Varizes: demora pela busca de tratamento pode agravar o quadro da doença


Conscientização é essencial para os pacientes entenderem que se trata de uma doença crônica que exige atenção contínua, mesmo após realização de procedimentos

Por Renata Okumura
Atualização:

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Desta forma, para prevenir o aparecimento das veias dilatadas, que geralmente surgem nas pernas e podem causar desconforto e até mesmo dor, a conscientização sobre os cuidados preventivos e os tratamentos disponíveis é fundamental para manter, acima de tudo, o bem-estar pessoal.

O debate envolvendo os riscos da doença crônica e progressiva fez parte da roda de conversa Varizes: uma abordagem holística, realizada neste domingo, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar, promovido pelo Estadão.

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Em geral, segundo especialistas, as pessoas, no dia a dia, não prestam atenção aos problemas. “Isso está muito relacionado com a correria, achar que, quando a perna está inchada, é só colocá-la para cima que resolve. Mas, na verdade, muitas vezes isso pode representar um problema muito mais sério”, afirma Amanda Meirelles, médica, especialista em conteúdo sobre saúde feminina, e palestrante do evento.

Doença ainda é um tabu

Entre as mulheres, o tema varizes ainda é um tabu, o que impacta em níveis mais graves de complicação. “Tenho muitas pacientes que chegam no consultório com anos que não conseguem expor a perna, por conta de vergonha, por causa das veias salientes. Às vezes tem uma úlcera, demorando muito tempo para ir atrás de um cuidado médico profissional”, afirma Flávia Nerone Alexandrino, cirurgiã vascular e especialista no tratamento de lipedema e varizes com técnicas minimamente invasivas.

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Cerca de 50% das mulheres no Brasil, dados do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentam algum tipo de varizes em razão da influência da questão hormonal, assim como da gestação, de acordo com Armando Lobato, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). “A gravidez é um fator de risco tanto pela pressão do útero sobre os vasos sanguíneos pélvicos como também pela geração hormonal”, acrescenta Lobato, também palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Embora em menor proporção, os homens também estão sujeitos a ter varizes. E os riscos influenciam também na esterilidade masculina. “Ao menos 80% dos casos de esterilidade masculina são devido a essas varizes, condição conhecida como varicocele. São varizes nos testículos, que ocasionam esterilidade masculina”, afirma o presidente da SBACV.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Foto: New Africa/Adobe Stock
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Fatores de risco

Embora cerca de 90% da incidência de varizes tenha relação com a questão genética, os hábitos do dia a dia também podem influenciar para o surgimento da doença. “Temos sempre que analisar a vida que a família teve. Então, vai variar muito com o hábito de vida, se a pessoa fuma, se é acidentada, se tem obesidade”, reforça Amanda.

Quais ações preventivas podem ser adotadas:

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  • Hidratação - o consumo de água durante o dia deve ser de pelo menos 35 ml por quilo;
  • Evitar ficar parado por muito tempo;
  • Buscar o cirurgião vascular o quanto antes para evitar complicações sérias.

“Muitas vezes, a atividade laboral da pessoa impõe que ela fique muito tempo sentada na frente do computador ou muito tempo em pé, parada. Tem que ter intervalos, isso é muito importante”, acrescenta Flávia.

Fases do tratamento

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Conforme a cirurgiã vascular Flávia, primeiramente existe a etapa do tratamento clínico. Depois, dependendo do caso, é necessário algum tipo de abordagem, que não precisa ser cirúrgica.

“A gente faz primeiramente o uso de alguns cremes que têm propriedades para a alívio dos sintomas, principalmente para a hidratação da pele, para a desinflamação local. Além disso, há também os medicamentos orais. Na sequência, a gente parte para o tratamento um pouco mais invasivo”, explica ela.

Procedimentos menos invasivos

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Em meio aos tratamentos, o avanço tecnológico tem permitido que os procedimentos sejam cada vez menos invasivos. Com isso, a pessoa pode evitar futuras complicações.

“Antes eram cirurgias abertas, hoje você consegue fazer via endolaser, então a tecnologia vem como uma aliada para justamente a pessoa fazer o tratamento correto rapidamente e evitar complicações”, afirma a médica Amanda, uma das palestrantes do Summit Saúde e Bem-Estar.

O ponto principal ainda é saber que o tratamento de varizes é complexo e envolve vários fatores ao longo do processo. “As pessoas, às vezes, fazem uma cirurgia e acham que o problema está resolvido. Sempre há uma manutenção”, pondera Amanda.

Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, melhor para a sua qualidade de vida. “A demora em ir atrás de um cuidado pode também levar a um escurecimento da pele. É o que a gente chama de uma dermatite escura.”

Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A roda de conversa Varizes: uma abordagem holística teve a mediação de Rita Lisauskas, jornalista, escritora e apresentadora do Programa Mãe sem Manual da Rádio Eldorado.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Desta forma, para prevenir o aparecimento das veias dilatadas, que geralmente surgem nas pernas e podem causar desconforto e até mesmo dor, a conscientização sobre os cuidados preventivos e os tratamentos disponíveis é fundamental para manter, acima de tudo, o bem-estar pessoal.

O debate envolvendo os riscos da doença crônica e progressiva fez parte da roda de conversa Varizes: uma abordagem holística, realizada neste domingo, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar, promovido pelo Estadão.

Em geral, segundo especialistas, as pessoas, no dia a dia, não prestam atenção aos problemas. “Isso está muito relacionado com a correria, achar que, quando a perna está inchada, é só colocá-la para cima que resolve. Mas, na verdade, muitas vezes isso pode representar um problema muito mais sério”, afirma Amanda Meirelles, médica, especialista em conteúdo sobre saúde feminina, e palestrante do evento.

Doença ainda é um tabu

Entre as mulheres, o tema varizes ainda é um tabu, o que impacta em níveis mais graves de complicação. “Tenho muitas pacientes que chegam no consultório com anos que não conseguem expor a perna, por conta de vergonha, por causa das veias salientes. Às vezes tem uma úlcera, demorando muito tempo para ir atrás de um cuidado médico profissional”, afirma Flávia Nerone Alexandrino, cirurgiã vascular e especialista no tratamento de lipedema e varizes com técnicas minimamente invasivas.

Cerca de 50% das mulheres no Brasil, dados do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentam algum tipo de varizes em razão da influência da questão hormonal, assim como da gestação, de acordo com Armando Lobato, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). “A gravidez é um fator de risco tanto pela pressão do útero sobre os vasos sanguíneos pélvicos como também pela geração hormonal”, acrescenta Lobato, também palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Embora em menor proporção, os homens também estão sujeitos a ter varizes. E os riscos influenciam também na esterilidade masculina. “Ao menos 80% dos casos de esterilidade masculina são devido a essas varizes, condição conhecida como varicocele. São varizes nos testículos, que ocasionam esterilidade masculina”, afirma o presidente da SBACV.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Foto: New Africa/Adobe Stock

Fatores de risco

Embora cerca de 90% da incidência de varizes tenha relação com a questão genética, os hábitos do dia a dia também podem influenciar para o surgimento da doença. “Temos sempre que analisar a vida que a família teve. Então, vai variar muito com o hábito de vida, se a pessoa fuma, se é acidentada, se tem obesidade”, reforça Amanda.

Quais ações preventivas podem ser adotadas:

  • Hidratação - o consumo de água durante o dia deve ser de pelo menos 35 ml por quilo;
  • Evitar ficar parado por muito tempo;
  • Buscar o cirurgião vascular o quanto antes para evitar complicações sérias.

“Muitas vezes, a atividade laboral da pessoa impõe que ela fique muito tempo sentada na frente do computador ou muito tempo em pé, parada. Tem que ter intervalos, isso é muito importante”, acrescenta Flávia.

Fases do tratamento

Conforme a cirurgiã vascular Flávia, primeiramente existe a etapa do tratamento clínico. Depois, dependendo do caso, é necessário algum tipo de abordagem, que não precisa ser cirúrgica.

“A gente faz primeiramente o uso de alguns cremes que têm propriedades para a alívio dos sintomas, principalmente para a hidratação da pele, para a desinflamação local. Além disso, há também os medicamentos orais. Na sequência, a gente parte para o tratamento um pouco mais invasivo”, explica ela.

Procedimentos menos invasivos

Em meio aos tratamentos, o avanço tecnológico tem permitido que os procedimentos sejam cada vez menos invasivos. Com isso, a pessoa pode evitar futuras complicações.

“Antes eram cirurgias abertas, hoje você consegue fazer via endolaser, então a tecnologia vem como uma aliada para justamente a pessoa fazer o tratamento correto rapidamente e evitar complicações”, afirma a médica Amanda, uma das palestrantes do Summit Saúde e Bem-Estar.

O ponto principal ainda é saber que o tratamento de varizes é complexo e envolve vários fatores ao longo do processo. “As pessoas, às vezes, fazem uma cirurgia e acham que o problema está resolvido. Sempre há uma manutenção”, pondera Amanda.

Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, melhor para a sua qualidade de vida. “A demora em ir atrás de um cuidado pode também levar a um escurecimento da pele. É o que a gente chama de uma dermatite escura.”

Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A roda de conversa Varizes: uma abordagem holística teve a mediação de Rita Lisauskas, jornalista, escritora e apresentadora do Programa Mãe sem Manual da Rádio Eldorado.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Desta forma, para prevenir o aparecimento das veias dilatadas, que geralmente surgem nas pernas e podem causar desconforto e até mesmo dor, a conscientização sobre os cuidados preventivos e os tratamentos disponíveis é fundamental para manter, acima de tudo, o bem-estar pessoal.

