. Isso deve ajudar a Takeda a entregar 100 milhões de doses anualmente até 2030. As futuras novas doses serão disponibilizadas para aquisição por governos em países endêmicos, dando apoio a programas nacionais de imunização.

“O objetivo de longo prazo da Takeda para o nosso programa de dengue tem sido disponibilizar a Qdenga de forma ampla para aqueles em risco e que podem se beneficiar da imunização”, disse Gary Dubin, presidente da Unidade de Negócios Globais de Vacinas da farmacêutica japonesa, em comunicado.

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Autoridades de saúde brasileiras explicaram ao Estadão que, além das plantas de produção da Takeda não serem grandes, dois detalhes técnicos dificultam os planos de escalar a manufatura. A vacina é monodose (ou seja, cada frasco da vacina contém apenas uma dose) e liofilizada (processo no qual transforma-se a vacina líquida em uma pastilha de pó, para garantir estabilidade). Essas duas características adicionam tempo à fabricação.

Quando questionada pelo Estadão, a Takeda não comentou especificamente sobre esses pontos. Apenas reafirmou o plano de escalar a produção para 100 milhões de doses ao ano, e disse que, em 2016, iniciou a construção de uma fábrica exclusiva para vacinas em Singen, na Alemanha. Segundo a farmacêutica, o novo centro, que tem lançamento previsto para 2025, “ampliará de forma significativa a nossa capacidade de produção”.

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina Qdenga no Rio de Janeiro Foto: Silvia Izquierdo/AP
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Agora, o novo anúncio traz uma novidade importante. A empresa indiana ajudará na produção de frascos multidoses (mais de uma dose por frasco).

Além do Brasil, de acordo com a Takeda, a vacina está atualmente disponível para crianças e adultos no mercado privado em países da Europa, além de Indonésia e Tailândia. Assim como acontece por aqui, o imunizante é oferecido no sistema público da Argentina. Na Índia, onde fica a sede da nova parceira, a vacina não é aprovada.

Possibilidade novas parcerias

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Cabe destacar que a possibilidade de uma transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fiocruz é ventilada. Encontros, com intermédio do próprio Ministério da Saúde, já aconteceram. A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), informou que os encontros foram “conversas iniciais”, “mas ainda não existe nenhuma formalização a este respeito”.

A Takeda comentou que “está fortemente comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina, alinhada às diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) e ao propósito do Ministério da Saúde relacionados aos princípios de integralidade e da universalidade”.

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Vacinação no Brasil

O Brasil se tornou, na sexta-feira, 9 de fevereiro, o primeiro País do mundo a vacinar a população contra a dengue por meio do sistema público de saúde (SUS). O desenvolvimento de um imunizante seguro e eficaz é considerado uma vitória da ciência após décadas de pesquisa, e o início de uma campanha é um passo importante para fazer com que a doença seja considerada imunoprevenível (isto é, evitada por vacinação) por aqui. No entanto, há muita estrada a percorrer para atingir esse objetivo.

Neste ano, o ministério aguarda receber cerca de 6,5 milhões de doses, que permitirão vacinar 3,2 milhões de pessoas – o esquema vacinal é em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Por isso, foi preciso, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), escolher um grupo pequeno de indivíduos elegíveis.

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A partir de uma série de critérios que indicam a urgência de proteger a população contra a doença, ficou definido que as vacinas disponíveis contemplarão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de um número também reduzido de cidades – serão 521 municípios. As doses vão chegar em remessas, em diferentes momentos deste ano.

A pasta da Saúde afirma que comprou todas as doses oferecidas pela empresa. Na prática, cerca de 90% da produção da farmacêutica neste ano, segundo eles. O ministério afirmou que já comprou “a produção da empresa do ano que vem”. Mesmo assim, seriam cerca de 9 milhões de doses – um número pequeno para um avanço significativo na campanha. Isso pode mudar agora após o anúncio da parceria.

