Três semanas antes de colapso, governo elevou imposto de importação sobre cilindros de oxigênio


Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter aumento após repercussão negativa em meio à crise de coronavírus em Manaus

Por Idiana Tomazelli, Eduardo Rodrigues e Mateus Vargas

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19. Segundo apurou o Broadcast, Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação após repercussão negativa frente à crise de coronavírus em Manaus. 

Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos. 

Trabalhadores da Universidade Federal do Amazonas carregam tanques de oxigênio vazios no Hospital Getúlio Vargas Foto: Edmar Barros/ AP
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A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.

Manaus sem oxigênio

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, segundo relatos de médicos. Pacientes morreram por asfixia, e familiares deflagraram uma corrida na tentativa de adquirir cilindros do gás com recursos próprios.

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O governo federal anunciou que, nesta sexta-feira, começou a transferir pacientes para outros Estados. O Brasil também pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Isenções para armas e pneus

Apesar de ter elevado o imposto de importação para itens considerados essenciais no combate à covid-19, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

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No início de dezembro, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo “muito baixo”.

Na quinta-feira, 14, no mesmo dia do colapso em Manaus pela falta de oxigênio, Bolsonaro afirmou que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. “Agora o que eu fiz, espero que esse ministro agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar", declarou.

Tarifas cheias

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Governo retomou tarifas de importação de 185 produtos usados no combate à covid-19

Aparelhos respiratórios

  • Cilindros de ferro e alumínio para gases medicinais, como oxigênio
  • Geradores para sistema central de fornecimento de oxigênio de grau médico
  • Medidores e sensores de fluxo para oxigênio
  • Compressores medicinais, para fornecimento de ar comprimido
  • Suportes metálicos para circuitos respiratórios
  • Aparelhos respiratórios de reanimação
  • Bombas de ar elétrica para aplicação médica
  • Aparelhos de oxigenoterapia
  • Filtros antibacterianos da entrada de oxigênio, para ventiladores médicos
  • Carcaças e partes plásticas deventiladores médicos
  • Válvulas solenoides para ventiladores pulmonares
  • Conjunto de acessórios para teste de performance e funcionamento de respiradores médicos

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Procedimentos médicos / cirúrgicos

  • Conectores plásticos para infusão intravenosa
  • Extensores de catéter
  • Torniquetes para coleta de sangue
  • Pastas, gazes, ligaduras e palitos de algodão
  • Gel lubrificante para procedimentos médicos

Equipamentos de higiene e segurança

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  • Álcool etílico com teor de 70% ou mais
  • Sabão medicinal
  • Desinfetantes para dispositivos médicos
  • Presilhas plásticas para máscaras de proteção individual
  • Cortinas estéreis e coberturas de plástico para salas cirúrgicas
  • Vestuário de proteção de borracha
  • Capacete de proteção para uso em medicina
  • Sacos de eliminação de resíduos de risco biológico
  • Toalhas com gluconato de clorexidina para higiene de pacientes em isolamento

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19. Segundo apurou o Broadcast, Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação após repercussão negativa frente à crise de coronavírus em Manaus. 

Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos. 

Trabalhadores da Universidade Federal do Amazonas carregam tanques de oxigênio vazios no Hospital Getúlio Vargas Foto: Edmar Barros/ AP

A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.

Manaus sem oxigênio

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, segundo relatos de médicos. Pacientes morreram por asfixia, e familiares deflagraram uma corrida na tentativa de adquirir cilindros do gás com recursos próprios.

O governo federal anunciou que, nesta sexta-feira, começou a transferir pacientes para outros Estados. O Brasil também pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Isenções para armas e pneus

Apesar de ter elevado o imposto de importação para itens considerados essenciais no combate à covid-19, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

No início de dezembro, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo “muito baixo”.

Na quinta-feira, 14, no mesmo dia do colapso em Manaus pela falta de oxigênio, Bolsonaro afirmou que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. “Agora o que eu fiz, espero que esse ministro agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar", declarou.