O debate envolvendo os riscos da doença crônica e progressiva fez parte da roda de conversa Varizes: uma abordagem holística, realizada neste domingo, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar, promovido pelo Estadão.

Em geral, segundo especialistas, as pessoas, no dia a dia, não prestam atenção aos problemas. “Isso está muito relacionado com a correria, achar que, quando a perna está inchada, é só colocá-la para cima que resolve. Mas, na verdade, muitas vezes isso pode representar um problema muito mais sério”, afirma Amanda Meirelles, médica, especialista em conteúdo sobre saúde feminina, e palestrante do evento.

Doença ainda é um tabu

Entre as mulheres, o tema varizes ainda é um tabu, o que impacta em níveis mais graves de complicação. “Tenho muitas pacientes que chegam no consultório com anos que não conseguem expor a perna, por conta de vergonha, por causa das veias salientes. Às vezes tem uma úlcera, demorando muito tempo para ir atrás de um cuidado médico profissional”, afirma Flávia Nerone Alexandrino, cirurgiã vascular e especialista no tratamento de lipedema e varizes com técnicas minimamente invasivas.

Cerca de 50% das mulheres no Brasil, dados do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentam algum tipo de varizes em razão da influência da questão hormonal, assim como da gestação, de acordo com Armando Lobato, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). “A gravidez é um fator de risco tanto pela pressão do útero sobre os vasos sanguíneos pélvicos como também pela geração hormonal”, acrescenta Lobato, também palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Embora em menor proporção, os homens também estão sujeitos a ter varizes. E os riscos influenciam também na esterilidade masculina. “Ao menos 80% dos casos de esterilidade masculina são devido a essas varizes, condição conhecida como varicocele. São varizes nos testículos, que ocasionam esterilidade masculina”, afirma o presidente da SBACV.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Foto: New Africa/Adobe Stock

Fatores de risco

Embora cerca de 90% da incidência de varizes tenha relação com a questão genética, os hábitos do dia a dia também podem influenciar para o surgimento da doença. “Temos sempre que analisar a vida que a família teve. Então, vai variar muito com o hábito de vida, se a pessoa fuma, se é acidentada, se tem obesidade”, reforça Amanda.

Quais ações preventivas podem ser adotadas:

  • Hidratação - o consumo de água durante o dia deve ser de pelo menos 35 ml por quilo;
  • Evitar ficar parado por muito tempo;
  • Buscar o cirurgião vascular o quanto antes para evitar complicações sérias.

“Muitas vezes, a atividade laboral da pessoa impõe que ela fique muito tempo sentada na frente do computador ou muito tempo em pé, parada. Tem que ter intervalos, isso é muito importante”, acrescenta Flávia.

Fases do tratamento

Conforme a cirurgiã vascular Flávia, primeiramente existe a etapa do tratamento clínico. Depois, dependendo do caso, é necessário algum tipo de abordagem, que não precisa ser cirúrgica.

“A gente faz primeiramente o uso de alguns cremes que têm propriedades para a alívio dos sintomas, principalmente para a hidratação da pele, para a desinflamação local. Além disso, há também os medicamentos orais. Na sequência, a gente parte para o tratamento um pouco mais invasivo”, explica ela.

Procedimentos menos invasivos

Em meio aos tratamentos, o avanço tecnológico tem permitido que os procedimentos sejam cada vez menos invasivos. Com isso, a pessoa pode evitar futuras complicações.

“Antes eram cirurgias abertas, hoje você consegue fazer via endolaser, então a tecnologia vem como uma aliada para justamente a pessoa fazer o tratamento correto rapidamente e evitar complicações”, afirma a médica Amanda, uma das palestrantes do Summit Saúde e Bem-Estar.

O ponto principal ainda é saber que o tratamento de varizes é complexo e envolve vários fatores ao longo do processo. “As pessoas, às vezes, fazem uma cirurgia e acham que o problema está resolvido. Sempre há uma manutenção”, pondera Amanda.

Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, melhor para a sua qualidade de vida. “A demora em ir atrás de um cuidado pode também levar a um escurecimento da pele. É o que a gente chama de uma dermatite escura.”

Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A roda de conversa Varizes: uma abordagem holística teve a mediação de Rita Lisauskas, jornalista, escritora e apresentadora do Programa Mãe sem Manual da Rádio Eldorado.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Desta forma, para prevenir o aparecimento das veias dilatadas, que geralmente surgem nas pernas e podem causar desconforto e até mesmo dor, a conscientização sobre os cuidados preventivos e os tratamentos disponíveis é fundamental para manter, acima de tudo, o bem-estar pessoal.

