Tecnologia muda conceito de câncer raro


Diagnóstico precoce e preciso é essencial para frear tumor infantil

Por Estadão Blue Studio

Ao mesmo tempo que assusta, por descobrir mais e mais, o avanço da medicina é um caminho eficaz para propiciar uma melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente em temas oncológicos. Quanto mais os estudos sobre cânceres avançam, mais variações entre as células tumorais são identificadas. Atualmente, o fato de existirem muitos subtipos de um tumor, por exemplo, está mudando o conceito de câncer raro.

“Cânceres de mama, pulmão, próstata, que são mais frequentes, já têm tantas especificidades que não podemos mais dizer que são uma única doença. Hoje, esse conceito [de tumor mais comum] mudou com a ajuda dos marcadores tumorais e por causa da resposta ao tratamento de cada paciente”, explica Angelo Maiolino, hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Apesar das subdivisões tumorais, entretanto, há cânceres menos prevalentes, quando se analisa de uma forma geral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos do mundo. Um estudo recente do A.C.Camargo Cancer Center aponta pelo menos cinco tumores considerados menos frequentes entre os adultos que devem ser conhecidos pela população. A lista engloba o mesotelioma pleural (câncer que ataca a membrana dos pulmões chamada de pleura); o tumor de mama no sexo masculino (mais comum acima dos 60 anos em famílias com histórico prévio); os tumores neuroendócrinos (doença originária em células nervosas e produtoras de hormônio); o Gist (sigla que identifica os tumores no estômago e intestino delgado); e o câncer de pênis (doença atrelada normalmente a infecções por HPV).

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Mas existem outras doenças cancerígenas que também merecem atenção, segundo os dados, como as identificadas no sangue humano, que representam em média 15% do total de casos. O mieloma múltiplo, doença rara que atinge quase 230 mil pessoas ao redor do mundo, segundo a Agency for Research on Cancer (Iarc), é uma delas.

“É o tipo mais comum [entre as identificadas no sangue] em homens na terceira idade e corresponde a 1% dos casos. É um câncer de difícil identificação porque é confundido normalmente com outras doenças frequentes”, explica Maiolino. O paciente costuma sentir fraqueza e dor nas costas e desenvolver um quadro infeccioso.

Por isso, adverte o especialista, é fundamental que a informação sobre esses cânceres menos frequentes seja difundida tanto entre a classe médica quanto entre o público em geral. “O atraso no diagnóstico precisa ser evitado”, afirma o presidente da ABHH. Em 40 anos, o avanço científico fez quadruplicar a sobrevida dos pacientes, informa Maiolino.

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Tumores pediátricos

Também existem cânceres considerados mais raros que afetam as crianças. Apesar de ser um tema sempre difícil, a informação, nesses casos, também é essencial para salvar vidas. “O câncer pediátrico (entre 0 e 18 anos) é bem menos comum do que nos adultos. Mas quando olhamos os números globais, estamos falando de 400 mil casos por ano. Um número considerável. Não se conhecem as causas e não há prevenção. Por isso, quanto mais rápido se faz o diagnóstico correto, maior a chance de cura, que, hoje, chega a 60% no Brasil”, afirma Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

As leucemias (33%), os tumores do sistema nervoso central (16%) e os linfomas (14%) são os cânceres mais comuns entre as crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os mais raros, estão os sarcomas (tumores nas partes moles do corpo, como músculos e tendões), o retinoblastoma (tumor ocular), o hepatoblastoma (câncer no fígado) e o nefroblastoma (tumor nos rins).

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Segundo Carvalho Filho, com a tecnologia disponível hoje se consegue avaliar o comportamento molecular do câncer, o que ajuda na eficiência do tratamento. Um dos grandes obstáculos no caso do câncer em crianças é a velocidade com que a doença avança. As células infantis são novas e por isso mantêm as características embrionárias. Ou seja, multiplicação rápida e desordenada.

Diante desse quadro, a precisão e a precocidade do diagnóstico são essenciais. “É uma corrida com obstáculos, uma reação em cadeia. É fundamental pensar em todos os passos [do tratamento] levando em consideração que a criança tem uma vida toda pela frente”, analisa o presidente da Sobope.

