Vacina da dengue já está disponível na rede privada; veja quanto custa em clínicas de São Paulo


Imunizante da farmacêutica Takeda já está sendo comercializada no País; inclusão no SUS ainda será analisada

Por Fabiana Cambricoli

A vacina contra a dengue da farmacêutica japonesa Takeda, a primeira de uso amplo na população, já está sendo oferecida em clínicas privadas de vacinação do Estado de São Paulo e de todo o País. Segundo levantamento feito pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

O imunizante, chamado Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. É a segunda vacina contra a doença a receber registro no Brasil, mas a primeira que pode ser usada independentemente de o paciente ter ou não infecção prévia pelo vírus da dengue. Isso porque a primeira, do laboratório francês Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, só pode ser aplicada em quem já contraiu algum sorotipo da dengue porque aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) a pedido do Estadão, 77,8% dos associados da entidade em São Paulo que responderam a pesquisa fizeram o pedido das doses à farmacêutica Takeda. Desse percentual, 96,2% já receberam o produto. Já considerando os associados da ABCVAC em todo o Brasil, 76,5% dos que responderam o levantamento encomendaram doses, das quais 92,2% já as receberam.

continua após a publicidade

No laboratório Alta, rede da Dasa que tem diversas unidades espalhadas pela cidade, a dose sai por R$ 465. Já no Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury que também está presente em várias regiões da capital, cada vacina sai por R$ 475. Na clínica Vacinarte, que está na Lapa e Tatuapé, o preço da vacina vai de R$ 425 (para pagamentos com dinheiro ou pix) a R$ 445 (pagamento no cartão). Na Cedipi, clínica localizada nos Jardins, o custo fica em R$ 450.

Vacina Qdenga registrou eficácia de 80% contra a dengue nos testes clínicos Foto: Divulgação/Takeda

Questionada, a Takeda não informou quantas doses já vendeu para o mercado privado brasileiro nem a capacidade de produção e distribuição do produto. Disse apenas que comercializou o imunizante “para fornecedores especializados na distribuição de vacinas para clínicas de todo o Brasil” e que essa distribuição é variável porque depende da “demanda e busca pelo imunizante por parte da população”.

continua após a publicidade

Disse ainda que está “estudando o mercado, avaliando as manifestações de interesse” para “trabalhar de forma consistente para prover acesso à uma vacina segura e eficaz ao maior número de pessoas possível nesse mercado”.

Incorporação da vacina no SUS ainda será avaliada

A farmacêutica japonesa afirmou que “está em conversas com o Ministério da Saúde para incluir a Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, mas que seguirá o rito de qualquer incorporação de medicamento ou tecnologia no sistema público. Nesses casos, o produto precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.

continua após a publicidade

A companhia promete submeter o dossiê ao órgão até o final de julho. O processo de análise na Conitec demora ao menos seis meses, podendo ter o prazo prorrogado. “A Takeda tem total interesse em colaborar e trabalhar de forma conjunta com órgãos e gestores de saúde para viabilizar o acesso ao mercado público”, disse a empresa, em nota.

Também procurado, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha com prioridade e o máximo interesse as pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue”. “O Ministério da Saúde mantém diálogo com o laboratório e, até o momento, a empresa não enviou solicitação da incorporação do imunizante para a análise da Conitec, que aguarda a documentação”, disse a pasta, em nota.

O ministério afirmou que, mesmo que o insumo seja incorporado ao SUS, é importante que o Brasil “siga desenvolvendo pesquisas para ter um imunizante próprio, com o intuito de garantir produção nacional”. No momento, a vacina nacional mais adiantada nas pesquisas é o imunizante do Instituto Butantan. Ela já está em fase 3 de estudos clínicos (o último antes do registro). Resultados preliminares mostram eficácia de 79,6%. Os resultados finais da pesquisa só deverão ser conhecidos em 2024.

continua após a publicidade

De acordo com o ministério, “garantir o imunizante nacional jamais será um limitador ou um obstáculo para o acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”, referindo-se à possibilidade de incorporação da vacina Qdenga. De acordo com o órgão, a adoção de um imunizante contra a dengue “dependerá, exclusivamente, de critérios científicos, tecnológicos e do processo institucional definido em lei para garantir o acesso da população”.

Vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos

A Qdenga pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos. O imunizante da empresa japonesa protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

continua após a publicidade

De acordo com a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação. A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue.

