Como Rotary Club levou macacos de volta a parques de SP após surto de febre amarela


Investimento de quase R$ 200 mil ajuda no retorno de bugios, diversas aves e outros animais a três áreas verdes na região da Cantareira

Por Edison Veiga

Para os bugios, macacos simbólicos da Serra da Cantareira, foi praticamente um genocídio: cerca de 80% da população desses macacos acabou morrendo no surto de febre amarela que houve entre os anos de 2017 e 2018. Foram pelo menos 4 mil mortes.

Alguns exemplares do primata foram resgatados, à época, e levados para viveiros mantidos pela prefeitura de São Paulo. E agora, graças a um projeto da sociedade civil, eles estão sendo reintroduzidos em parques da região da Cantareira, especificamente o Horto Florestal, o Parque Linear Córrego do Bispo e o Parque Estadual da Cantareira.

Cada macaco possui um equipamento que possibilita o rastreio. Foto: Fábio Ferrão

Mas, esta não é única boa notícia da ação, empreendida pelo Rotary Club graças a uma parceria entre a unidade de Tremembé, em São Paulo, e a de Saronno, na Itália. A entidade está investindo quase R$ 200 mil para a recuperação e a preservação da fauna da Cantareira.

“O projeto foi desenhado em cinco frentes de trabalho: ninhos artificiais, passagens superiores de fauna, sistema de radiotransmissão, instalação de placas orientativas e reintrodução e reforço populacional dos bugios”, resume o engenheiro e empresário Bruno Pattini, voluntário associado do Rotary Club e responsável por coordenar a ação.

No caso dos bugios, os animais reinseridos são todos vacinadas contra a febre amarela. Em fevereiro deste ano, o primeiro grupo de cinco exemplares foi reintroduzido — passando por um processo de adaptação acompanhado por técnicos ligados ao projeto. Até o fim do mês, um segundo grupo de bugios será solto novamente na natureza.

Passagens superiores de fauna minimizam atropelamentos e eletrocussões. Foto: Fábio Ferrão

Há a previsão ainda da reinserção de um terceiro bando de bugios nos próximos meses. E o projeto ainda realiza o monitoramento dos bichos, já que cada exemplar do primata solto é equipado com um colar de alta tecnologia que possibilita o rastreio e acompanhamento em tempo real por uma equipe técnica.

“Minha visão como biólogo é que tais ações são potencialmente positivas na manutenção e conservação da biodiversidade do Parque Estadual da Cantareira e entorno”, diz o biólogo Fábio Ferrão Videira, que atua no projeto.

No caso dos ninhos artificiais, espalhados pela mata, eles visam principalmente a suprir a carência de árvores que funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Árvores antigas, com troncos ricos em buracos que acabam servindo como ninhos, acabaram sendo retiradas para evitar acidentes com o público frequentador do parque.

Incêndios florestais também destruíram exemplares da flora. A instalação desses ninhos em forma de caixa, portanto, atende de modo artificial à demanda da natureza.

Ninhos artificiais funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Foto: Fábio Ferrão

E não são somente os pássaros que se beneficiam. Abelhas e pequenos bichos como os saruês também utilizam esses espaços, conforme já foi notado pelos envolvidos no projeto. Até agora 19 caixas foram adquiridas e instaladas.

“Objetivamos favorecer espécies dependentes de cavidades para reprodução”, diz Videira, lembrando que as caixas são de três tamanhos distintos, com foco “nas espécies variadas de aves para a nidificação, podendo também ser utilizadas por outros animais silvestres de vida livre no processo reprodutivo”.

O monitoramento das já instaladas vem ocorrendo há 14 meses. De acordo com o biólogo, os resultados são “surpreendentes e positivos para a fauna silvestre de vida livre”.

Já as passagens de fauna são essenciais para proteger animais que vivem em espaços de mata ladeados por vias de tráfego. Com esse tipo de estrutura, macacos deixam de morrer atropelados. No total, serão três estruturas do tipo que, conforme enfatiza o biólogo, irão beneficiar “a fauna silvestre de habitat arborícola de vida livre, minimizando atropelamentos e eletrocussões”.

Entre os registros já observados, a estrutura vem sendo utilizada por saguis e macacos-prego, por exemplo, além dos bugios.

O projeto do Rotary ainda conta com dois desdobramentos que devem ficar como legado para a administração, a zeladoria e os frequentadores dos parques. Rádios de comunicação foram adquiridos e agora equipam as viaturas da Fundação Florestal que atendem ao Parque da Cantareira. Videira justifica que, com isso, a comunicação entre as equipes se torna “mais rápida e eficiente em questões ambientais, como crimes, socorros e incêndios”.

Por fim, há o braço da conscientização e da educação ambiental. Placas informativas sobre cuidados ecológicos foram produzidas e vêm sendo instaladas nas duas estradas que cortam o Parque da Cantareira. A ideia é levar informação aos motoristas que utilizam essas estradas que ligam São Paulo, Caieiras e Mairiporã.

