Vacinas contra a covid não têm grafeno; declaração de Bolsonaro é desinformação, dizem especialistas


Ex-presidente voltou a espalhar notícias falsas sobre o imunizante neste sábado; mais de 514 milhões de doses foram aplicadas no Brasil

Por Paula Ferreira

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a espalhar notícias falsas sobre as vacinas contra covid-19, especialistas garantem a segurança dos imunizantes. Neste sábado, 17, o ex-presidente afirmou que a composição dos imunizantes incluiria grafeno que, segundo ele, ficaria acumulado “nos testículos e ovários”. Nenhuma das vacinas utilizadas no Brasil tem grafeno em sua composição, tampouco o componente é citado nas bulas das vacinas Pfizer, CoronaVac, Janssen e Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pesquisadores da área e membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicam ainda que o processo de aprovação de vacinas é rigoroso e verifica não só a eficácia dos imunizantes, mas também sua segurança para a população. Atualmente, há quatro formas para que as vacinas sejam disponibilizadas no país: registro, uso emergencial, importação excepcional ou por meio do Consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O grafeno é uma das formas do carbono, extremamente fino, resistente, transparente e leve, além de ser capaz de conduzir correntes elétricas. Formado por carbono puro - também presente no diamante -, o material é obtido por meio da extração do grafite. Em 2021, vídeo publicado em um canal no Telegram afirmava falsamente que a Pfizer patenteou um sistema de rastreamento de pessoas imunizadas contra a covid-19 e que teria grafeno na composição da vacina.

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“Nenhuma vacina aprovada no Brasil possui grafeno. Não podemos esquecer que o vírus da covid-19 ainda circula e afeta brasileiros. É muito importante que todos combatam os boatos e desinformações sobre as vacinas que têm se espalhado pelas redes sociais. Todas as vacinas salvam vidas”, afirmou ao Estadão a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, responsável pela área de análise de imunizantes na agência.

No início da pesquisa para desenvolvimento de uma vacina, os desenvolvedores fazem testes não clínicos para identificar qual a melhor plataforma para obter a imunização. Nesse ponto, são realizadas análises em animais e testes em laboratório. Em seguida, é necessário que o imunizante passe por testes clínicos em humanos.

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Na primeira fase de testes em humanos é avaliada a segurança da vacina e as reações aceitáveis. Em seguida, é dimensionada a dose da vacina, em qual esquema deve ser ministrada e qual sua capacidade de produzir imunidade. Na fase 3, os estudos são realizados em grandes populações para aferir a segurança e eficácia da vacina. Mesmo após uma vacina obter o aval da Anvisa, a performance do imunizante continua sendo acompanhada pela agência e eventos adversos devem ser comunicados ao órgão.

Virologista do Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG, Flavio da Fonseca acrescenta que os fabricantes encaminham um documento comprobatório dos eventuais contaminantes que podem conter na vacina. Os patamares toleráveis dessas substâncias são estabelecidos pela legislação de modo que não prejudiquem a saúde humana.

“Certamente o grafeno não é aturado em nenhuma quantidade e nesse tipo de documentação que o fabricante envia para mostrar quais os contaminantes da vacina, ele tem de mostrar todos os elementos que estão presentes numa formulação e não deveriam estar ali e são considerados contaminantes. Esses exames são feitos de forma independente, não só pelo fabricante. E certamente se houvesse uma contaminação por um elemento tão importante quanto o grafeno, que é um elemento estranho a uma formulação vacinal, ela estaria sendo detectada”, explica o pesquisador. “Esse tipo de fala está completamente inconsistente com o papel da Anvisa. Se um contaminante tão importante como o grafeno estivesse passando pela Anvisa, era melhor nem tê-la. Isso é uma falácia, uma divulgação falsa, baseada em princípios que não são científicos”, criticou o pesquisador.

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Desde o início da vacinação contra covid-19 no Brasil, cerca de 514,9 milhões de doses foram aplicadas no País. Aproximadamente 190 milhões de brasileiros receberam a primeira dose ou dose única do imunizante contra o coronavírus. Até o momento, a Anvisa recebeu apenas cerca de 21 mil comunicações de suspeitas de eventos adversos supostamente relacionados às vacinas.

