Antiga Boca do Sapo, Favela dos Sonhos será beneficiada por usina solar social na Grande SP


Desconto é cumulativo e pode se tornar ainda maior quando somado a outros benefícios, como a Tarifa Social de Energia Elétrica

Por Renata Okumura
Atualização:

A energia renovável gerada por uma usina solar será distribuída aos moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, em forma de crédito na conta de luz, contribuindo para reduzir os gastos com energia. Trata-se de uma iniciativa da EDP, empresa que atua no setor elétrico brasileiro.

A inauguração da primeira usina solar social da companhia beneficiará 200 famílias da comunidade atendida pela ONG Gerando Falcões e contemplada com o projeto ‘Favela 3D’. Até o momento, pouco mais de 150 famílias já se cadastraram. A expectativa é que, em breve, todos estejam inscritos e, no máximo em três meses, o boleto já chegue aos moradores com a redução.

Com investimento de mais de R$ 500 mil, a usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Comunidade atua bastante com foco na sustentabilidade. Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Cada família terá um desconto de 50kwh/mês na fatura, em média, o que equivale a aproximadamente R$ 35 por mês”, afirma Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP, responsável pela gestão dos investimentos socioambientais da companhia.

O desconto, segundo ele, é cumulativo e pode se tornar ainda maior quando somado a outros benefícios, como a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), iniciativa do governo federal que permite que consumidores de baixa renda paguem menos pela eletricidade fornecida pelas distribuidoras.

“Uma família, por exemplo, que tem um consumo mensal de 100 kWh/mês pagaria cerca de R$ 71 na conta de luz. Com a usina solar social, passa a pagar R$ 37 e, se tiver também a Tarifa Social, a conta pode ficar em torno de R$ 20″, exemplifica o diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP.

A usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos. Foto: Divulgação/EDP

A ação, de acordo com Schmal tem como foco a educação sustentável. “Queremos liderar uma transição energética justa, nos tornando 100% verdes até 2030, sem deixar ninguém para trás. Por isso, estamos focados em desenvolver iniciativas para a inclusão social, educação, qualidade de vida e bem-estar de comunidades que necessitam de suporte.”

Além da EDP e da ONG Gerando Falcões, também ajudaram a viabilizar o projeto o escritório L.O. Baptista, contribuindo com o suporte jurídico para a elaboração dos contratos, e a Ultragaz, com a gestão do processo de adesão dos moradores inscritos.

Para Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos, a iniciativa é benéfica, pois a maioria dos moradores trabalha informalmente. “Diminuindo o valor da conta, eles conseguem pagar as faturas em dia. Eu já estou cadastrada e também tenho incentivado os outros moradores. O objetivo é atingir todos os moradores da favela”, acrescenta ela.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos. Foto: Taba Benedicto/Estadão

A jovem lembra que antes de ter a energia elétrica regularizada, sempre que chovia ela ficava no escuro. “No meu imóvel, a energia foi regularizada há um ano e meio. Agora, será ainda melhor com o valor menor. Mas o projeto também é importante para conscientizar os moradores que o valor da conta depende do consumo deles, usar a energia de forma consciente, sem deixar a luz acesa ou eletrônicos ligados quando eles não estão usando os aparelhos”, reforça a líder comunitária.

“Quando a gente chegou aqui na comunidade, tudo era ‘gato’ na favela, queimavam eletrodomésticos com frequência e famílias ficavam sem energia. Primeiramente, com apoio da EDP, criamos esta solução para acabar com essa irregularidade. Foi um período de reeducação também entre os moradores. Dentro disso, incentivamos a inscrição na Tarifa Social e agora também haverá o benefício por meio da usina solar social”, reforça Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.

Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Após um período de três anos na Favela dos Sonhos, a usina solar social irá atender outras comunidades em situação de vulnerabilidade social que participam do projeto ‘Comunidade In’ e estejam dentro da rede de distribuição da área de concessão da EDP em São Paulo.

“Este é um programa social que tem como foco o desenvolvimento integrado e a melhoria progressiva da qualidade de vida das pessoas por meio de ações que atendam às necessidades locais”, completa Schmal.

Projeto Favela 3D

Conhecida anteriormente como Boca do Sapo, a Favela dos Sonhos foi uma das comunidades escolhidas para a implantação do projeto piloto ‘Favela 3D’ - Digna, Digital e Desenvolvida - que atua para reestruturar favelas na promoção de uma transformação com foco na melhoria da qualidade de vida dos moradores, erradicando a pobreza no País. A ação conta com o apoio da iniciativa privada, do poder público e de outras instituições do terceiro setor.

