Construir ciclovias e calçadas gera emprego e combate a mudança do clima 


Reduzir essas emissões é parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população

Por Giovana Girardi

 

Apesar de no Brasil a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa ser o desmatamento, seguido da agropecuária, nas cidades o problema recai sobre energia, categoria que inclui o transporte. A queima de combustíveis fósseis em caminhões, ônibus e veículos responde por quase um quarto das emissões brasileiras do setor de energia.

Funcionário carrega bicicleta na cidade de Bogotá, na Colômbia Foto: REUTERS/Jose Miguel Gomez

“E essa é uma curva ascendente, iniciada em 2009, e turbinada, entre outros fatores, pelo forte aumento da quilometragem total rodada por automóveis e motocicletas”, aponta relatório elaborado por Instituto ClimaInfo, Observatório do Clima e GT Infraestrutura. 

Reduzir essas emissões é, portanto, parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população.

“Em tempos de pandemia, não só a poluição é um dos fatores que aumenta a letalidade da covid-19, como o modelo do transporte coletivo de passageiros provou-se um dos mais graves vetores de contaminação”, escrevem os autores do relatório. 

“Isso fez o transporte ativo, por bicicleta ou a pé, ganhar força internacionalmente”, comenta Andrea Santos, pesquisadora da Coppe/UFRJ e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. De fato, tão logo começou a quarentena, prefeitos de cidades como Paris, por exemplo, adotaram rapidamente a extensão de ciclovias como forma de diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus. 

“O governo francês criou um fundo de 20 milhões de euros (R$ 116 milhões) para incentivar a população a usar bicicleta como transporte. A iniciativa é do Ministério da Transição Ecológica Solidária da França e a ajuda é o equivalente a 50 euros por pessoa para financiar reparos nas bicicletas – o que também estimulava pequenos negócios devido ao aumento da demanda nas oficinas de bicicleta”, aponta relatório do ClimaInfo.

Em Bogotá (Colômbia), a estratégia foi fazer ciclovias temporárias, usando marcações móveis nas ruas, como cones – uma estratégia rápida e praticamente sem custos. Com isso, a cidade ganhou 80 km de ciclovias. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), foram feitas mais de 100 intervenções desse tipo em todo o mundo por causa da pandemia.

“E é essencial nas discussões de cidades sustentáveis, inteligentes, resilientes ao clima que se incentive mais espaço para pedestres, para a bicicleta”, complementa Andrea. “A covid gerou toda uma preocupação em repensar as cidades. Podemos fazer isso de modo a também contribuir para reduzir as emissões.”

O estudo do ClimaInfo calcula que cerca de 2 mil empregos podem ser gerados imediatamente com investimentos de R$ 1 bilhão em mobilidade ativa. O valor seria suficiente para construir 5.000 km de ciclovias, ou criar 2.000 km de faixas exclusivas de ônibus, ou recuperar e construir 1.750 km de calçadas.

“Em São Paulo, cerca de 15% a 20% das ruas não têm calçadas. É uma coisa básica: se tem calçada, as pessoas conseguem se deslocar a pé com mais facilidade. Agora um idoso, sem calçada, não se desloca. Isso é uma oportunidade de melhorar a vida das pessoas”, afirma Shigueo Watanabe Jr., coordenador do trabalho.

 

Apesar de no Brasil a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa ser o desmatamento, seguido da agropecuária, nas cidades o problema recai sobre energia, categoria que inclui o transporte. A queima de combustíveis fósseis em caminhões, ônibus e veículos responde por quase um quarto das emissões brasileiras do setor de energia.

Funcionário carrega bicicleta na cidade de Bogotá, na Colômbia Foto: REUTERS/Jose Miguel Gomez

“E essa é uma curva ascendente, iniciada em 2009, e turbinada, entre outros fatores, pelo forte aumento da quilometragem total rodada por automóveis e motocicletas”, aponta relatório elaborado por Instituto ClimaInfo, Observatório do Clima e GT Infraestrutura. 