Divulgação Foto: Arte Estadão Blue Studio

Ao mesmo tempo que assusta, por descobrir mais e mais, o avanço da medicina é um caminho eficaz para propiciar uma melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente em temas oncológicos. Quanto mais os estudos sobre cânceres avançam, mais variações entre as células tumorais são identificadas. Atualmente, o fato de existirem muitos subtipos de um tumor, por exemplo, está mudando o conceito de câncer raro.

“Cânceres de mama, pulmão, próstata, que são mais frequentes, já têm tantas especificidades que não podemos mais dizer que são uma única doença. Hoje, esse conceito [de tumor mais comum] mudou com a ajuda dos marcadores tumorais e por causa da resposta ao tratamento de cada paciente”, explica Angelo Maiolino, hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Apesar das subdivisões tumorais, entretanto, há cânceres menos prevalentes, quando se analisa de uma forma geral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos do mundo. Um estudo recente do A.C.Camargo Cancer Center aponta pelo menos cinco tumores considerados menos frequentes entre os adultos que devem ser conhecidos pela população. A lista engloba o mesotelioma pleural (câncer que ataca a membrana dos pulmões chamada de pleura); o tumor de mama no sexo masculino (mais comum acima dos 60 anos em famílias com histórico prévio); os tumores neuroendócrinos (doença originária em células nervosas e produtoras de hormônio); o Gist (sigla que identifica os tumores no estômago e intestino delgado); e o câncer de pênis (doença atrelada normalmente a infecções por HPV).

Mas existem outras doenças cancerígenas que também merecem atenção, segundo os dados, como as identificadas no sangue humano, que representam em média 15% do total de casos. O mieloma múltiplo, doença rara que atinge quase 230 mil pessoas ao redor do mundo, segundo a Agency for Research on Cancer (Iarc), é uma delas.

“É o tipo mais comum [entre as identificadas no sangue] em homens na terceira idade e corresponde a 1% dos casos. É um câncer de difícil identificação porque é confundido normalmente com outras doenças frequentes”, explica Maiolino. O paciente costuma sentir fraqueza e dor nas costas e desenvolver um quadro infeccioso.

Por isso, adverte o especialista, é fundamental que a informação sobre esses cânceres menos frequentes seja difundida tanto entre a classe médica quanto entre o público em geral. “O atraso no diagnóstico precisa ser evitado”, afirma o presidente da ABHH. Em 40 anos, o avanço científico fez quadruplicar a sobrevida dos pacientes, informa Maiolino.

Tumores pediátricos

Também existem cânceres considerados mais raros que afetam as crianças. Apesar de ser um tema sempre difícil, a informação, nesses casos, também é essencial para salvar vidas. “O câncer pediátrico (entre 0 e 18 anos) é bem menos comum do que nos adultos. Mas quando olhamos os números globais, estamos falando de 400 mil casos por ano. Um número considerável. Não se conhecem as causas e não há prevenção. Por isso, quanto mais rápido se faz o diagnóstico correto, maior a chance de cura, que, hoje, chega a 60% no Brasil”, afirma Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

As leucemias (33%), os tumores do sistema nervoso central (16%) e os linfomas (14%) são os cânceres mais comuns entre as crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os mais raros, estão os sarcomas (tumores nas partes moles do corpo, como músculos e tendões), o retinoblastoma (tumor ocular), o hepatoblastoma (câncer no fígado) e o nefroblastoma (tumor nos rins).

Segundo Carvalho Filho, com a tecnologia disponível hoje se consegue avaliar o comportamento molecular do câncer, o que ajuda na eficiência do tratamento. Um dos grandes obstáculos no caso do câncer em crianças é a velocidade com que a doença avança. As células infantis são novas e por isso mantêm as características embrionárias. Ou seja, multiplicação rápida e desordenada.

Diante desse quadro, a precisão e a precocidade do diagnóstico são essenciais. “É uma corrida com obstáculos, uma reação em cadeia. É fundamental pensar em todos os passos [do tratamento] levando em consideração que a criança tem uma vida toda pela frente”, analisa o presidente da Sobope.

