Bolsonaro acusa Inpe de divulgar dados mentirosos sobre desmatamento


Para presidente, diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”; instituto mostra que perda da Amazônia dobrou neste mês, na comparação com julho de 2018

Por Giovana Girardi
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. 

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica Foto: Reprodução site Terrabrasilis

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018. 

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília explicar esses dados aí que passaram imprensa”, disse. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. 

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica Foto: Reprodução site Terrabrasilis

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018. 

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília explicar esses dados aí que passaram imprensa”, disse. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. 

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica Foto: Reprodução site Terrabrasilis

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018. 

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília explicar esses dados aí que passaram imprensa”, disse. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. 

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica Foto: Reprodução site Terrabrasilis

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018. 

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília explicar esses dados aí que passaram imprensa”, disse. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

SÃO PAULO - O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta sexta-feira, 19, os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que mostram o aumento do desmatamento da Amazônia nos últimos meses e disse suspeitar que o diretor do órgão está “a serviço de alguma ONG”.

“Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse Bolsonaro em um encontro com correspondentes estrangeiros em Brasília.

Segundo o presidente, “isso acontece com muitas divulgações, como a de agora”. Nesta quinta-feira, dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. 

Dados do sistema Deter-B, do Inpe, mostram evolução do desmatamento, mês a mês, desde 2015. Os índices de julho deste ano estão bem acima da série histórica Foto: Reprodução site Terrabrasilis

Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km² neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km² e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km².

Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km², contra 488,4 km² em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km², contra 550 km² em maio de 2018. 

No acumulado – que compreende o período de agosto de um ano a julho do ano seguinte – o período 2018/2019 já é 26,57% maior. E o mês ainda não terminou.

“A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos”, afirmou o presidente. “Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília explicar esses dados aí que passaram imprensa”, disse. “No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum”

O Inpe, que é presidido por Ricardo Magnus Osório Galvão, afirmou em nota que não comentaria as declarações do presidente. “Mas ressaltamos nossa política de transparência de dados, que podem ser acessados pela internet. O acesso livre permite a avaliação independente dos dados, inclusive pelo próprio governo”, informou a instituição.

O Estado também procurou o Ministério da Ciência, a quem o Inpe é subordinado, mas não recebeu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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