O debate envolvendo os riscos da doença crônica e progressiva fez parte da roda de conversa Varizes: uma abordagem holística, realizada neste domingo, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar, promovido pelo Estadão.

Em geral, segundo especialistas, as pessoas, no dia a dia, não prestam atenção aos problemas. “Isso está muito relacionado com a correria, achar que, quando a perna está inchada, é só colocá-la para cima que resolve. Mas, na verdade, muitas vezes isso pode representar um problema muito mais sério”, afirma Amanda Meirelles, médica, especialista em conteúdo sobre saúde feminina, e palestrante do evento.

Doença ainda é um tabu

Entre as mulheres, o tema varizes ainda é um tabu, o que impacta em níveis mais graves de complicação. “Tenho muitas pacientes que chegam no consultório com anos que não conseguem expor a perna, por conta de vergonha, por causa das veias salientes. Às vezes tem uma úlcera, demorando muito tempo para ir atrás de um cuidado médico profissional”, afirma Flávia Nerone Alexandrino, cirurgiã vascular e especialista no tratamento de lipedema e varizes com técnicas minimamente invasivas.

Cerca de 50% das mulheres no Brasil, dados do Sistema Único de Saúde (SUS), apresentam algum tipo de varizes em razão da influência da questão hormonal, assim como da gestação, de acordo com Armando Lobato, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). “A gravidez é um fator de risco tanto pela pressão do útero sobre os vasos sanguíneos pélvicos como também pela geração hormonal”, acrescenta Lobato, também palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Embora em menor proporção, os homens também estão sujeitos a ter varizes. E os riscos influenciam também na esterilidade masculina. “Ao menos 80% dos casos de esterilidade masculina são devido a essas varizes, condição conhecida como varicocele. São varizes nos testículos, que ocasionam esterilidade masculina”, afirma o presidente da SBACV.

Mais do que uma questão de estética, a presença de varizes indica que algo não vai bem na circulação do sangue. Foto: New Africa/Adobe Stock

Fatores de risco

Embora cerca de 90% da incidência de varizes tenha relação com a questão genética, os hábitos do dia a dia também podem influenciar para o surgimento da doença. “Temos sempre que analisar a vida que a família teve. Então, vai variar muito com o hábito de vida, se a pessoa fuma, se é acidentada, se tem obesidade”, reforça Amanda.

Quais ações preventivas podem ser adotadas:

  • Hidratação - o consumo de água durante o dia deve ser de pelo menos 35 ml por quilo;
  • Evitar ficar parado por muito tempo;
  • Buscar o cirurgião vascular o quanto antes para evitar complicações sérias.

“Muitas vezes, a atividade laboral da pessoa impõe que ela fique muito tempo sentada na frente do computador ou muito tempo em pé, parada. Tem que ter intervalos, isso é muito importante”, acrescenta Flávia.

Fases do tratamento

Conforme a cirurgiã vascular Flávia, primeiramente existe a etapa do tratamento clínico. Depois, dependendo do caso, é necessário algum tipo de abordagem, que não precisa ser cirúrgica.

“A gente faz primeiramente o uso de alguns cremes que têm propriedades para a alívio dos sintomas, principalmente para a hidratação da pele, para a desinflamação local. Além disso, há também os medicamentos orais. Na sequência, a gente parte para o tratamento um pouco mais invasivo”, explica ela.

Procedimentos menos invasivos

Em meio aos tratamentos, o avanço tecnológico tem permitido que os procedimentos sejam cada vez menos invasivos. Com isso, a pessoa pode evitar futuras complicações.

“Antes eram cirurgias abertas, hoje você consegue fazer via endolaser, então a tecnologia vem como uma aliada para justamente a pessoa fazer o tratamento correto rapidamente e evitar complicações”, afirma a médica Amanda, uma das palestrantes do Summit Saúde e Bem-Estar.

O ponto principal ainda é saber que o tratamento de varizes é complexo e envolve vários fatores ao longo do processo. “As pessoas, às vezes, fazem uma cirurgia e acham que o problema está resolvido. Sempre há uma manutenção”, pondera Amanda.

Quanto mais cedo a pessoa buscar ajuda, melhor para a sua qualidade de vida. “A demora em ir atrás de um cuidado pode também levar a um escurecimento da pele. É o que a gente chama de uma dermatite escura.”

Roda de conversa - Varizes: uma abordagem holística. Na foto, da esquerda para a direita: Rita Lisauskas, mediadora; Amanda Meirelles, médica; Armando Lobato, presidente da SBACV; Flávia Nerone Alexandrino, membro da SBACV. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A roda de conversa Varizes: uma abordagem holística teve a mediação de Rita Lisauskas, jornalista, escritora e apresentadora do Programa Mãe sem Manual da Rádio Eldorado.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

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