Versão do Ozempic para tratar obesidade, Wegovy chega às farmácias brasileiras em agosto


Farmacêutica Novo Nordisk confirmou que medicamento poderá ser comprado a partir do segundo semestre; Brasil é o 1º País da América Latina a disponibilizar o produto

Por Bárbara Giovani
Atualização:

O Wegovy (semaglutida 2,4 mg) estará disponível para compra nas farmácias brasileiras a partir de agosto, segundo a fabricante Novo Nordisk, que ainda não estipulou um dia específico para o medicamento chegar às prateleiras. Com o mesmo princípio ativo do Ozempic, o Wegovy foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023 para tratamento da obesidade.

Depois da aprovação, era esperado que o remédio chegasse ao Brasil ainda no segundo semestre do ano passado. Segundo Priscila Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk, a farmacêutica optou por segurar a comercialização do Wegovy até conseguir garantir que a produção do medicamento acompanhasse a demanda, uma vez que ele é um remédio de uso contínuo e sua falta no mercado levaria à interrupção do tratamento dos pacientes em uso do produto.

Agora, no entanto, ela garante que a farmacêutica dinamarquesa consegue assegurar a produção necessária para o público brasileiro. Ao Estadão, a Novo Nordisk afirmou que não abre dados sobre projeções de vendas no País.

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Atualmente, o Wegovy já está disponível em dez países. Na América Latina, no entanto, o Brasil será o primeiro País a disponibilizar o medicamento para o tratamento de obesidade de adultos e crianças com mais de 12 anos. Aqui, uma em cada quatro pessoas tem a doença crônica, segundo dados da última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2023), monitoramento anual do Ministério da Saúde.

Wegovy geralmente é aplicado uma vez por semana com aplicação subcutânea Foto: K KStock/Adobe Stock

Sobre a compra do Wegovy

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Todos os produtos da Novo Nordisk da classe GLP-1 são tarja vermelha. Dessa forma, o medicamento será vendido apenas sob apresentação de prescrição médica. No entanto, a receita não precisará ficar retida na farmácia, diferente de remédios controlados. De acordo com a Novo Nordisk, o preço por miligrama será o mesmo do Ozempic, uma vez que ambos os medicamentos são compostos da mesma molécula: a semaglutida.

Contudo, como o Wegovy será vendido em dosagens mais altas, o valor será proporcional à dose. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu que seu preço máximo, na maior dose, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado.

A Novo Nordisk afirma, porém, que os valores estipulados pela CMED “possivelmente não serão os preços encontrados pelos pacientes nos pontos de vendas quando os medicamentos chegarem ao mercado”. Segundo Mattar, os programas de suporte ao paciente, além de materiais de educação sobre a obesidade, também podem oferecer descontos.

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Ozempic x Wegovy

Tanto Ozempic quanto Wegovy são medicamentos feitos a partir da mesma molécula, a semaglutida, que simula o hormônio GLP-1, produzido no intestino. Assim, ela auxilia no controle do nível de açúcar no sangue e também retarda o esvaziamento do estômago, prolongando a sensação de saciedade e diminuindo a fome. O Ozempic é aprovado e já comercializado no Brasil para o tratamento de diabetes, mas vem sendo prescrito pelos médicos para o tratamento da obesidade de forma off label (ou seja, com uma indicação diferente da prevista na bula).

Embora tenham o mesmo princípio ativo, as doses em que Ozempic e Wegovy são vendidos são diferentes. Enquanto o medicamento para diabetes está disponível em três doses (0,25 mg, 0,50 mg e 1 mg), o tratamento de obesidade é ofertado até doses mais altas (0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg).

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“A gente sabe que no tratamento da obesidade existe essa dose-dependência. Então quanto maior a dose, maior a resposta, diferente do tratamento da diabetes, que se a gente aumentar mais a dose, a gente não vê tanta resposta”, explica Mattar. Segundo a endocrinologista, a dose de 2,4mg foi considerada ideal para o tratamento de obesidade de acordo com os estudos que testaram a segurança e eficácia do medicamento. No geral, a pesquisa mostrou uma redução média de 17% do peso em pessoas com obesidade que usam o Wegovy (semaglutida 2,4mg).

