Vacinação contra o coronavírus no Brasil completa 1 ano; relembre os momentos mais marcantes


Da primeira aplicação na enfermeira Mônica Calazans ao início da imunização infantil na última semana, lembre os destaques dos últimos 12 meses na luta contra a covid-19

Por João Ker

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização. 

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão. 

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Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença. 

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros. 

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

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A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. “Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início”, contou em entrevista recente ao Estadão.

A enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose de Coronavac no Brasil, no Hospital das Clínicas de SP Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro. 

Empresária Ana Laura Andrez Vieira de Moraes, de 46 anos, durante visita com a mãe, Cleide Andrez, de 73 anos, no Residencial Santa Cruz, em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/ Estadão
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O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19. 

O presidente Jair Bolsonaro participa de motociata com apoiadores em Brasília, em janeiro do ano passado Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO 30-01-2021
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Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera. 

Adolescente exibe placa de 'vacinado' em Ribeirão Pires (SP), no dia 16 de agosto de 2021 Foto: Gustavo Dias/Prefeitura de Ribeirão Pires
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Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização. 

Chegada de avião com doses da Coronavac no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã do dia 24 de dezembro de 2020 Foto: Governo do Estado de SP

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio “jeitinho” de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Harrison Nogueira foi de jacarése vacinar, em Juiz de Fora Foto: Arquivo Pessoal

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência. 

Idosos acima dos 90 anos aguardam a vez de receber a dose de reforço contra a covid em UBS da capital paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO - 06/09/2021

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Criança Davi recebeu a vacina contra a covid-19 em cerimônia realizada pelo governo do Estado no Hospital das Clínicas Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização. 

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão. 

Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença. 

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros. 

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. “Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início”, contou em entrevista recente ao Estadão.

A enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose de Coronavac no Brasil, no Hospital das Clínicas de SP Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro. 

Empresária Ana Laura Andrez Vieira de Moraes, de 46 anos, durante visita com a mãe, Cleide Andrez, de 73 anos, no Residencial Santa Cruz, em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19. 

O presidente Jair Bolsonaro participa de motociata com apoiadores em Brasília, em janeiro do ano passado Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO 30-01-2021

Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera. 

Adolescente exibe placa de 'vacinado' em Ribeirão Pires (SP), no dia 16 de agosto de 2021 Foto: Gustavo Dias/Prefeitura de Ribeirão Pires

Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização. 

Chegada de avião com doses da Coronavac no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã do dia 24 de dezembro de 2020 Foto: Governo do Estado de SP

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio “jeitinho” de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Harrison Nogueira foi de jacarése vacinar, em Juiz de Fora Foto: Arquivo Pessoal

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência. 

Idosos acima dos 90 anos aguardam a vez de receber a dose de reforço contra a covid em UBS da capital paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO - 06/09/2021

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Criança Davi recebeu a vacina contra a covid-19 em cerimônia realizada pelo governo do Estado no Hospital das Clínicas Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização. 

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão. 

Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença. 

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros. 

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. “Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início”, contou em entrevista recente ao Estadão.

A enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose de Coronavac no Brasil, no Hospital das Clínicas de SP Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro. 

Empresária Ana Laura Andrez Vieira de Moraes, de 46 anos, durante visita com a mãe, Cleide Andrez, de 73 anos, no Residencial Santa Cruz, em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19. 

O presidente Jair Bolsonaro participa de motociata com apoiadores em Brasília, em janeiro do ano passado Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO 30-01-2021

Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera. 

Adolescente exibe placa de 'vacinado' em Ribeirão Pires (SP), no dia 16 de agosto de 2021 Foto: Gustavo Dias/Prefeitura de Ribeirão Pires

Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização. 

Chegada de avião com doses da Coronavac no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã do dia 24 de dezembro de 2020 Foto: Governo do Estado de SP

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio “jeitinho” de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Harrison Nogueira foi de jacarése vacinar, em Juiz de Fora Foto: Arquivo Pessoal

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência. 

Idosos acima dos 90 anos aguardam a vez de receber a dose de reforço contra a covid em UBS da capital paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO - 06/09/2021

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Criança Davi recebeu a vacina contra a covid-19 em cerimônia realizada pelo governo do Estado no Hospital das Clínicas Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização. 

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão. 

Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença. 

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros. 

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. “Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início”, contou em entrevista recente ao Estadão.

A enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose de Coronavac no Brasil, no Hospital das Clínicas de SP Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro. 

Empresária Ana Laura Andrez Vieira de Moraes, de 46 anos, durante visita com a mãe, Cleide Andrez, de 73 anos, no Residencial Santa Cruz, em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19. 

O presidente Jair Bolsonaro participa de motociata com apoiadores em Brasília, em janeiro do ano passado Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO 30-01-2021

Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera. 

Adolescente exibe placa de 'vacinado' em Ribeirão Pires (SP), no dia 16 de agosto de 2021 Foto: Gustavo Dias/Prefeitura de Ribeirão Pires

Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização. 

Chegada de avião com doses da Coronavac no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã do dia 24 de dezembro de 2020 Foto: Governo do Estado de SP

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio “jeitinho” de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Harrison Nogueira foi de jacarése vacinar, em Juiz de Fora Foto: Arquivo Pessoal

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência. 