Para os bugios, macacos simbólicos da Serra da Cantareira, foi praticamente um genocídio: cerca de 80% da população desses macacos acabou morrendo no surto de febre amarela que houve entre os anos de 2017 e 2018. Foram pelo menos 4 mil mortes.

Alguns exemplares do primata foram resgatados, à época, e levados para viveiros mantidos pela prefeitura de São Paulo. E agora, graças a um projeto da sociedade civil, eles estão sendo reintroduzidos em parques da região da Cantareira, especificamente o Horto Florestal, o Parque Linear Córrego do Bispo e o Parque Estadual da Cantareira.

Cada macaco possui um equipamento que possibilita o rastreio. Foto: Fábio Ferrão

Mas, esta não é única boa notícia da ação, empreendida pelo Rotary Club graças a uma parceria entre a unidade de Tremembé, em São Paulo, e a de Saronno, na Itália. A entidade está investindo quase R$ 200 mil para a recuperação e a preservação da fauna da Cantareira.

“O projeto foi desenhado em cinco frentes de trabalho: ninhos artificiais, passagens superiores de fauna, sistema de radiotransmissão, instalação de placas orientativas e reintrodução e reforço populacional dos bugios”, resume o engenheiro e empresário Bruno Pattini, voluntário associado do Rotary Club e responsável por coordenar a ação.

No caso dos bugios, os animais reinseridos são todos vacinadas contra a febre amarela. Em fevereiro deste ano, o primeiro grupo de cinco exemplares foi reintroduzido — passando por um processo de adaptação acompanhado por técnicos ligados ao projeto. Até o fim do mês, um segundo grupo de bugios será solto novamente na natureza.

Passagens superiores de fauna minimizam atropelamentos e eletrocussões. Foto: Fábio Ferrão

Há a previsão ainda da reinserção de um terceiro bando de bugios nos próximos meses. E o projeto ainda realiza o monitoramento dos bichos, já que cada exemplar do primata solto é equipado com um colar de alta tecnologia que possibilita o rastreio e acompanhamento em tempo real por uma equipe técnica.

“Minha visão como biólogo é que tais ações são potencialmente positivas na manutenção e conservação da biodiversidade do Parque Estadual da Cantareira e entorno”, diz o biólogo Fábio Ferrão Videira, que atua no projeto.

No caso dos ninhos artificiais, espalhados pela mata, eles visam principalmente a suprir a carência de árvores que funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Árvores antigas, com troncos ricos em buracos que acabam servindo como ninhos, acabaram sendo retiradas para evitar acidentes com o público frequentador do parque.

Incêndios florestais também destruíram exemplares da flora. A instalação desses ninhos em forma de caixa, portanto, atende de modo artificial à demanda da natureza.

Ninhos artificiais funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Foto: Fábio Ferrão

E não são somente os pássaros que se beneficiam. Abelhas e pequenos bichos como os saruês também utilizam esses espaços, conforme já foi notado pelos envolvidos no projeto. Até agora 19 caixas foram adquiridas e instaladas.

“Objetivamos favorecer espécies dependentes de cavidades para reprodução”, diz Videira, lembrando que as caixas são de três tamanhos distintos, com foco “nas espécies variadas de aves para a nidificação, podendo também ser utilizadas por outros animais silvestres de vida livre no processo reprodutivo”.

O monitoramento das já instaladas vem ocorrendo há 14 meses. De acordo com o biólogo, os resultados são “surpreendentes e positivos para a fauna silvestre de vida livre”.

Já as passagens de fauna são essenciais para proteger animais que vivem em espaços de mata ladeados por vias de tráfego. Com esse tipo de estrutura, macacos deixam de morrer atropelados. No total, serão três estruturas do tipo que, conforme enfatiza o biólogo, irão beneficiar “a fauna silvestre de habitat arborícola de vida livre, minimizando atropelamentos e eletrocussões”.

Entre os registros já observados, a estrutura vem sendo utilizada por saguis e macacos-prego, por exemplo, além dos bugios.

O projeto do Rotary ainda conta com dois desdobramentos que devem ficar como legado para a administração, a zeladoria e os frequentadores dos parques. Rádios de comunicação foram adquiridos e agora equipam as viaturas da Fundação Florestal que atendem ao Parque da Cantareira. Videira justifica que, com isso, a comunicação entre as equipes se torna “mais rápida e eficiente em questões ambientais, como crimes, socorros e incêndios”.

Por fim, há o braço da conscientização e da educação ambiental. Placas informativas sobre cuidados ecológicos foram produzidas e vêm sendo instaladas nas duas estradas que cortam o Parque da Cantareira. A ideia é levar informação aos motoristas que utilizam essas estradas que ligam São Paulo, Caieiras e Mairiporã.

