Como madeira ilegal é usada na recuperação de áreas degradadas na Amazônia


Troncos apreendidos pela polícia são utilizados para a construção e revitalização de viveiros em Rondônia

Por Sabrina Brito
Atualização:

Para onde vai a madeira apreendida em operações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ambiental? Em Rondônia, o projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas tem por objetivo dar um fim adequado a esse material.

O programa busca direcionar os troncos – que estavam sendo obtidos ilegalmente – para a construção ou revitalização de viveiros, já que esse material é frequentemente armazenado em depósitos (onde acabam por deteriorar), descartado de forma pouco apropriada ou comercializado no mercado ilegal.

Cada viveiro construindo pelo projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas produz entre 30 e 150 mil mudas Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

A ideia de dar um novo destino à madeira apreendida partiu do juiz Maximiliano Deitos, do Tribunal de Justiça de Ji-Paraná. “O projeto surgiu da necessidade de resolver o problema do acúmulo de madeiras apreendidas, que frequentemente se deterioravam devido à burocracia administrativa e judicial. Além disso, o Judiciário é gestor das multas e penas pecuniárias advindas de crimes ambientais, mas tem dificuldade em direcionar esses valores para projetos ambientais”, afirma Deitos.

Atualmente, cada viveiro construindo produz entre 30 e 150 mil mudas. Elas são usadas na recuperação de áreas degradadas, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios.

O programa idealizado pelo magistrado foi o vencedor em 2023 do Prêmio Juízo Verde, do Conselho Nacional de Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas. “Sempre falo que meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo”, diz Deitos.

O dinheiro de multas e acordos de recuperação ambiental aplicados a quem comete crime ambiental é investido na compra de sementes vindas de associações indígenas de Rondônia e de outros materiais essenciais à construção dos viveiros. O projeto conta com mais de quatro toneladas de 57 espécies de sementes nativas, a exemplo de ipê, jequitibá, cerejeira, copaíba e jatobá.

“Projetos de reflorestamento geram emprego e renda para as comunidades locais através de atividades de plantio, manejo florestal sustentável e coleta de produtos florestais não madeireiros. Isso promove o desenvolvimento econômico sustentável e melhora a qualidade de vida das populações envolvidas”, diz Walmir Étori, coordenador e membro do conselho gestor do projeto.

Reflorestamento contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera. Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

Atualmente, 34 municípios aderiram ao projeto, o equivalente a quase 70% do Estado de Rondônia. “O município tem muito a ganhar: uma cidade mais arborizada e mananciais protegidos”, conta Célio Lang, prefeito de Urupá.

Mas isso não quer dizer que não haja obstáculos à implementação do programa. “A maior dificuldades enfrentada é a aderência dos produtores, no que diz respeito à recuperação de áreas degradadas. Muitos ainda não estão conscientes de que precisamos cuidar das matas ciliares, das reservas hídricas e do solo”, completa Lang.

Meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo

Maximiliano Deitos

Arco do Desmatamento da Amazônia

Rondônia faz parte do Arco do Desmatamento da Amazônia – região com 500 mil km² de terras com os maiores índices de desmatamento, que vai do sudeste do Pará, passando também por Tocantins, Mato Grosso e Acre”

Nesse contexto, a área eleita para o programa não poderia ser mais apropriada. “A Amazônia é um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e microorganismos, muitos dos quais ainda não foram catalogados. Reflorestar áreas degradadas ajuda a restaurar esses habitats e a proteger a biodiversidade”, destaca Walmir Étori.

Para onde vai a madeira apreendida em operações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ambiental? Em Rondônia, o projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas tem por objetivo dar um fim adequado a esse material.

O programa busca direcionar os troncos – que estavam sendo obtidos ilegalmente – para a construção ou revitalização de viveiros, já que esse material é frequentemente armazenado em depósitos (onde acabam por deteriorar), descartado de forma pouco apropriada ou comercializado no mercado ilegal.

Cada viveiro construindo pelo projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas produz entre 30 e 150 mil mudas Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

A ideia de dar um novo destino à madeira apreendida partiu do juiz Maximiliano Deitos, do Tribunal de Justiça de Ji-Paraná. “O projeto surgiu da necessidade de resolver o problema do acúmulo de madeiras apreendidas, que frequentemente se deterioravam devido à burocracia administrativa e judicial. Além disso, o Judiciário é gestor das multas e penas pecuniárias advindas de crimes ambientais, mas tem dificuldade em direcionar esses valores para projetos ambientais”, afirma Deitos.

