Veja quais são os 10 alimentos mais adulterados no mundo e como se proteger


Diluição ou substituição de ingredientes é a principal fraude, e 46% dos adulterantes são potencialmente perigosos para a saúde

Por Layla Shasta

Carne de cavalo acrescentada à carne bovina moída, xarope de milho diluído no mel, sumo “100% maçã” feito com água, açúcar e corantes. Essas são algumas das muitas fraudes em alimentos praticadas ao redor do mundo, segundo um estudo publicado no Journal of Food Protection que analisou milhares de ocorrências e identificou os produtos mais afetados por esses truques globalmente.

Azeite de oliva está entre os produtos mais adulterados em todo o mundo Foto: De Okea/Adobe Stock

Os achados foram compilados por pesquisadores da FoodChain ID, empesa que realiza testes e verificação da cadeia de suprimentos, de companhias norte-americanas e do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.

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O levantamento considerou mais de 15 mil registros públicos sobre fraudes alimentares, como publicações científicas e notícias, publicados entre 1980 e 2022. Com isso, os pesquisadores descobriram que os seguintes produtos são os mais adulterados:

Além desses, foram listados outros 11 itens, incluindo vinho, uísque, licor, carne de frango, açafrão e diferentes tipos de azeite e óleos.

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Os pesquisadores classificaram a diluição ou substituição de ingredientes como a principal fraude, incluindo a troca por substâncias não aprovadas para uso em alimentos — 46% dos adulterantes identificados foram classificados como potencialmente perigosos para a saúde humana. A porcentagem de registros com pelo menos um adulterante perigoso variou de 34% a 60%.

Dentre as trocas, os cientistas identificaram ocorrências como:

  • Água, ureia e até detergente adicionados a produtos lácteos;
  • Frutos do mar vendidos como sendo de algumas espécies, mas pertencentes a outras ou com adição de gelatina;
  • Carne bovina vencida ou misturada com carne de outras espécies, proteína de soja ou vísceras;
  • Ervas e temperos com corantes artificiais, folhas, cascas e farinha de milho;
  • Bebidas alcoólicas com adição de álcool isopropílico (de uso industrial);
  • Azeite de oliva misturado com outros óleos mais baratos, como de girassol.
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Como se proteger de uma fraude alimentar?

Fraude alimentar é o ato de enganar o consumidor para obter ganhos econômicos por meio da substituição, adição ou falsificação de alimentos, além de rotulagem incorreta.

Segundo especialistas consultados pelo Estadão, não há ferramentas específicas para o consumidor detectar as fraudes — a identificação demanda investigações técnicas e laboratoriais — e a proteção depende essencialmente das boas políticas de vigilância sanitária e do trabalho dos órgãos de defesa do consumidor.

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Algumas estratégias, contudo, podem ajudar. Desconfie de produtos com preços muito baixos; tenha cuidado ao comprar alimentos sem rótulos e a granel, pois podem escapar do controle de órgãos reguladores; e busque conhecer os fornecedores, ensina a bióloga Maria Aparecida Moraes Marciano, pesquisadora do Centro de Alimentos do Instituto Adolfo Lutz.

Leonardo Pillon, advogado do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), destaca que a fiscalização rigorosa dos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é essencial para garantir a segurança alimentar, e a população pode contribuir denunciando rótulos enganosos. O Idec, por exemplo, realiza análises e denúncias de produtos com informações falsas ou abusivas. Também é possível denunciar ao Procon e ao ministério.

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Mas Pillon faz uma ressalva: a preocupação com fraudes não deve inibir o consumo de alimentos in natura. Esses são os alimentos obtidos de plantas ou animais, sofrendo alterações mínimas na indústria, como moagem e secagem. Eles são amplamente reconhecidos como saudáveis e recomendados como prioritários na alimentação.

Carne de cavalo acrescentada à carne bovina moída, xarope de milho diluído no mel, sumo “100% maçã” feito com água, açúcar e corantes. Essas são algumas das muitas fraudes em alimentos praticadas ao redor do mundo, segundo um estudo publicado no Journal of Food Protection que analisou milhares de ocorrências e identificou os produtos mais afetados por esses truques globalmente.

Azeite de oliva está entre os produtos mais adulterados em todo o mundo Foto: De Okea/Adobe Stock

Os achados foram compilados por pesquisadores da FoodChain ID, empesa que realiza testes e verificação da cadeia de suprimentos, de companhias norte-americanas e do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.

O levantamento considerou mais de 15 mil registros públicos sobre fraudes alimentares, como publicações científicas e notícias, publicados entre 1980 e 2022. Com isso, os pesquisadores descobriram que os seguintes produtos são os mais adulterados:

Além desses, foram listados outros 11 itens, incluindo vinho, uísque, licor, carne de frango, açafrão e diferentes tipos de azeite e óleos.

Os pesquisadores classificaram a diluição ou substituição de ingredientes como a principal fraude, incluindo a troca por substâncias não aprovadas para uso em alimentos — 46% dos adulterantes identificados foram classificados como potencialmente perigosos para a saúde humana. A porcentagem de registros com pelo menos um adulterante perigoso variou de 34% a 60%.