“A demanda da semaglutida vai continuar, mas hoje os médicos que fazem uso off label vão ter a oportunidade de colocar o paciente na indicação correta”, afirma Mattar.

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Cuidados no uso

O Wegovy é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão. Como a obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante, o tratamento deve ser feito de maneira contínua, em longo prazo.

Isso porque a interrupção do tratamento pode causar o ganho de peso novamente. “Na fase de platô (equilíbrio do peso após perda de alguns quilos) tem aumento de hormônio de fome na circulação, então o paciente sente mais fome, e o metabolismo dele fica mais efetivo, ele gasta menos energia. Tem muita briga do organismo para voltar para aquele peso”, explica a representante do Novo Nordisk.

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A farmacêutica reforça que não recomenda nenhum uso do Wegovy fora da bula - como para perda de peso com fins estéticos - e destaca a necessidade da realização do tratamento apenas sob orientação médica. O acompanhamento profissional durante o uso do medicamento é essencial para que o aumento das doses seja feito de forma a diminuir os efeitos colaterais. Também é fundamental que o uso da medicação seja acompanhada de mudanças de estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos e alimentação sob orientação nutricional.

O Wegovy (semaglutida 2,4 mg) estará disponível para compra nas farmácias brasileiras a partir de agosto, segundo a fabricante Novo Nordisk, que ainda não estipulou um dia específico para o medicamento chegar às prateleiras. Com o mesmo princípio ativo do Ozempic, o Wegovy foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023 para tratamento da obesidade.

Depois da aprovação, era esperado que o remédio chegasse ao Brasil ainda no segundo semestre do ano passado. Segundo Priscila Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk, a farmacêutica optou por segurar a comercialização do Wegovy até conseguir garantir que a produção do medicamento acompanhasse a demanda, uma vez que ele é um remédio de uso contínuo e sua falta no mercado levaria à interrupção do tratamento dos pacientes em uso do produto.

Agora, no entanto, ela garante que a farmacêutica dinamarquesa consegue assegurar a produção necessária para o público brasileiro. Ao Estadão, a Novo Nordisk afirmou que não abre dados sobre projeções de vendas no País.

Atualmente, o Wegovy já está disponível em dez países. Na América Latina, no entanto, o Brasil será o primeiro País a disponibilizar o medicamento para o tratamento de obesidade de adultos e crianças com mais de 12 anos. Aqui, uma em cada quatro pessoas tem a doença crônica, segundo dados da última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2023), monitoramento anual do Ministério da Saúde.

Wegovy geralmente é aplicado uma vez por semana com aplicação subcutânea Foto: K KStock/Adobe Stock

Sobre a compra do Wegovy

Todos os produtos da Novo Nordisk da classe GLP-1 são tarja vermelha. Dessa forma, o medicamento será vendido apenas sob apresentação de prescrição médica. No entanto, a receita não precisará ficar retida na farmácia, diferente de remédios controlados. De acordo com a Novo Nordisk, o preço por miligrama será o mesmo do Ozempic, uma vez que ambos os medicamentos são compostos da mesma molécula: a semaglutida.

Contudo, como o Wegovy será vendido em dosagens mais altas, o valor será proporcional à dose. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu que seu preço máximo, na maior dose, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado.

A Novo Nordisk afirma, porém, que os valores estipulados pela CMED “possivelmente não serão os preços encontrados pelos pacientes nos pontos de vendas quando os medicamentos chegarem ao mercado”. Segundo Mattar, os programas de suporte ao paciente, além de materiais de educação sobre a obesidade, também podem oferecer descontos.