A nova favela, rebatizada pelos próprios moradores, foi apresentada completamente revitalizada, em julho do ano passado, nos contextos físicos e humanitários pela ONG Gerando Falcões e parceiros.

Também com foco na iluminação sustentável, em projeto anterior junto com o Instituto EDP e a organização social Litro de Luz, o ‘Favela 3D’ iluminou as ruas da Favela dos Sonhos.

Retrato da Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e do Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.  Foto: Taba Benedicto/Estadão

As ruas e vielas da comunidade receberam iluminação pública sustentável, em outubro do ano passado, com a instalação de 30 postes de energia solar, facilitando a vida de pessoas que tinham que caminhar no meio da escuridão, segundo a EDP.

Além da área externa, conforme a Gerando Falcões, foi nesta época que a comunidade teve as instalações elétricas regularizadas, iniciativa realizada também pela EDP que colaborou com a segurança da população e que possibilitou a implantação da usina solar social.

“Acreditamos que projetos como esse, junto a outros que estamos realizando na Favela dos Sonhos, colaboram para o desenvolvimento das comunidades ao melhorar a vida das pessoas por meio do acesso à energia”, completa Schmal.

A energia renovável gerada por uma usina solar será distribuída aos moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, em forma de crédito na conta de luz, contribuindo para reduzir os gastos com energia. Trata-se de uma iniciativa da EDP, empresa que atua no setor elétrico brasileiro.

A inauguração da primeira usina solar social da companhia beneficiará 200 famílias da comunidade atendida pela ONG Gerando Falcões e contemplada com o projeto ‘Favela 3D’. Até o momento, pouco mais de 150 famílias já se cadastraram. A expectativa é que, em breve, todos estejam inscritos e, no máximo em três meses, o boleto já chegue aos moradores com a redução.

Com investimento de mais de R$ 500 mil, a usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Comunidade atua bastante com foco na sustentabilidade. Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Cada família terá um desconto de 50kwh/mês na fatura, em média, o que equivale a aproximadamente R$ 35 por mês”, afirma Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP, responsável pela gestão dos investimentos socioambientais da companhia.

O desconto, segundo ele, é cumulativo e pode se tornar ainda maior quando somado a outros benefícios, como a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), iniciativa do governo federal que permite que consumidores de baixa renda paguem menos pela eletricidade fornecida pelas distribuidoras.

“Uma família, por exemplo, que tem um consumo mensal de 100 kWh/mês pagaria cerca de R$ 71 na conta de luz. Com a usina solar social, passa a pagar R$ 37 e, se tiver também a Tarifa Social, a conta pode ficar em torno de R$ 20″, exemplifica o diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP.

A usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos. Foto: Divulgação/EDP

A ação, de acordo com Schmal tem como foco a educação sustentável. “Queremos liderar uma transição energética justa, nos tornando 100% verdes até 2030, sem deixar ninguém para trás. Por isso, estamos focados em desenvolver iniciativas para a inclusão social, educação, qualidade de vida e bem-estar de comunidades que necessitam de suporte.”

Além da EDP e da ONG Gerando Falcões, também ajudaram a viabilizar o projeto o escritório L.O. Baptista, contribuindo com o suporte jurídico para a elaboração dos contratos, e a Ultragaz, com a gestão do processo de adesão dos moradores inscritos.

Para Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos, a iniciativa é benéfica, pois a maioria dos moradores trabalha informalmente. “Diminuindo o valor da conta, eles conseguem pagar as faturas em dia. Eu já estou cadastrada e também tenho incentivado os outros moradores. O objetivo é atingir todos os moradores da favela”, acrescenta ela.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos. Foto: Taba Benedicto/Estadão

A jovem lembra que antes de ter a energia elétrica regularizada, sempre que chovia ela ficava no escuro. “No meu imóvel, a energia foi regularizada há um ano e meio. Agora, será ainda melhor com o valor menor. Mas o projeto também é importante para conscientizar os moradores que o valor da conta depende do consumo deles, usar a energia de forma consciente, sem deixar a luz acesa ou eletrônicos ligados quando eles não estão usando os aparelhos”, reforça a líder comunitária.

“Quando a gente chegou aqui na comunidade, tudo era ‘gato’ na favela, queimavam eletrodomésticos com frequência e famílias ficavam sem energia. Primeiramente, com apoio da EDP, criamos esta solução para acabar com essa irregularidade. Foi um período de reeducação também entre os moradores. Dentro disso, incentivamos a inscrição na Tarifa Social e agora também haverá o benefício por meio da usina solar social”, reforça Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.

Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Após um período de três anos na Favela dos Sonhos, a usina solar social irá atender outras comunidades em situação de vulnerabilidade social que participam do projeto ‘Comunidade In’ e estejam dentro da rede de distribuição da área de concessão da EDP em São Paulo.

“Este é um programa social que tem como foco o desenvolvimento integrado e a melhoria progressiva da qualidade de vida das pessoas por meio de ações que atendam às necessidades locais”, completa Schmal.

Projeto Favela 3D

Conhecida anteriormente como Boca do Sapo, a Favela dos Sonhos foi uma das comunidades escolhidas para a implantação do projeto piloto ‘Favela 3D’ - Digna, Digital e Desenvolvida - que atua para reestruturar favelas na promoção de uma transformação com foco na melhoria da qualidade de vida dos moradores, erradicando a pobreza no País. A ação conta com o apoio da iniciativa privada, do poder público e de outras instituições do terceiro setor.

A nova favela, rebatizada pelos próprios moradores, foi apresentada completamente revitalizada, em julho do ano passado, nos contextos físicos e humanitários pela ONG Gerando Falcões e parceiros.

Também com foco na iluminação sustentável, em projeto anterior junto com o Instituto EDP e a organização social Litro de Luz, o ‘Favela 3D’ iluminou as ruas da Favela dos Sonhos.

Retrato da Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e do Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.  Foto: Taba Benedicto/Estadão

As ruas e vielas da comunidade receberam iluminação pública sustentável, em outubro do ano passado, com a instalação de 30 postes de energia solar, facilitando a vida de pessoas que tinham que caminhar no meio da escuridão, segundo a EDP.

Além da área externa, conforme a Gerando Falcões, foi nesta época que a comunidade teve as instalações elétricas regularizadas, iniciativa realizada também pela EDP que colaborou com a segurança da população e que possibilitou a implantação da usina solar social.

“Acreditamos que projetos como esse, junto a outros que estamos realizando na Favela dos Sonhos, colaboram para o desenvolvimento das comunidades ao melhorar a vida das pessoas por meio do acesso à energia”, completa Schmal.

A energia renovável gerada por uma usina solar será distribuída aos moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, em forma de crédito na conta de luz, contribuindo para reduzir os gastos com energia. Trata-se de uma iniciativa da EDP, empresa que atua no setor elétrico brasileiro.

A inauguração da primeira usina solar social da companhia beneficiará 200 famílias da comunidade atendida pela ONG Gerando Falcões e contemplada com o projeto ‘Favela 3D’. Até o momento, pouco mais de 150 famílias já se cadastraram. A expectativa é que, em breve, todos estejam inscritos e, no máximo em três meses, o boleto já chegue aos moradores com a redução.

Com investimento de mais de R$ 500 mil, a usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Comunidade atua bastante com foco na sustentabilidade. Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Cada família terá um desconto de 50kwh/mês na fatura, em média, o que equivale a aproximadamente R$ 35 por mês”, afirma Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP, responsável pela gestão dos investimentos socioambientais da companhia.

O desconto, segundo ele, é cumulativo e pode se tornar ainda maior quando somado a outros benefícios, como a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), iniciativa do governo federal que permite que consumidores de baixa renda paguem menos pela eletricidade fornecida pelas distribuidoras.

“Uma família, por exemplo, que tem um consumo mensal de 100 kWh/mês pagaria cerca de R$ 71 na conta de luz. Com a usina solar social, passa a pagar R$ 37 e, se tiver também a Tarifa Social, a conta pode ficar em torno de R$ 20″, exemplifica o diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP.

A usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos. Foto: Divulgação/EDP

A ação, de acordo com Schmal tem como foco a educação sustentável. “Queremos liderar uma transição energética justa, nos tornando 100% verdes até 2030, sem deixar ninguém para trás. Por isso, estamos focados em desenvolver iniciativas para a inclusão social, educação, qualidade de vida e bem-estar de comunidades que necessitam de suporte.”

Além da EDP e da ONG Gerando Falcões, também ajudaram a viabilizar o projeto o escritório L.O. Baptista, contribuindo com o suporte jurídico para a elaboração dos contratos, e a Ultragaz, com a gestão do processo de adesão dos moradores inscritos.