A vacinação ocorre em meio a um aumento explosivo de casos de dengue antes do período esperado. A soma de todos esses fatores faz especialistas apontarem que, no momento, a vacina dificilmente vai apresentar um impacto significativo de saúde pública, no sentido de a vacinação ajudar a suprimir o avanço da doença, o que só pode ser esperado para o futuro. No entanto, ponderam que haverá um impacto individual importante naqueles que forem imunizados neste ano, reduzindo hospitalizações e mortes – algo revolucionário do ponto de vista científico.

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou na segunda-feira, 26, que firmou parceria com a Biological E. Limited (BE), uma empresa de produtos farmacêuticos com sede na Índia, para acelerar a produção da Qdenga, única vacina contra dengue aprovada no Brasil para aplicação em uma faixa etária ampla da população (4 a 60 anos).

A empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano. Isso deve ajudar a Takeda a entregar 100 milhões de doses anualmente até 2030. As futuras novas doses serão disponibilizadas para aquisição por governos em países endêmicos, dando apoio a programas nacionais de imunização.

“O objetivo de longo prazo da Takeda para o nosso programa de dengue tem sido disponibilizar a Qdenga de forma ampla para aqueles em risco e que podem se beneficiar da imunização”, disse Gary Dubin, presidente da Unidade de Negócios Globais de Vacinas da farmacêutica japonesa, em comunicado.

Autoridades de saúde brasileiras explicaram ao Estadão que, além das plantas de produção da Takeda não serem grandes, dois detalhes técnicos dificultam os planos de escalar a manufatura. A vacina é monodose (ou seja, cada frasco da vacina contém apenas uma dose) e liofilizada (processo no qual transforma-se a vacina líquida em uma pastilha de pó, para garantir estabilidade). Essas duas características adicionam tempo à fabricação.

Quando questionada pelo Estadão, a Takeda não comentou especificamente sobre esses pontos. Apenas reafirmou o plano de escalar a produção para 100 milhões de doses ao ano, e disse que, em 2016, iniciou a construção de uma fábrica exclusiva para vacinas em Singen, na Alemanha. Segundo a farmacêutica, o novo centro, que tem lançamento previsto para 2025, “ampliará de forma significativa a nossa capacidade de produção”.

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina Qdenga no Rio de Janeiro Foto: Silvia Izquierdo/AP

Agora, o novo anúncio traz uma novidade importante. A empresa indiana ajudará na produção de frascos multidoses (mais de uma dose por frasco).

Além do Brasil, de acordo com a Takeda, a vacina está atualmente disponível para crianças e adultos no mercado privado em países da Europa, além de Indonésia e Tailândia. Assim como acontece por aqui, o imunizante é oferecido no sistema público da Argentina. Na Índia, onde fica a sede da nova parceira, a vacina não é aprovada.

Possibilidade novas parcerias

Cabe destacar que a possibilidade de uma transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fiocruz é ventilada. Encontros, com intermédio do próprio Ministério da Saúde, já aconteceram. A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), informou que os encontros foram “conversas iniciais”, “mas ainda não existe nenhuma formalização a este respeito”.

A Takeda comentou que “está fortemente comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina, alinhada às diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) e ao propósito do Ministério da Saúde relacionados aos princípios de integralidade e da universalidade”.

Vacinação no Brasil

O Brasil se tornou, na sexta-feira, 9 de fevereiro, o primeiro País do mundo a vacinar a população contra a dengue por meio do sistema público de saúde (SUS). O desenvolvimento de um imunizante seguro e eficaz é considerado uma vitória da ciência após décadas de pesquisa, e o início de uma campanha é um passo importante para fazer com que a doença seja considerada imunoprevenível (isto é, evitada por vacinação) por aqui. No entanto, há muita estrada a percorrer para atingir esse objetivo.

Neste ano, o ministério aguarda receber cerca de 6,5 milhões de doses, que permitirão vacinar 3,2 milhões de pessoas – o esquema vacinal é em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Por isso, foi preciso, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), escolher um grupo pequeno de indivíduos elegíveis.

