Amazônia: mudanças feitas pelo homem são muito mais velozes do que as naturais, diz estudo


Estudo na ‘Science’ revela que floresta está cada vez mais perto de ponto em que não conseguirá mais se recuperar das alterações e se transformará em savana, com efeitos em todo o mundo

Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - As alterações provocadas pelo homem na Amazônia avançam milhares de vezes mais rapidamente do que as causadas por processos naturais, sejam eles geológicos ou climáticos. A conclusão está em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos, publicado nesta quinta-feira, 26, na Science. Os resultados foram considerados tão impressionantes que o trabalho mereceu a capa da prestigiosa revista científica.

Entre os maiores agentes da destruição da Amazônia estão o desmatamento, as queimadas, a erosão do solo, a barragem de rios e a desertificação provocada pelas mudanças climáticas. O estudo demonstra que as mudanças causadas pelo homem afetam o continente em um período de tempo medido em séculos ou décadas. Já os processos naturais levam milhões de anos para provocar algum impacto na América do Sul como um todo.

A pesquisa foi feita a partir de dados sobre o impacto da ação humana na degradação do ecossistema, compilados no ano passado no Painel Científico para a Amazônia.

Queimadas contribuem para a desertificação da Amazônia Foto: Gabriela Biló/Estadão

Comparação

Professor do Queens College, em Nova York (EUA), e especialista no passado geológico da Amazônia, o brasileiro Pedro Val foi quem sugeriu a comparação entre a escala de tempo geológica e a das atividades antrópicas e também quem quantificou a diferença na velocidade de avanço das diferentes ações.

“Para que possamos criar medidas de conservação, não podemos velejar às cegas. É preciso entender a velocidade da degradação do ambiente. Para isso, precisamos saber qual é a velocidade em que os diferentes sistemas naturais operam”, explica Val. “A revisão que publicamos dá o primeiro passo nessa comparação na Amazônia e soa um alarme de que precisamos, imediatamente, interromper o desmatamento e mergulhar fundo na quantificação dos diferentes processos naturais em todas as esferas”, afirma.

O trabalho demonstra que a degradação dos ambientes amazônicos está acontecendo em ritmo sem precedentes, ao qual as diferentes espécies de animais, os povos originários e os ecossistemas não conseguem se adaptar em tempo hábil. Segundo os pesquisadores, as políticas para evitar os piores cenários precisam ser implementadas o mais rapidamente possível.

“O que a gente recomenda e espera que aconteça é que essas informações deem munição para a população e tomadores de decisão do País e do mundo para que possa haver iniciativas e investimentos diretos no combate ao desmatamento”, diz o pesquisador. “No que diz respeito ao futuro, precisamos de políticas que incentivem a bioeconomia sustentável, que valorizem a biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas, além de não encorajar políticas que causam o desmatamento.”

Amazônia: savanização é risco Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Irreversível

Nascido em Manaus e formado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o pesquisador diz que sempre trabalhou para o ecossistema. Ele já foi apoiado pelo Instituto Serrapilheira, por exemplo, numa pesquisa sobre o passado geológico da Amazônia.

“A Amazônia está cada vez mais próxima de um ponto irreversível, em que não terá mais capacidade de recuperar a área perdida, e entrará em processo de savanização”, alerta Val. “Por isso é tão urgente.”

RIO - As alterações provocadas pelo homem na Amazônia avançam milhares de vezes mais rapidamente do que as causadas por processos naturais, sejam eles geológicos ou climáticos. A conclusão está em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos, publicado nesta quinta-feira, 26, na Science. Os resultados foram considerados tão impressionantes que o trabalho mereceu a capa da prestigiosa revista científica.

Entre os maiores agentes da destruição da Amazônia estão o desmatamento, as queimadas, a erosão do solo, a barragem de rios e a desertificação provocada pelas mudanças climáticas. O estudo demonstra que as mudanças causadas pelo homem afetam o continente em um período de tempo medido em séculos ou décadas. Já os processos naturais levam milhões de anos para provocar algum impacto na América do Sul como um todo.

A pesquisa foi feita a partir de dados sobre o impacto da ação humana na degradação do ecossistema, compilados no ano passado no Painel Científico para a Amazônia.

Queimadas contribuem para a desertificação da Amazônia Foto: Gabriela Biló/Estadão

Comparação

Professor do Queens College, em Nova York (EUA), e especialista no passado geológico da Amazônia, o brasileiro Pedro Val foi quem sugeriu a comparação entre a escala de tempo geológica e a das atividades antrópicas e também quem quantificou a diferença na velocidade de avanço das diferentes ações.

“Para que possamos criar medidas de conservação, não podemos velejar às cegas. É preciso entender a velocidade da degradação do ambiente. Para isso, precisamos saber qual é a velocidade em que os diferentes sistemas naturais operam”, explica Val. “A revisão que publicamos dá o primeiro passo nessa comparação na Amazônia e soa um alarme de que precisamos, imediatamente, interromper o desmatamento e mergulhar fundo na quantificação dos diferentes processos naturais em todas as esferas”, afirma.