Os primeiros imunizantes contra covid-19 foram aplicados no País em janeiro de 2021. A partir de então, segundo especialistas, a vacinação foi a principal responsável pelo controle da pandemia e redução do número de mortes relacionadas à doença. O Brasil acumula mais de 700 mil vidas perdidas pelo coronavírus desde o início da pandemia em 2020.

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a espalhar notícias falsas sobre as vacinas contra covid-19, especialistas garantem a segurança dos imunizantes. Neste sábado, 17, o ex-presidente afirmou que a composição dos imunizantes incluiria grafeno que, segundo ele, ficaria acumulado “nos testículos e ovários”. Nenhuma das vacinas utilizadas no Brasil tem grafeno em sua composição, tampouco o componente é citado nas bulas das vacinas Pfizer, CoronaVac, Janssen e Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pesquisadores da área e membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicam ainda que o processo de aprovação de vacinas é rigoroso e verifica não só a eficácia dos imunizantes, mas também sua segurança para a população. Atualmente, há quatro formas para que as vacinas sejam disponibilizadas no país: registro, uso emergencial, importação excepcional ou por meio do Consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O grafeno é uma das formas do carbono, extremamente fino, resistente, transparente e leve, além de ser capaz de conduzir correntes elétricas. Formado por carbono puro - também presente no diamante -, o material é obtido por meio da extração do grafite. Em 2021, vídeo publicado em um canal no Telegram afirmava falsamente que a Pfizer patenteou um sistema de rastreamento de pessoas imunizadas contra a covid-19 e que teria grafeno na composição da vacina.

“Nenhuma vacina aprovada no Brasil possui grafeno. Não podemos esquecer que o vírus da covid-19 ainda circula e afeta brasileiros. É muito importante que todos combatam os boatos e desinformações sobre as vacinas que têm se espalhado pelas redes sociais. Todas as vacinas salvam vidas”, afirmou ao Estadão a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, responsável pela área de análise de imunizantes na agência.

No início da pesquisa para desenvolvimento de uma vacina, os desenvolvedores fazem testes não clínicos para identificar qual a melhor plataforma para obter a imunização. Nesse ponto, são realizadas análises em animais e testes em laboratório. Em seguida, é necessário que o imunizante passe por testes clínicos em humanos.

Na primeira fase de testes em humanos é avaliada a segurança da vacina e as reações aceitáveis. Em seguida, é dimensionada a dose da vacina, em qual esquema deve ser ministrada e qual sua capacidade de produzir imunidade. Na fase 3, os estudos são realizados em grandes populações para aferir a segurança e eficácia da vacina. Mesmo após uma vacina obter o aval da Anvisa, a performance do imunizante continua sendo acompanhada pela agência e eventos adversos devem ser comunicados ao órgão.

Virologista do Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG, Flavio da Fonseca acrescenta que os fabricantes encaminham um documento comprobatório dos eventuais contaminantes que podem conter na vacina. Os patamares toleráveis dessas substâncias são estabelecidos pela legislação de modo que não prejudiquem a saúde humana.

“Certamente o grafeno não é aturado em nenhuma quantidade e nesse tipo de documentação que o fabricante envia para mostrar quais os contaminantes da vacina, ele tem de mostrar todos os elementos que estão presentes numa formulação e não deveriam estar ali e são considerados contaminantes. Esses exames são feitos de forma independente, não só pelo fabricante. E certamente se houvesse uma contaminação por um elemento tão importante quanto o grafeno, que é um elemento estranho a uma formulação vacinal, ela estaria sendo detectada”, explica o pesquisador. “Esse tipo de fala está completamente inconsistente com o papel da Anvisa. Se um contaminante tão importante como o grafeno estivesse passando pela Anvisa, era melhor nem tê-la. Isso é uma falácia, uma divulgação falsa, baseada em princípios que não são científicos”, criticou o pesquisador.

Desde o início da vacinação contra covid-19 no Brasil, cerca de 514,9 milhões de doses foram aplicadas no País. Aproximadamente 190 milhões de brasileiros receberam a primeira dose ou dose única do imunizante contra o coronavírus. Até o momento, a Anvisa recebeu apenas cerca de 21 mil comunicações de suspeitas de eventos adversos supostamente relacionados às vacinas.

Os primeiros imunizantes contra covid-19 foram aplicados no País em janeiro de 2021. A partir de então, segundo especialistas, a vacinação foi a principal responsável pelo controle da pandemia e redução do número de mortes relacionadas à doença. O Brasil acumula mais de 700 mil vidas perdidas pelo coronavírus desde o início da pandemia em 2020.