A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021 e obteve autorização para comercialização somente em março de 2023. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina “segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”.

A vacina contra a dengue da farmacêutica japonesa Takeda, a primeira de uso amplo na população, já está sendo oferecida em clínicas privadas de vacinação do Estado de São Paulo e de todo o País. Segundo levantamento feito pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

O imunizante, chamado Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. É a segunda vacina contra a doença a receber registro no Brasil, mas a primeira que pode ser usada independentemente de o paciente ter ou não infecção prévia pelo vírus da dengue. Isso porque a primeira, do laboratório francês Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, só pode ser aplicada em quem já contraiu algum sorotipo da dengue porque aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) a pedido do Estadão, 77,8% dos associados da entidade em São Paulo que responderam a pesquisa fizeram o pedido das doses à farmacêutica Takeda. Desse percentual, 96,2% já receberam o produto. Já considerando os associados da ABCVAC em todo o Brasil, 76,5% dos que responderam o levantamento encomendaram doses, das quais 92,2% já as receberam.

No laboratório Alta, rede da Dasa que tem diversas unidades espalhadas pela cidade, a dose sai por R$ 465. Já no Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury que também está presente em várias regiões da capital, cada vacina sai por R$ 475. Na clínica Vacinarte, que está na Lapa e Tatuapé, o preço da vacina vai de R$ 425 (para pagamentos com dinheiro ou pix) a R$ 445 (pagamento no cartão). Na Cedipi, clínica localizada nos Jardins, o custo fica em R$ 450.

Vacina Qdenga registrou eficácia de 80% contra a dengue nos testes clínicos Foto: Divulgação/Takeda

Questionada, a Takeda não informou quantas doses já vendeu para o mercado privado brasileiro nem a capacidade de produção e distribuição do produto. Disse apenas que comercializou o imunizante “para fornecedores especializados na distribuição de vacinas para clínicas de todo o Brasil” e que essa distribuição é variável porque depende da “demanda e busca pelo imunizante por parte da população”.

Disse ainda que está “estudando o mercado, avaliando as manifestações de interesse” para “trabalhar de forma consistente para prover acesso à uma vacina segura e eficaz ao maior número de pessoas possível nesse mercado”.

Incorporação da vacina no SUS ainda será avaliada

A farmacêutica japonesa afirmou que “está em conversas com o Ministério da Saúde para incluir a Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, mas que seguirá o rito de qualquer incorporação de medicamento ou tecnologia no sistema público. Nesses casos, o produto precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.

A companhia promete submeter o dossiê ao órgão até o final de julho. O processo de análise na Conitec demora ao menos seis meses, podendo ter o prazo prorrogado. “A Takeda tem total interesse em colaborar e trabalhar de forma conjunta com órgãos e gestores de saúde para viabilizar o acesso ao mercado público”, disse a empresa, em nota.

Também procurado, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha com prioridade e o máximo interesse as pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue”. “O Ministério da Saúde mantém diálogo com o laboratório e, até o momento, a empresa não enviou solicitação da incorporação do imunizante para a análise da Conitec, que aguarda a documentação”, disse a pasta, em nota.

O ministério afirmou que, mesmo que o insumo seja incorporado ao SUS, é importante que o Brasil “siga desenvolvendo pesquisas para ter um imunizante próprio, com o intuito de garantir produção nacional”. No momento, a vacina nacional mais adiantada nas pesquisas é o imunizante do Instituto Butantan. Ela já está em fase 3 de estudos clínicos (o último antes do registro). Resultados preliminares mostram eficácia de 79,6%. Os resultados finais da pesquisa só deverão ser conhecidos em 2024.

De acordo com o ministério, “garantir o imunizante nacional jamais será um limitador ou um obstáculo para o acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”, referindo-se à possibilidade de incorporação da vacina Qdenga. De acordo com o órgão, a adoção de um imunizante contra a dengue “dependerá, exclusivamente, de critérios científicos, tecnológicos e do processo institucional definido em lei para garantir o acesso da população”.

Vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos

A Qdenga pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos. O imunizante da empresa japonesa protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação. A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue.

A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021 e obteve autorização para comercialização somente em março de 2023. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina “segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”.

