COP-28 e mudanças climáticas: quais países são os maiores poluidores? Veja gráfico


País figura em sexto lugar na lista, liderada por países mais industrializados. Dados são do Observatório do Clima.

Por Roberta Jansen
Atualização:

A destruição sistemática das florestas é o que coloca o Brasil entre os maiores emissores de gases do efeito estufa na atmosfera. No ranking atual, o País figura em sexto lugar. Se não houvesse desmatamento, despencaria pelo menos quatro posições.

De acordo com a nova coleção de dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, lançado no último dia 23, as mudanças do uso da terra responderam por 48% das emissões globais do Brasil em 2022. A grande maioria vem, especificamente, do desmatamento da Amazônia.

O perfil de emissões é muito diferente do da China, por exemplo, que lidera o ranking já há alguns anos. As principais fontes de emissão de CO², o principal gás do efeito estufa, no país asiático são a queima de carvão para a produção de energia elétrica e a indústria. Alguns setores industriais, como a produção de aço e cimento, também representam uma fatia considerável das emissões, sem falar da crescente demanda por transporte.

Árvores cortadas são queimadas na floresta amazônica no município paraense de Bujaru: desmatamento coloca Brasil na lista dos principais emissores de CO² na atmosfera. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar na lista dos países que mais lançam CO² na atmosfera, a lógica se inverte. A maior fonte das emissões americanas é a queima de combustível fóssil para o transporte e a geração de energia. O governo Joe Biden havia anunciado a intenção de reduzir a produção de petróleo, mas a invasão russa na Ucrânia atrapalhou esses planos.

A Índia, que já ocupa o terceiro lugar no ranking dos países que mais contribuem para as mudanças no clima, apresenta um perfil similar ao da China. A queima de carvão é uma importante fonte das emissões, sobretudo para a geração de energia, seguido da expansão do transporte. A Índia se tornou o país mais populoso do planeta, com 1,428 bilhão de habitantes, e as expectativas de crescimento econômico elevam a pressão por maior aumento de emissões.

A Rússia, por sua vez, surge em quarto lugar devido à sua produção extensiva de petróleo e gás natural, embora a queima de carvão ainda contribua significativamente para o lançamento de CO² na atmosfera.

Já a Indonésia ocupa o quinto lugar da lista e apresenta um perfil semelhante ao do Brasil. Quase a totalidade de suas emissões vem do desmatamento e da transformação de florestas em áreas de produção agrícola.

Nessa sexta-feira, 1º, o Brasil apresentou na 28ª Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, uma proposta de fundo para captação de recursos que pode beneficiar até 80 países florestais.

A ideia é receber pelo menos US$ 25 por hectare de bioma conservado. Brasil, Indonésia e Congo estão entre as nações que abrigam as maiores porções de florestas tropicais no mundo.

Alerta

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsável pelas mudanças climáticas, atingiu níveis recordes em 2022, uma tendência crescente que não parece se reverter, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado.

No ano passado, as concentrações médias globais de dióxido de carbono ultrapassaram pela primeira vez em 50% os índices pré-industriais. No caso do CO², a concentração só pode ser comparada ao registrado há 3 a 5 milhões de anos, quando a temperatura era de 2 a 3 graus mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros mais elevado.

Segundo a ONU, já é possível dizer que 2023 foi o ano mais quente já registrado – pelo menos até agora. De queimadas na Europa e no Havaí a ciclones no Sul do Brasil, o ano foi marcado pela intensificação de eventos climáticos extremos, agravados pelo fenômeno El Niño, que se estende até o 1º semestre do ano que vem.

“Os sinais vitais da Terra estão falhando: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de todos”, disse Antonio Guterres, secretário geral das Nações Unidas na abertura da COP na abertura do evento global na sexta. “Não é tarde demais. Vocês podem evitar que o planeta colapse e queime. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático, se agirmos agora.”

A destruição sistemática das florestas é o que coloca o Brasil entre os maiores emissores de gases do efeito estufa na atmosfera. No ranking atual, o País figura em sexto lugar. Se não houvesse desmatamento, despencaria pelo menos quatro posições.

De acordo com a nova coleção de dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, lançado no último dia 23, as mudanças do uso da terra responderam por 48% das emissões globais do Brasil em 2022. A grande maioria vem, especificamente, do desmatamento da Amazônia.

O perfil de emissões é muito diferente do da China, por exemplo, que lidera o ranking já há alguns anos. As principais fontes de emissão de CO², o principal gás do efeito estufa, no país asiático são a queima de carvão para a produção de energia elétrica e a indústria. Alguns setores industriais, como a produção de aço e cimento, também representam uma fatia considerável das emissões, sem falar da crescente demanda por transporte.

Árvores cortadas são queimadas na floresta amazônica no município paraense de Bujaru: desmatamento coloca Brasil na lista dos principais emissores de CO² na atmosfera. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar na lista dos países que mais lançam CO² na atmosfera, a lógica se inverte. A maior fonte das emissões americanas é a queima de combustível fóssil para o transporte e a geração de energia. O governo Joe Biden havia anunciado a intenção de reduzir a produção de petróleo, mas a invasão russa na Ucrânia atrapalhou esses planos.

