Brasil pode enfrentar aumento de até 7°C na temperatura


Projeção é de aumento da temperatura de 0,5°C a 1,5°C no País até o final do século

Por Giovana Girardi

A primeira parte do novo relatório do IPCC não traz projeções específicas por países – esses detalhes deverão aparecer na segunda parte, que será divulgada em abril do ano que vem –, mas dá para tirar algumas conclusões para o Brasil.

Os modelos climáticos que avaliam a temperatura para todo o globo apontam para uma elevação muito provável (probabilidade de mais de 90%) da temperatura em toda a América do Sul, com os valores mais altos para o sul da Amazônia.

A projeção é de um aumento da temperatura média de 0,5°C (centro-sul) a 1,5°C (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) no País até o final do século no cenário mais otimista de emissões de gases de efeito estufa; e de 3°C (sul e litoral do Nordeste) a 7°C (Amazônia) no pior cenário.

Também é provável (probabilidade de mais de 66%) que ondas de calor se tornem mais frequentes na Amazônia e no Nordeste. O IPCC afirma ainda que é muito provável que o nível de precipitação vai subir na bacia do Prata e cair no Nordeste e na porção oriental da Amazônia.

 

 

 

A tendência é a mesma apontada há pouco mais de duas semanas no 1º relatório nacional de avaliação dos impactos das mudanças climáticas no Brasil. O trabalho focado na nossa realidade foi compilado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a versão nacional do IPCC.

“Os dois estudos vão na mesma linha. Talvez não nos mesmos números porque os modelos climáticos usados diferem um pouco, mas a tendência é a mesma”, comenta o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), membro tanto do IPCC quanto do PBMC.

Ele lembra que há dois anos o Nordeste do País tem vivenciado uma de suas piores secas da história, evento que, se levado em conta dentro de uma sequência de outros semelhantes, pode ser interpretado como um sinal de mudanças climáticas. “Só espero que os políticos considerem seriamente o que diz o relatório. Porque ele não é só um relatório, mas o estado da arte do que a ciência conhece sobre o problema. Ainda não é uma catástrofe, mas se nada for feito, as coisas podem piorar”, diz. “A pior coisa que os políticos podem fazer é ignorar a ciência e ficar esperando que tragédias aconteçam.”

A primeira parte do novo relatório do IPCC não traz projeções específicas por países – esses detalhes deverão aparecer na segunda parte, que será divulgada em abril do ano que vem –, mas dá para tirar algumas conclusões para o Brasil.

Os modelos climáticos que avaliam a temperatura para todo o globo apontam para uma elevação muito provável (probabilidade de mais de 90%) da temperatura em toda a América do Sul, com os valores mais altos para o sul da Amazônia.

A projeção é de um aumento da temperatura média de 0,5°C (centro-sul) a 1,5°C (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) no País até o final do século no cenário mais otimista de emissões de gases de efeito estufa; e de 3°C (sul e litoral do Nordeste) a 7°C (Amazônia) no pior cenário.

Também é provável (probabilidade de mais de 66%) que ondas de calor se tornem mais frequentes na Amazônia e no Nordeste. O IPCC afirma ainda que é muito provável que o nível de precipitação vai subir na bacia do Prata e cair no Nordeste e na porção oriental da Amazônia.

 

 

 

A tendência é a mesma apontada há pouco mais de duas semanas no 1º relatório nacional de avaliação dos impactos das mudanças climáticas no Brasil. O trabalho focado na nossa realidade foi compilado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a versão nacional do IPCC.

“Os dois estudos vão na mesma linha. Talvez não nos mesmos números porque os modelos climáticos usados diferem um pouco, mas a tendência é a mesma”, comenta o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), membro tanto do IPCC quanto do PBMC.

Ele lembra que há dois anos o Nordeste do País tem vivenciado uma de suas piores secas da história, evento que, se levado em conta dentro de uma sequência de outros semelhantes, pode ser interpretado como um sinal de mudanças climáticas. “Só espero que os políticos considerem seriamente o que diz o relatório. Porque ele não é só um relatório, mas o estado da arte do que a ciência conhece sobre o problema. Ainda não é uma catástrofe, mas se nada for feito, as coisas podem piorar”, diz. “A pior coisa que os políticos podem fazer é ignorar a ciência e ficar esperando que tragédias aconteçam.”

A primeira parte do novo relatório do IPCC não traz projeções específicas por países – esses detalhes deverão aparecer na segunda parte, que será divulgada em abril do ano que vem –, mas dá para tirar algumas conclusões para o Brasil.

Os modelos climáticos que avaliam a temperatura para todo o globo apontam para uma elevação muito provável (probabilidade de mais de 90%) da temperatura em toda a América do Sul, com os valores mais altos para o sul da Amazônia.

A projeção é de um aumento da temperatura média de 0,5°C (centro-sul) a 1,5°C (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) no País até o final do século no cenário mais otimista de emissões de gases de efeito estufa; e de 3°C (sul e litoral do Nordeste) a 7°C (Amazônia) no pior cenário.

Também é provável (probabilidade de mais de 66%) que ondas de calor se tornem mais frequentes na Amazônia e no Nordeste. O IPCC afirma ainda que é muito provável que o nível de precipitação vai subir na bacia do Prata e cair no Nordeste e na porção oriental da Amazônia.

 

 

 

A tendência é a mesma apontada há pouco mais de duas semanas no 1º relatório nacional de avaliação dos impactos das mudanças climáticas no Brasil. O trabalho focado na nossa realidade foi compilado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, a versão nacional do IPCC.

“Os dois estudos vão na mesma linha. Talvez não nos mesmos números porque os modelos climáticos usados diferem um pouco, mas a tendência é a mesma”, comenta o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), membro tanto do IPCC quanto do PBMC.

Ele lembra que há dois anos o Nordeste do País tem vivenciado uma de suas piores secas da história, evento que, se levado em conta dentro de uma sequência de outros semelhantes, pode ser interpretado como um sinal de mudanças climáticas. “Só espero que os políticos considerem seriamente o que diz o relatório. Porque ele não é só um relatório, mas o estado da arte do que a ciência conhece sobre o problema. Ainda não é uma catástrofe, mas se nada for feito, as coisas podem piorar”, diz. “A pior coisa que os políticos podem fazer é ignorar a ciência e ficar esperando que tragédias aconteçam.”

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