A partir de uma série de critérios que indicam a urgência de proteger a população contra a doença, ficou definido que as vacinas disponíveis contemplarão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de um número também reduzido de cidades – serão 521 municípios. As doses vão chegar em remessas, em diferentes momentos deste ano.

A pasta da Saúde afirma que comprou todas as doses oferecidas pela empresa. Na prática, cerca de 90% da produção da farmacêutica neste ano, segundo eles. O ministério afirmou que já comprou “a produção da empresa do ano que vem”. Mesmo assim, seriam cerca de 9 milhões de doses – um número pequeno para um avanço significativo na campanha. Isso pode mudar agora após o anúncio da parceria.

A vacinação ocorre em meio a um aumento explosivo de casos de dengue antes do período esperado. A soma de todos esses fatores faz especialistas apontarem que, no momento, a vacina dificilmente vai apresentar um impacto significativo de saúde pública, no sentido de a vacinação ajudar a suprimir o avanço da doença, o que só pode ser esperado para o futuro. No entanto, ponderam que haverá um impacto individual importante naqueles que forem imunizados neste ano, reduzindo hospitalizações e mortes – algo revolucionário do ponto de vista científico.

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou na segunda-feira, 26, que firmou parceria com a Biological E. Limited (BE), uma empresa de produtos farmacêuticos com sede na Índia, para acelerar a produção da Qdenga, única vacina contra dengue aprovada no Brasil para aplicação em uma faixa etária ampla da população (4 a 60 anos).

A empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano. Isso deve ajudar a Takeda a entregar 100 milhões de doses anualmente até 2030. As futuras novas doses serão disponibilizadas para aquisição por governos em países endêmicos, dando apoio a programas nacionais de imunização.

“O objetivo de longo prazo da Takeda para o nosso programa de dengue tem sido disponibilizar a Qdenga de forma ampla para aqueles em risco e que podem se beneficiar da imunização”, disse Gary Dubin, presidente da Unidade de Negócios Globais de Vacinas da farmacêutica japonesa, em comunicado.

Autoridades de saúde brasileiras explicaram ao Estadão que, além das plantas de produção da Takeda não serem grandes, dois detalhes técnicos dificultam os planos de escalar a manufatura. A vacina é monodose (ou seja, cada frasco da vacina contém apenas uma dose) e liofilizada (processo no qual transforma-se a vacina líquida em uma pastilha de pó, para garantir estabilidade). Essas duas características adicionam tempo à fabricação.

Quando questionada pelo Estadão, a Takeda não comentou especificamente sobre esses pontos. Apenas reafirmou o plano de escalar a produção para 100 milhões de doses ao ano, e disse que, em 2016, iniciou a construção de uma fábrica exclusiva para vacinas em Singen, na Alemanha. Segundo a farmacêutica, o novo centro, que tem lançamento previsto para 2025, “ampliará de forma significativa a nossa capacidade de produção”.

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina Qdenga no Rio de Janeiro Foto: Silvia Izquierdo/AP

Agora, o novo anúncio traz uma novidade importante. A empresa indiana ajudará na produção de frascos multidoses (mais de uma dose por frasco).

Além do Brasil, de acordo com a Takeda, a vacina está atualmente disponível para crianças e adultos no mercado privado em países da Europa, além de Indonésia e Tailândia. Assim como acontece por aqui, o imunizante é oferecido no sistema público da Argentina. Na Índia, onde fica a sede da nova parceira, a vacina não é aprovada.

Possibilidade novas parcerias

Cabe destacar que a possibilidade de uma transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fiocruz é ventilada. Encontros, com intermédio do próprio Ministério da Saúde, já aconteceram. A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), informou que os encontros foram “conversas iniciais”, “mas ainda não existe nenhuma formalização a este respeito”.