Divulgação Foto: Arte Estadão Blue Studio

Ao mesmo tempo que assusta, por descobrir mais e mais, o avanço da medicina é um caminho eficaz para propiciar uma melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente em temas oncológicos. Quanto mais os estudos sobre cânceres avançam, mais variações entre as células tumorais são identificadas. Atualmente, o fato de existirem muitos subtipos de um tumor, por exemplo, está mudando o conceito de câncer raro.

“Cânceres de mama, pulmão, próstata, que são mais frequentes, já têm tantas especificidades que não podemos mais dizer que são uma única doença. Hoje, esse conceito [de tumor mais comum] mudou com a ajuda dos marcadores tumorais e por causa da resposta ao tratamento de cada paciente”, explica Angelo Maiolino, hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Apesar das subdivisões tumorais, entretanto, há cânceres menos prevalentes, quando se analisa de uma forma geral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos do mundo. Um estudo recente do A.C.Camargo Cancer Center aponta pelo menos cinco tumores considerados menos frequentes entre os adultos que devem ser conhecidos pela população. A lista engloba o mesotelioma pleural (câncer que ataca a membrana dos pulmões chamada de pleura); o tumor de mama no sexo masculino (mais comum acima dos 60 anos em famílias com histórico prévio); os tumores neuroendócrinos (doença originária em células nervosas e produtoras de hormônio); o Gist (sigla que identifica os tumores no estômago e intestino delgado); e o câncer de pênis (doença atrelada normalmente a infecções por HPV).

Mas existem outras doenças cancerígenas que também merecem atenção, segundo os dados, como as identificadas no sangue humano, que representam em média 15% do total de casos. O mieloma múltiplo, doença rara que atinge quase 230 mil pessoas ao redor do mundo, segundo a Agency for Research on Cancer (Iarc), é uma delas.

“É o tipo mais comum [entre as identificadas no sangue] em homens na terceira idade e corresponde a 1% dos casos. É um câncer de difícil identificação porque é confundido normalmente com outras doenças frequentes”, explica Maiolino. O paciente costuma sentir fraqueza e dor nas costas e desenvolver um quadro infeccioso.

Por isso, adverte o especialista, é fundamental que a informação sobre esses cânceres menos frequentes seja difundida tanto entre a classe médica quanto entre o público em geral. “O atraso no diagnóstico precisa ser evitado”, afirma o presidente da ABHH. Em 40 anos, o avanço científico fez quadruplicar a sobrevida dos pacientes, informa Maiolino.

Tumores pediátricos

Também existem cânceres considerados mais raros que afetam as crianças. Apesar de ser um tema sempre difícil, a informação, nesses casos, também é essencial para salvar vidas. “O câncer pediátrico (entre 0 e 18 anos) é bem menos comum do que nos adultos. Mas quando olhamos os números globais, estamos falando de 400 mil casos por ano. Um número considerável. Não se conhecem as causas e não há prevenção. Por isso, quanto mais rápido se faz o diagnóstico correto, maior a chance de cura, que, hoje, chega a 60% no Brasil”, afirma Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

As leucemias (33%), os tumores do sistema nervoso central (16%) e os linfomas (14%) são os cânceres mais comuns entre as crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os mais raros, estão os sarcomas (tumores nas partes moles do corpo, como músculos e tendões), o retinoblastoma (tumor ocular), o hepatoblastoma (câncer no fígado) e o nefroblastoma (tumor nos rins).

Segundo Carvalho Filho, com a tecnologia disponível hoje se consegue avaliar o comportamento molecular do câncer, o que ajuda na eficiência do tratamento. Um dos grandes obstáculos no caso do câncer em crianças é a velocidade com que a doença avança. As células infantis são novas e por isso mantêm as características embrionárias. Ou seja, multiplicação rápida e desordenada.

Diante desse quadro, a precisão e a precocidade do diagnóstico são essenciais. “É uma corrida com obstáculos, uma reação em cadeia. É fundamental pensar em todos os passos [do tratamento] levando em consideração que a criança tem uma vida toda pela frente”, analisa o presidente da Sobope.