Atualmente, cada viveiro construindo produz entre 30 e 150 mil mudas. Elas são usadas na recuperação de áreas degradadas, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios.

O programa idealizado pelo magistrado foi o vencedor em 2023 do Prêmio Juízo Verde, do Conselho Nacional de Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas. “Sempre falo que meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo”, diz Deitos.

O dinheiro de multas e acordos de recuperação ambiental aplicados a quem comete crime ambiental é investido na compra de sementes vindas de associações indígenas de Rondônia e de outros materiais essenciais à construção dos viveiros. O projeto conta com mais de quatro toneladas de 57 espécies de sementes nativas, a exemplo de ipê, jequitibá, cerejeira, copaíba e jatobá.

“Projetos de reflorestamento geram emprego e renda para as comunidades locais através de atividades de plantio, manejo florestal sustentável e coleta de produtos florestais não madeireiros. Isso promove o desenvolvimento econômico sustentável e melhora a qualidade de vida das populações envolvidas”, diz Walmir Étori, coordenador e membro do conselho gestor do projeto.

Reflorestamento contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera. Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

Atualmente, 34 municípios aderiram ao projeto, o equivalente a quase 70% do Estado de Rondônia. “O município tem muito a ganhar: uma cidade mais arborizada e mananciais protegidos”, conta Célio Lang, prefeito de Urupá.

Mas isso não quer dizer que não haja obstáculos à implementação do programa. “A maior dificuldades enfrentada é a aderência dos produtores, no que diz respeito à recuperação de áreas degradadas. Muitos ainda não estão conscientes de que precisamos cuidar das matas ciliares, das reservas hídricas e do solo”, completa Lang.

Meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo

Maximiliano Deitos

Arco do Desmatamento da Amazônia

Rondônia faz parte do Arco do Desmatamento da Amazônia – região com 500 mil km² de terras com os maiores índices de desmatamento, que vai do sudeste do Pará, passando também por Tocantins, Mato Grosso e Acre”

Nesse contexto, a área eleita para o programa não poderia ser mais apropriada. “A Amazônia é um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e microorganismos, muitos dos quais ainda não foram catalogados. Reflorestar áreas degradadas ajuda a restaurar esses habitats e a proteger a biodiversidade”, destaca Walmir Étori.

Para onde vai a madeira apreendida em operações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ambiental? Em Rondônia, o projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas tem por objetivo dar um fim adequado a esse material.

O programa busca direcionar os troncos – que estavam sendo obtidos ilegalmente – para a construção ou revitalização de viveiros, já que esse material é frequentemente armazenado em depósitos (onde acabam por deteriorar), descartado de forma pouco apropriada ou comercializado no mercado ilegal.

Cada viveiro construindo pelo projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas produz entre 30 e 150 mil mudas Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

A ideia de dar um novo destino à madeira apreendida partiu do juiz Maximiliano Deitos, do Tribunal de Justiça de Ji-Paraná. “O projeto surgiu da necessidade de resolver o problema do acúmulo de madeiras apreendidas, que frequentemente se deterioravam devido à burocracia administrativa e judicial. Além disso, o Judiciário é gestor das multas e penas pecuniárias advindas de crimes ambientais, mas tem dificuldade em direcionar esses valores para projetos ambientais”, afirma Deitos.

Atualmente, cada viveiro construindo produz entre 30 e 150 mil mudas. Elas são usadas na recuperação de áreas degradadas, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios.

O programa idealizado pelo magistrado foi o vencedor em 2023 do Prêmio Juízo Verde, do Conselho Nacional de Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas. “Sempre falo que meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo”, diz Deitos.

O dinheiro de multas e acordos de recuperação ambiental aplicados a quem comete crime ambiental é investido na compra de sementes vindas de associações indígenas de Rondônia e de outros materiais essenciais à construção dos viveiros. O projeto conta com mais de quatro toneladas de 57 espécies de sementes nativas, a exemplo de ipê, jequitibá, cerejeira, copaíba e jatobá.

“Projetos de reflorestamento geram emprego e renda para as comunidades locais através de atividades de plantio, manejo florestal sustentável e coleta de produtos florestais não madeireiros. Isso promove o desenvolvimento econômico sustentável e melhora a qualidade de vida das populações envolvidas”, diz Walmir Étori, coordenador e membro do conselho gestor do projeto.

Reflorestamento contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera. Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

Atualmente, 34 municípios aderiram ao projeto, o equivalente a quase 70% do Estado de Rondônia. “O município tem muito a ganhar: uma cidade mais arborizada e mananciais protegidos”, conta Célio Lang, prefeito de Urupá.