Ozempic x Wegovy

Tanto Ozempic quanto Wegovy são medicamentos feitos a partir da mesma molécula, a semaglutida, que simula o hormônio GLP-1, produzido no intestino. Assim, ela auxilia no controle do nível de açúcar no sangue e também retarda o esvaziamento do estômago, prolongando a sensação de saciedade e diminuindo a fome. O Ozempic é aprovado e já comercializado no Brasil para o tratamento de diabetes, mas vem sendo prescrito pelos médicos para o tratamento da obesidade de forma off label (ou seja, com uma indicação diferente da prevista na bula).

Embora tenham o mesmo princípio ativo, as doses em que Ozempic e Wegovy são vendidos são diferentes. Enquanto o medicamento para diabetes está disponível em três doses (0,25 mg, 0,50 mg e 1 mg), o tratamento de obesidade é ofertado até doses mais altas (0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg).

“A gente sabe que no tratamento da obesidade existe essa dose-dependência. Então quanto maior a dose, maior a resposta, diferente do tratamento da diabetes, que se a gente aumentar mais a dose, a gente não vê tanta resposta”, explica Mattar. Segundo a endocrinologista, a dose de 2,4mg foi considerada ideal para o tratamento de obesidade de acordo com os estudos que testaram a segurança e eficácia do medicamento. No geral, a pesquisa mostrou uma redução média de 17% do peso em pessoas com obesidade que usam o Wegovy (semaglutida 2,4mg).

“A demanda da semaglutida vai continuar, mas hoje os médicos que fazem uso off label vão ter a oportunidade de colocar o paciente na indicação correta”, afirma Mattar.

Cuidados no uso

O Wegovy é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão. Como a obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante, o tratamento deve ser feito de maneira contínua, em longo prazo.

Isso porque a interrupção do tratamento pode causar o ganho de peso novamente. “Na fase de platô (equilíbrio do peso após perda de alguns quilos) tem aumento de hormônio de fome na circulação, então o paciente sente mais fome, e o metabolismo dele fica mais efetivo, ele gasta menos energia. Tem muita briga do organismo para voltar para aquele peso”, explica a representante do Novo Nordisk.

A farmacêutica reforça que não recomenda nenhum uso do Wegovy fora da bula - como para perda de peso com fins estéticos - e destaca a necessidade da realização do tratamento apenas sob orientação médica. O acompanhamento profissional durante o uso do medicamento é essencial para que o aumento das doses seja feito de forma a diminuir os efeitos colaterais. Também é fundamental que o uso da medicação seja acompanhada de mudanças de estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos e alimentação sob orientação nutricional.

O Wegovy (semaglutida 2,4 mg) estará disponível para compra nas farmácias brasileiras a partir de agosto, segundo a fabricante Novo Nordisk, que ainda não estipulou um dia específico para o medicamento chegar às prateleiras. Com o mesmo princípio ativo do Ozempic, o Wegovy foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro de 2023 para tratamento da obesidade.

Depois da aprovação, era esperado que o remédio chegasse ao Brasil ainda no segundo semestre do ano passado. Segundo Priscila Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk, a farmacêutica optou por segurar a comercialização do Wegovy até conseguir garantir que a produção do medicamento acompanhasse a demanda, uma vez que ele é um remédio de uso contínuo e sua falta no mercado levaria à interrupção do tratamento dos pacientes em uso do produto.

Agora, no entanto, ela garante que a farmacêutica dinamarquesa consegue assegurar a produção necessária para o público brasileiro. Ao Estadão, a Novo Nordisk afirmou que não abre dados sobre projeções de vendas no País.

Atualmente, o Wegovy já está disponível em dez países. Na América Latina, no entanto, o Brasil será o primeiro País a disponibilizar o medicamento para o tratamento de obesidade de adultos e crianças com mais de 12 anos. Aqui, uma em cada quatro pessoas tem a doença crônica, segundo dados da última pesquisa Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2023), monitoramento anual do Ministério da Saúde.

