PALMAS - O governo do Tocantins decretou lockdown (bloqueio total) e vetou qualquer deslocamento de pessoas em 33 municípios do Tocantins a partir de 18h deste sábado, 16, com duração até 25 de maio. Nesse período, só será permitida a circulação de pessoas para serviços essenciais e portando documento de identificação oficial com foto e máscaras protegendo o rosto.
Visitas e reuniões de pessoas da mesma família que não moram na mesma residência também estão proibidas, independentemente do número de pessoas. Só é permitido se deslocar para hospitais, supermercados, farmácias ou estabelecimentos de atividades essenciais.
As 33 cidades alcançadas concentram 67% das 24 mortes registradas no Tocantins e a mesma proporção dos 1.179 casos confirmados de covid-19 no Tocantins até a reunião da tarde desta sexta-feira, do Comitê Estadual de Crise para Prevenção do Novo Coronavírus, que optou pela medida.
"É uma decisão dura, mas necessária para conter a situação crescente de contaminação no Tocantins e nas localidades atingidas pelo isolamento geral e evitar o colapso da rede hospitalar", defendeu o governador Mauro Carlesse (DEM), por meio da Secretaria da Comunicação.
A maioria das cidades alcançadas pelo decreto está localizada no Bico do Papagaio, no extremo norte do estado, composto por 28 municípios, dos quais apenas oito ainda não possuem casos confirmados da doença. O secretário estadual da Saúde, Edgar Tolini, alerta que se trata de região que terá a situação agravada."A maior preocupação é a região norte em virtude da grande aglomeração de pessoas, o que termina sobrecarregando a rede hospitalar."
As únicas cidades fora do Bico do Papagaio inclusas são Araguaína, a segunda mais populosa do estado e epicentro do coronavírus, com 496 casos, Cariri do Tocantins (41 casos), Nova Olinda (32), Colinas (17) e Guaraí (12). Todas estão localizadas à margem da BR-153, com inúmeros casos registrados da doença de pacientes de outros estados.
As cidades serão fiscalizadas pelas prefeituras com apoio da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Segurança Pública e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), para a fiscalização da circulação dos veículos.
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