O leitor José Leão pergunta: “Tenho histórico de calvície na família. O que fazer para evitar?” Responde a dra. Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Veja as informações concedidas ao Estadão sobre o tema pela especialista abaixo.
“O fato de ter na família o histórico de calvície não quer dizer que, obrigatoriamente, você vá ter na tua vida.
Você precisa ter uma avaliação clínica para definir se efetivamente tem calvície. Queda de cabelo não é sinônimo de calvície. Mas sim, um sintoma como febre.
A calvície, que nós chamamos de Alopécia Androgênica é uma herança poligênica, ou seja, são vários genes envolvidos na sua definição e às vezes a pessoa pode ter um gene protetor ou não. Se você tiver, acabará não desenvolvendo a queda de cabelo.
Outro ponto é que, normalmente, a calvície aparece na adolescência e o cabelo vai ficando progressivamente mais fino. Todo mundo tem perda de cabelo, mas para quem tem calvície, cada vez que o cabelo cai, ele volta mais fino. Assim, o objetivo do tratamento é não deixar o cabelo afinar.
Quanto mais cedo o dermatologista a definir o diagnóstico e começar o tratamento, melhores serão os resultados a longo prazo. A gente consegue manter a espessura do fio e evitar que o paciente fique calvo.
Existem diversas opções de tratamento, desde produtos tópicos a procedimentos de consultório que podem ser feitos para somar resultados.
O paciente que já tem um grau de calvície não vai recuperar 100% dos seus fios. Em alguns casos precisamos fazer um transplante de cabelo.”
No Pergunte ao Especialista desta semana falamos sobre calvície. Se você também tiver alguma dúvida sobre saúde, psicologia, bem-estar, exercício físico ou nutrição, escreva para ana.lourenco@estadao.com ou envie uma DM para o nosso Instagram.