Ciclone extratropical no Rio Grande do Sul: entenda fenômeno e previsão para os próximos dias


Conforme a Defesa Civil, são 39 mortos; maioria dos ciclones extratropicais que passam pelo Sul e o Sudeste está ligada a frentes frias

Por Renata Okumura
Atualização:

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Conforme atualização da Defesa Civil do Estado feita nesta quarta-feira, 6, o número de mortos chega a 39 e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afastou do Brasil para o oceano na terça-feira, 5. No entanto, segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

“A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de maneira independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

Na segunda-feira, a combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai provocaram a organização da frente fria e do ciclone extratropical, segundo a Climatempo, condições propícias que deram origem ao fenômeno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Bairro São José, na cidade de Muçum, é um dos mais atingidos pelo temporal. Famílias trabalham na remoção de pertences.  Foto: Luis Bettinelli/Prefeitura de Muçum

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.

Rajadas de vento de até 100 km/h

Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Na terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda sentiram rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras tiveram rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, na terça-feira, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitaria o Estado gaúcho.

Frente fria avança em direção a São Paulo

Enquanto o ciclone extratropical se afasta para o oceano, uma frente fria avançou em direção ao Sudeste. Em São Paulo, segundo a empresa Meteoblue, nesta quinta-feira, feriado da Independência do Brasil, a máxima será de 24ºC.

Veja a previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quinta-feira: entre 15ºC e 24ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 29ºC
  • Sábado: entre 18ºC e 30ºC - possibilidade de chuva
  • Domingo: entre 17ºC e 25ºC
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 30ºC

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Conforme atualização da Defesa Civil do Estado feita nesta quarta-feira, 6, o número de mortos chega a 39 e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afastou do Brasil para o oceano na terça-feira, 5. No entanto, segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

“A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de maneira independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

Na segunda-feira, a combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai provocaram a organização da frente fria e do ciclone extratropical, segundo a Climatempo, condições propícias que deram origem ao fenômeno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Bairro São José, na cidade de Muçum, é um dos mais atingidos pelo temporal. Famílias trabalham na remoção de pertences.  Foto: Luis Bettinelli/Prefeitura de Muçum

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.

Rajadas de vento de até 100 km/h

Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Na terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda sentiram rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras tiveram rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, na terça-feira, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitaria o Estado gaúcho.

Frente fria avança em direção a São Paulo

Enquanto o ciclone extratropical se afasta para o oceano, uma frente fria avançou em direção ao Sudeste. Em São Paulo, segundo a empresa Meteoblue, nesta quinta-feira, feriado da Independência do Brasil, a máxima será de 24ºC.

Veja a previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quinta-feira: entre 15ºC e 24ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 29ºC
  • Sábado: entre 18ºC e 30ºC - possibilidade de chuva
  • Domingo: entre 17ºC e 25ºC
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 30ºC

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Conforme atualização da Defesa Civil do Estado feita nesta quarta-feira, 6, o número de mortos chega a 39 e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afastou do Brasil para o oceano na terça-feira, 5. No entanto, segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

“A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de maneira independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

Na segunda-feira, a combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai provocaram a organização da frente fria e do ciclone extratropical, segundo a Climatempo, condições propícias que deram origem ao fenômeno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Bairro São José, na cidade de Muçum, é um dos mais atingidos pelo temporal. Famílias trabalham na remoção de pertences.  Foto: Luis Bettinelli/Prefeitura de Muçum

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.

Rajadas de vento de até 100 km/h

Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Na terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda sentiram rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras tiveram rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, na terça-feira, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitaria o Estado gaúcho.

Frente fria avança em direção a São Paulo

Enquanto o ciclone extratropical se afasta para o oceano, uma frente fria avançou em direção ao Sudeste. Em São Paulo, segundo a empresa Meteoblue, nesta quinta-feira, feriado da Independência do Brasil, a máxima será de 24ºC.

Veja a previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quinta-feira: entre 15ºC e 24ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 29ºC
  • Sábado: entre 18ºC e 30ºC - possibilidade de chuva
  • Domingo: entre 17ºC e 25ºC
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 30ºC

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Conforme atualização da Defesa Civil do Estado feita nesta quarta-feira, 6, o número de mortos chega a 39 e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afastou do Brasil para o oceano na terça-feira, 5. No entanto, segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

“A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de maneira independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

Na segunda-feira, a combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai provocaram a organização da frente fria e do ciclone extratropical, segundo a Climatempo, condições propícias que deram origem ao fenômeno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Bairro São José, na cidade de Muçum, é um dos mais atingidos pelo temporal. Famílias trabalham na remoção de pertences.  Foto: Luis Bettinelli/Prefeitura de Muçum

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.

Rajadas de vento de até 100 km/h

Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Na terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda sentiram rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras tiveram rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, na terça-feira, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitaria o Estado gaúcho.

Frente fria avança em direção a São Paulo

Enquanto o ciclone extratropical se afasta para o oceano, uma frente fria avançou em direção ao Sudeste. Em São Paulo, segundo a empresa Meteoblue, nesta quinta-feira, feriado da Independência do Brasil, a máxima será de 24ºC.