A Takeda comentou que “está fortemente comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina, alinhada às diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) e ao propósito do Ministério da Saúde relacionados aos princípios de integralidade e da universalidade”.

Vacinação no Brasil

O Brasil se tornou, na sexta-feira, 9 de fevereiro, o primeiro País do mundo a vacinar a população contra a dengue por meio do sistema público de saúde (SUS). O desenvolvimento de um imunizante seguro e eficaz é considerado uma vitória da ciência após décadas de pesquisa, e o início de uma campanha é um passo importante para fazer com que a doença seja considerada imunoprevenível (isto é, evitada por vacinação) por aqui. No entanto, há muita estrada a percorrer para atingir esse objetivo.

Neste ano, o ministério aguarda receber cerca de 6,5 milhões de doses, que permitirão vacinar 3,2 milhões de pessoas – o esquema vacinal é em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Por isso, foi preciso, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), escolher um grupo pequeno de indivíduos elegíveis.

A partir de uma série de critérios que indicam a urgência de proteger a população contra a doença, ficou definido que as vacinas disponíveis contemplarão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de um número também reduzido de cidades – serão 521 municípios. As doses vão chegar em remessas, em diferentes momentos deste ano.

A pasta da Saúde afirma que comprou todas as doses oferecidas pela empresa. Na prática, cerca de 90% da produção da farmacêutica neste ano, segundo eles. O ministério afirmou que já comprou “a produção da empresa do ano que vem”. Mesmo assim, seriam cerca de 9 milhões de doses – um número pequeno para um avanço significativo na campanha. Isso pode mudar agora após o anúncio da parceria.

A vacinação ocorre em meio a um aumento explosivo de casos de dengue antes do período esperado. A soma de todos esses fatores faz especialistas apontarem que, no momento, a vacina dificilmente vai apresentar um impacto significativo de saúde pública, no sentido de a vacinação ajudar a suprimir o avanço da doença, o que só pode ser esperado para o futuro. No entanto, ponderam que haverá um impacto individual importante naqueles que forem imunizados neste ano, reduzindo hospitalizações e mortes – algo revolucionário do ponto de vista científico.

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou na segunda-feira, 26, que firmou parceria com a Biological E. Limited (BE), uma empresa de produtos farmacêuticos com sede na Índia, para acelerar a produção da Qdenga, única vacina contra dengue aprovada no Brasil para aplicação em uma faixa etária ampla da população (4 a 60 anos).

A empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano. Isso deve ajudar a Takeda a entregar 100 milhões de doses anualmente até 2030. As futuras novas doses serão disponibilizadas para aquisição por governos em países endêmicos, dando apoio a programas nacionais de imunização.

“O objetivo de longo prazo da Takeda para o nosso programa de dengue tem sido disponibilizar a Qdenga de forma ampla para aqueles em risco e que podem se beneficiar da imunização”, disse Gary Dubin, presidente da Unidade de Negócios Globais de Vacinas da farmacêutica japonesa, em comunicado.

Autoridades de saúde brasileiras explicaram ao Estadão que, além das plantas de produção da Takeda não serem grandes, dois detalhes técnicos dificultam os planos de escalar a manufatura. A vacina é monodose (ou seja, cada frasco da vacina contém apenas uma dose) e liofilizada (processo no qual transforma-se a vacina líquida em uma pastilha de pó, para garantir estabilidade). Essas duas características adicionam tempo à fabricação.

Quando questionada pelo Estadão, a Takeda não comentou especificamente sobre esses pontos. Apenas reafirmou o plano de escalar a produção para 100 milhões de doses ao ano, e disse que, em 2016, iniciou a construção de uma fábrica exclusiva para vacinas em Singen, na Alemanha. Segundo a farmacêutica, o novo centro, que tem lançamento previsto para 2025, “ampliará de forma significativa a nossa capacidade de produção”.

