Antártida perde gelo rápido e está cada vez mais verde - e por que você deve se preocupar com isso


Mudança climática faz com que a vegetação rasteira avance no continente dominado por gelo e rochas

Por Roberta Jansen
Atualização:

A cobertura vegetal da Península Antártica aumentou mais de dez vezes nas últimas quatro décadas, à medida que as mudanças climáticas elevaram as temperaturas médias do continente gelado. Isso é o que revela novo estudo publicado na revista científica Nature Geosciences, assinado por pesquisadores britânicos. Esse é um dos sinais da aceleração do aquecimento global.

Recorrência de áreas verdes na Antártida acende alerta entre cientistas. Foto: Unipampa

Análise feita a partir de dados de satélite revelou que, em 1986, a área coberta com vegetação rasteira era inferior a um quilômetro quadrado. Em 2021, no entanto, as áreas verdes já cobriam praticamente 12 quilômetros quadrados da península – a região mais setentrional da Antártida, a única que se estende para fora do círculo polar.

Nessa porção da Antártida, as temperaturas já são, naturalmente, um pouco mais elevadas. A península tem, ao todo, 500 mil quilômetros quadrados.

O aumento da vegetação rasteira num continente dominado por gelo e pedras a perder de vista é um sinal de que o aquecimento global avança rapidamente na Antártida e que as temperaturas por lá estão aumentando acima da média global. Cientistas alertam que o aumento da área verde abre caminho para a invasão de espécies exógenas, no ecossistema presente da Antártida.

Segundo o estudo, a expansão das áreas verdes foi acelerada a partir de 2016, quando o gelo marinho na região começou a retroceder. Um mar mais quente, explicam os cientistas, leva a condições climáticas mais úmidas, que favorecem o crescimento de plantas. As gramíneas podem colonizar rochas, criando fundações para um futuro solo que, junto com as condições climáticas mais amenas, podem favorecer o surgimento de plantas maiores.

“Não é só uma questão de temperatura mais alta ou mais baixa, é o acesso à água em estado líquido também”, explicou o glaciologista Jefferson Simões, coordenador do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Há outras modificações ocorrendo há pelo menos trinta anos e que, agora, estão se acelerando, como a retração do gelo marinho, e a migração de algumas espécies de pinguins e peixes para o sul.”

O aumento da área verde também foi documentado no Ártico; onde, em 2021, pela primeira vez, caiu chuva, e não neve, sobre a espessa camada de gelo no interior da Groenlândia.

“A paisagem na Antártica ainda é quase que inteiramente dominada por neve, gelo e rochas, com uma mínima fração ocupada por plantas”, afirmou um dos co-autores do novo estudo, Thomas Roland, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, em entrevista ao The Guardian. “Mas essa pequenina fração aumentou exponencialmente, mostrando que mesmo esse ambiente tão vasto e isolado está sendo afetado pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.”

Roland alertou que a elevação das temperaturas, que seguirão aumentando enquanto as emissões de CO2 não forem reduzidas, deverá provocar “mudanças cruciais na biologia e na paisagem dessa icônica e vulnerável região”.

“Quando as mudanças ocorrem muito rapidamente, algumas espécies não conseguem se adaptar e há maior mortandade, por exemplo”, explicou o especialista brasileiro, que coordena várias pesquisas na Península Antártica. “Um outro temor é com a entrada de vírus (mais facilmente adaptáveis a temperaturas mais altas), por isso temos monitorado as aves.”

A cobertura vegetal da Península Antártica aumentou mais de dez vezes nas últimas quatro décadas, à medida que as mudanças climáticas elevaram as temperaturas médias do continente gelado. Isso é o que revela novo estudo publicado na revista científica Nature Geosciences, assinado por pesquisadores britânicos. Esse é um dos sinais da aceleração do aquecimento global.

Recorrência de áreas verdes na Antártida acende alerta entre cientistas. Foto: Unipampa

Análise feita a partir de dados de satélite revelou que, em 1986, a área coberta com vegetação rasteira era inferior a um quilômetro quadrado. Em 2021, no entanto, as áreas verdes já cobriam praticamente 12 quilômetros quadrados da península – a região mais setentrional da Antártida, a única que se estende para fora do círculo polar.

Nessa porção da Antártida, as temperaturas já são, naturalmente, um pouco mais elevadas. A península tem, ao todo, 500 mil quilômetros quadrados.

O aumento da vegetação rasteira num continente dominado por gelo e pedras a perder de vista é um sinal de que o aquecimento global avança rapidamente na Antártida e que as temperaturas por lá estão aumentando acima da média global. Cientistas alertam que o aumento da área verde abre caminho para a invasão de espécies exógenas, no ecossistema presente da Antártida.

Segundo o estudo, a expansão das áreas verdes foi acelerada a partir de 2016, quando o gelo marinho na região começou a retroceder. Um mar mais quente, explicam os cientistas, leva a condições climáticas mais úmidas, que favorecem o crescimento de plantas. As gramíneas podem colonizar rochas, criando fundações para um futuro solo que, junto com as condições climáticas mais amenas, podem favorecer o surgimento de plantas maiores.

