Veganismo não aumenta risco de transtornos alimentares, mostra pesquisa da USP


O caso recente da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, chamou a atenção para esse tipo de dieta

Por Gabriela Cupani

AGÊNCIA EINSTEIN – Pessoas que adotam uma dieta vegana – que não consome nenhum produto de origem animal – têm baixíssima prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, mostra um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados apresentados pelos autores contrariam pesquisas anteriores que indicavam uma ligação entre veganismo e um aumento do risco de transtornos alimentares, uma associação frequentemente observada em dietas restritivas.

Recentemente, o caso da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, trouxe à tona a necessidade de identificar padrões que possam indicar distúrbios alimentares, independentemente do tipo de dieta adotada.

A pesquisa avaliou 971 indivíduos que são veganos há pelo menos seis meses e que responderam a questionários sobre estilo de vida e escolhas alimentares. Apenas 0,6% dos participantes apresentaram sintomas do chamado “transtorno alimentar”, que consiste em comportamentos e sentimentos disfuncionais em relação à alimentação e ao corpo, normalmente associados ao controle do peso ou da forma física.

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Embora esse padrão não seja sinônimo de um transtorno alimentar, trata-se de um fator de risco para esses distúrbios. O valor encontrado foi dez vezes menor do que o registrado na população em geral em outros estudos feitos com pessoas que adotam dietas variadas.

Os motivos para a escolha alimentar são mais determinantes do que o tipo de dieta ao analisar o risco de transtornos alimentares. Foto: Freepik

Em relação aos motivos para as escolhas alimentares, a maioria dos entrevistados relatou comer por necessidade ou fome, além de selecionar os alimentos por preferência ou saúde. Apenas uma pequena parcela revelou motivações ligadas ao controle das emoções e normas sociais, frequentemente associadas a comportamento disfuncional. Já as razões para optar por uma dieta vegana incluem opções éticas e direitos dos animais, preocupações ambientais, saúde e filosofia de vida.

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“Observamos que o comportamento disfuncional em veganos está mais associado aos motivos por trás das escolhas alimentares do que à dieta em si”, diz o professor Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina e Escola de Educação Física da USP e coordenador do estudo. “Compreender as motivações que levam a pessoa a optar por qualquer dieta, incluindo as veganas, é importante para ajudar a prevenir e tratar esses comportamentos disfuncionais e, portanto, os distúrbios alimentares.”

Veganismo

A dieta vegana se caracteriza pela exclusão de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, sendo baseada em legumes, verduras, grãos, entre outros. A opção por esse tipo de alimentação tem aumentado no mundo todo na última década. Segundo uma campanha internacional anual (Veganuary Campaign) que encoraja uma mudança temporária para essa escolha alimentar, o número de interessados saltou de 3.300 em 2013 para mais de 629 mil em 2022.

AGÊNCIA EINSTEIN – Pessoas que adotam uma dieta vegana – que não consome nenhum produto de origem animal – têm baixíssima prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, mostra um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados apresentados pelos autores contrariam pesquisas anteriores que indicavam uma ligação entre veganismo e um aumento do risco de transtornos alimentares, uma associação frequentemente observada em dietas restritivas.

Recentemente, o caso da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, trouxe à tona a necessidade de identificar padrões que possam indicar distúrbios alimentares, independentemente do tipo de dieta adotada.

A pesquisa avaliou 971 indivíduos que são veganos há pelo menos seis meses e que responderam a questionários sobre estilo de vida e escolhas alimentares. Apenas 0,6% dos participantes apresentaram sintomas do chamado “transtorno alimentar”, que consiste em comportamentos e sentimentos disfuncionais em relação à alimentação e ao corpo, normalmente associados ao controle do peso ou da forma física.

Embora esse padrão não seja sinônimo de um transtorno alimentar, trata-se de um fator de risco para esses distúrbios. O valor encontrado foi dez vezes menor do que o registrado na população em geral em outros estudos feitos com pessoas que adotam dietas variadas.

Os motivos para a escolha alimentar são mais determinantes do que o tipo de dieta ao analisar o risco de transtornos alimentares. Foto: Freepik

Em relação aos motivos para as escolhas alimentares, a maioria dos entrevistados relatou comer por necessidade ou fome, além de selecionar os alimentos por preferência ou saúde. Apenas uma pequena parcela revelou motivações ligadas ao controle das emoções e normas sociais, frequentemente associadas a comportamento disfuncional. Já as razões para optar por uma dieta vegana incluem opções éticas e direitos dos animais, preocupações ambientais, saúde e filosofia de vida.

“Observamos que o comportamento disfuncional em veganos está mais associado aos motivos por trás das escolhas alimentares do que à dieta em si”, diz o professor Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina e Escola de Educação Física da USP e coordenador do estudo. “Compreender as motivações que levam a pessoa a optar por qualquer dieta, incluindo as veganas, é importante para ajudar a prevenir e tratar esses comportamentos disfuncionais e, portanto, os distúrbios alimentares.”

Veganismo

A dieta vegana se caracteriza pela exclusão de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, sendo baseada em legumes, verduras, grãos, entre outros. A opção por esse tipo de alimentação tem aumentado no mundo todo na última década. Segundo uma campanha internacional anual (Veganuary Campaign) que encoraja uma mudança temporária para essa escolha alimentar, o número de interessados saltou de 3.300 em 2013 para mais de 629 mil em 2022.