Reduzir essas emissões é, portanto, parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população.

“Em tempos de pandemia, não só a poluição é um dos fatores que aumenta a letalidade da covid-19, como o modelo do transporte coletivo de passageiros provou-se um dos mais graves vetores de contaminação”, escrevem os autores do relatório. 

“Isso fez o transporte ativo, por bicicleta ou a pé, ganhar força internacionalmente”, comenta Andrea Santos, pesquisadora da Coppe/UFRJ e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. De fato, tão logo começou a quarentena, prefeitos de cidades como Paris, por exemplo, adotaram rapidamente a extensão de ciclovias como forma de diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus. 

“O governo francês criou um fundo de 20 milhões de euros (R$ 116 milhões) para incentivar a população a usar bicicleta como transporte. A iniciativa é do Ministério da Transição Ecológica Solidária da França e a ajuda é o equivalente a 50 euros por pessoa para financiar reparos nas bicicletas – o que também estimulava pequenos negócios devido ao aumento da demanda nas oficinas de bicicleta”, aponta relatório do ClimaInfo.

Em Bogotá (Colômbia), a estratégia foi fazer ciclovias temporárias, usando marcações móveis nas ruas, como cones – uma estratégia rápida e praticamente sem custos. Com isso, a cidade ganhou 80 km de ciclovias. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), foram feitas mais de 100 intervenções desse tipo em todo o mundo por causa da pandemia.

“E é essencial nas discussões de cidades sustentáveis, inteligentes, resilientes ao clima que se incentive mais espaço para pedestres, para a bicicleta”, complementa Andrea. “A covid gerou toda uma preocupação em repensar as cidades. Podemos fazer isso de modo a também contribuir para reduzir as emissões.”

O estudo do ClimaInfo calcula que cerca de 2 mil empregos podem ser gerados imediatamente com investimentos de R$ 1 bilhão em mobilidade ativa. O valor seria suficiente para construir 5.000 km de ciclovias, ou criar 2.000 km de faixas exclusivas de ônibus, ou recuperar e construir 1.750 km de calçadas.

“Em São Paulo, cerca de 15% a 20% das ruas não têm calçadas. É uma coisa básica: se tem calçada, as pessoas conseguem se deslocar a pé com mais facilidade. Agora um idoso, sem calçada, não se desloca. Isso é uma oportunidade de melhorar a vida das pessoas”, afirma Shigueo Watanabe Jr., coordenador do trabalho.

 

Apesar de no Brasil a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa ser o desmatamento, seguido da agropecuária, nas cidades o problema recai sobre energia, categoria que inclui o transporte. A queima de combustíveis fósseis em caminhões, ônibus e veículos responde por quase um quarto das emissões brasileiras do setor de energia.

Funcionário carrega bicicleta na cidade de Bogotá, na Colômbia Foto: REUTERS/Jose Miguel Gomez

“E essa é uma curva ascendente, iniciada em 2009, e turbinada, entre outros fatores, pelo forte aumento da quilometragem total rodada por automóveis e motocicletas”, aponta relatório elaborado por Instituto ClimaInfo, Observatório do Clima e GT Infraestrutura. 

Reduzir essas emissões é, portanto, parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população.

“Em tempos de pandemia, não só a poluição é um dos fatores que aumenta a letalidade da covid-19, como o modelo do transporte coletivo de passageiros provou-se um dos mais graves vetores de contaminação”, escrevem os autores do relatório. 

“Isso fez o transporte ativo, por bicicleta ou a pé, ganhar força internacionalmente”, comenta Andrea Santos, pesquisadora da Coppe/UFRJ e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. De fato, tão logo começou a quarentena, prefeitos de cidades como Paris, por exemplo, adotaram rapidamente a extensão de ciclovias como forma de diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus. 

“O governo francês criou um fundo de 20 milhões de euros (R$ 116 milhões) para incentivar a população a usar bicicleta como transporte. A iniciativa é do Ministério da Transição Ecológica Solidária da França e a ajuda é o equivalente a 50 euros por pessoa para financiar reparos nas bicicletas – o que também estimulava pequenos negócios devido ao aumento da demanda nas oficinas de bicicleta”, aponta relatório do ClimaInfo.