Para Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos, a iniciativa é benéfica, pois a maioria dos moradores trabalha informalmente. “Diminuindo o valor da conta, eles conseguem pagar as faturas em dia. Eu já estou cadastrada e também tenho incentivado os outros moradores. O objetivo é atingir todos os moradores da favela”, acrescenta ela.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos. Foto: Taba Benedicto/Estadão

A jovem lembra que antes de ter a energia elétrica regularizada, sempre que chovia ela ficava no escuro. “No meu imóvel, a energia foi regularizada há um ano e meio. Agora, será ainda melhor com o valor menor. Mas o projeto também é importante para conscientizar os moradores que o valor da conta depende do consumo deles, usar a energia de forma consciente, sem deixar a luz acesa ou eletrônicos ligados quando eles não estão usando os aparelhos”, reforça a líder comunitária.

“Quando a gente chegou aqui na comunidade, tudo era ‘gato’ na favela, queimavam eletrodomésticos com frequência e famílias ficavam sem energia. Primeiramente, com apoio da EDP, criamos esta solução para acabar com essa irregularidade. Foi um período de reeducação também entre os moradores. Dentro disso, incentivamos a inscrição na Tarifa Social e agora também haverá o benefício por meio da usina solar social”, reforça Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.

Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Após um período de três anos na Favela dos Sonhos, a usina solar social irá atender outras comunidades em situação de vulnerabilidade social que participam do projeto ‘Comunidade In’ e estejam dentro da rede de distribuição da área de concessão da EDP em São Paulo.

“Este é um programa social que tem como foco o desenvolvimento integrado e a melhoria progressiva da qualidade de vida das pessoas por meio de ações que atendam às necessidades locais”, completa Schmal.

Projeto Favela 3D

Conhecida anteriormente como Boca do Sapo, a Favela dos Sonhos foi uma das comunidades escolhidas para a implantação do projeto piloto ‘Favela 3D’ - Digna, Digital e Desenvolvida - que atua para reestruturar favelas na promoção de uma transformação com foco na melhoria da qualidade de vida dos moradores, erradicando a pobreza no País. A ação conta com o apoio da iniciativa privada, do poder público e de outras instituições do terceiro setor.

A nova favela, rebatizada pelos próprios moradores, foi apresentada completamente revitalizada, em julho do ano passado, nos contextos físicos e humanitários pela ONG Gerando Falcões e parceiros.

Também com foco na iluminação sustentável, em projeto anterior junto com o Instituto EDP e a organização social Litro de Luz, o ‘Favela 3D’ iluminou as ruas da Favela dos Sonhos.

Retrato da Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e do Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.  Foto: Taba Benedicto/Estadão

As ruas e vielas da comunidade receberam iluminação pública sustentável, em outubro do ano passado, com a instalação de 30 postes de energia solar, facilitando a vida de pessoas que tinham que caminhar no meio da escuridão, segundo a EDP.

Além da área externa, conforme a Gerando Falcões, foi nesta época que a comunidade teve as instalações elétricas regularizadas, iniciativa realizada também pela EDP que colaborou com a segurança da população e que possibilitou a implantação da usina solar social.

“Acreditamos que projetos como esse, junto a outros que estamos realizando na Favela dos Sonhos, colaboram para o desenvolvimento das comunidades ao melhorar a vida das pessoas por meio do acesso à energia”, completa Schmal.

A energia renovável gerada por uma usina solar será distribuída aos moradores da Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, em forma de crédito na conta de luz, contribuindo para reduzir os gastos com energia. Trata-se de uma iniciativa da EDP, empresa que atua no setor elétrico brasileiro.

A inauguração da primeira usina solar social da companhia beneficiará 200 famílias da comunidade atendida pela ONG Gerando Falcões e contemplada com o projeto ‘Favela 3D’. Até o momento, pouco mais de 150 famílias já se cadastraram. A expectativa é que, em breve, todos estejam inscritos e, no máximo em três meses, o boleto já chegue aos moradores com a redução.

Com investimento de mais de R$ 500 mil, a usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Comunidade atua bastante com foco na sustentabilidade. Foto: Taba Benedicto/Estadão

“Cada família terá um desconto de 50kwh/mês na fatura, em média, o que equivale a aproximadamente R$ 35 por mês”, afirma Dominic Schmal, diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP, responsável pela gestão dos investimentos socioambientais da companhia.

O desconto, segundo ele, é cumulativo e pode se tornar ainda maior quando somado a outros benefícios, como a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), iniciativa do governo federal que permite que consumidores de baixa renda paguem menos pela eletricidade fornecida pelas distribuidoras.