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina Qdenga no Rio de Janeiro Foto: Silvia Izquierdo/AP

Agora, o novo anúncio traz uma novidade importante. A empresa indiana ajudará na produção de frascos multidoses (mais de uma dose por frasco).

Além do Brasil, de acordo com a Takeda, a vacina está atualmente disponível para crianças e adultos no mercado privado em países da Europa, além de Indonésia e Tailândia. Assim como acontece por aqui, o imunizante é oferecido no sistema público da Argentina. Na Índia, onde fica a sede da nova parceira, a vacina não é aprovada.

Possibilidade novas parcerias

Cabe destacar que a possibilidade de uma transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fiocruz é ventilada. Encontros, com intermédio do próprio Ministério da Saúde, já aconteceram. A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), informou que os encontros foram “conversas iniciais”, “mas ainda não existe nenhuma formalização a este respeito”.

A Takeda comentou que “está fortemente comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina, alinhada às diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) e ao propósito do Ministério da Saúde relacionados aos princípios de integralidade e da universalidade”.

Vacinação no Brasil

O Brasil se tornou, na sexta-feira, 9 de fevereiro, o primeiro País do mundo a vacinar a população contra a dengue por meio do sistema público de saúde (SUS). O desenvolvimento de um imunizante seguro e eficaz é considerado uma vitória da ciência após décadas de pesquisa, e o início de uma campanha é um passo importante para fazer com que a doença seja considerada imunoprevenível (isto é, evitada por vacinação) por aqui. No entanto, há muita estrada a percorrer para atingir esse objetivo.

Neste ano, o ministério aguarda receber cerca de 6,5 milhões de doses, que permitirão vacinar 3,2 milhões de pessoas – o esquema vacinal é em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Por isso, foi preciso, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), escolher um grupo pequeno de indivíduos elegíveis.

A partir de uma série de critérios que indicam a urgência de proteger a população contra a doença, ficou definido que as vacinas disponíveis contemplarão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de um número também reduzido de cidades – serão 521 municípios. As doses vão chegar em remessas, em diferentes momentos deste ano.

A pasta da Saúde afirma que comprou todas as doses oferecidas pela empresa. Na prática, cerca de 90% da produção da farmacêutica neste ano, segundo eles. O ministério afirmou que já comprou “a produção da empresa do ano que vem”. Mesmo assim, seriam cerca de 9 milhões de doses – um número pequeno para um avanço significativo na campanha. Isso pode mudar agora após o anúncio da parceria.

A vacinação ocorre em meio a um aumento explosivo de casos de dengue antes do período esperado. A soma de todos esses fatores faz especialistas apontarem que, no momento, a vacina dificilmente vai apresentar um impacto significativo de saúde pública, no sentido de a vacinação ajudar a suprimir o avanço da doença, o que só pode ser esperado para o futuro. No entanto, ponderam que haverá um impacto individual importante naqueles que forem imunizados neste ano, reduzindo hospitalizações e mortes – algo revolucionário do ponto de vista científico.

A farmacêutica japonesa Takeda anunciou na segunda-feira, 26, que firmou parceria com a Biological E. Limited (BE), uma empresa de produtos farmacêuticos com sede na Índia, para acelerar a produção da Qdenga, única vacina contra dengue aprovada no Brasil para aplicação em uma faixa etária ampla da população (4 a 60 anos).

A empresa indiana deve fabricar até 50 milhões de doses de Qdenga por ano. Isso deve ajudar a Takeda a entregar 100 milhões de doses anualmente até 2030. As futuras novas doses serão disponibilizadas para aquisição por governos em países endêmicos, dando apoio a programas nacionais de imunização.

“O objetivo de longo prazo da Takeda para o nosso programa de dengue tem sido disponibilizar a Qdenga de forma ampla para aqueles em risco e que podem se beneficiar da imunização”, disse Gary Dubin, presidente da Unidade de Negócios Globais de Vacinas da farmacêutica japonesa, em comunicado.