Em Bogotá (Colômbia), a estratégia foi fazer ciclovias temporárias, usando marcações móveis nas ruas, como cones – uma estratégia rápida e praticamente sem custos. Com isso, a cidade ganhou 80 km de ciclovias. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), foram feitas mais de 100 intervenções desse tipo em todo o mundo por causa da pandemia.

“E é essencial nas discussões de cidades sustentáveis, inteligentes, resilientes ao clima que se incentive mais espaço para pedestres, para a bicicleta”, complementa Andrea. “A covid gerou toda uma preocupação em repensar as cidades. Podemos fazer isso de modo a também contribuir para reduzir as emissões.”

O estudo do ClimaInfo calcula que cerca de 2 mil empregos podem ser gerados imediatamente com investimentos de R$ 1 bilhão em mobilidade ativa. O valor seria suficiente para construir 5.000 km de ciclovias, ou criar 2.000 km de faixas exclusivas de ônibus, ou recuperar e construir 1.750 km de calçadas.

“Em São Paulo, cerca de 15% a 20% das ruas não têm calçadas. É uma coisa básica: se tem calçada, as pessoas conseguem se deslocar a pé com mais facilidade. Agora um idoso, sem calçada, não se desloca. Isso é uma oportunidade de melhorar a vida das pessoas”, afirma Shigueo Watanabe Jr., coordenador do trabalho.

 

Apesar de no Brasil a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa ser o desmatamento, seguido da agropecuária, nas cidades o problema recai sobre energia, categoria que inclui o transporte. A queima de combustíveis fósseis em caminhões, ônibus e veículos responde por quase um quarto das emissões brasileiras do setor de energia.

Funcionário carrega bicicleta na cidade de Bogotá, na Colômbia Foto: REUTERS/Jose Miguel Gomez

“E essa é uma curva ascendente, iniciada em 2009, e turbinada, entre outros fatores, pelo forte aumento da quilometragem total rodada por automóveis e motocicletas”, aponta relatório elaborado por Instituto ClimaInfo, Observatório do Clima e GT Infraestrutura. 

Reduzir essas emissões é, portanto, parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população.

“Em tempos de pandemia, não só a poluição é um dos fatores que aumenta a letalidade da covid-19, como o modelo do transporte coletivo de passageiros provou-se um dos mais graves vetores de contaminação”, escrevem os autores do relatório. 

“Isso fez o transporte ativo, por bicicleta ou a pé, ganhar força internacionalmente”, comenta Andrea Santos, pesquisadora da Coppe/UFRJ e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. De fato, tão logo começou a quarentena, prefeitos de cidades como Paris, por exemplo, adotaram rapidamente a extensão de ciclovias como forma de diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus. 

“O governo francês criou um fundo de 20 milhões de euros (R$ 116 milhões) para incentivar a população a usar bicicleta como transporte. A iniciativa é do Ministério da Transição Ecológica Solidária da França e a ajuda é o equivalente a 50 euros por pessoa para financiar reparos nas bicicletas – o que também estimulava pequenos negócios devido ao aumento da demanda nas oficinas de bicicleta”, aponta relatório do ClimaInfo.

Em Bogotá (Colômbia), a estratégia foi fazer ciclovias temporárias, usando marcações móveis nas ruas, como cones – uma estratégia rápida e praticamente sem custos. Com isso, a cidade ganhou 80 km de ciclovias. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), foram feitas mais de 100 intervenções desse tipo em todo o mundo por causa da pandemia.

“E é essencial nas discussões de cidades sustentáveis, inteligentes, resilientes ao clima que se incentive mais espaço para pedestres, para a bicicleta”, complementa Andrea. “A covid gerou toda uma preocupação em repensar as cidades. Podemos fazer isso de modo a também contribuir para reduzir as emissões.”