A vacina contra a dengue da farmacêutica japonesa Takeda, a primeira de uso amplo na população, já está sendo oferecida em clínicas privadas de vacinação do Estado de São Paulo e de todo o País. Segundo levantamento feito pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

O imunizante, chamado Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. É a segunda vacina contra a doença a receber registro no Brasil, mas a primeira que pode ser usada independentemente de o paciente ter ou não infecção prévia pelo vírus da dengue. Isso porque a primeira, do laboratório francês Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, só pode ser aplicada em quem já contraiu algum sorotipo da dengue porque aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) a pedido do Estadão, 77,8% dos associados da entidade em São Paulo que responderam a pesquisa fizeram o pedido das doses à farmacêutica Takeda. Desse percentual, 96,2% já receberam o produto. Já considerando os associados da ABCVAC em todo o Brasil, 76,5% dos que responderam o levantamento encomendaram doses, das quais 92,2% já as receberam.

No laboratório Alta, rede da Dasa que tem diversas unidades espalhadas pela cidade, a dose sai por R$ 465. Já no Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury que também está presente em várias regiões da capital, cada vacina sai por R$ 475. Na clínica Vacinarte, que está na Lapa e Tatuapé, o preço da vacina vai de R$ 425 (para pagamentos com dinheiro ou pix) a R$ 445 (pagamento no cartão). Na Cedipi, clínica localizada nos Jardins, o custo fica em R$ 450.

Vacina Qdenga registrou eficácia de 80% contra a dengue nos testes clínicos Foto: Divulgação/Takeda

Questionada, a Takeda não informou quantas doses já vendeu para o mercado privado brasileiro nem a capacidade de produção e distribuição do produto. Disse apenas que comercializou o imunizante “para fornecedores especializados na distribuição de vacinas para clínicas de todo o Brasil” e que essa distribuição é variável porque depende da “demanda e busca pelo imunizante por parte da população”.

Disse ainda que está “estudando o mercado, avaliando as manifestações de interesse” para “trabalhar de forma consistente para prover acesso à uma vacina segura e eficaz ao maior número de pessoas possível nesse mercado”.

Incorporação da vacina no SUS ainda será avaliada

A farmacêutica japonesa afirmou que “está em conversas com o Ministério da Saúde para incluir a Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, mas que seguirá o rito de qualquer incorporação de medicamento ou tecnologia no sistema público. Nesses casos, o produto precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.

A companhia promete submeter o dossiê ao órgão até o final de julho. O processo de análise na Conitec demora ao menos seis meses, podendo ter o prazo prorrogado. “A Takeda tem total interesse em colaborar e trabalhar de forma conjunta com órgãos e gestores de saúde para viabilizar o acesso ao mercado público”, disse a empresa, em nota.

Também procurado, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha com prioridade e o máximo interesse as pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue”. “O Ministério da Saúde mantém diálogo com o laboratório e, até o momento, a empresa não enviou solicitação da incorporação do imunizante para a análise da Conitec, que aguarda a documentação”, disse a pasta, em nota.

O ministério afirmou que, mesmo que o insumo seja incorporado ao SUS, é importante que o Brasil “siga desenvolvendo pesquisas para ter um imunizante próprio, com o intuito de garantir produção nacional”. No momento, a vacina nacional mais adiantada nas pesquisas é o imunizante do Instituto Butantan. Ela já está em fase 3 de estudos clínicos (o último antes do registro). Resultados preliminares mostram eficácia de 79,6%. Os resultados finais da pesquisa só deverão ser conhecidos em 2024.

De acordo com o ministério, “garantir o imunizante nacional jamais será um limitador ou um obstáculo para o acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”, referindo-se à possibilidade de incorporação da vacina Qdenga. De acordo com o órgão, a adoção de um imunizante contra a dengue “dependerá, exclusivamente, de critérios científicos, tecnológicos e do processo institucional definido em lei para garantir o acesso da população”.

Vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos

A Qdenga pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos. O imunizante da empresa japonesa protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação. A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue.

A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021 e obteve autorização para comercialização somente em março de 2023. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina “segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”.

A vacina contra a dengue da farmacêutica japonesa Takeda, a primeira de uso amplo na população, já está sendo oferecida em clínicas privadas de vacinação do Estado de São Paulo e de todo o País. Segundo levantamento feito pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

O imunizante, chamado Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. É a segunda vacina contra a doença a receber registro no Brasil, mas a primeira que pode ser usada independentemente de o paciente ter ou não infecção prévia pelo vírus da dengue. Isso porque a primeira, do laboratório francês Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, só pode ser aplicada em quem já contraiu algum sorotipo da dengue porque aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) a pedido do Estadão, 77,8% dos associados da entidade em São Paulo que responderam a pesquisa fizeram o pedido das doses à farmacêutica Takeda. Desse percentual, 96,2% já receberam o produto. Já considerando os associados da ABCVAC em todo o Brasil, 76,5% dos que responderam o levantamento encomendaram doses, das quais 92,2% já as receberam.