Dentre as trocas, os cientistas identificaram ocorrências como:

  • Água, ureia e até detergente adicionados a produtos lácteos;
  • Frutos do mar vendidos como sendo de algumas espécies, mas pertencentes a outras ou com adição de gelatina;
  • Carne bovina vencida ou misturada com carne de outras espécies, proteína de soja ou vísceras;
  • Ervas e temperos com corantes artificiais, folhas, cascas e farinha de milho;
  • Bebidas alcoólicas com adição de álcool isopropílico (de uso industrial);
  • Azeite de oliva misturado com outros óleos mais baratos, como de girassol.

Como se proteger de uma fraude alimentar?

Fraude alimentar é o ato de enganar o consumidor para obter ganhos econômicos por meio da substituição, adição ou falsificação de alimentos, além de rotulagem incorreta.

Segundo especialistas consultados pelo Estadão, não há ferramentas específicas para o consumidor detectar as fraudes — a identificação demanda investigações técnicas e laboratoriais — e a proteção depende essencialmente das boas políticas de vigilância sanitária e do trabalho dos órgãos de defesa do consumidor.

Algumas estratégias, contudo, podem ajudar. Desconfie de produtos com preços muito baixos; tenha cuidado ao comprar alimentos sem rótulos e a granel, pois podem escapar do controle de órgãos reguladores; e busque conhecer os fornecedores, ensina a bióloga Maria Aparecida Moraes Marciano, pesquisadora do Centro de Alimentos do Instituto Adolfo Lutz.

Leonardo Pillon, advogado do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), destaca que a fiscalização rigorosa dos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é essencial para garantir a segurança alimentar, e a população pode contribuir denunciando rótulos enganosos. O Idec, por exemplo, realiza análises e denúncias de produtos com informações falsas ou abusivas. Também é possível denunciar ao Procon e ao ministério.

Mas Pillon faz uma ressalva: a preocupação com fraudes não deve inibir o consumo de alimentos in natura. Esses são os alimentos obtidos de plantas ou animais, sofrendo alterações mínimas na indústria, como moagem e secagem. Eles são amplamente reconhecidos como saudáveis e recomendados como prioritários na alimentação.

Carne de cavalo acrescentada à carne bovina moída, xarope de milho diluído no mel, sumo “100% maçã” feito com água, açúcar e corantes. Essas são algumas das muitas fraudes em alimentos praticadas ao redor do mundo, segundo um estudo publicado no Journal of Food Protection que analisou milhares de ocorrências e identificou os produtos mais afetados por esses truques globalmente.

Azeite de oliva está entre os produtos mais adulterados em todo o mundo Foto: De Okea/Adobe Stock

Os achados foram compilados por pesquisadores da FoodChain ID, empesa que realiza testes e verificação da cadeia de suprimentos, de companhias norte-americanas e do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.

O levantamento considerou mais de 15 mil registros públicos sobre fraudes alimentares, como publicações científicas e notícias, publicados entre 1980 e 2022. Com isso, os pesquisadores descobriram que os seguintes produtos são os mais adulterados:

Além desses, foram listados outros 11 itens, incluindo vinho, uísque, licor, carne de frango, açafrão e diferentes tipos de azeite e óleos.

Os pesquisadores classificaram a diluição ou substituição de ingredientes como a principal fraude, incluindo a troca por substâncias não aprovadas para uso em alimentos — 46% dos adulterantes identificados foram classificados como potencialmente perigosos para a saúde humana. A porcentagem de registros com pelo menos um adulterante perigoso variou de 34% a 60%.

Dentre as trocas, os cientistas identificaram ocorrências como:

  • Água, ureia e até detergente adicionados a produtos lácteos;
  • Frutos do mar vendidos como sendo de algumas espécies, mas pertencentes a outras ou com adição de gelatina;
  • Carne bovina vencida ou misturada com carne de outras espécies, proteína de soja ou vísceras;
  • Ervas e temperos com corantes artificiais, folhas, cascas e farinha de milho;
  • Bebidas alcoólicas com adição de álcool isopropílico (de uso industrial);
  • Azeite de oliva misturado com outros óleos mais baratos, como de girassol.

Como se proteger de uma fraude alimentar?

Fraude alimentar é o ato de enganar o consumidor para obter ganhos econômicos por meio da substituição, adição ou falsificação de alimentos, além de rotulagem incorreta.

Segundo especialistas consultados pelo Estadão, não há ferramentas específicas para o consumidor detectar as fraudes — a identificação demanda investigações técnicas e laboratoriais — e a proteção depende essencialmente das boas políticas de vigilância sanitária e do trabalho dos órgãos de defesa do consumidor.

Algumas estratégias, contudo, podem ajudar. Desconfie de produtos com preços muito baixos; tenha cuidado ao comprar alimentos sem rótulos e a granel, pois podem escapar do controle de órgãos reguladores; e busque conhecer os fornecedores, ensina a bióloga Maria Aparecida Moraes Marciano, pesquisadora do Centro de Alimentos do Instituto Adolfo Lutz.

Leonardo Pillon, advogado do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), destaca que a fiscalização rigorosa dos órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é essencial para garantir a segurança alimentar, e a população pode contribuir denunciando rótulos enganosos. O Idec, por exemplo, realiza análises e denúncias de produtos com informações falsas ou abusivas. Também é possível denunciar ao Procon e ao ministério.

Mas Pillon faz uma ressalva: a preocupação com fraudes não deve inibir o consumo de alimentos in natura. Esses são os alimentos obtidos de plantas ou animais, sofrendo alterações mínimas na indústria, como moagem e secagem. Eles são amplamente reconhecidos como saudáveis e recomendados como prioritários na alimentação.

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