Divulgação Foto: Arte Estadão Blue Studio

Ao mesmo tempo que assusta, por descobrir mais e mais, o avanço da medicina é um caminho eficaz para propiciar uma melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente em temas oncológicos. Quanto mais os estudos sobre cânceres avançam, mais variações entre as células tumorais são identificadas. Atualmente, o fato de existirem muitos subtipos de um tumor, por exemplo, está mudando o conceito de câncer raro.

“Cânceres de mama, pulmão, próstata, que são mais frequentes, já têm tantas especificidades que não podemos mais dizer que são uma única doença. Hoje, esse conceito [de tumor mais comum] mudou com a ajuda dos marcadores tumorais e por causa da resposta ao tratamento de cada paciente”, explica Angelo Maiolino, hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Apesar das subdivisões tumorais, entretanto, há cânceres menos prevalentes, quando se analisa de uma forma geral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos do mundo. Um estudo recente do A.C.Camargo Cancer Center aponta pelo menos cinco tumores considerados menos frequentes entre os adultos que devem ser conhecidos pela população. A lista engloba o mesotelioma pleural (câncer que ataca a membrana dos pulmões chamada de pleura); o tumor de mama no sexo masculino (mais comum acima dos 60 anos em famílias com histórico prévio); os tumores neuroendócrinos (doença originária em células nervosas e produtoras de hormônio); o Gist (sigla que identifica os tumores no estômago e intestino delgado); e o câncer de pênis (doença atrelada normalmente a infecções por HPV).

Mas existem outras doenças cancerígenas que também merecem atenção, segundo os dados, como as identificadas no sangue humano, que representam em média 15% do total de casos. O mieloma múltiplo, doença rara que atinge quase 230 mil pessoas ao redor do mundo, segundo a Agency for Research on Cancer (Iarc), é uma delas.

“É o tipo mais comum [entre as identificadas no sangue] em homens na terceira idade e corresponde a 1% dos casos. É um câncer de difícil identificação porque é confundido normalmente com outras doenças frequentes”, explica Maiolino. O paciente costuma sentir fraqueza e dor nas costas e desenvolver um quadro infeccioso.

Por isso, adverte o especialista, é fundamental que a informação sobre esses cânceres menos frequentes seja difundida tanto entre a classe médica quanto entre o público em geral. “O atraso no diagnóstico precisa ser evitado”, afirma o presidente da ABHH. Em 40 anos, o avanço científico fez quadruplicar a sobrevida dos pacientes, informa Maiolino.

Tumores pediátricos

Também existem cânceres considerados mais raros que afetam as crianças. Apesar de ser um tema sempre difícil, a informação, nesses casos, também é essencial para salvar vidas. “O câncer pediátrico (entre 0 e 18 anos) é bem menos comum do que nos adultos. Mas quando olhamos os números globais, estamos falando de 400 mil casos por ano. Um número considerável. Não se conhecem as causas e não há prevenção. Por isso, quanto mais rápido se faz o diagnóstico correto, maior a chance de cura, que, hoje, chega a 60% no Brasil”, afirma Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

As leucemias (33%), os tumores do sistema nervoso central (16%) e os linfomas (14%) são os cânceres mais comuns entre as crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os mais raros, estão os sarcomas (tumores nas partes moles do corpo, como músculos e tendões), o retinoblastoma (tumor ocular), o hepatoblastoma (câncer no fígado) e o nefroblastoma (tumor nos rins).

Segundo Carvalho Filho, com a tecnologia disponível hoje se consegue avaliar o comportamento molecular do câncer, o que ajuda na eficiência do tratamento. Um dos grandes obstáculos no caso do câncer em crianças é a velocidade com que a doença avança. As células infantis são novas e por isso mantêm as características embrionárias. Ou seja, multiplicação rápida e desordenada.

Diante desse quadro, a precisão e a precocidade do diagnóstico são essenciais. “É uma corrida com obstáculos, uma reação em cadeia. É fundamental pensar em todos os passos [do tratamento] levando em consideração que a criança tem uma vida toda pela frente”, analisa o presidente da Sobope.