No laboratório Alta, rede da Dasa que tem diversas unidades espalhadas pela cidade, a dose sai por R$ 465. Já no Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury que também está presente em várias regiões da capital, cada vacina sai por R$ 475. Na clínica Vacinarte, que está na Lapa e Tatuapé, o preço da vacina vai de R$ 425 (para pagamentos com dinheiro ou pix) a R$ 445 (pagamento no cartão). Na Cedipi, clínica localizada nos Jardins, o custo fica em R$ 450.

Vacina Qdenga registrou eficácia de 80% contra a dengue nos testes clínicos Foto: Divulgação/Takeda

Questionada, a Takeda não informou quantas doses já vendeu para o mercado privado brasileiro nem a capacidade de produção e distribuição do produto. Disse apenas que comercializou o imunizante “para fornecedores especializados na distribuição de vacinas para clínicas de todo o Brasil” e que essa distribuição é variável porque depende da “demanda e busca pelo imunizante por parte da população”.

Disse ainda que está “estudando o mercado, avaliando as manifestações de interesse” para “trabalhar de forma consistente para prover acesso à uma vacina segura e eficaz ao maior número de pessoas possível nesse mercado”.

Incorporação da vacina no SUS ainda será avaliada

A farmacêutica japonesa afirmou que “está em conversas com o Ministério da Saúde para incluir a Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, mas que seguirá o rito de qualquer incorporação de medicamento ou tecnologia no sistema público. Nesses casos, o produto precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.

A companhia promete submeter o dossiê ao órgão até o final de julho. O processo de análise na Conitec demora ao menos seis meses, podendo ter o prazo prorrogado. “A Takeda tem total interesse em colaborar e trabalhar de forma conjunta com órgãos e gestores de saúde para viabilizar o acesso ao mercado público”, disse a empresa, em nota.

Também procurado, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha com prioridade e o máximo interesse as pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue”. “O Ministério da Saúde mantém diálogo com o laboratório e, até o momento, a empresa não enviou solicitação da incorporação do imunizante para a análise da Conitec, que aguarda a documentação”, disse a pasta, em nota.

O ministério afirmou que, mesmo que o insumo seja incorporado ao SUS, é importante que o Brasil “siga desenvolvendo pesquisas para ter um imunizante próprio, com o intuito de garantir produção nacional”. No momento, a vacina nacional mais adiantada nas pesquisas é o imunizante do Instituto Butantan. Ela já está em fase 3 de estudos clínicos (o último antes do registro). Resultados preliminares mostram eficácia de 79,6%. Os resultados finais da pesquisa só deverão ser conhecidos em 2024.

De acordo com o ministério, “garantir o imunizante nacional jamais será um limitador ou um obstáculo para o acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”, referindo-se à possibilidade de incorporação da vacina Qdenga. De acordo com o órgão, a adoção de um imunizante contra a dengue “dependerá, exclusivamente, de critérios científicos, tecnológicos e do processo institucional definido em lei para garantir o acesso da população”.

Vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos

A Qdenga pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos. O imunizante da empresa japonesa protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação. A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue.

A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021 e obteve autorização para comercialização somente em março de 2023. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina “segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”.

A vacina contra a dengue da farmacêutica japonesa Takeda, a primeira de uso amplo na população, já está sendo oferecida em clínicas privadas de vacinação do Estado de São Paulo e de todo o País. Segundo levantamento feito pelo Estadão com quatro estabelecimentos da capital paulista, o valor da dose varia entre R$ 425 e R$ 478 - o esquema completo de vacinação é feito com duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. O valor pode variar de acordo com o Estado por causa das diferentes cargas tributárias.

O imunizante, chamado Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos. É a segunda vacina contra a doença a receber registro no Brasil, mas a primeira que pode ser usada independentemente de o paciente ter ou não infecção prévia pelo vírus da dengue. Isso porque a primeira, do laboratório francês Sanofi Pasteur e aprovada no País em 2015, só pode ser aplicada em quem já contraiu algum sorotipo da dengue porque aumenta a ocorrência da forma grave da doença em pessoas nunca antes infectadas pelo vírus.

Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) a pedido do Estadão, 77,8% dos associados da entidade em São Paulo que responderam a pesquisa fizeram o pedido das doses à farmacêutica Takeda. Desse percentual, 96,2% já receberam o produto. Já considerando os associados da ABCVAC em todo o Brasil, 76,5% dos que responderam o levantamento encomendaram doses, das quais 92,2% já as receberam.

No laboratório Alta, rede da Dasa que tem diversas unidades espalhadas pela cidade, a dose sai por R$ 465. Já no Hermes Pardini, marca do Grupo Fleury que também está presente em várias regiões da capital, cada vacina sai por R$ 475. Na clínica Vacinarte, que está na Lapa e Tatuapé, o preço da vacina vai de R$ 425 (para pagamentos com dinheiro ou pix) a R$ 445 (pagamento no cartão). Na Cedipi, clínica localizada nos Jardins, o custo fica em R$ 450.

Vacina Qdenga registrou eficácia de 80% contra a dengue nos testes clínicos Foto: Divulgação/Takeda

Questionada, a Takeda não informou quantas doses já vendeu para o mercado privado brasileiro nem a capacidade de produção e distribuição do produto. Disse apenas que comercializou o imunizante “para fornecedores especializados na distribuição de vacinas para clínicas de todo o Brasil” e que essa distribuição é variável porque depende da “demanda e busca pelo imunizante por parte da população”.

Disse ainda que está “estudando o mercado, avaliando as manifestações de interesse” para “trabalhar de forma consistente para prover acesso à uma vacina segura e eficaz ao maior número de pessoas possível nesse mercado”.

Incorporação da vacina no SUS ainda será avaliada

A farmacêutica japonesa afirmou que “está em conversas com o Ministério da Saúde para incluir a Qdenga no Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, mas que seguirá o rito de qualquer incorporação de medicamento ou tecnologia no sistema público. Nesses casos, o produto precisa passar pela análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no SUS.

A companhia promete submeter o dossiê ao órgão até o final de julho. O processo de análise na Conitec demora ao menos seis meses, podendo ter o prazo prorrogado. “A Takeda tem total interesse em colaborar e trabalhar de forma conjunta com órgãos e gestores de saúde para viabilizar o acesso ao mercado público”, disse a empresa, em nota.

Também procurado, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha com prioridade e o máximo interesse as pesquisas e avanços tecnológicos relacionados à vacina contra a dengue”. “O Ministério da Saúde mantém diálogo com o laboratório e, até o momento, a empresa não enviou solicitação da incorporação do imunizante para a análise da Conitec, que aguarda a documentação”, disse a pasta, em nota.

O ministério afirmou que, mesmo que o insumo seja incorporado ao SUS, é importante que o Brasil “siga desenvolvendo pesquisas para ter um imunizante próprio, com o intuito de garantir produção nacional”. No momento, a vacina nacional mais adiantada nas pesquisas é o imunizante do Instituto Butantan. Ela já está em fase 3 de estudos clínicos (o último antes do registro). Resultados preliminares mostram eficácia de 79,6%. Os resultados finais da pesquisa só deverão ser conhecidos em 2024.

De acordo com o ministério, “garantir o imunizante nacional jamais será um limitador ou um obstáculo para o acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”, referindo-se à possibilidade de incorporação da vacina Qdenga. De acordo com o órgão, a adoção de um imunizante contra a dengue “dependerá, exclusivamente, de critérios científicos, tecnológicos e do processo institucional definido em lei para garantir o acesso da população”.

Vacina pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos

A Qdenga pode ser usada por pessoas de 4 a 60 anos. O imunizante da empresa japonesa protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

De acordo com a Takeda, os estudos clínicos da Qdenga tiveram 28 mil participantes, com acompanhamento de mais de quatro anos dos voluntários da última fase do estudo. Além da eficácia geral de 80,2%, o imunizante alcançou 90,4% de proteção contra hospitalizações pela doença 18 meses após a vacinação. A Qdenga é feita com vírus vivo atenuado do sorotipo 2 da dengue.

A Takeda entrou com pedido de registro na Anvisa em 2021 e obteve autorização para comercialização somente em março de 2023. O processo, segundo a agência, foi demorado porque foram solicitados dados complementares. A vacina “segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.