O estudo do ClimaInfo calcula que cerca de 2 mil empregos podem ser gerados imediatamente com investimentos de R$ 1 bilhão em mobilidade ativa. O valor seria suficiente para construir 5.000 km de ciclovias, ou criar 2.000 km de faixas exclusivas de ônibus, ou recuperar e construir 1.750 km de calçadas.

“Em São Paulo, cerca de 15% a 20% das ruas não têm calçadas. É uma coisa básica: se tem calçada, as pessoas conseguem se deslocar a pé com mais facilidade. Agora um idoso, sem calçada, não se desloca. Isso é uma oportunidade de melhorar a vida das pessoas”, afirma Shigueo Watanabe Jr., coordenador do trabalho.

 

Apesar de no Brasil a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa ser o desmatamento, seguido da agropecuária, nas cidades o problema recai sobre energia, categoria que inclui o transporte. A queima de combustíveis fósseis em caminhões, ônibus e veículos responde por quase um quarto das emissões brasileiras do setor de energia.

Funcionário carrega bicicleta na cidade de Bogotá, na Colômbia Foto: REUTERS/Jose Miguel Gomez

“E essa é uma curva ascendente, iniciada em 2009, e turbinada, entre outros fatores, pelo forte aumento da quilometragem total rodada por automóveis e motocicletas”, aponta relatório elaborado por Instituto ClimaInfo, Observatório do Clima e GT Infraestrutura. 

Reduzir essas emissões é, portanto, parte importante dos esforços para combater as mudanças climáticas, mas são ações que também podem ser aliadas de uma retomada verde e da melhoria da saúde da população.

“Em tempos de pandemia, não só a poluição é um dos fatores que aumenta a letalidade da covid-19, como o modelo do transporte coletivo de passageiros provou-se um dos mais graves vetores de contaminação”, escrevem os autores do relatório. 

“Isso fez o transporte ativo, por bicicleta ou a pé, ganhar força internacionalmente”, comenta Andrea Santos, pesquisadora da Coppe/UFRJ e secretária-executiva do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. De fato, tão logo começou a quarentena, prefeitos de cidades como Paris, por exemplo, adotaram rapidamente a extensão de ciclovias como forma de diminuir os riscos de transmissão do novo coronavírus. 

“O governo francês criou um fundo de 20 milhões de euros (R$ 116 milhões) para incentivar a população a usar bicicleta como transporte. A iniciativa é do Ministério da Transição Ecológica Solidária da França e a ajuda é o equivalente a 50 euros por pessoa para financiar reparos nas bicicletas – o que também estimulava pequenos negócios devido ao aumento da demanda nas oficinas de bicicleta”, aponta relatório do ClimaInfo.

Em Bogotá (Colômbia), a estratégia foi fazer ciclovias temporárias, usando marcações móveis nas ruas, como cones – uma estratégia rápida e praticamente sem custos. Com isso, a cidade ganhou 80 km de ciclovias. De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), foram feitas mais de 100 intervenções desse tipo em todo o mundo por causa da pandemia.

“E é essencial nas discussões de cidades sustentáveis, inteligentes, resilientes ao clima que se incentive mais espaço para pedestres, para a bicicleta”, complementa Andrea. “A covid gerou toda uma preocupação em repensar as cidades. Podemos fazer isso de modo a também contribuir para reduzir as emissões.”

O estudo do ClimaInfo calcula que cerca de 2 mil empregos podem ser gerados imediatamente com investimentos de R$ 1 bilhão em mobilidade ativa. O valor seria suficiente para construir 5.000 km de ciclovias, ou criar 2.000 km de faixas exclusivas de ônibus, ou recuperar e construir 1.750 km de calçadas.

“Em São Paulo, cerca de 15% a 20% das ruas não têm calçadas. É uma coisa básica: se tem calçada, as pessoas conseguem se deslocar a pé com mais facilidade. Agora um idoso, sem calçada, não se desloca. Isso é uma oportunidade de melhorar a vida das pessoas”, afirma Shigueo Watanabe Jr., coordenador do trabalho.

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