Para os bugios, macacos simbólicos da Serra da Cantareira, foi praticamente um genocídio: cerca de 80% da população desses macacos acabou morrendo no surto de febre amarela que houve entre os anos de 2017 e 2018. Foram pelo menos 4 mil mortes.

Alguns exemplares do primata foram resgatados, à época, e levados para viveiros mantidos pela prefeitura de São Paulo. E agora, graças a um projeto da sociedade civil, eles estão sendo reintroduzidos em parques da região da Cantareira, especificamente o Horto Florestal, o Parque Linear Córrego do Bispo e o Parque Estadual da Cantareira.

Cada macaco possui um equipamento que possibilita o rastreio. Foto: Fábio Ferrão

Mas, esta não é única boa notícia da ação, empreendida pelo Rotary Club graças a uma parceria entre a unidade de Tremembé, em São Paulo, e a de Saronno, na Itália. A entidade está investindo quase R$ 200 mil para a recuperação e a preservação da fauna da Cantareira.

“O projeto foi desenhado em cinco frentes de trabalho: ninhos artificiais, passagens superiores de fauna, sistema de radiotransmissão, instalação de placas orientativas e reintrodução e reforço populacional dos bugios”, resume o engenheiro e empresário Bruno Pattini, voluntário associado do Rotary Club e responsável por coordenar a ação.

No caso dos bugios, os animais reinseridos são todos vacinadas contra a febre amarela. Em fevereiro deste ano, o primeiro grupo de cinco exemplares foi reintroduzido — passando por um processo de adaptação acompanhado por técnicos ligados ao projeto. Até o fim do mês, um segundo grupo de bugios será solto novamente na natureza.

Passagens superiores de fauna minimizam atropelamentos e eletrocussões. Foto: Fábio Ferrão

Há a previsão ainda da reinserção de um terceiro bando de bugios nos próximos meses. E o projeto ainda realiza o monitoramento dos bichos, já que cada exemplar do primata solto é equipado com um colar de alta tecnologia que possibilita o rastreio e acompanhamento em tempo real por uma equipe técnica.

“Minha visão como biólogo é que tais ações são potencialmente positivas na manutenção e conservação da biodiversidade do Parque Estadual da Cantareira e entorno”, diz o biólogo Fábio Ferrão Videira, que atua no projeto.

No caso dos ninhos artificiais, espalhados pela mata, eles visam principalmente a suprir a carência de árvores que funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Árvores antigas, com troncos ricos em buracos que acabam servindo como ninhos, acabaram sendo retiradas para evitar acidentes com o público frequentador do parque.

Incêndios florestais também destruíram exemplares da flora. A instalação desses ninhos em forma de caixa, portanto, atende de modo artificial à demanda da natureza.

Ninhos artificiais funcionam como abrigo para animais em fase de reprodução e seus filhotes. Foto: Fábio Ferrão

E não são somente os pássaros que se beneficiam. Abelhas e pequenos bichos como os saruês também utilizam esses espaços, conforme já foi notado pelos envolvidos no projeto. Até agora 19 caixas foram adquiridas e instaladas.

“Objetivamos favorecer espécies dependentes de cavidades para reprodução”, diz Videira, lembrando que as caixas são de três tamanhos distintos, com foco “nas espécies variadas de aves para a nidificação, podendo também ser utilizadas por outros animais silvestres de vida livre no processo reprodutivo”.

O monitoramento das já instaladas vem ocorrendo há 14 meses. De acordo com o biólogo, os resultados são “surpreendentes e positivos para a fauna silvestre de vida livre”.

Já as passagens de fauna são essenciais para proteger animais que vivem em espaços de mata ladeados por vias de tráfego. Com esse tipo de estrutura, macacos deixam de morrer atropelados. No total, serão três estruturas do tipo que, conforme enfatiza o biólogo, irão beneficiar “a fauna silvestre de habitat arborícola de vida livre, minimizando atropelamentos e eletrocussões”.

Entre os registros já observados, a estrutura vem sendo utilizada por saguis e macacos-prego, por exemplo, além dos bugios.

O projeto do Rotary ainda conta com dois desdobramentos que devem ficar como legado para a administração, a zeladoria e os frequentadores dos parques. Rádios de comunicação foram adquiridos e agora equipam as viaturas da Fundação Florestal que atendem ao Parque da Cantareira. Videira justifica que, com isso, a comunicação entre as equipes se torna “mais rápida e eficiente em questões ambientais, como crimes, socorros e incêndios”.

Por fim, há o braço da conscientização e da educação ambiental. Placas informativas sobre cuidados ecológicos foram produzidas e vêm sendo instaladas nas duas estradas que cortam o Parque da Cantareira. A ideia é levar informação aos motoristas que utilizam essas estradas que ligam São Paulo, Caieiras e Mairiporã.

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