A Índia, que já ocupa o terceiro lugar no ranking dos países que mais contribuem para as mudanças no clima, apresenta um perfil similar ao da China. A queima de carvão é uma importante fonte das emissões, sobretudo para a geração de energia, seguido da expansão do transporte. A Índia se tornou o país mais populoso do planeta, com 1,428 bilhão de habitantes, e as expectativas de crescimento econômico elevam a pressão por maior aumento de emissões.

A Rússia, por sua vez, surge em quarto lugar devido à sua produção extensiva de petróleo e gás natural, embora a queima de carvão ainda contribua significativamente para o lançamento de CO² na atmosfera.

Já a Indonésia ocupa o quinto lugar da lista e apresenta um perfil semelhante ao do Brasil. Quase a totalidade de suas emissões vem do desmatamento e da transformação de florestas em áreas de produção agrícola.

Nessa sexta-feira, 1º, o Brasil apresentou na 28ª Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, uma proposta de fundo para captação de recursos que pode beneficiar até 80 países florestais.

A ideia é receber pelo menos US$ 25 por hectare de bioma conservado. Brasil, Indonésia e Congo estão entre as nações que abrigam as maiores porções de florestas tropicais no mundo.

Alerta

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsável pelas mudanças climáticas, atingiu níveis recordes em 2022, uma tendência crescente que não parece se reverter, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado.

No ano passado, as concentrações médias globais de dióxido de carbono ultrapassaram pela primeira vez em 50% os índices pré-industriais. No caso do CO², a concentração só pode ser comparada ao registrado há 3 a 5 milhões de anos, quando a temperatura era de 2 a 3 graus mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros mais elevado.

Segundo a ONU, já é possível dizer que 2023 foi o ano mais quente já registrado – pelo menos até agora. De queimadas na Europa e no Havaí a ciclones no Sul do Brasil, o ano foi marcado pela intensificação de eventos climáticos extremos, agravados pelo fenômeno El Niño, que se estende até o 1º semestre do ano que vem.

“Os sinais vitais da Terra estão falhando: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de todos”, disse Antonio Guterres, secretário geral das Nações Unidas na abertura da COP na abertura do evento global na sexta. “Não é tarde demais. Vocês podem evitar que o planeta colapse e queime. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático, se agirmos agora.”

A destruição sistemática das florestas é o que coloca o Brasil entre os maiores emissores de gases do efeito estufa na atmosfera. No ranking atual, o País figura em sexto lugar. Se não houvesse desmatamento, despencaria pelo menos quatro posições.

De acordo com a nova coleção de dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, lançado no último dia 23, as mudanças do uso da terra responderam por 48% das emissões globais do Brasil em 2022. A grande maioria vem, especificamente, do desmatamento da Amazônia.

O perfil de emissões é muito diferente do da China, por exemplo, que lidera o ranking já há alguns anos. As principais fontes de emissão de CO², o principal gás do efeito estufa, no país asiático são a queima de carvão para a produção de energia elétrica e a indústria. Alguns setores industriais, como a produção de aço e cimento, também representam uma fatia considerável das emissões, sem falar da crescente demanda por transporte.

Árvores cortadas são queimadas na floresta amazônica no município paraense de Bujaru: desmatamento coloca Brasil na lista dos principais emissores de CO² na atmosfera. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar na lista dos países que mais lançam CO² na atmosfera, a lógica se inverte. A maior fonte das emissões americanas é a queima de combustível fóssil para o transporte e a geração de energia. O governo Joe Biden havia anunciado a intenção de reduzir a produção de petróleo, mas a invasão russa na Ucrânia atrapalhou esses planos.

A Índia, que já ocupa o terceiro lugar no ranking dos países que mais contribuem para as mudanças no clima, apresenta um perfil similar ao da China. A queima de carvão é uma importante fonte das emissões, sobretudo para a geração de energia, seguido da expansão do transporte. A Índia se tornou o país mais populoso do planeta, com 1,428 bilhão de habitantes, e as expectativas de crescimento econômico elevam a pressão por maior aumento de emissões.

A Rússia, por sua vez, surge em quarto lugar devido à sua produção extensiva de petróleo e gás natural, embora a queima de carvão ainda contribua significativamente para o lançamento de CO² na atmosfera.

Já a Indonésia ocupa o quinto lugar da lista e apresenta um perfil semelhante ao do Brasil. Quase a totalidade de suas emissões vem do desmatamento e da transformação de florestas em áreas de produção agrícola.

Nessa sexta-feira, 1º, o Brasil apresentou na 28ª Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, uma proposta de fundo para captação de recursos que pode beneficiar até 80 países florestais.

A ideia é receber pelo menos US$ 25 por hectare de bioma conservado. Brasil, Indonésia e Congo estão entre as nações que abrigam as maiores porções de florestas tropicais no mundo.