Autoridades de saúde brasileiras explicaram ao Estadão que, além das plantas de produção da Takeda não serem grandes, dois detalhes técnicos dificultam os planos de escalar a manufatura. A vacina é monodose (ou seja, cada frasco da vacina contém apenas uma dose) e liofilizada (processo no qual transforma-se a vacina líquida em uma pastilha de pó, para garantir estabilidade). Essas duas características adicionam tempo à fabricação.

Quando questionada pelo Estadão, a Takeda não comentou especificamente sobre esses pontos. Apenas reafirmou o plano de escalar a produção para 100 milhões de doses ao ano, e disse que, em 2016, iniciou a construção de uma fábrica exclusiva para vacinas em Singen, na Alemanha. Segundo a farmacêutica, o novo centro, que tem lançamento previsto para 2025, “ampliará de forma significativa a nossa capacidade de produção”.

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina Qdenga no Rio de Janeiro Foto: Silvia Izquierdo/AP

Agora, o novo anúncio traz uma novidade importante. A empresa indiana ajudará na produção de frascos multidoses (mais de uma dose por frasco).

Além do Brasil, de acordo com a Takeda, a vacina está atualmente disponível para crianças e adultos no mercado privado em países da Europa, além de Indonésia e Tailândia. Assim como acontece por aqui, o imunizante é oferecido no sistema público da Argentina. Na Índia, onde fica a sede da nova parceira, a vacina não é aprovada.

Possibilidade novas parcerias

Cabe destacar que a possibilidade de uma transferência de tecnologia entre a Takeda e a Fiocruz é ventilada. Encontros, com intermédio do próprio Ministério da Saúde, já aconteceram. A Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), informou que os encontros foram “conversas iniciais”, “mas ainda não existe nenhuma formalização a este respeito”.

A Takeda comentou que “está fortemente comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos nacionais para acelerar a capacidade de produção da vacina, alinhada às diretrizes do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS) e ao propósito do Ministério da Saúde relacionados aos princípios de integralidade e da universalidade”.

Vacinação no Brasil

O Brasil se tornou, na sexta-feira, 9 de fevereiro, o primeiro País do mundo a vacinar a população contra a dengue por meio do sistema público de saúde (SUS). O desenvolvimento de um imunizante seguro e eficaz é considerado uma vitória da ciência após décadas de pesquisa, e o início de uma campanha é um passo importante para fazer com que a doença seja considerada imunoprevenível (isto é, evitada por vacinação) por aqui. No entanto, há muita estrada a percorrer para atingir esse objetivo.

Neste ano, o ministério aguarda receber cerca de 6,5 milhões de doses, que permitirão vacinar 3,2 milhões de pessoas – o esquema vacinal é em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Por isso, foi preciso, junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), escolher um grupo pequeno de indivíduos elegíveis.

A partir de uma série de critérios que indicam a urgência de proteger a população contra a doença, ficou definido que as vacinas disponíveis contemplarão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de um número também reduzido de cidades – serão 521 municípios. As doses vão chegar em remessas, em diferentes momentos deste ano.

A pasta da Saúde afirma que comprou todas as doses oferecidas pela empresa. Na prática, cerca de 90% da produção da farmacêutica neste ano, segundo eles. O ministério afirmou que já comprou “a produção da empresa do ano que vem”. Mesmo assim, seriam cerca de 9 milhões de doses – um número pequeno para um avanço significativo na campanha. Isso pode mudar agora após o anúncio da parceria.

A vacinação ocorre em meio a um aumento explosivo de casos de dengue antes do período esperado. A soma de todos esses fatores faz especialistas apontarem que, no momento, a vacina dificilmente vai apresentar um impacto significativo de saúde pública, no sentido de a vacinação ajudar a suprimir o avanço da doença, o que só pode ser esperado para o futuro. No entanto, ponderam que haverá um impacto individual importante naqueles que forem imunizados neste ano, reduzindo hospitalizações e mortes – algo revolucionário do ponto de vista científico.

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