USP desenvolve creme antisséptico melhor do que o álcool em gel para matar vírus e bactérias


Substância é capaz de proteger por quatro horas e hidrata a pele das mãos, afirma pesquisador

Por Beatriz Bulhões

Um creme antisséptico com ação duradoura e que hidrata a pele. Essa é a premissa do Phitta Cream, uma composição desenvolvida e testada na Universidade de São Paulo (USP) que promete até 4 horas de proteção contra vírus e bactérias.

Coordenador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Edison Luiz Durigon conta que tudo começou com um produto químico usado há algum tempo no Japão. A ftalocianina (ou phthalocyanine, em inglês) é conhecida por seu uso como corante azul, mas dela pode ser extraído um composto capaz de desfazer a parede celular de vírus e bactérias, destruindo-os.

Produto antisséptico testado na USP é vendido em formato de creme para as mãos  Foto: Olga Miltsova/Adobe Stock
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No auge da pandemia de covid-19, pesquisadores do Instituto de Química da universidade utilizaram esse conhecimento sobre as propriedades da ftalocianina para criar uma versão capaz de ser aplicada em máscaras cirúrgicas. A ideia deu certo e se transformou na Phitta Mask, com proteção de 12 horas contra o SARS-CoV-2.

“O que nós desenvolvemos foi a adesão do ativo a nanopartículas, que são como microesferas vistas apenas pelo microscópio. Grosso modo, imagine que a nanopartícula é um waffle e naqueles buraquinhos colocamos o ativo”, resume Durigon.

Com a diminuição de casos graves de covid-19, os cientistas resolveram testar outras aplicações da tecnologia, incluindo um creme para as mãos. Os testes de eficácia foram feitos no ICB e mostraram que o produto conseguia inativar micro-organismos causadores de doenças como gripe, leptospirose, gastroenterites, infecções urinárias e hepatite A.

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De acordo com o pesquisador, a capacidade de proteção do Phitta Cream é semelhante à do álcool em gel, porém numa versão prolongada. Enquanto o álcool 70% dura, em média, cerca de cinco minutos na pele, o novo produto dura até quatro horas. “É uma proteção para as mãos, principalmente para quem pega ônibus ou metrô, e no ambiente hospitalar, para não levar vírus e bactérias aos pacientes”, diz.

Ele lembra, contudo, que a proteção não se estende aos contaminantes presentes no ambiente e em fluidos corporais como a saliva. Caso alguém infectado espirre ao seu lado, por exemplo, o antisséptico não impedirá que você adquira o vírus pelo ar.

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Outro diferencial do creme, licenciado e vendido pela startup Use Phitta Cream, é a possibilidade de exposição ao sol sem risco de queimaduras. “No Japão, o composto da ftalocianina era usado para tratar a pele e era ativado pela luz. Aqui, modificamos para que ele seja ativado com ou sem luz (natural ou artificial), sem riscos à pele”, afirma Durigon.

Na internet, pelo site oficial, um frasco de 80 ml custa R$ 39,90. O produto também já está disponível em algumas farmácias e está sendo negociado com grandes redes de drogarias.

Phitta Cream promete 4 horas de proteção contra vírus e bactérias presentes nas mãos Foto: Divulgação

Um creme antisséptico com ação duradoura e que hidrata a pele. Essa é a premissa do Phitta Cream, uma composição desenvolvida e testada na Universidade de São Paulo (USP) que promete até 4 horas de proteção contra vírus e bactérias.

Coordenador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Edison Luiz Durigon conta que tudo começou com um produto químico usado há algum tempo no Japão. A ftalocianina (ou phthalocyanine, em inglês) é conhecida por seu uso como corante azul, mas dela pode ser extraído um composto capaz de desfazer a parede celular de vírus e bactérias, destruindo-os.

Produto antisséptico testado na USP é vendido em formato de creme para as mãos  Foto: Olga Miltsova/Adobe Stock

No auge da pandemia de covid-19, pesquisadores do Instituto de Química da universidade utilizaram esse conhecimento sobre as propriedades da ftalocianina para criar uma versão capaz de ser aplicada em máscaras cirúrgicas. A ideia deu certo e se transformou na Phitta Mask, com proteção de 12 horas contra o SARS-CoV-2.

“O que nós desenvolvemos foi a adesão do ativo a nanopartículas, que são como microesferas vistas apenas pelo microscópio. Grosso modo, imagine que a nanopartícula é um waffle e naqueles buraquinhos colocamos o ativo”, resume Durigon.