“Uma família, por exemplo, que tem um consumo mensal de 100 kWh/mês pagaria cerca de R$ 71 na conta de luz. Com a usina solar social, passa a pagar R$ 37 e, se tiver também a Tarifa Social, a conta pode ficar em torno de R$ 20″, exemplifica o diretor de ESG da EDP e do Instituto EDP.

A usina solar, localizada em Roseira, município paulista, tem capacidade para destinar gratuitamente 75kW de energia renovável aos moradores da Favela dos Sonhos. Foto: Divulgação/EDP

A ação, de acordo com Schmal tem como foco a educação sustentável. “Queremos liderar uma transição energética justa, nos tornando 100% verdes até 2030, sem deixar ninguém para trás. Por isso, estamos focados em desenvolver iniciativas para a inclusão social, educação, qualidade de vida e bem-estar de comunidades que necessitam de suporte.”

Além da EDP e da ONG Gerando Falcões, também ajudaram a viabilizar o projeto o escritório L.O. Baptista, contribuindo com o suporte jurídico para a elaboração dos contratos, e a Ultragaz, com a gestão do processo de adesão dos moradores inscritos.

Para Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos, a iniciativa é benéfica, pois a maioria dos moradores trabalha informalmente. “Diminuindo o valor da conta, eles conseguem pagar as faturas em dia. Eu já estou cadastrada e também tenho incentivado os outros moradores. O objetivo é atingir todos os moradores da favela”, acrescenta ela.

Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos. Foto: Taba Benedicto/Estadão

A jovem lembra que antes de ter a energia elétrica regularizada, sempre que chovia ela ficava no escuro. “No meu imóvel, a energia foi regularizada há um ano e meio. Agora, será ainda melhor com o valor menor. Mas o projeto também é importante para conscientizar os moradores que o valor da conta depende do consumo deles, usar a energia de forma consciente, sem deixar a luz acesa ou eletrônicos ligados quando eles não estão usando os aparelhos”, reforça a líder comunitária.

“Quando a gente chegou aqui na comunidade, tudo era ‘gato’ na favela, queimavam eletrodomésticos com frequência e famílias ficavam sem energia. Primeiramente, com apoio da EDP, criamos esta solução para acabar com essa irregularidade. Foi um período de reeducação também entre os moradores. Dentro disso, incentivamos a inscrição na Tarifa Social e agora também haverá o benefício por meio da usina solar social”, reforça Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.

Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Após um período de três anos na Favela dos Sonhos, a usina solar social irá atender outras comunidades em situação de vulnerabilidade social que participam do projeto ‘Comunidade In’ e estejam dentro da rede de distribuição da área de concessão da EDP em São Paulo.

“Este é um programa social que tem como foco o desenvolvimento integrado e a melhoria progressiva da qualidade de vida das pessoas por meio de ações que atendam às necessidades locais”, completa Schmal.

Projeto Favela 3D

Conhecida anteriormente como Boca do Sapo, a Favela dos Sonhos foi uma das comunidades escolhidas para a implantação do projeto piloto ‘Favela 3D’ - Digna, Digital e Desenvolvida - que atua para reestruturar favelas na promoção de uma transformação com foco na melhoria da qualidade de vida dos moradores, erradicando a pobreza no País. A ação conta com o apoio da iniciativa privada, do poder público e de outras instituições do terceiro setor.

A nova favela, rebatizada pelos próprios moradores, foi apresentada completamente revitalizada, em julho do ano passado, nos contextos físicos e humanitários pela ONG Gerando Falcões e parceiros.

Também com foco na iluminação sustentável, em projeto anterior junto com o Instituto EDP e a organização social Litro de Luz, o ‘Favela 3D’ iluminou as ruas da Favela dos Sonhos.

Retrato da Carliene da Silva Ferreira, de 33 anos, moradora e líder social da Favela dos Sonhos e do Bruno Desidério, líder social da ONG Gerando Falcões.  Foto: Taba Benedicto/Estadão

As ruas e vielas da comunidade receberam iluminação pública sustentável, em outubro do ano passado, com a instalação de 30 postes de energia solar, facilitando a vida de pessoas que tinham que caminhar no meio da escuridão, segundo a EDP.

Além da área externa, conforme a Gerando Falcões, foi nesta época que a comunidade teve as instalações elétricas regularizadas, iniciativa realizada também pela EDP que colaborou com a segurança da população e que possibilitou a implantação da usina solar social.

“Acreditamos que projetos como esse, junto a outros que estamos realizando na Favela dos Sonhos, colaboram para o desenvolvimento das comunidades ao melhorar a vida das pessoas por meio do acesso à energia”, completa Schmal.

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