Alerta

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsável pelas mudanças climáticas, atingiu níveis recordes em 2022, uma tendência crescente que não parece se reverter, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado.

No ano passado, as concentrações médias globais de dióxido de carbono ultrapassaram pela primeira vez em 50% os índices pré-industriais. No caso do CO², a concentração só pode ser comparada ao registrado há 3 a 5 milhões de anos, quando a temperatura era de 2 a 3 graus mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros mais elevado.

Segundo a ONU, já é possível dizer que 2023 foi o ano mais quente já registrado – pelo menos até agora. De queimadas na Europa e no Havaí a ciclones no Sul do Brasil, o ano foi marcado pela intensificação de eventos climáticos extremos, agravados pelo fenômeno El Niño, que se estende até o 1º semestre do ano que vem.

“Os sinais vitais da Terra estão falhando: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de todos”, disse Antonio Guterres, secretário geral das Nações Unidas na abertura da COP na abertura do evento global na sexta. “Não é tarde demais. Vocês podem evitar que o planeta colapse e queime. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático, se agirmos agora.”

A destruição sistemática das florestas é o que coloca o Brasil entre os maiores emissores de gases do efeito estufa na atmosfera. No ranking atual, o País figura em sexto lugar. Se não houvesse desmatamento, despencaria pelo menos quatro posições.

De acordo com a nova coleção de dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG) do Observatório do Clima, lançado no último dia 23, as mudanças do uso da terra responderam por 48% das emissões globais do Brasil em 2022. A grande maioria vem, especificamente, do desmatamento da Amazônia.

O perfil de emissões é muito diferente do da China, por exemplo, que lidera o ranking já há alguns anos. As principais fontes de emissão de CO², o principal gás do efeito estufa, no país asiático são a queima de carvão para a produção de energia elétrica e a indústria. Alguns setores industriais, como a produção de aço e cimento, também representam uma fatia considerável das emissões, sem falar da crescente demanda por transporte.

Árvores cortadas são queimadas na floresta amazônica no município paraense de Bujaru: desmatamento coloca Brasil na lista dos principais emissores de CO² na atmosfera. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos Estados Unidos, que ocupam o segundo lugar na lista dos países que mais lançam CO² na atmosfera, a lógica se inverte. A maior fonte das emissões americanas é a queima de combustível fóssil para o transporte e a geração de energia. O governo Joe Biden havia anunciado a intenção de reduzir a produção de petróleo, mas a invasão russa na Ucrânia atrapalhou esses planos.

A Índia, que já ocupa o terceiro lugar no ranking dos países que mais contribuem para as mudanças no clima, apresenta um perfil similar ao da China. A queima de carvão é uma importante fonte das emissões, sobretudo para a geração de energia, seguido da expansão do transporte. A Índia se tornou o país mais populoso do planeta, com 1,428 bilhão de habitantes, e as expectativas de crescimento econômico elevam a pressão por maior aumento de emissões.

A Rússia, por sua vez, surge em quarto lugar devido à sua produção extensiva de petróleo e gás natural, embora a queima de carvão ainda contribua significativamente para o lançamento de CO² na atmosfera.

Já a Indonésia ocupa o quinto lugar da lista e apresenta um perfil semelhante ao do Brasil. Quase a totalidade de suas emissões vem do desmatamento e da transformação de florestas em áreas de produção agrícola.

Nessa sexta-feira, 1º, o Brasil apresentou na 28ª Cúpula das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28), em Dubai, uma proposta de fundo para captação de recursos que pode beneficiar até 80 países florestais.

A ideia é receber pelo menos US$ 25 por hectare de bioma conservado. Brasil, Indonésia e Congo estão entre as nações que abrigam as maiores porções de florestas tropicais no mundo.

Alerta

A concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, responsável pelas mudanças climáticas, atingiu níveis recordes em 2022, uma tendência crescente que não parece se reverter, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado.

No ano passado, as concentrações médias globais de dióxido de carbono ultrapassaram pela primeira vez em 50% os índices pré-industriais. No caso do CO², a concentração só pode ser comparada ao registrado há 3 a 5 milhões de anos, quando a temperatura era de 2 a 3 graus mais alta e o nível do mar estava entre 10 e 20 metros mais elevado.

Segundo a ONU, já é possível dizer que 2023 foi o ano mais quente já registrado – pelo menos até agora. De queimadas na Europa e no Havaí a ciclones no Sul do Brasil, o ano foi marcado pela intensificação de eventos climáticos extremos, agravados pelo fenômeno El Niño, que se estende até o 1º semestre do ano que vem.

“Os sinais vitais da Terra estão falhando: emissões recorde, incêndios ferozes, secas mortais e o ano mais quente de todos”, disse Antonio Guterres, secretário geral das Nações Unidas na abertura da COP na abertura do evento global na sexta. “Não é tarde demais. Vocês podem evitar que o planeta colapse e queime. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático, se agirmos agora.”

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