Ciclone no RS: ‘Pessoas gritavam socorro e a gente não podia fazer nada’. Imagens mostram destruição


Em Roca Sales, 2ª cidade com mais vítimas no Estado, devastação nas ruas se junta a medo de novos temporais; maior tragédia climática da região já tem 41 mortes confirmadas

Por Luciano Nagel
Atualização:

ROCA SALES (RS) - Na pequena cidade gaúcha de Roca Sales, que registrou 10 mortes após a passagem do ciclone, tudo parece do avesso. Na frente das casas e pelas ruas, colchões se misturam a roupas, lama, galhos, pedaços de madeira e até carros virados de cabeça para baixo. No município de cerca de 11,5 mil habitantes, sobreviventes e voluntários se unem para limpar os destroços da tragédia - enquanto olham para o céu com medo de novos temporais, que ameaçam todo o Rio Grande do Sul, que sofreu nesta semana a maior catástrofe climática da sua história.

Roca Sales ainda procura desaparecidos e teme novos temporais Foto: Silvio Avila/AFP

Na noite de segunda-feira, 4, a água subiu até o telhado da casa de dois andares da comerciante Djeniffer Volken, de 19 anos. Segundo ela, a enxurrada veio de repente. “Veio como se fosse um rio e ouvimos todo mundo gritando”, conta ela, que estava com os pais, os tios e o namorado. O imóvel da família fica em uma das áreas mais altas do bairro.

“A gente subiu no sótão (que dá acesso ao telhado) e passou a noite inteira lá, a mais horrível da nossa vida. Escutava tudo batendo. Foi apavorante”, conta Djeniffer. “A gente ouvia pessoas gritando por socorro e não podia fazer nada”, acrescenta ela, ainda usando galochas. Na varanda da casa, roupas e tapetes ainda estavam estendidos para secar.

Djeniffer relata noite de pânico escondida no sótão e à espera de resgate Foto: Luciano Nagel/Estadão

O barulho dos helicópteros de resgate só veio ao amanhecer. “Minha mãe tirou uma telha pra ver e todo mundo ‘se largou’ no choro. Só via as pontas das casas, mas não tinham mais casas”, lembra a jovem. Os móveis foram todos perdidos, mas ela destaca a solidariedade dos voluntários. “A gente ficava bem feliz quando vinham com um pão, até choramos quando alguém vem oferecer uma água.”

Municípios da região, como Roca Sales (foto) e Muçum, temem impactos com o alto número de vítimas e os prejuízos para a indústria de curtume, onde um dos destaques da economia local Foto: Silvio Avila/AFP

‘Ficamos só com a roupa do corpo’

Trabalhador da indústria de curtume local, Benedito Francisco dos Santos, de 39 anos, diz que o relato de todos é de um temporal inédito na região. “Ficamos só com a roupa do corpo”, conta ele, que teve a casa invadida pela inundação. A dona do imóvel, de quem ele é inquilino, teve de ser resgatada com um bote. “Quando voltei na terça, só tinha o lugar da casa. A água tinha arrastado tudo”, diz.

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões com passagem de ciclone para as cidades da região, como Roca Sales (foto) Foto: Silvio Avila/AFP

Novas chuvas atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil. As autoridades e os moradores da região vivem na expectativa de encontrar mais vítimas desaparecidas e se proteger dos temporais.

“Ainda o risco de nova enchente”, disse Mateus Trojan (MDB), prefeito de Muçum, cidade próxima a Roca Sales que teve o maior número de mortos (15) no Estado. “A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia”, acrescentou ele, em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

ROCA SALES (RS) - Na pequena cidade gaúcha de Roca Sales, que registrou 10 mortes após a passagem do ciclone, tudo parece do avesso. Na frente das casas e pelas ruas, colchões se misturam a roupas, lama, galhos, pedaços de madeira e até carros virados de cabeça para baixo. No município de cerca de 11,5 mil habitantes, sobreviventes e voluntários se unem para limpar os destroços da tragédia - enquanto olham para o céu com medo de novos temporais, que ameaçam todo o Rio Grande do Sul, que sofreu nesta semana a maior catástrofe climática da sua história.

