Porque nosso planeta é um só

'Brasil 2040' enfim é divulgado, mas de modo torto e incompleto


Por Giovana Girardi
Usina hidrelétrica Belo Monte, no pior cenário de mudanças climáticas, pode ser afetada por falta de chuvas e deixar de compensar financeiramente Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Depois de sofrer com a demissão da equipe oficial que o coordenava e com um atraso de seis meses, o estudo Brasil 2040 foi despejado nesta quinta-feira, 29,  no site da extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) sem nenhuma divulgação formal. Não houve uma coletiva de imprensa e nenhum porta-voz que pudesse falar pelo estudo como um todo foi colocado à disposição da imprensa.

Considerado o mais importante estudo sobre como diversos setores vão reagir diante do clima modificado, o projeto Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas foi encomendado pela SAE a diversos grupos de pesquisa no começo do ano passado como parte da estratégia para lidar com o problema das mudanças climáticas. Era coordenado pelo economista Sergio Margulis e por Natalie Unterstell.

Ambos foram demitidos em março deste ano, quando Magabeira Unger assumiu a pasta e adotou como mote a "Pátria Educadora", pondo de escanteio a linha climática que vinha sendo adotada pela SAE.

Os pesquisadores que conduziam os estudos receberam, logo depois, cartas informando que eles estavam proibidos de divulgar os resultados antes que houvesse uma divulgação formal da SAE. E por meses os trabalhos ficaram engavetados.

Com a demissão de Unger em setembro e a extinção da SAE, imaginou-se que o Ministério do Meio Ambiente assumiria a divulgação do trabalho. Mas Alberto Lourenço, que substituiu Margulis e ainda não foi exonerado, correu para colocar o material no ar antes de ele próprio perder seu emprego. Mais de trinta arquivos, de sete tópicos diferentes, com mais de mil páginas estão no site. Alguns documentos nem sequer estão em sua versão final. Ali também não aparece o documento sobre a área de saúde.

Mas, pior que isso, é que se trata de um calhamaço de informação sem nenhum resumo executivo, sem nenhuma lista que destaque os pontos mais importantes. Absolutamente nada no site ajuda o incauto que estiver interessado no futuro climático do País a navegar pelos estudos nem a entender os seus resultados.

Em reportagem publicada no portal do Estadão e que estará na edição de amanhã do jornal trago algumas das informações garimpadas no estudo. Diminuição de chuvas pode levar a uma redução da produção de energia pelas hidrelétricas da Amazônia. E a produção agrícola pode sofrer uma redução de área plantada de até 39%. Veja lá.

Usina hidrelétrica Belo Monte, no pior cenário de mudanças climáticas, pode ser afetada por falta de chuvas e deixar de compensar financeiramente Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Depois de sofrer com a demissão da equipe oficial que o coordenava e com um atraso de seis meses, o estudo Brasil 2040 foi despejado nesta quinta-feira, 29,  no site da extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) sem nenhuma divulgação formal. Não houve uma coletiva de imprensa e nenhum porta-voz que pudesse falar pelo estudo como um todo foi colocado à disposição da imprensa.

Considerado o mais importante estudo sobre como diversos setores vão reagir diante do clima modificado, o projeto Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas foi encomendado pela SAE a diversos grupos de pesquisa no começo do ano passado como parte da estratégia para lidar com o problema das mudanças climáticas. Era coordenado pelo economista Sergio Margulis e por Natalie Unterstell.

Ambos foram demitidos em março deste ano, quando Magabeira Unger assumiu a pasta e adotou como mote a "Pátria Educadora", pondo de escanteio a linha climática que vinha sendo adotada pela SAE.

Os pesquisadores que conduziam os estudos receberam, logo depois, cartas informando que eles estavam proibidos de divulgar os resultados antes que houvesse uma divulgação formal da SAE. E por meses os trabalhos ficaram engavetados.

Com a demissão de Unger em setembro e a extinção da SAE, imaginou-se que o Ministério do Meio Ambiente assumiria a divulgação do trabalho. Mas Alberto Lourenço, que substituiu Margulis e ainda não foi exonerado, correu para colocar o material no ar antes de ele próprio perder seu emprego. Mais de trinta arquivos, de sete tópicos diferentes, com mais de mil páginas estão no site. Alguns documentos nem sequer estão em sua versão final. Ali também não aparece o documento sobre a área de saúde.

Mas, pior que isso, é que se trata de um calhamaço de informação sem nenhum resumo executivo, sem nenhuma lista que destaque os pontos mais importantes. Absolutamente nada no site ajuda o incauto que estiver interessado no futuro climático do País a navegar pelos estudos nem a entender os seus resultados.

Em reportagem publicada no portal do Estadão e que estará na edição de amanhã do jornal trago algumas das informações garimpadas no estudo. Diminuição de chuvas pode levar a uma redução da produção de energia pelas hidrelétricas da Amazônia. E a produção agrícola pode sofrer uma redução de área plantada de até 39%. Veja lá.

Usina hidrelétrica Belo Monte, no pior cenário de mudanças climáticas, pode ser afetada por falta de chuvas e deixar de compensar financeiramente Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADAO

Depois de sofrer com a demissão da equipe oficial que o coordenava e com um atraso de seis meses, o estudo Brasil 2040 foi despejado nesta quinta-feira, 29,  no site da extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) sem nenhuma divulgação formal. Não houve uma coletiva de imprensa e nenhum porta-voz que pudesse falar pelo estudo como um todo foi colocado à disposição da imprensa.

Considerado o mais importante estudo sobre como diversos setores vão reagir diante do clima modificado, o projeto Brasil 2040 - Alternativas de Adaptação às Mudanças Climáticas foi encomendado pela SAE a diversos grupos de pesquisa no começo do ano passado como parte da estratégia para lidar com o problema das mudanças climáticas. Era coordenado pelo economista Sergio Margulis e por Natalie Unterstell.

Ambos foram demitidos em março deste ano, quando Magabeira Unger assumiu a pasta e adotou como mote a "Pátria Educadora", pondo de escanteio a linha climática que vinha sendo adotada pela SAE.

Os pesquisadores que conduziam os estudos receberam, logo depois, cartas informando que eles estavam proibidos de divulgar os resultados antes que houvesse uma divulgação formal da SAE. E por meses os trabalhos ficaram engavetados.

Com a demissão de Unger em setembro e a extinção da SAE, imaginou-se que o Ministério do Meio Ambiente assumiria a divulgação do trabalho. Mas Alberto Lourenço, que substituiu Margulis e ainda não foi exonerado, correu para colocar o material no ar antes de ele próprio perder seu emprego. Mais de trinta arquivos, de sete tópicos diferentes, com mais de mil páginas estão no site. Alguns documentos nem sequer estão em sua versão final. Ali também não aparece o documento sobre a área de saúde.

Mas, pior que isso, é que se trata de um calhamaço de informação sem nenhum resumo executivo, sem nenhuma lista que destaque os pontos mais importantes. Absolutamente nada no site ajuda o incauto que estiver interessado no futuro climático do País a navegar pelos estudos nem a entender os seus resultados.

Em reportagem publicada no portal do Estadão e que estará na edição de amanhã do jornal trago algumas das informações garimpadas no estudo. Diminuição de chuvas pode levar a uma redução da produção de energia pelas hidrelétricas da Amazônia. E a produção agrícola pode sofrer uma redução de área plantada de até 39%. Veja lá.

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