O trabalho demonstra que a degradação dos ambientes amazônicos está acontecendo em ritmo sem precedentes, ao qual as diferentes espécies de animais, os povos originários e os ecossistemas não conseguem se adaptar em tempo hábil. Segundo os pesquisadores, as políticas para evitar os piores cenários precisam ser implementadas o mais rapidamente possível.

“O que a gente recomenda e espera que aconteça é que essas informações deem munição para a população e tomadores de decisão do País e do mundo para que possa haver iniciativas e investimentos diretos no combate ao desmatamento”, diz o pesquisador. “No que diz respeito ao futuro, precisamos de políticas que incentivem a bioeconomia sustentável, que valorizem a biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas, além de não encorajar políticas que causam o desmatamento.”

Amazônia: savanização é risco Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Irreversível

Nascido em Manaus e formado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o pesquisador diz que sempre trabalhou para o ecossistema. Ele já foi apoiado pelo Instituto Serrapilheira, por exemplo, numa pesquisa sobre o passado geológico da Amazônia.

“A Amazônia está cada vez mais próxima de um ponto irreversível, em que não terá mais capacidade de recuperar a área perdida, e entrará em processo de savanização”, alerta Val. “Por isso é tão urgente.”

RIO - As alterações provocadas pelo homem na Amazônia avançam milhares de vezes mais rapidamente do que as causadas por processos naturais, sejam eles geológicos ou climáticos. A conclusão está em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos, publicado nesta quinta-feira, 26, na Science. Os resultados foram considerados tão impressionantes que o trabalho mereceu a capa da prestigiosa revista científica.

Entre os maiores agentes da destruição da Amazônia estão o desmatamento, as queimadas, a erosão do solo, a barragem de rios e a desertificação provocada pelas mudanças climáticas. O estudo demonstra que as mudanças causadas pelo homem afetam o continente em um período de tempo medido em séculos ou décadas. Já os processos naturais levam milhões de anos para provocar algum impacto na América do Sul como um todo.

A pesquisa foi feita a partir de dados sobre o impacto da ação humana na degradação do ecossistema, compilados no ano passado no Painel Científico para a Amazônia.

Queimadas contribuem para a desertificação da Amazônia Foto: Gabriela Biló/Estadão

Comparação

Professor do Queens College, em Nova York (EUA), e especialista no passado geológico da Amazônia, o brasileiro Pedro Val foi quem sugeriu a comparação entre a escala de tempo geológica e a das atividades antrópicas e também quem quantificou a diferença na velocidade de avanço das diferentes ações.

“Para que possamos criar medidas de conservação, não podemos velejar às cegas. É preciso entender a velocidade da degradação do ambiente. Para isso, precisamos saber qual é a velocidade em que os diferentes sistemas naturais operam”, explica Val. “A revisão que publicamos dá o primeiro passo nessa comparação na Amazônia e soa um alarme de que precisamos, imediatamente, interromper o desmatamento e mergulhar fundo na quantificação dos diferentes processos naturais em todas as esferas”, afirma.

O trabalho demonstra que a degradação dos ambientes amazônicos está acontecendo em ritmo sem precedentes, ao qual as diferentes espécies de animais, os povos originários e os ecossistemas não conseguem se adaptar em tempo hábil. Segundo os pesquisadores, as políticas para evitar os piores cenários precisam ser implementadas o mais rapidamente possível.

“O que a gente recomenda e espera que aconteça é que essas informações deem munição para a população e tomadores de decisão do País e do mundo para que possa haver iniciativas e investimentos diretos no combate ao desmatamento”, diz o pesquisador. “No que diz respeito ao futuro, precisamos de políticas que incentivem a bioeconomia sustentável, que valorizem a biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas, além de não encorajar políticas que causam o desmatamento.”

Amazônia: savanização é risco Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Irreversível

Nascido em Manaus e formado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o pesquisador diz que sempre trabalhou para o ecossistema. Ele já foi apoiado pelo Instituto Serrapilheira, por exemplo, numa pesquisa sobre o passado geológico da Amazônia.

“A Amazônia está cada vez mais próxima de um ponto irreversível, em que não terá mais capacidade de recuperar a área perdida, e entrará em processo de savanização”, alerta Val. “Por isso é tão urgente.”

RIO - As alterações provocadas pelo homem na Amazônia avançam milhares de vezes mais rapidamente do que as causadas por processos naturais, sejam eles geológicos ou climáticos. A conclusão está em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos, publicado nesta quinta-feira, 26, na Science. Os resultados foram considerados tão impressionantes que o trabalho mereceu a capa da prestigiosa revista científica.

Entre os maiores agentes da destruição da Amazônia estão o desmatamento, as queimadas, a erosão do solo, a barragem de rios e a desertificação provocada pelas mudanças climáticas. O estudo demonstra que as mudanças causadas pelo homem afetam o continente em um período de tempo medido em séculos ou décadas. Já os processos naturais levam milhões de anos para provocar algum impacto na América do Sul como um todo.

A pesquisa foi feita a partir de dados sobre o impacto da ação humana na degradação do ecossistema, compilados no ano passado no Painel Científico para a Amazônia.