Roca Sales ainda procura desaparecidos e teme novos temporais Foto: Silvio Avila/AFP

Na noite de segunda-feira, 4, a água subiu até o telhado da casa de dois andares da comerciante Djeniffer Volken, de 19 anos. Segundo ela, a enxurrada veio de repente. “Veio como se fosse um rio e ouvimos todo mundo gritando”, conta ela, que estava com os pais, os tios e o namorado. O imóvel da família fica em uma das áreas mais altas do bairro.

“A gente subiu no sótão (que dá acesso ao telhado) e passou a noite inteira lá, a mais horrível da nossa vida. Escutava tudo batendo. Foi apavorante”, conta Djeniffer. “A gente ouvia pessoas gritando por socorro e não podia fazer nada”, acrescenta ela, ainda usando galochas. Na varanda da casa, roupas e tapetes ainda estavam estendidos para secar.

Djeniffer relata noite de pânico escondida no sótão e à espera de resgate Foto: Luciano Nagel/Estadão

O barulho dos helicópteros de resgate só veio ao amanhecer. “Minha mãe tirou uma telha pra ver e todo mundo ‘se largou’ no choro. Só via as pontas das casas, mas não tinham mais casas”, lembra a jovem. Os móveis foram todos perdidos, mas ela destaca a solidariedade dos voluntários. “A gente ficava bem feliz quando vinham com um pão, até choramos quando alguém vem oferecer uma água.”

Municípios da região, como Roca Sales (foto) e Muçum, temem impactos com o alto número de vítimas e os prejuízos para a indústria de curtume, onde um dos destaques da economia local Foto: Silvio Avila/AFP

‘Ficamos só com a roupa do corpo’

Trabalhador da indústria de curtume local, Benedito Francisco dos Santos, de 39 anos, diz que o relato de todos é de um temporal inédito na região. “Ficamos só com a roupa do corpo”, conta ele, que teve a casa invadida pela inundação. A dona do imóvel, de quem ele é inquilino, teve de ser resgatada com um bote. “Quando voltei na terça, só tinha o lugar da casa. A água tinha arrastado tudo”, diz.

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões com passagem de ciclone para as cidades da região, como Roca Sales (foto) Foto: Silvio Avila/AFP

Novas chuvas atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil. As autoridades e os moradores da região vivem na expectativa de encontrar mais vítimas desaparecidas e se proteger dos temporais.

“Ainda o risco de nova enchente”, disse Mateus Trojan (MDB), prefeito de Muçum, cidade próxima a Roca Sales que teve o maior número de mortos (15) no Estado. “A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia”, acrescentou ele, em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

ROCA SALES (RS) - Na pequena cidade gaúcha de Roca Sales, que registrou 10 mortes após a passagem do ciclone, tudo parece do avesso. Na frente das casas e pelas ruas, colchões se misturam a roupas, lama, galhos, pedaços de madeira e até carros virados de cabeça para baixo. No município de cerca de 11,5 mil habitantes, sobreviventes e voluntários se unem para limpar os destroços da tragédia - enquanto olham para o céu com medo de novos temporais, que ameaçam todo o Rio Grande do Sul, que sofreu nesta semana a maior catástrofe climática da sua história.

Roca Sales ainda procura desaparecidos e teme novos temporais Foto: Silvio Avila/AFP

Na noite de segunda-feira, 4, a água subiu até o telhado da casa de dois andares da comerciante Djeniffer Volken, de 19 anos. Segundo ela, a enxurrada veio de repente. “Veio como se fosse um rio e ouvimos todo mundo gritando”, conta ela, que estava com os pais, os tios e o namorado. O imóvel da família fica em uma das áreas mais altas do bairro.

“A gente subiu no sótão (que dá acesso ao telhado) e passou a noite inteira lá, a mais horrível da nossa vida. Escutava tudo batendo. Foi apavorante”, conta Djeniffer. “A gente ouvia pessoas gritando por socorro e não podia fazer nada”, acrescenta ela, ainda usando galochas. Na varanda da casa, roupas e tapetes ainda estavam estendidos para secar.