AGÊNCIA EINSTEIN – Pessoas que adotam uma dieta vegana – que não consome nenhum produto de origem animal – têm baixíssima prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, mostra um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados apresentados pelos autores contrariam pesquisas anteriores que indicavam uma ligação entre veganismo e um aumento do risco de transtornos alimentares, uma associação frequentemente observada em dietas restritivas.

Recentemente, o caso da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, trouxe à tona a necessidade de identificar padrões que possam indicar distúrbios alimentares, independentemente do tipo de dieta adotada.

A pesquisa avaliou 971 indivíduos que são veganos há pelo menos seis meses e que responderam a questionários sobre estilo de vida e escolhas alimentares. Apenas 0,6% dos participantes apresentaram sintomas do chamado “transtorno alimentar”, que consiste em comportamentos e sentimentos disfuncionais em relação à alimentação e ao corpo, normalmente associados ao controle do peso ou da forma física.

Embora esse padrão não seja sinônimo de um transtorno alimentar, trata-se de um fator de risco para esses distúrbios. O valor encontrado foi dez vezes menor do que o registrado na população em geral em outros estudos feitos com pessoas que adotam dietas variadas.

Os motivos para a escolha alimentar são mais determinantes do que o tipo de dieta ao analisar o risco de transtornos alimentares. Foto: Freepik

Em relação aos motivos para as escolhas alimentares, a maioria dos entrevistados relatou comer por necessidade ou fome, além de selecionar os alimentos por preferência ou saúde. Apenas uma pequena parcela revelou motivações ligadas ao controle das emoções e normas sociais, frequentemente associadas a comportamento disfuncional. Já as razões para optar por uma dieta vegana incluem opções éticas e direitos dos animais, preocupações ambientais, saúde e filosofia de vida.

“Observamos que o comportamento disfuncional em veganos está mais associado aos motivos por trás das escolhas alimentares do que à dieta em si”, diz o professor Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina e Escola de Educação Física da USP e coordenador do estudo. “Compreender as motivações que levam a pessoa a optar por qualquer dieta, incluindo as veganas, é importante para ajudar a prevenir e tratar esses comportamentos disfuncionais e, portanto, os distúrbios alimentares.”

Veganismo

A dieta vegana se caracteriza pela exclusão de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, sendo baseada em legumes, verduras, grãos, entre outros. A opção por esse tipo de alimentação tem aumentado no mundo todo na última década. Segundo uma campanha internacional anual (Veganuary Campaign) que encoraja uma mudança temporária para essa escolha alimentar, o número de interessados saltou de 3.300 em 2013 para mais de 629 mil em 2022.

AGÊNCIA EINSTEIN – Pessoas que adotam uma dieta vegana – que não consome nenhum produto de origem animal – têm baixíssima prevalência de comportamentos alimentares disfuncionais, mostra um estudo inédito da Universidade de São Paulo (USP). Os resultados apresentados pelos autores contrariam pesquisas anteriores que indicavam uma ligação entre veganismo e um aumento do risco de transtornos alimentares, uma associação frequentemente observada em dietas restritivas.

Recentemente, o caso da influenciadora vegana Zhanna Samsonova, que morreu após anos de uma alimentação extremamente limitada baseada em vegetais crus, trouxe à tona a necessidade de identificar padrões que possam indicar distúrbios alimentares, independentemente do tipo de dieta adotada.

A pesquisa avaliou 971 indivíduos que são veganos há pelo menos seis meses e que responderam a questionários sobre estilo de vida e escolhas alimentares. Apenas 0,6% dos participantes apresentaram sintomas do chamado “transtorno alimentar”, que consiste em comportamentos e sentimentos disfuncionais em relação à alimentação e ao corpo, normalmente associados ao controle do peso ou da forma física.

Embora esse padrão não seja sinônimo de um transtorno alimentar, trata-se de um fator de risco para esses distúrbios. O valor encontrado foi dez vezes menor do que o registrado na população em geral em outros estudos feitos com pessoas que adotam dietas variadas.

Os motivos para a escolha alimentar são mais determinantes do que o tipo de dieta ao analisar o risco de transtornos alimentares. Foto: Freepik

Em relação aos motivos para as escolhas alimentares, a maioria dos entrevistados relatou comer por necessidade ou fome, além de selecionar os alimentos por preferência ou saúde. Apenas uma pequena parcela revelou motivações ligadas ao controle das emoções e normas sociais, frequentemente associadas a comportamento disfuncional. Já as razões para optar por uma dieta vegana incluem opções éticas e direitos dos animais, preocupações ambientais, saúde e filosofia de vida.

“Observamos que o comportamento disfuncional em veganos está mais associado aos motivos por trás das escolhas alimentares do que à dieta em si”, diz o professor Hamilton Roschel, coordenador do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Faculdade de Medicina e Escola de Educação Física da USP e coordenador do estudo. “Compreender as motivações que levam a pessoa a optar por qualquer dieta, incluindo as veganas, é importante para ajudar a prevenir e tratar esses comportamentos disfuncionais e, portanto, os distúrbios alimentares.”

Veganismo

A dieta vegana se caracteriza pela exclusão de alimentos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, sendo baseada em legumes, verduras, grãos, entre outros. A opção por esse tipo de alimentação tem aumentado no mundo todo na última década. Segundo uma campanha internacional anual (Veganuary Campaign) que encoraja uma mudança temporária para essa escolha alimentar, o número de interessados saltou de 3.300 em 2013 para mais de 629 mil em 2022.

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