Queimadas contribuem para a desertificação da Amazônia Foto: Gabriela Biló/Estadão

Comparação

Professor do Queens College, em Nova York (EUA), e especialista no passado geológico da Amazônia, o brasileiro Pedro Val foi quem sugeriu a comparação entre a escala de tempo geológica e a das atividades antrópicas e também quem quantificou a diferença na velocidade de avanço das diferentes ações.

“Para que possamos criar medidas de conservação, não podemos velejar às cegas. É preciso entender a velocidade da degradação do ambiente. Para isso, precisamos saber qual é a velocidade em que os diferentes sistemas naturais operam”, explica Val. “A revisão que publicamos dá o primeiro passo nessa comparação na Amazônia e soa um alarme de que precisamos, imediatamente, interromper o desmatamento e mergulhar fundo na quantificação dos diferentes processos naturais em todas as esferas”, afirma.

O trabalho demonstra que a degradação dos ambientes amazônicos está acontecendo em ritmo sem precedentes, ao qual as diferentes espécies de animais, os povos originários e os ecossistemas não conseguem se adaptar em tempo hábil. Segundo os pesquisadores, as políticas para evitar os piores cenários precisam ser implementadas o mais rapidamente possível.

“O que a gente recomenda e espera que aconteça é que essas informações deem munição para a população e tomadores de decisão do País e do mundo para que possa haver iniciativas e investimentos diretos no combate ao desmatamento”, diz o pesquisador. “No que diz respeito ao futuro, precisamos de políticas que incentivem a bioeconomia sustentável, que valorizem a biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas, além de não encorajar políticas que causam o desmatamento.”

Amazônia: savanização é risco Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Irreversível

Nascido em Manaus e formado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o pesquisador diz que sempre trabalhou para o ecossistema. Ele já foi apoiado pelo Instituto Serrapilheira, por exemplo, numa pesquisa sobre o passado geológico da Amazônia.

“A Amazônia está cada vez mais próxima de um ponto irreversível, em que não terá mais capacidade de recuperar a área perdida, e entrará em processo de savanização”, alerta Val. “Por isso é tão urgente.”

RIO - As alterações provocadas pelo homem na Amazônia avançam milhares de vezes mais rapidamente do que as causadas por processos naturais, sejam eles geológicos ou climáticos. A conclusão está em um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos, publicado nesta quinta-feira, 26, na Science. Os resultados foram considerados tão impressionantes que o trabalho mereceu a capa da prestigiosa revista científica.

Entre os maiores agentes da destruição da Amazônia estão o desmatamento, as queimadas, a erosão do solo, a barragem de rios e a desertificação provocada pelas mudanças climáticas. O estudo demonstra que as mudanças causadas pelo homem afetam o continente em um período de tempo medido em séculos ou décadas. Já os processos naturais levam milhões de anos para provocar algum impacto na América do Sul como um todo.

A pesquisa foi feita a partir de dados sobre o impacto da ação humana na degradação do ecossistema, compilados no ano passado no Painel Científico para a Amazônia.

Queimadas contribuem para a desertificação da Amazônia Foto: Gabriela Biló/Estadão

Comparação

Professor do Queens College, em Nova York (EUA), e especialista no passado geológico da Amazônia, o brasileiro Pedro Val foi quem sugeriu a comparação entre a escala de tempo geológica e a das atividades antrópicas e também quem quantificou a diferença na velocidade de avanço das diferentes ações.

“Para que possamos criar medidas de conservação, não podemos velejar às cegas. É preciso entender a velocidade da degradação do ambiente. Para isso, precisamos saber qual é a velocidade em que os diferentes sistemas naturais operam”, explica Val. “A revisão que publicamos dá o primeiro passo nessa comparação na Amazônia e soa um alarme de que precisamos, imediatamente, interromper o desmatamento e mergulhar fundo na quantificação dos diferentes processos naturais em todas as esferas”, afirma.

O trabalho demonstra que a degradação dos ambientes amazônicos está acontecendo em ritmo sem precedentes, ao qual as diferentes espécies de animais, os povos originários e os ecossistemas não conseguem se adaptar em tempo hábil. Segundo os pesquisadores, as políticas para evitar os piores cenários precisam ser implementadas o mais rapidamente possível.

“O que a gente recomenda e espera que aconteça é que essas informações deem munição para a população e tomadores de decisão do País e do mundo para que possa haver iniciativas e investimentos diretos no combate ao desmatamento”, diz o pesquisador. “No que diz respeito ao futuro, precisamos de políticas que incentivem a bioeconomia sustentável, que valorizem a biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas, além de não encorajar políticas que causam o desmatamento.”

Amazônia: savanização é risco Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Irreversível

Nascido em Manaus e formado em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o pesquisador diz que sempre trabalhou para o ecossistema. Ele já foi apoiado pelo Instituto Serrapilheira, por exemplo, numa pesquisa sobre o passado geológico da Amazônia.

“A Amazônia está cada vez mais próxima de um ponto irreversível, em que não terá mais capacidade de recuperar a área perdida, e entrará em processo de savanização”, alerta Val. “Por isso é tão urgente.”

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