Djeniffer relata noite de pânico escondida no sótão e à espera de resgate Foto: Luciano Nagel/Estadão

O barulho dos helicópteros de resgate só veio ao amanhecer. “Minha mãe tirou uma telha pra ver e todo mundo ‘se largou’ no choro. Só via as pontas das casas, mas não tinham mais casas”, lembra a jovem. Os móveis foram todos perdidos, mas ela destaca a solidariedade dos voluntários. “A gente ficava bem feliz quando vinham com um pão, até choramos quando alguém vem oferecer uma água.”

Municípios da região, como Roca Sales (foto) e Muçum, temem impactos com o alto número de vítimas e os prejuízos para a indústria de curtume, onde um dos destaques da economia local Foto: Silvio Avila/AFP

‘Ficamos só com a roupa do corpo’

Trabalhador da indústria de curtume local, Benedito Francisco dos Santos, de 39 anos, diz que o relato de todos é de um temporal inédito na região. “Ficamos só com a roupa do corpo”, conta ele, que teve a casa invadida pela inundação. A dona do imóvel, de quem ele é inquilino, teve de ser resgatada com um bote. “Quando voltei na terça, só tinha o lugar da casa. A água tinha arrastado tudo”, diz.

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões com passagem de ciclone para as cidades da região, como Roca Sales (foto) Foto: Silvio Avila/AFP

Novas chuvas atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil. As autoridades e os moradores da região vivem na expectativa de encontrar mais vítimas desaparecidas e se proteger dos temporais.

“Ainda o risco de nova enchente”, disse Mateus Trojan (MDB), prefeito de Muçum, cidade próxima a Roca Sales que teve o maior número de mortos (15) no Estado. “A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia”, acrescentou ele, em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

ROCA SALES (RS) - Na pequena cidade gaúcha de Roca Sales, que registrou 10 mortes após a passagem do ciclone, tudo parece do avesso. Na frente das casas e pelas ruas, colchões se misturam a roupas, lama, galhos, pedaços de madeira e até carros virados de cabeça para baixo. No município de cerca de 11,5 mil habitantes, sobreviventes e voluntários se unem para limpar os destroços da tragédia - enquanto olham para o céu com medo de novos temporais, que ameaçam todo o Rio Grande do Sul, que sofreu nesta semana a maior catástrofe climática da sua história.

Roca Sales ainda procura desaparecidos e teme novos temporais Foto: Silvio Avila/AFP

Na noite de segunda-feira, 4, a água subiu até o telhado da casa de dois andares da comerciante Djeniffer Volken, de 19 anos. Segundo ela, a enxurrada veio de repente. “Veio como se fosse um rio e ouvimos todo mundo gritando”, conta ela, que estava com os pais, os tios e o namorado. O imóvel da família fica em uma das áreas mais altas do bairro.

“A gente subiu no sótão (que dá acesso ao telhado) e passou a noite inteira lá, a mais horrível da nossa vida. Escutava tudo batendo. Foi apavorante”, conta Djeniffer. “A gente ouvia pessoas gritando por socorro e não podia fazer nada”, acrescenta ela, ainda usando galochas. Na varanda da casa, roupas e tapetes ainda estavam estendidos para secar.

Djeniffer relata noite de pânico escondida no sótão e à espera de resgate Foto: Luciano Nagel/Estadão

O barulho dos helicópteros de resgate só veio ao amanhecer. “Minha mãe tirou uma telha pra ver e todo mundo ‘se largou’ no choro. Só via as pontas das casas, mas não tinham mais casas”, lembra a jovem. Os móveis foram todos perdidos, mas ela destaca a solidariedade dos voluntários. “A gente ficava bem feliz quando vinham com um pão, até choramos quando alguém vem oferecer uma água.”

Municípios da região, como Roca Sales (foto) e Muçum, temem impactos com o alto número de vítimas e os prejuízos para a indústria de curtume, onde um dos destaques da economia local Foto: Silvio Avila/AFP

‘Ficamos só com a roupa do corpo’

Trabalhador da indústria de curtume local, Benedito Francisco dos Santos, de 39 anos, diz que o relato de todos é de um temporal inédito na região. “Ficamos só com a roupa do corpo”, conta ele, que teve a casa invadida pela inundação. A dona do imóvel, de quem ele é inquilino, teve de ser resgatada com um bote. “Quando voltei na terça, só tinha o lugar da casa. A água tinha arrastado tudo”, diz.

