Aquecimento global já afeta fotossíntese na Amazônia; entenda os riscos para a floresta


Novo estudo indica que a maior floresta tropical do planeta está mais perto do que se imaginava do ponto irreversível

Por Roberta Jansen
Atualização:

Mudanças climáticas e suas consequentes ondas de calor extremo podem prejudicar o mecanismo de fotossíntese das plantas, sobretudo nas florestas tropicais, como a Amazônia.

Um novo estudo, publicado na semana passada na revista científica Nature, indica que podemos estar mais próximos do que imaginávamos do ponto em que as plantas terão dificuldade de respirar, com graves consequências para todo o planeta. O problema é especialmente crítico na floresta brasileira, indica o trabalho.

Cientistas já sabiam que quando as folhas atingem determinada temperatura, seu mecanismo de fotossíntese começa a falhar. Isso significa que a planta deixa de ser capaz de combinar luz, dióxido de carbono e água para produzir os açúcares necessários para mantê-las vivas.

Área de desmatamento em Altamira, no Pará; Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo Foto: Nacho Doce/Reuters

Sem fotossíntese, a floresta deixa de absorver gás carbônico da atmosfera. A pergunta que se impõe é: o quão próximos estamos deste limite?

Em meio a ondas de calor recorde e o registro dos meses mais quentes, o novo estudo revela que as copas das árvores das florestas tropicais podem estar mais próximas desse limite do que se imaginava e pode representar mais um grande desafio imposto pelas mudanças climáticas do planeta. O trabalho é assinado por cientistas da Universidade de Chapman, na Califórnia, nos EUA.

Os especialistas estimam que as florestas tropicais são capazes de aguentar um aumento de até quatro graus Celsius na temperatura média do ar antes de começar a apresentar falhas no mecanismo da fotossíntese e alcançar um ponto irreversível. O novo trabalho revela, no entanto, que uma pequena porcentagem de folhas dessas florestas já não conseguem funcionar com propriedade.

Os cientistas estudaram dados de diferentes florestas tropicais do mundo, como as do Caribe, América Central, América do Sul, África, Austrália e sudeste da Ásia.

Um dos pontos mais importantes do estudo é a metodologia usada para determinar a temperatura das folhas das copas das árvores – um sofisticado equipamento de geração de imagens por calor, da Nasa, localizado na Estação Espacial Internacional.

“É incrível que possamos observar a temperatura das florestas tropicais a partir de um instrumento que está em órbita da Terra, a 400 quilômetros da superfície e viajando a cerca de 29 mil quilômetros por hora”, afirmou Gregory Goldsmith, professor associado da Escola de Ciência e Tecnologia de Chapman. “É igualmente notável imaginar os esforços diligentes feitos para medir manualmente a temperatura de cada folha na copa de uma árvore. Porque precisamos tanto das medições manuais quanto das por satélite para medir as temperaturas.”

Segundo Goldsmith, a Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo e está em maior risco. “Florestas tropicais já passaram por períodos mais quentes no passado, mas o atual aumento das temperaturas não tem precedentes”, explicou.

Se esses aumentos de temperatura persistirem e as mudanças climáticas continuarem, florestas inteiras podem morrer. Essas descobertas têm graves implicações, sobretudo porque as florestas tropicais abrigam a maior biodiversidade do planeta e são cruciais na regulação do clima da Terra.

“Historicamente, estudávamos árvores, individualmente, para reunir dados em pequena escala, ou usávamos satélite para captar dados em larga escala. O que estava faltando era uma forma de coletar dados em pequena escala ao longo dos trópicos”, afirmou Joshua Fisher, co-autor do estudo. “E ai começamos a usar o satélite para medir a temperatura das árvores diretamente, em alta resolução.”

“Ainda temos a capacidade de preservar esses lugares que são criticamente importantes para o sequestro de carbono, a água e a biodiversidade”, concluiu Goldsmith.

Mudanças climáticas e suas consequentes ondas de calor extremo podem prejudicar o mecanismo de fotossíntese das plantas, sobretudo nas florestas tropicais, como a Amazônia.

Um novo estudo, publicado na semana passada na revista científica Nature, indica que podemos estar mais próximos do que imaginávamos do ponto em que as plantas terão dificuldade de respirar, com graves consequências para todo o planeta. O problema é especialmente crítico na floresta brasileira, indica o trabalho.

Cientistas já sabiam que quando as folhas atingem determinada temperatura, seu mecanismo de fotossíntese começa a falhar. Isso significa que a planta deixa de ser capaz de combinar luz, dióxido de carbono e água para produzir os açúcares necessários para mantê-las vivas.

Área de desmatamento em Altamira, no Pará; Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo Foto: Nacho Doce/Reuters

Sem fotossíntese, a floresta deixa de absorver gás carbônico da atmosfera. A pergunta que se impõe é: o quão próximos estamos deste limite?

Em meio a ondas de calor recorde e o registro dos meses mais quentes, o novo estudo revela que as copas das árvores das florestas tropicais podem estar mais próximas desse limite do que se imaginava e pode representar mais um grande desafio imposto pelas mudanças climáticas do planeta. O trabalho é assinado por cientistas da Universidade de Chapman, na Califórnia, nos EUA.

Os especialistas estimam que as florestas tropicais são capazes de aguentar um aumento de até quatro graus Celsius na temperatura média do ar antes de começar a apresentar falhas no mecanismo da fotossíntese e alcançar um ponto irreversível. O novo trabalho revela, no entanto, que uma pequena porcentagem de folhas dessas florestas já não conseguem funcionar com propriedade.

