Ciclone no RS força velório em cidade vizinha e uso de máquinas para recuperar cemitério destruído


Muçum, que teve 80% do território alagado, teve 16 mortos; dono da funerária local perdeu duas parentas. Total de vítimas no Estado é de 42, na maior catástrofe climática da história gaúcha

Por José Maria Tomazela
Atualização:

2Ainda devastada pelo ciclone, Muçum, no interior gaúcho, precisará velar vítimas da tragédia no ginásio do município vizinho. Máquinas tentavam nesta sexta-feira, 8, recuperar o cemitério da cidade, que foi destruído pela força das águas. Até o dono de uma funerária local perdeu duas parentas na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, que tem 42 mortos até agora (16 em Muçum).

Enquanto ajuda na organização dos sepultamentos, o empresário Elton Pezzi tenta lidar com a dor das mortes na família. “Perdi uma tia de 85 anos, Edi, e a cunhada dela, Sueli, que também é nossa parente”, relata. “Nesse momento, nosso serviço também é essencial. Temos de tocar para a frente. Guardei o meu luto e estou aqui trabalhando”, diz ele, dono da funerária que opera há 22 anos.

Muçum teve 80% do território alagado Foto: Luciano Nagel/Estadão

As duas vítimas estavam em casa quando foram arrastadas pela correnteza, que alagou 80% da cidade, de quase 5 mil habitantes. O marido de Edi também foi levado pela enxurrada, mas conseguiu se agarrar a um tronco de árvore e sobreviveu. Além das 16 vítimas, há desaparecidos - as autoridades retomaram as buscas nesta sexta, ainda sob alerta de novos temporais na região.

O município vizinho de Vespasiano Corrêa cedeu o ginásio de esportes para o velório coletivo, neste sábado, 8. A previsão é de que dez vítimas de Muçum sejam veladas no Ginásio Municipal da Escola Esperança, a quinze quilômetros de Muçum. O velório começa às 7 horas e, às 9h está prevista uma missa. Os enterros devem ocorrer à tarde.

Segundo o prefeito Mateus Trojan (MDB), o ginásio de esportes de Muçum, que poderia ser usado para o cerimonial fúnebre, foi severamente danificado. “Conseguimos fazer a limpeza da parte não avariada, mas transformamos o local em posto para receber doações. Dessa forma, não tem como fazer o velório ali”, disse. Ainda de acordo com ele, algumas famílias optaram por fazer os velórios em outros locais.

Já o Cemitério Municipal de Muçum foi quase todo destruído pelas enchentes. “A maioria dos túmulos foi levada, ficando só as capelas maiores. Estamos com máquinas trabalhando para deixar em condições de receber os corpos dos nossos moradores”, disse Trojan. Segundo ele, as famílias manifestaram o desejo de terem seus entes queridos sepultados na cidade.

Vinte e duas vítimas, de Muçum e da vizinha Roca Sales, foram levadas para o Departamento Médico-Legal, em Porto Alegre: 21 delas foram identificadas pela impressão digital e uma por exame complementar de DNA. Houve demora na liberação dos corpos, que só liberados para voltarem às cidades no fim da tarde de sexta. COLABOROU LUANA MARTINS, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

2Ainda devastada pelo ciclone, Muçum, no interior gaúcho, precisará velar vítimas da tragédia no ginásio do município vizinho. Máquinas tentavam nesta sexta-feira, 8, recuperar o cemitério da cidade, que foi destruído pela força das águas. Até o dono de uma funerária local perdeu duas parentas na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, que tem 42 mortos até agora (16 em Muçum).

Enquanto ajuda na organização dos sepultamentos, o empresário Elton Pezzi tenta lidar com a dor das mortes na família. “Perdi uma tia de 85 anos, Edi, e a cunhada dela, Sueli, que também é nossa parente”, relata. “Nesse momento, nosso serviço também é essencial. Temos de tocar para a frente. Guardei o meu luto e estou aqui trabalhando”, diz ele, dono da funerária que opera há 22 anos.

Muçum teve 80% do território alagado Foto: Luciano Nagel/Estadão

As duas vítimas estavam em casa quando foram arrastadas pela correnteza, que alagou 80% da cidade, de quase 5 mil habitantes. O marido de Edi também foi levado pela enxurrada, mas conseguiu se agarrar a um tronco de árvore e sobreviveu. Além das 16 vítimas, há desaparecidos - as autoridades retomaram as buscas nesta sexta, ainda sob alerta de novos temporais na região.