Tarifas cheias

Governo retomou tarifas de importação de 185 produtos usados no combate à covid-19

Aparelhos respiratórios

  • Cilindros de ferro e alumínio para gases medicinais, como oxigênio
  • Geradores para sistema central de fornecimento de oxigênio de grau médico
  • Medidores e sensores de fluxo para oxigênio
  • Compressores medicinais, para fornecimento de ar comprimido
  • Suportes metálicos para circuitos respiratórios
  • Aparelhos respiratórios de reanimação
  • Bombas de ar elétrica para aplicação médica
  • Aparelhos de oxigenoterapia
  • Filtros antibacterianos da entrada de oxigênio, para ventiladores médicos
  • Carcaças e partes plásticas deventiladores médicos
  • Válvulas solenoides para ventiladores pulmonares
  • Conjunto de acessórios para teste de performance e funcionamento de respiradores médicos

Procedimentos médicos / cirúrgicos

  • Conectores plásticos para infusão intravenosa
  • Extensores de catéter
  • Torniquetes para coleta de sangue
  • Pastas, gazes, ligaduras e palitos de algodão
  • Gel lubrificante para procedimentos médicos

Equipamentos de higiene e segurança

  • Álcool etílico com teor de 70% ou mais
  • Sabão medicinal
  • Desinfetantes para dispositivos médicos
  • Presilhas plásticas para máscaras de proteção individual
  • Cortinas estéreis e coberturas de plástico para salas cirúrgicas
  • Vestuário de proteção de borracha
  • Capacete de proteção para uso em medicina
  • Sacos de eliminação de resíduos de risco biológico
  • Toalhas com gluconato de clorexidina para higiene de pacientes em isolamento

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19. Segundo apurou o Broadcast, Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação após repercussão negativa frente à crise de coronavírus em Manaus. 

Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos. 

Trabalhadores da Universidade Federal do Amazonas carregam tanques de oxigênio vazios no Hospital Getúlio Vargas Foto: Edmar Barros/ AP

A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.

Manaus sem oxigênio

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, segundo relatos de médicos. Pacientes morreram por asfixia, e familiares deflagraram uma corrida na tentativa de adquirir cilindros do gás com recursos próprios.

O governo federal anunciou que, nesta sexta-feira, começou a transferir pacientes para outros Estados. O Brasil também pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Isenções para armas e pneus

Apesar de ter elevado o imposto de importação para itens considerados essenciais no combate à covid-19, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

No início de dezembro, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo “muito baixo”.

Na quinta-feira, 14, no mesmo dia do colapso em Manaus pela falta de oxigênio, Bolsonaro afirmou que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. “Agora o que eu fiz, espero que esse ministro agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar", declarou.

Tarifas cheias

Governo retomou tarifas de importação de 185 produtos usados no combate à covid-19

Aparelhos respiratórios

  • Cilindros de ferro e alumínio para gases medicinais, como oxigênio
  • Geradores para sistema central de fornecimento de oxigênio de grau médico
  • Medidores e sensores de fluxo para oxigênio
  • Compressores medicinais, para fornecimento de ar comprimido
  • Suportes metálicos para circuitos respiratórios
  • Aparelhos respiratórios de reanimação
  • Bombas de ar elétrica para aplicação médica
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  • Filtros antibacterianos da entrada de oxigênio, para ventiladores médicos
  • Carcaças e partes plásticas deventiladores médicos
  • Válvulas solenoides para ventiladores pulmonares
  • Conjunto de acessórios para teste de performance e funcionamento de respiradores médicos

Procedimentos médicos / cirúrgicos

  • Conectores plásticos para infusão intravenosa
  • Extensores de catéter
  • Torniquetes para coleta de sangue
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  • Álcool etílico com teor de 70% ou mais
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  • Desinfetantes para dispositivos médicos
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  • Toalhas com gluconato de clorexidina para higiene de pacientes em isolamento

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19. Segundo apurou o Broadcast, Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação após repercussão negativa frente à crise de coronavírus em Manaus. 

Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos. 

Trabalhadores da Universidade Federal do Amazonas carregam tanques de oxigênio vazios no Hospital Getúlio Vargas Foto: Edmar Barros/ AP

A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.

Manaus sem oxigênio

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, segundo relatos de médicos. Pacientes morreram por asfixia, e familiares deflagraram uma corrida na tentativa de adquirir cilindros do gás com recursos próprios.

O governo federal anunciou que, nesta sexta-feira, começou a transferir pacientes para outros Estados. O Brasil também pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Isenções para armas e pneus

Apesar de ter elevado o imposto de importação para itens considerados essenciais no combate à covid-19, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

No início de dezembro, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo “muito baixo”.

Na quinta-feira, 14, no mesmo dia do colapso em Manaus pela falta de oxigênio, Bolsonaro afirmou que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. “Agora o que eu fiz, espero que esse ministro agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar", declarou.