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões com passagem de ciclone para as cidades da região, como Roca Sales (foto) Foto: Silvio Avila/AFP

Novas chuvas atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil. As autoridades e os moradores da região vivem na expectativa de encontrar mais vítimas desaparecidas e se proteger dos temporais.

“Ainda o risco de nova enchente”, disse Mateus Trojan (MDB), prefeito de Muçum, cidade próxima a Roca Sales que teve o maior número de mortos (15) no Estado. “A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia”, acrescentou ele, em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

ROCA SALES (RS) - Na pequena cidade gaúcha de Roca Sales, que registrou 10 mortes após a passagem do ciclone, tudo parece do avesso. Na frente das casas e pelas ruas, colchões se misturam a roupas, lama, galhos, pedaços de madeira e até carros virados de cabeça para baixo. No município de cerca de 11,5 mil habitantes, sobreviventes e voluntários se unem para limpar os destroços da tragédia - enquanto olham para o céu com medo de novos temporais, que ameaçam todo o Rio Grande do Sul, que sofreu nesta semana a maior catástrofe climática da sua história.

Roca Sales ainda procura desaparecidos e teme novos temporais Foto: Silvio Avila/AFP

Na noite de segunda-feira, 4, a água subiu até o telhado da casa de dois andares da comerciante Djeniffer Volken, de 19 anos. Segundo ela, a enxurrada veio de repente. “Veio como se fosse um rio e ouvimos todo mundo gritando”, conta ela, que estava com os pais, os tios e o namorado. O imóvel da família fica em uma das áreas mais altas do bairro.

“A gente subiu no sótão (que dá acesso ao telhado) e passou a noite inteira lá, a mais horrível da nossa vida. Escutava tudo batendo. Foi apavorante”, conta Djeniffer. “A gente ouvia pessoas gritando por socorro e não podia fazer nada”, acrescenta ela, ainda usando galochas. Na varanda da casa, roupas e tapetes ainda estavam estendidos para secar.

Djeniffer relata noite de pânico escondida no sótão e à espera de resgate Foto: Luciano Nagel/Estadão

O barulho dos helicópteros de resgate só veio ao amanhecer. “Minha mãe tirou uma telha pra ver e todo mundo ‘se largou’ no choro. Só via as pontas das casas, mas não tinham mais casas”, lembra a jovem. Os móveis foram todos perdidos, mas ela destaca a solidariedade dos voluntários. “A gente ficava bem feliz quando vinham com um pão, até choramos quando alguém vem oferecer uma água.”

Municípios da região, como Roca Sales (foto) e Muçum, temem impactos com o alto número de vítimas e os prejuízos para a indústria de curtume, onde um dos destaques da economia local Foto: Silvio Avila/AFP

‘Ficamos só com a roupa do corpo’

Trabalhador da indústria de curtume local, Benedito Francisco dos Santos, de 39 anos, diz que o relato de todos é de um temporal inédito na região. “Ficamos só com a roupa do corpo”, conta ele, que teve a casa invadida pela inundação. A dona do imóvel, de quem ele é inquilino, teve de ser resgatada com um bote. “Quando voltei na terça, só tinha o lugar da casa. A água tinha arrastado tudo”, diz.

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo superior a R$ 85 milhões com passagem de ciclone para as cidades da região, como Roca Sales (foto) Foto: Silvio Avila/AFP

Novas chuvas atingem o Rio Grande do Sul desde quinta-feira, 7, feriado da Independência do Brasil. As autoridades e os moradores da região vivem na expectativa de encontrar mais vítimas desaparecidas e se proteger dos temporais.

“Ainda o risco de nova enchente”, disse Mateus Trojan (MDB), prefeito de Muçum, cidade próxima a Roca Sales que teve o maior número de mortos (15) no Estado. “A terra está encharcada e o rio está com o leito bem acima do normal. Mas as equipes estão escaladas para continuar as buscas tomando o cuidado de que a tragédia não gere outra tragédia”, acrescentou ele, em entrevista à Rádio Eldorado, do Grupo Estado.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.