Wegovy geralmente é aplicado uma vez por semana com aplicação subcutânea Foto: K KStock/Adobe Stock

Sobre a compra do Wegovy

Todos os produtos da Novo Nordisk da classe GLP-1 são tarja vermelha. Dessa forma, o medicamento será vendido apenas sob apresentação de prescrição médica. No entanto, a receita não precisará ficar retida na farmácia, diferente de remédios controlados. De acordo com a Novo Nordisk, o preço por miligrama será o mesmo do Ozempic, uma vez que ambos os medicamentos são compostos da mesma molécula: a semaglutida.

Contudo, como o Wegovy será vendido em dosagens mais altas, o valor será proporcional à dose. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) definiu que seu preço máximo, na maior dose, poderá chegar a R$ 2.484, a depender do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada Estado.

A Novo Nordisk afirma, porém, que os valores estipulados pela CMED “possivelmente não serão os preços encontrados pelos pacientes nos pontos de vendas quando os medicamentos chegarem ao mercado”. Segundo Mattar, os programas de suporte ao paciente, além de materiais de educação sobre a obesidade, também podem oferecer descontos.

Ozempic x Wegovy

Tanto Ozempic quanto Wegovy são medicamentos feitos a partir da mesma molécula, a semaglutida, que simula o hormônio GLP-1, produzido no intestino. Assim, ela auxilia no controle do nível de açúcar no sangue e também retarda o esvaziamento do estômago, prolongando a sensação de saciedade e diminuindo a fome. O Ozempic é aprovado e já comercializado no Brasil para o tratamento de diabetes, mas vem sendo prescrito pelos médicos para o tratamento da obesidade de forma off label (ou seja, com uma indicação diferente da prevista na bula).

Embora tenham o mesmo princípio ativo, as doses em que Ozempic e Wegovy são vendidos são diferentes. Enquanto o medicamento para diabetes está disponível em três doses (0,25 mg, 0,50 mg e 1 mg), o tratamento de obesidade é ofertado até doses mais altas (0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg).

“A gente sabe que no tratamento da obesidade existe essa dose-dependência. Então quanto maior a dose, maior a resposta, diferente do tratamento da diabetes, que se a gente aumentar mais a dose, a gente não vê tanta resposta”, explica Mattar. Segundo a endocrinologista, a dose de 2,4mg foi considerada ideal para o tratamento de obesidade de acordo com os estudos que testaram a segurança e eficácia do medicamento. No geral, a pesquisa mostrou uma redução média de 17% do peso em pessoas com obesidade que usam o Wegovy (semaglutida 2,4mg).

“A demanda da semaglutida vai continuar, mas hoje os médicos que fazem uso off label vão ter a oportunidade de colocar o paciente na indicação correta”, afirma Mattar.

Cuidados no uso

O Wegovy é indicado a pacientes com índice de massa corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (sobrepeso) quando acompanhado de ao menos uma comorbidade relacionada ao peso, como diabetes ou hipertensão. Como a obesidade é uma doença crônica, progressiva e recidivante, o tratamento deve ser feito de maneira contínua, em longo prazo.

Isso porque a interrupção do tratamento pode causar o ganho de peso novamente. “Na fase de platô (equilíbrio do peso após perda de alguns quilos) tem aumento de hormônio de fome na circulação, então o paciente sente mais fome, e o metabolismo dele fica mais efetivo, ele gasta menos energia. Tem muita briga do organismo para voltar para aquele peso”, explica a representante do Novo Nordisk.

A farmacêutica reforça que não recomenda nenhum uso do Wegovy fora da bula - como para perda de peso com fins estéticos - e destaca a necessidade da realização do tratamento apenas sob orientação médica. O acompanhamento profissional durante o uso do medicamento é essencial para que o aumento das doses seja feito de forma a diminuir os efeitos colaterais. Também é fundamental que o uso da medicação seja acompanhada de mudanças de estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos e alimentação sob orientação nutricional.

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