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a espalhar notícias falsas sobre as vacinas contra covid-19, especialistas garantem a segurança dos imunizantes. Neste sábado, 17, o ex-presidente afirmou que a composição dos imunizantes incluiria grafeno que, segundo ele, ficaria acumulado “nos testículos e ovários”. Nenhuma das vacinas utilizadas no Brasil tem grafeno em sua composição, tampouco o componente é citado nas bulas das vacinas Pfizer, CoronaVac, Janssen e Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pesquisadores da área e membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) explicam ainda que o processo de aprovação de vacinas é rigoroso e verifica não só a eficácia dos imunizantes, mas também sua segurança para a população. Atualmente, há quatro formas para que as vacinas sejam disponibilizadas no país: registro, uso emergencial, importação excepcional ou por meio do Consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O grafeno é uma das formas do carbono, extremamente fino, resistente, transparente e leve, além de ser capaz de conduzir correntes elétricas. Formado por carbono puro - também presente no diamante -, o material é obtido por meio da extração do grafite. Em 2021, vídeo publicado em um canal no Telegram afirmava falsamente que a Pfizer patenteou um sistema de rastreamento de pessoas imunizadas contra a covid-19 e que teria grafeno na composição da vacina.

“Nenhuma vacina aprovada no Brasil possui grafeno. Não podemos esquecer que o vírus da covid-19 ainda circula e afeta brasileiros. É muito importante que todos combatam os boatos e desinformações sobre as vacinas que têm se espalhado pelas redes sociais. Todas as vacinas salvam vidas”, afirmou ao Estadão a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, responsável pela área de análise de imunizantes na agência.

No início da pesquisa para desenvolvimento de uma vacina, os desenvolvedores fazem testes não clínicos para identificar qual a melhor plataforma para obter a imunização. Nesse ponto, são realizadas análises em animais e testes em laboratório. Em seguida, é necessário que o imunizante passe por testes clínicos em humanos.

Na primeira fase de testes em humanos é avaliada a segurança da vacina e as reações aceitáveis. Em seguida, é dimensionada a dose da vacina, em qual esquema deve ser ministrada e qual sua capacidade de produzir imunidade. Na fase 3, os estudos são realizados em grandes populações para aferir a segurança e eficácia da vacina. Mesmo após uma vacina obter o aval da Anvisa, a performance do imunizante continua sendo acompanhada pela agência e eventos adversos devem ser comunicados ao órgão.

Virologista do Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG, Flavio da Fonseca acrescenta que os fabricantes encaminham um documento comprobatório dos eventuais contaminantes que podem conter na vacina. Os patamares toleráveis dessas substâncias são estabelecidos pela legislação de modo que não prejudiquem a saúde humana.

“Certamente o grafeno não é aturado em nenhuma quantidade e nesse tipo de documentação que o fabricante envia para mostrar quais os contaminantes da vacina, ele tem de mostrar todos os elementos que estão presentes numa formulação e não deveriam estar ali e são considerados contaminantes. Esses exames são feitos de forma independente, não só pelo fabricante. E certamente se houvesse uma contaminação por um elemento tão importante quanto o grafeno, que é um elemento estranho a uma formulação vacinal, ela estaria sendo detectada”, explica o pesquisador. “Esse tipo de fala está completamente inconsistente com o papel da Anvisa. Se um contaminante tão importante como o grafeno estivesse passando pela Anvisa, era melhor nem tê-la. Isso é uma falácia, uma divulgação falsa, baseada em princípios que não são científicos”, criticou o pesquisador.

Desde o início da vacinação contra covid-19 no Brasil, cerca de 514,9 milhões de doses foram aplicadas no País. Aproximadamente 190 milhões de brasileiros receberam a primeira dose ou dose única do imunizante contra o coronavírus. Até o momento, a Anvisa recebeu apenas cerca de 21 mil comunicações de suspeitas de eventos adversos supostamente relacionados às vacinas.

Os primeiros imunizantes contra covid-19 foram aplicados no País em janeiro de 2021. A partir de então, segundo especialistas, a vacinação foi a principal responsável pelo controle da pandemia e redução do número de mortes relacionadas à doença. O Brasil acumula mais de 700 mil vidas perdidas pelo coronavírus desde o início da pandemia em 2020.

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