Idosos acima dos 90 anos aguardam a vez de receber a dose de reforço contra a covid em UBS da capital paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO - 06/09/2021

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Criança Davi recebeu a vacina contra a covid-19 em cerimônia realizada pelo governo do Estado no Hospital das Clínicas Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

Há exatamente um ano, o Brasil se emocionava na tarde do domingo, 17 de janeiro, quando os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram o uso emergencial da vacina Coronavac contra o coronavírus. Após o aval do órgão, a enfermeira Mônica Calazans, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, recebeu a primeira aplicação do imunizante produzido pelo Instituto Butantan e deu o pontapé inicial na campanha brasileira de imunização. 

Ao longo dos 12 meses que seguiram, o País passou coletivamente por uma montanha-russa de emoção a cada novo público que era incluído no Programa Nacional de Imunização (PNI). A chegada de insumos, aprovação de outras vacinas e distribuição de doses foram acompanhadas de perto, na mesma medida que a maioria dos brasileiros fazia questão de postar nas redes sociais e comemorar o aguardado momento da vacina contra o vírus. O imunizante se provou uma importante ferramenta contra casos graves e mortes pela doença, ainda que não tenha aplacado totalmente a transmissão. 

Os postos de saúde também foram momentaneamente transformados em passarelas quando o "jeitinho brasileiro" levou um verdadeiro desfile de looks na hora da vacinação, fosse em homenagem ao Zé Gotinha e ao SUS ou em alusão aos jacarés e críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A atuação de Bolsonaro também continuou chamando atenção ao longo do ano passado, quando continuou a atacar as vacinas e a promover medicamentos de inefácia comprovada contra a doença. 

O primeiro ano de vacinação também foi marcado pelo desafio de se obter mais doses do imunizante, especialmente no início da campanha. Com escassez de vacinas em todo o mundo, o ritmo de aplicação seguiu aquém do que a urgência do momento pedia, enfrentando ainda o desafio da importação de insumos, como o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aplicação acelerou no segundo semestre, chegando a um número maior de brasileiros. 

Abaixo, relembre alguns dos momentos mais marcantes nesse um ano de imunização contra a covid-19:

A primeira brasileira vacinada

Mônica Calazans exibiu em rede nacional o sorriso da esperança de que a pandemia do coronavírus poderá um dia acabar. “Não tive medo em momento nenhum. Fui com muita segurança na vacina, desde o início”, contou em entrevista recente ao Estadão.

A enfermeira Mônica Calazans recebe a primeira dose de Coronavac no Brasil, no Hospital das Clínicas de SP Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Lares de longa permanência

Um dos primeiros grupos a receber a vacina, os idosos em lares de longa permanência viram com a chegada do imunizante a chance de retomar o convívio com amigos e familiares sem o intermédio de uma parede de vidro. 

Empresária Ana Laura Andrez Vieira de Moraes, de 46 anos, durante visita com a mãe, Cleide Andrez, de 73 anos, no Residencial Santa Cruz, em São Paulo Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

O presidente não vacinado

O presidente Jair Bolsonaro continuou a atacar a vacina e declara não ter se imunizado contra a doença até hoje. Ao longo do ano passado, promoveu aglomerações, esnobou o uso de máscaras e promoveu o uso de medicamentos de ineficácia comprovada contra a covid-19. 

O presidente Jair Bolsonaro participa de motociata com apoiadores em Brasília, em janeiro do ano passado Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO 30-01-2021

Vacinação em adolescentes

Em meados de agosto, foi a vez de os adolescentes dos 12 aos 17 anos receberem o imunizante da Pfizer, após longos sete meses de espera. 

Adolescente exibe placa de 'vacinado' em Ribeirão Pires (SP), no dia 16 de agosto de 2021 Foto: Gustavo Dias/Prefeitura de Ribeirão Pires

Chegada de insumos

Antes de a produção de insumos para as vacinas da AstraZeneca e da Coronavac ser feita no Brasil pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan, a chegada dos caixotes e a distribuição das doses aliviava a tensão de quem esperava sua vez na fila da imunização. 

Chegada de avião com doses da Coronavac no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, às 5h30 da manhã do dia 24 de dezembro de 2020 Foto: Governo do Estado de SP

Desfile de looks

À medida que a vacinação avançava pelo País, os brasileiros deram seu próprio “jeitinho” de se destacarem e investiram em looks que exaltavam o Sistema Único de Saúde (SUS), broches do Zé Gotinha e protestavam contra as falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro contra a imunização, principalmente o seu medo de "virar jacaré".

Harrison Nogueira foi de jacarése vacinar, em Juiz de Fora Foto: Arquivo Pessoal

Terceira dose

Em mais uma das curvas que a pandemia fez, a descoberta da necessidade de uma dose de reforço das vacinas pegou muitos desprevenidos, mas hoje o País já tem quase 16% da população com essa camada extra de proteção. O primeiro grupo convocado para essa fase, seguindo os moldes do PNI, foram idosos acima dos 90 anos e em lares de longa permanência. 

Idosos acima dos 90 anos aguardam a vez de receber a dose de reforço contra a covid em UBS da capital paulista Foto: FELIPE RAU/ESTADAO - 06/09/2021

Vacinação infantil

Depois de muitos embates entre o governo federal e a Anvisa, a vacinação infantil foi liberada pela agência no final de dezembro e implementada pelo Ministério da Saúde na semana passada. A primeira criança a ser imunizada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, no Hospital das Clínicas.

Criança Davi recebeu a vacina contra a covid-19 em cerimônia realizada pelo governo do Estado no Hospital das Clínicas Foto: FELIPE RAU/ESTADAO

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