Com a diminuição de casos graves de covid-19, os cientistas resolveram testar outras aplicações da tecnologia, incluindo um creme para as mãos. Os testes de eficácia foram feitos no ICB e mostraram que o produto conseguia inativar micro-organismos causadores de doenças como gripe, leptospirose, gastroenterites, infecções urinárias e hepatite A.

De acordo com o pesquisador, a capacidade de proteção do Phitta Cream é semelhante à do álcool em gel, porém numa versão prolongada. Enquanto o álcool 70% dura, em média, cerca de cinco minutos na pele, o novo produto dura até quatro horas. “É uma proteção para as mãos, principalmente para quem pega ônibus ou metrô, e no ambiente hospitalar, para não levar vírus e bactérias aos pacientes”, diz.

Ele lembra, contudo, que a proteção não se estende aos contaminantes presentes no ambiente e em fluidos corporais como a saliva. Caso alguém infectado espirre ao seu lado, por exemplo, o antisséptico não impedirá que você adquira o vírus pelo ar.

Outro diferencial do creme, licenciado e vendido pela startup Use Phitta Cream, é a possibilidade de exposição ao sol sem risco de queimaduras. “No Japão, o composto da ftalocianina era usado para tratar a pele e era ativado pela luz. Aqui, modificamos para que ele seja ativado com ou sem luz (natural ou artificial), sem riscos à pele”, afirma Durigon.

Na internet, pelo site oficial, um frasco de 80 ml custa R$ 39,90. O produto também já está disponível em algumas farmácias e está sendo negociado com grandes redes de drogarias.

Phitta Cream promete 4 horas de proteção contra vírus e bactérias presentes nas mãos Foto: Divulgação

Um creme antisséptico com ação duradoura e que hidrata a pele. Essa é a premissa do Phitta Cream, uma composição desenvolvida e testada na Universidade de São Paulo (USP) que promete até 4 horas de proteção contra vírus e bactérias.

Coordenador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, Edison Luiz Durigon conta que tudo começou com um produto químico usado há algum tempo no Japão. A ftalocianina (ou phthalocyanine, em inglês) é conhecida por seu uso como corante azul, mas dela pode ser extraído um composto capaz de desfazer a parede celular de vírus e bactérias, destruindo-os.

Produto antisséptico testado na USP é vendido em formato de creme para as mãos  Foto: Olga Miltsova/Adobe Stock

No auge da pandemia de covid-19, pesquisadores do Instituto de Química da universidade utilizaram esse conhecimento sobre as propriedades da ftalocianina para criar uma versão capaz de ser aplicada em máscaras cirúrgicas. A ideia deu certo e se transformou na Phitta Mask, com proteção de 12 horas contra o SARS-CoV-2.

“O que nós desenvolvemos foi a adesão do ativo a nanopartículas, que são como microesferas vistas apenas pelo microscópio. Grosso modo, imagine que a nanopartícula é um waffle e naqueles buraquinhos colocamos o ativo”, resume Durigon.

Com a diminuição de casos graves de covid-19, os cientistas resolveram testar outras aplicações da tecnologia, incluindo um creme para as mãos. Os testes de eficácia foram feitos no ICB e mostraram que o produto conseguia inativar micro-organismos causadores de doenças como gripe, leptospirose, gastroenterites, infecções urinárias e hepatite A.

De acordo com o pesquisador, a capacidade de proteção do Phitta Cream é semelhante à do álcool em gel, porém numa versão prolongada. Enquanto o álcool 70% dura, em média, cerca de cinco minutos na pele, o novo produto dura até quatro horas. “É uma proteção para as mãos, principalmente para quem pega ônibus ou metrô, e no ambiente hospitalar, para não levar vírus e bactérias aos pacientes”, diz.

Ele lembra, contudo, que a proteção não se estende aos contaminantes presentes no ambiente e em fluidos corporais como a saliva. Caso alguém infectado espirre ao seu lado, por exemplo, o antisséptico não impedirá que você adquira o vírus pelo ar.

Outro diferencial do creme, licenciado e vendido pela startup Use Phitta Cream, é a possibilidade de exposição ao sol sem risco de queimaduras. “No Japão, o composto da ftalocianina era usado para tratar a pele e era ativado pela luz. Aqui, modificamos para que ele seja ativado com ou sem luz (natural ou artificial), sem riscos à pele”, afirma Durigon.

Na internet, pelo site oficial, um frasco de 80 ml custa R$ 39,90. O produto também já está disponível em algumas farmácias e está sendo negociado com grandes redes de drogarias.

Phitta Cream promete 4 horas de proteção contra vírus e bactérias presentes nas mãos Foto: Divulgação

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