Tarifas cheias

Governo retomou tarifas de importação de 185 produtos usados no combate à covid-19

Aparelhos respiratórios

  • Cilindros de ferro e alumínio para gases medicinais, como oxigênio
  • Geradores para sistema central de fornecimento de oxigênio de grau médico
  • Medidores e sensores de fluxo para oxigênio
  • Compressores medicinais, para fornecimento de ar comprimido
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  • Aparelhos respiratórios de reanimação
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Procedimentos médicos / cirúrgicos

  • Conectores plásticos para infusão intravenosa
  • Extensores de catéter
  • Torniquetes para coleta de sangue
  • Pastas, gazes, ligaduras e palitos de algodão
  • Gel lubrificante para procedimentos médicos

Equipamentos de higiene e segurança

  • Álcool etílico com teor de 70% ou mais
  • Sabão medicinal
  • Desinfetantes para dispositivos médicos
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  • Cortinas estéreis e coberturas de plástico para salas cirúrgicas
  • Vestuário de proteção de borracha
  • Capacete de proteção para uso em medicina
  • Sacos de eliminação de resíduos de risco biológico
  • Toalhas com gluconato de clorexidina para higiene de pacientes em isolamento

Três semanas antes de a rede hospitalar de Manaus entrar em colapso pela falta de oxigênio, o governo elevou o imposto de importação sobre cilindros usados no armazenamento de gases medicinais, que estavam isentos desde março de 2020, para facilitar as medidas de combate à covid-19. Segundo apurou o Broadcast, Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve se reunir ainda hoje para reverter a situação após repercussão negativa frente à crise de coronavírus em Manaus. 

Os cilindros de ferro adquiridos do exterior voltaram a ser taxados em 14%, e os cilindros de alumínio, em 16%, conforme resolução do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, de 24 de dezembro de 2020, revogando a isenção de 185 itens que estavam até então na lista de produtos considerados prioritários no combate à covid-19. Na prática, o fim da isenção tornou mais custosa a aquisição desses produtos. 

Trabalhadores da Universidade Federal do Amazonas carregam tanques de oxigênio vazios no Hospital Getúlio Vargas Foto: Edmar Barros/ AP

A secretaria-executiva da Camex é ligada ao Ministério da Economia. Procurada, a pasta informou que as decisões de redução tarifária para auxiliar no combate à covid-19 são tomadas “com base nas recomendações do Ministério da Saúde, que é autoridade finalística sobre o assunto no âmbito do governo federal”. O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o tema.

Manaus sem oxigênio

Com a nova explosão de casos de covid-19 no Amazonas, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na quinta-feira, 14, segundo relatos de médicos. Pacientes morreram por asfixia, e familiares deflagraram uma corrida na tentativa de adquirir cilindros do gás com recursos próprios.

O governo federal anunciou que, nesta sexta-feira, começou a transferir pacientes para outros Estados. O Brasil também pediu ajuda aos Estados Unidos com o fornecimento de um avião adequado para levar cilindros de oxigênio a Manaus.

Isenções para armas e pneus

Apesar de ter elevado o imposto de importação para itens considerados essenciais no combate à covid-19, o governo tem zerado tarifas de importação para setores que têm a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

No início de dezembro, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo “muito baixo”.

Na quinta-feira, 14, no mesmo dia do colapso em Manaus pela falta de oxigênio, Bolsonaro afirmou que o governo deve zerar a tarifa de importação de pneus. “Agora o que eu fiz, espero que esse ministro agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar", declarou.

Tarifas cheias

Governo retomou tarifas de importação de 185 produtos usados no combate à covid-19

Aparelhos respiratórios

  • Cilindros de ferro e alumínio para gases medicinais, como oxigênio
  • Geradores para sistema central de fornecimento de oxigênio de grau médico
  • Medidores e sensores de fluxo para oxigênio
  • Compressores medicinais, para fornecimento de ar comprimido
  • Suportes metálicos para circuitos respiratórios
  • Aparelhos respiratórios de reanimação
  • Bombas de ar elétrica para aplicação médica
  • Aparelhos de oxigenoterapia
  • Filtros antibacterianos da entrada de oxigênio, para ventiladores médicos
  • Carcaças e partes plásticas deventiladores médicos
  • Válvulas solenoides para ventiladores pulmonares
  • Conjunto de acessórios para teste de performance e funcionamento de respiradores médicos

Procedimentos médicos / cirúrgicos

  • Conectores plásticos para infusão intravenosa
  • Extensores de catéter
  • Torniquetes para coleta de sangue
  • Pastas, gazes, ligaduras e palitos de algodão
  • Gel lubrificante para procedimentos médicos

Equipamentos de higiene e segurança

  • Álcool etílico com teor de 70% ou mais
  • Sabão medicinal
  • Desinfetantes para dispositivos médicos
  • Presilhas plásticas para máscaras de proteção individual
  • Cortinas estéreis e coberturas de plástico para salas cirúrgicas
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  • Capacete de proteção para uso em medicina
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