Veja a previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quinta-feira: entre 15ºC e 24ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 29ºC
  • Sábado: entre 18ºC e 30ºC - possibilidade de chuva
  • Domingo: entre 17ºC e 25ºC
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 30ºC

Um novo ciclone extratropical se formou na segunda-feira, 4, no Rio Grande do Sul, provocando tempestades e fortes rajadas de vento. Conforme atualização da Defesa Civil do Estado feita nesta quarta-feira, 6, o número de mortos chega a 39 e dezenas de cidades registram prejuízos e estão com pessoas desalojadas. Alertas ainda estão sendo emitidos para possíveis inundações, assim como para transbordamento de rios.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no litoral gaúcho se afastou do Brasil para o oceano na terça-feira, 5. No entanto, segundo a Climatempo, novas áreas de nuvens carregadas se formaram sobre parte do Estado e no Uruguai. No decorrer desta quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil, estas nuvens se espalham sobre o Rio Grande do Sul.

“A chuva mais volumosa deve ocorrer no centro-sul do Estado. No norte gaúcho e na Grande Porto Alegre, o sol até pode aparecer um pouco, mas a chuva ocorre a qualquer hora e também pode ser forte”, acrescenta a Climatempo.

O que são os ciclones extratropicais

São sistemas meteorológicos comuns na costa do Sul e do Sudeste do Brasil. Segundo a Climatempo, podem se formar em qualquer época do ano, mas são mais frequentes nos meses de outono e inverno.

“A maioria dos ciclones extratropicais que passam pela costa do Sul e do Sudeste estão associados a uma frente fria, mas alguns ciclones se formam de maneira independente. É o que tecnicamente se chama de ciclogênese, que podem ocorrer sobre o continente ou sobre o mar”, explica a empresa brasileira de meteorologia.

Na segunda-feira, a combinação de uma acentuada queda pressão atmosférica sobre Paraguai e o Sul do Brasil, o direcionamento de muito ar quente e úmido do Norte para o Sul do Brasil e o deslocamento de frio de origem polar sobre o norte e leste da Argentina e Uruguai provocaram a organização da frente fria e do ciclone extratropical, segundo a Climatempo, condições propícias que deram origem ao fenômeno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a situação atual está relacionada à circulação dos ventos e à baixa pressão que se formou sobre o Paraguai.

Bairro São José, na cidade de Muçum, é um dos mais atingidos pelo temporal. Famílias trabalham na remoção de pertences.  Foto: Luis Bettinelli/Prefeitura de Muçum

Ou seja, os ciclones extratropicais representam uma área de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram em um círculo completo, no sentido horário no Hemisfério Sul. Eles se originam a partir de grandes contrastes de temperatura.

“Quanto mais baixa a pressão atmosférica, mais intensos são os ventos e maior é o potencial para formação de nuvens carregadas, que podem provocar chuva intensa. O processo de formação de um ciclone extratropical, próximo do continente, pode provocar muitas horas consecutivas de chuva e os grandes acumulados podem causar enchentes, encharcamento do solo e deslizamentos de terra”, acrescenta a Climatempo.

O fenômeno que atingiu o Rio Grande do Sul causou uma situação muito parecida com outros eventos de formação de frente fria e de ciclones que têm ocorrido no Sul do País desde meados de junho.

Rajadas de vento de até 100 km/h

Os ciclones extratropicais podem ocasionar ventania intensa e muita chuva, dependendo da sua força e da proximidade com o continente.

Na terça-feira, o leste do Rio Grande do Sul, as serras gaúcha e catarinense e o litoral sul de Santa Catarina ainda sentiram rajadas fortes, com velocidade de até 80 km/h. No entanto, segundo a Climatempo, os pontos altos das serras tiveram rajadas em torno de 100 km/h.

Além da passagem do ciclone extratropical, uma grande quantidade de nuvens do tipo cumulonimbus também se formou sobre o Sul do Brasil e sobre parte de Mato Grosso do Sul na segunda-feira.

“Além de muita chuva, estas nuvens também produziram intensas rajadas de vento, que superaram os 100 km/h em locais do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul”, disse a Climatempo.

Muitas casas em diversos municípios do Estado sofreram danos após a ventania, a chuva forte e a queda de granizo. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamento. Confira o panorama das cidades afetadas.

Segundo o Inmet, na madrugada de segunda-feira, já havia a previsão da formação de um ciclone extratropical no oeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da cidade de São Borja. Posteriormente, ele avançou para outras regiões ao longo da segunda-feira.

Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou a situação enfrentada pelo Rio Grande do Sul e anunciou, na terça-feira, que o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, visitaria o Estado gaúcho.

Frente fria avança em direção a São Paulo

Enquanto o ciclone extratropical se afasta para o oceano, uma frente fria avançou em direção ao Sudeste. Em São Paulo, segundo a empresa Meteoblue, nesta quinta-feira, feriado da Independência do Brasil, a máxima será de 24ºC.

Veja a previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quinta-feira: entre 15ºC e 24ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 29ºC
  • Sábado: entre 18ºC e 30ºC - possibilidade de chuva
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