Mas isso não quer dizer que não haja obstáculos à implementação do programa. “A maior dificuldades enfrentada é a aderência dos produtores, no que diz respeito à recuperação de áreas degradadas. Muitos ainda não estão conscientes de que precisamos cuidar das matas ciliares, das reservas hídricas e do solo”, completa Lang.

Meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo

Maximiliano Deitos

Arco do Desmatamento da Amazônia

Rondônia faz parte do Arco do Desmatamento da Amazônia – região com 500 mil km² de terras com os maiores índices de desmatamento, que vai do sudeste do Pará, passando também por Tocantins, Mato Grosso e Acre”

Nesse contexto, a área eleita para o programa não poderia ser mais apropriada. “A Amazônia é um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e microorganismos, muitos dos quais ainda não foram catalogados. Reflorestar áreas degradadas ajuda a restaurar esses habitats e a proteger a biodiversidade”, destaca Walmir Étori.

Para onde vai a madeira apreendida em operações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ambiental? Em Rondônia, o projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas tem por objetivo dar um fim adequado a esse material.

O programa busca direcionar os troncos – que estavam sendo obtidos ilegalmente – para a construção ou revitalização de viveiros, já que esse material é frequentemente armazenado em depósitos (onde acabam por deteriorar), descartado de forma pouco apropriada ou comercializado no mercado ilegal.

Cada viveiro construindo pelo projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas produz entre 30 e 150 mil mudas Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

A ideia de dar um novo destino à madeira apreendida partiu do juiz Maximiliano Deitos, do Tribunal de Justiça de Ji-Paraná. “O projeto surgiu da necessidade de resolver o problema do acúmulo de madeiras apreendidas, que frequentemente se deterioravam devido à burocracia administrativa e judicial. Além disso, o Judiciário é gestor das multas e penas pecuniárias advindas de crimes ambientais, mas tem dificuldade em direcionar esses valores para projetos ambientais”, afirma Deitos.

Atualmente, cada viveiro construindo produz entre 30 e 150 mil mudas. Elas são usadas na recuperação de áreas degradadas, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios.

O programa idealizado pelo magistrado foi o vencedor em 2023 do Prêmio Juízo Verde, do Conselho Nacional de Justiça, em parceria com a Organização das Nações Unidas. “Sempre falo que meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo”, diz Deitos.

O dinheiro de multas e acordos de recuperação ambiental aplicados a quem comete crime ambiental é investido na compra de sementes vindas de associações indígenas de Rondônia e de outros materiais essenciais à construção dos viveiros. O projeto conta com mais de quatro toneladas de 57 espécies de sementes nativas, a exemplo de ipê, jequitibá, cerejeira, copaíba e jatobá.

“Projetos de reflorestamento geram emprego e renda para as comunidades locais através de atividades de plantio, manejo florestal sustentável e coleta de produtos florestais não madeireiros. Isso promove o desenvolvimento econômico sustentável e melhora a qualidade de vida das populações envolvidas”, diz Walmir Étori, coordenador e membro do conselho gestor do projeto.

Reflorestamento contribui para a mitigação das mudanças climáticas, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera. Foto: Luis Felipe Miranda Vargas

Atualmente, 34 municípios aderiram ao projeto, o equivalente a quase 70% do Estado de Rondônia. “O município tem muito a ganhar: uma cidade mais arborizada e mananciais protegidos”, conta Célio Lang, prefeito de Urupá.

Mas isso não quer dizer que não haja obstáculos à implementação do programa. “A maior dificuldades enfrentada é a aderência dos produtores, no que diz respeito à recuperação de áreas degradadas. Muitos ainda não estão conscientes de que precisamos cuidar das matas ciliares, das reservas hídricas e do solo”, completa Lang.

Meio ambiente não tem partido político, é questão de sobrevivência humana na atual crise climática que o mundo está vivendo

Maximiliano Deitos

Arco do Desmatamento da Amazônia

Rondônia faz parte do Arco do Desmatamento da Amazônia – região com 500 mil km² de terras com os maiores índices de desmatamento, que vai do sudeste do Pará, passando também por Tocantins, Mato Grosso e Acre”

Nesse contexto, a área eleita para o programa não poderia ser mais apropriada. “A Amazônia é um dos ecossistemas mais biodiversos do planeta, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e microorganismos, muitos dos quais ainda não foram catalogados. Reflorestar áreas degradadas ajuda a restaurar esses habitats e a proteger a biodiversidade”, destaca Walmir Étori.

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