“Não é só uma questão de temperatura mais alta ou mais baixa, é o acesso à água em estado líquido também”, explicou o glaciologista Jefferson Simões, coordenador do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Há outras modificações ocorrendo há pelo menos trinta anos e que, agora, estão se acelerando, como a retração do gelo marinho, e a migração de algumas espécies de pinguins e peixes para o sul.”

O aumento da área verde também foi documentado no Ártico; onde, em 2021, pela primeira vez, caiu chuva, e não neve, sobre a espessa camada de gelo no interior da Groenlândia.

“A paisagem na Antártica ainda é quase que inteiramente dominada por neve, gelo e rochas, com uma mínima fração ocupada por plantas”, afirmou um dos co-autores do novo estudo, Thomas Roland, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, em entrevista ao The Guardian. “Mas essa pequenina fração aumentou exponencialmente, mostrando que mesmo esse ambiente tão vasto e isolado está sendo afetado pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.”

Roland alertou que a elevação das temperaturas, que seguirão aumentando enquanto as emissões de CO2 não forem reduzidas, deverá provocar “mudanças cruciais na biologia e na paisagem dessa icônica e vulnerável região”.

“Quando as mudanças ocorrem muito rapidamente, algumas espécies não conseguem se adaptar e há maior mortandade, por exemplo”, explicou o especialista brasileiro, que coordena várias pesquisas na Península Antártica. “Um outro temor é com a entrada de vírus (mais facilmente adaptáveis a temperaturas mais altas), por isso temos monitorado as aves.”

A cobertura vegetal da Península Antártica aumentou mais de dez vezes nas últimas quatro décadas, à medida que as mudanças climáticas elevaram as temperaturas médias do continente gelado. Isso é o que revela novo estudo publicado na revista científica Nature Geosciences, assinado por pesquisadores britânicos. Esse é um dos sinais da aceleração do aquecimento global.

Recorrência de áreas verdes na Antártida acende alerta entre cientistas. Foto: Unipampa

Análise feita a partir de dados de satélite revelou que, em 1986, a área coberta com vegetação rasteira era inferior a um quilômetro quadrado. Em 2021, no entanto, as áreas verdes já cobriam praticamente 12 quilômetros quadrados da península – a região mais setentrional da Antártida, a única que se estende para fora do círculo polar.

Nessa porção da Antártida, as temperaturas já são, naturalmente, um pouco mais elevadas. A península tem, ao todo, 500 mil quilômetros quadrados.

O aumento da vegetação rasteira num continente dominado por gelo e pedras a perder de vista é um sinal de que o aquecimento global avança rapidamente na Antártida e que as temperaturas por lá estão aumentando acima da média global. Cientistas alertam que o aumento da área verde abre caminho para a invasão de espécies exógenas, no ecossistema presente da Antártida.

Segundo o estudo, a expansão das áreas verdes foi acelerada a partir de 2016, quando o gelo marinho na região começou a retroceder. Um mar mais quente, explicam os cientistas, leva a condições climáticas mais úmidas, que favorecem o crescimento de plantas. As gramíneas podem colonizar rochas, criando fundações para um futuro solo que, junto com as condições climáticas mais amenas, podem favorecer o surgimento de plantas maiores.

“Não é só uma questão de temperatura mais alta ou mais baixa, é o acesso à água em estado líquido também”, explicou o glaciologista Jefferson Simões, coordenador do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Há outras modificações ocorrendo há pelo menos trinta anos e que, agora, estão se acelerando, como a retração do gelo marinho, e a migração de algumas espécies de pinguins e peixes para o sul.”

O aumento da área verde também foi documentado no Ártico; onde, em 2021, pela primeira vez, caiu chuva, e não neve, sobre a espessa camada de gelo no interior da Groenlândia.

“A paisagem na Antártica ainda é quase que inteiramente dominada por neve, gelo e rochas, com uma mínima fração ocupada por plantas”, afirmou um dos co-autores do novo estudo, Thomas Roland, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, em entrevista ao The Guardian. “Mas essa pequenina fração aumentou exponencialmente, mostrando que mesmo esse ambiente tão vasto e isolado está sendo afetado pelas mudanças climáticas causadas pelo homem.”

Roland alertou que a elevação das temperaturas, que seguirão aumentando enquanto as emissões de CO2 não forem reduzidas, deverá provocar “mudanças cruciais na biologia e na paisagem dessa icônica e vulnerável região”.

“Quando as mudanças ocorrem muito rapidamente, algumas espécies não conseguem se adaptar e há maior mortandade, por exemplo”, explicou o especialista brasileiro, que coordena várias pesquisas na Península Antártica. “Um outro temor é com a entrada de vírus (mais facilmente adaptáveis a temperaturas mais altas), por isso temos monitorado as aves.”

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