O município vizinho de Vespasiano Corrêa cedeu o ginásio de esportes para o velório coletivo, neste sábado, 8. A previsão é de que dez vítimas de Muçum sejam veladas no Ginásio Municipal da Escola Esperança, a quinze quilômetros de Muçum. O velório começa às 7 horas e, às 9h está prevista uma missa. Os enterros devem ocorrer à tarde.

Segundo o prefeito Mateus Trojan (MDB), o ginásio de esportes de Muçum, que poderia ser usado para o cerimonial fúnebre, foi severamente danificado. “Conseguimos fazer a limpeza da parte não avariada, mas transformamos o local em posto para receber doações. Dessa forma, não tem como fazer o velório ali”, disse. Ainda de acordo com ele, algumas famílias optaram por fazer os velórios em outros locais.

Já o Cemitério Municipal de Muçum foi quase todo destruído pelas enchentes. “A maioria dos túmulos foi levada, ficando só as capelas maiores. Estamos com máquinas trabalhando para deixar em condições de receber os corpos dos nossos moradores”, disse Trojan. Segundo ele, as famílias manifestaram o desejo de terem seus entes queridos sepultados na cidade.

Vinte e duas vítimas, de Muçum e da vizinha Roca Sales, foram levadas para o Departamento Médico-Legal, em Porto Alegre: 21 delas foram identificadas pela impressão digital e uma por exame complementar de DNA. Houve demora na liberação dos corpos, que só liberados para voltarem às cidades no fim da tarde de sexta. COLABOROU LUANA MARTINS, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

2Ainda devastada pelo ciclone, Muçum, no interior gaúcho, precisará velar vítimas da tragédia no ginásio do município vizinho. Máquinas tentavam nesta sexta-feira, 8, recuperar o cemitério da cidade, que foi destruído pela força das águas. Até o dono de uma funerária local perdeu duas parentas na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, que tem 42 mortos até agora (16 em Muçum).

Enquanto ajuda na organização dos sepultamentos, o empresário Elton Pezzi tenta lidar com a dor das mortes na família. “Perdi uma tia de 85 anos, Edi, e a cunhada dela, Sueli, que também é nossa parente”, relata. “Nesse momento, nosso serviço também é essencial. Temos de tocar para a frente. Guardei o meu luto e estou aqui trabalhando”, diz ele, dono da funerária que opera há 22 anos.

Muçum teve 80% do território alagado Foto: Luciano Nagel/Estadão

As duas vítimas estavam em casa quando foram arrastadas pela correnteza, que alagou 80% da cidade, de quase 5 mil habitantes. O marido de Edi também foi levado pela enxurrada, mas conseguiu se agarrar a um tronco de árvore e sobreviveu. Além das 16 vítimas, há desaparecidos - as autoridades retomaram as buscas nesta sexta, ainda sob alerta de novos temporais na região.

O município vizinho de Vespasiano Corrêa cedeu o ginásio de esportes para o velório coletivo, neste sábado, 8. A previsão é de que dez vítimas de Muçum sejam veladas no Ginásio Municipal da Escola Esperança, a quinze quilômetros de Muçum. O velório começa às 7 horas e, às 9h está prevista uma missa. Os enterros devem ocorrer à tarde.

Segundo o prefeito Mateus Trojan (MDB), o ginásio de esportes de Muçum, que poderia ser usado para o cerimonial fúnebre, foi severamente danificado. “Conseguimos fazer a limpeza da parte não avariada, mas transformamos o local em posto para receber doações. Dessa forma, não tem como fazer o velório ali”, disse. Ainda de acordo com ele, algumas famílias optaram por fazer os velórios em outros locais.

Já o Cemitério Municipal de Muçum foi quase todo destruído pelas enchentes. “A maioria dos túmulos foi levada, ficando só as capelas maiores. Estamos com máquinas trabalhando para deixar em condições de receber os corpos dos nossos moradores”, disse Trojan. Segundo ele, as famílias manifestaram o desejo de terem seus entes queridos sepultados na cidade.

Vinte e duas vítimas, de Muçum e da vizinha Roca Sales, foram levadas para o Departamento Médico-Legal, em Porto Alegre: 21 delas foram identificadas pela impressão digital e uma por exame complementar de DNA. Houve demora na liberação dos corpos, que só liberados para voltarem às cidades no fim da tarde de sexta. COLABOROU LUANA MARTINS, ESPECIAL PARA O ESTADÃO

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