Divulgação Foto: Arte Estadão Blue Studio

Ao mesmo tempo que assusta, por descobrir mais e mais, o avanço da medicina é um caminho eficaz para propiciar uma melhor qualidade de vida às pessoas, principalmente em temas oncológicos. Quanto mais os estudos sobre cânceres avançam, mais variações entre as células tumorais são identificadas. Atualmente, o fato de existirem muitos subtipos de um tumor, por exemplo, está mudando o conceito de câncer raro.

“Cânceres de mama, pulmão, próstata, que são mais frequentes, já têm tantas especificidades que não podemos mais dizer que são uma única doença. Hoje, esse conceito [de tumor mais comum] mudou com a ajuda dos marcadores tumorais e por causa da resposta ao tratamento de cada paciente”, explica Angelo Maiolino, hematologista e presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). Apesar das subdivisões tumorais, entretanto, há cânceres menos prevalentes, quando se analisa de uma forma geral.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 30% dos diagnósticos oncológicos do mundo. Um estudo recente do A.C.Camargo Cancer Center aponta pelo menos cinco tumores considerados menos frequentes entre os adultos que devem ser conhecidos pela população. A lista engloba o mesotelioma pleural (câncer que ataca a membrana dos pulmões chamada de pleura); o tumor de mama no sexo masculino (mais comum acima dos 60 anos em famílias com histórico prévio); os tumores neuroendócrinos (doença originária em células nervosas e produtoras de hormônio); o Gist (sigla que identifica os tumores no estômago e intestino delgado); e o câncer de pênis (doença atrelada normalmente a infecções por HPV).

Mas existem outras doenças cancerígenas que também merecem atenção, segundo os dados, como as identificadas no sangue humano, que representam em média 15% do total de casos. O mieloma múltiplo, doença rara que atinge quase 230 mil pessoas ao redor do mundo, segundo a Agency for Research on Cancer (Iarc), é uma delas.

“É o tipo mais comum [entre as identificadas no sangue] em homens na terceira idade e corresponde a 1% dos casos. É um câncer de difícil identificação porque é confundido normalmente com outras doenças frequentes”, explica Maiolino. O paciente costuma sentir fraqueza e dor nas costas e desenvolver um quadro infeccioso.

Por isso, adverte o especialista, é fundamental que a informação sobre esses cânceres menos frequentes seja difundida tanto entre a classe médica quanto entre o público em geral. “O atraso no diagnóstico precisa ser evitado”, afirma o presidente da ABHH. Em 40 anos, o avanço científico fez quadruplicar a sobrevida dos pacientes, informa Maiolino.

Tumores pediátricos

Também existem cânceres considerados mais raros que afetam as crianças. Apesar de ser um tema sempre difícil, a informação, nesses casos, também é essencial para salvar vidas. “O câncer pediátrico (entre 0 e 18 anos) é bem menos comum do que nos adultos. Mas quando olhamos os números globais, estamos falando de 400 mil casos por ano. Um número considerável. Não se conhecem as causas e não há prevenção. Por isso, quanto mais rápido se faz o diagnóstico correto, maior a chance de cura, que, hoje, chega a 60% no Brasil”, afirma Neviçolino Pereira de Carvalho Filho, oncopediatra e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope).

As leucemias (33%), os tumores do sistema nervoso central (16%) e os linfomas (14%) são os cânceres mais comuns entre as crianças, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Entre os mais raros, estão os sarcomas (tumores nas partes moles do corpo, como músculos e tendões), o retinoblastoma (tumor ocular), o hepatoblastoma (câncer no fígado) e o nefroblastoma (tumor nos rins).

Segundo Carvalho Filho, com a tecnologia disponível hoje se consegue avaliar o comportamento molecular do câncer, o que ajuda na eficiência do tratamento. Um dos grandes obstáculos no caso do câncer em crianças é a velocidade com que a doença avança. As células infantis são novas e por isso mantêm as características embrionárias. Ou seja, multiplicação rápida e desordenada.

Diante desse quadro, a precisão e a precocidade do diagnóstico são essenciais. “É uma corrida com obstáculos, uma reação em cadeia. É fundamental pensar em todos os passos [do tratamento] levando em consideração que a criança tem uma vida toda pela frente”, analisa o presidente da Sobope.

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