Os cientistas estudaram dados de diferentes florestas tropicais do mundo, como as do Caribe, América Central, América do Sul, África, Austrália e sudeste da Ásia.

Um dos pontos mais importantes do estudo é a metodologia usada para determinar a temperatura das folhas das copas das árvores – um sofisticado equipamento de geração de imagens por calor, da Nasa, localizado na Estação Espacial Internacional.

“É incrível que possamos observar a temperatura das florestas tropicais a partir de um instrumento que está em órbita da Terra, a 400 quilômetros da superfície e viajando a cerca de 29 mil quilômetros por hora”, afirmou Gregory Goldsmith, professor associado da Escola de Ciência e Tecnologia de Chapman. “É igualmente notável imaginar os esforços diligentes feitos para medir manualmente a temperatura de cada folha na copa de uma árvore. Porque precisamos tanto das medições manuais quanto das por satélite para medir as temperaturas.”

Segundo Goldsmith, a Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo e está em maior risco. “Florestas tropicais já passaram por períodos mais quentes no passado, mas o atual aumento das temperaturas não tem precedentes”, explicou.

Se esses aumentos de temperatura persistirem e as mudanças climáticas continuarem, florestas inteiras podem morrer. Essas descobertas têm graves implicações, sobretudo porque as florestas tropicais abrigam a maior biodiversidade do planeta e são cruciais na regulação do clima da Terra.

“Historicamente, estudávamos árvores, individualmente, para reunir dados em pequena escala, ou usávamos satélite para captar dados em larga escala. O que estava faltando era uma forma de coletar dados em pequena escala ao longo dos trópicos”, afirmou Joshua Fisher, co-autor do estudo. “E ai começamos a usar o satélite para medir a temperatura das árvores diretamente, em alta resolução.”

“Ainda temos a capacidade de preservar esses lugares que são criticamente importantes para o sequestro de carbono, a água e a biodiversidade”, concluiu Goldsmith.

Mudanças climáticas e suas consequentes ondas de calor extremo podem prejudicar o mecanismo de fotossíntese das plantas, sobretudo nas florestas tropicais, como a Amazônia.

Um novo estudo, publicado na semana passada na revista científica Nature, indica que podemos estar mais próximos do que imaginávamos do ponto em que as plantas terão dificuldade de respirar, com graves consequências para todo o planeta. O problema é especialmente crítico na floresta brasileira, indica o trabalho.

Cientistas já sabiam que quando as folhas atingem determinada temperatura, seu mecanismo de fotossíntese começa a falhar. Isso significa que a planta deixa de ser capaz de combinar luz, dióxido de carbono e água para produzir os açúcares necessários para mantê-las vivas.

Área de desmatamento em Altamira, no Pará; Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo Foto: Nacho Doce/Reuters

Sem fotossíntese, a floresta deixa de absorver gás carbônico da atmosfera. A pergunta que se impõe é: o quão próximos estamos deste limite?

Em meio a ondas de calor recorde e o registro dos meses mais quentes, o novo estudo revela que as copas das árvores das florestas tropicais podem estar mais próximas desse limite do que se imaginava e pode representar mais um grande desafio imposto pelas mudanças climáticas do planeta. O trabalho é assinado por cientistas da Universidade de Chapman, na Califórnia, nos EUA.

Os especialistas estimam que as florestas tropicais são capazes de aguentar um aumento de até quatro graus Celsius na temperatura média do ar antes de começar a apresentar falhas no mecanismo da fotossíntese e alcançar um ponto irreversível. O novo trabalho revela, no entanto, que uma pequena porcentagem de folhas dessas florestas já não conseguem funcionar com propriedade.

Os cientistas estudaram dados de diferentes florestas tropicais do mundo, como as do Caribe, América Central, América do Sul, África, Austrália e sudeste da Ásia.

Um dos pontos mais importantes do estudo é a metodologia usada para determinar a temperatura das folhas das copas das árvores – um sofisticado equipamento de geração de imagens por calor, da Nasa, localizado na Estação Espacial Internacional.

“É incrível que possamos observar a temperatura das florestas tropicais a partir de um instrumento que está em órbita da Terra, a 400 quilômetros da superfície e viajando a cerca de 29 mil quilômetros por hora”, afirmou Gregory Goldsmith, professor associado da Escola de Ciência e Tecnologia de Chapman. “É igualmente notável imaginar os esforços diligentes feitos para medir manualmente a temperatura de cada folha na copa de uma árvore. Porque precisamos tanto das medições manuais quanto das por satélite para medir as temperaturas.”

Segundo Goldsmith, a Amazônia já está apresentando temperaturas levemente mais altas do que a floresta do Congo e está em maior risco. “Florestas tropicais já passaram por períodos mais quentes no passado, mas o atual aumento das temperaturas não tem precedentes”, explicou.

Se esses aumentos de temperatura persistirem e as mudanças climáticas continuarem, florestas inteiras podem morrer. Essas descobertas têm graves implicações, sobretudo porque as florestas tropicais abrigam a maior biodiversidade do planeta e são cruciais na regulação do clima da Terra.

“Historicamente, estudávamos árvores, individualmente, para reunir dados em pequena escala, ou usávamos satélite para captar dados em larga escala. O que estava faltando era uma forma de coletar dados em pequena escala ao longo dos trópicos”, afirmou Joshua Fisher, co-autor do estudo. “E ai começamos a usar o satélite para medir a temperatura das árvores diretamente, em alta resolução.”

“Ainda temos a capacidade de preservar esses lugares que são criticamente importantes para o sequestro de carbono, a água e a biodiversidade”, concluiu Goldsmith.

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