Desmatamento da Amazônia cai 21,8% em um ano; Pantanal reduz 9,2%


Principal estratégia foi plano de ação que reúne eixos como fiscalização, monitoramento e desenvolvimento da bioeconomia local

Por Paula Ferreira
Atualização:

O índice de desmatamento na Amazônia caiu 21,8% em um ano, segundo dados divulgados pelo governo federal nesta quarta-feira, 8. De acordo com os números do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2022 a julho de 2023 foi desmatada uma área de 9.064 km², número inferior aos 11.594 km² registrados um ano antes.

A área desmatada na Amazônia no último ano é a menor registrada desde 2019. Em novembro do ano passado, o governo já tinha divulgado uma estimativa desta taxa, que mostrava uma queda de 22,3%. A variação, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, está dentro da margem de erro.

Já no Pantanal, outro bioma importante do País, a queda foi menos expressiva. No último período analisado, foram desmatados 723 km², número que representa uma redução de 9,2% em relação ao período anterior.

Queimadas em Santo Antônio do Matupi, no sul do Amazonas; em um ano, Brasil desmatou 9.064 km² da Amazônia Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO - 27/08/2019

A principal estratégia do governo para reduzir o desmate na área foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que reúne ações em eixos como fiscalização, monitoramento e desenvolvimento da bioeconomia local, entre outros.

A meta de zerar o desmatamento na região até 2030 é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das principais vitrines do Brasil na discussão global sobre clima.

“Esses resultados são a combinação de instrumentos: as ações de fiscalização, mas também as ações voltadas para outros eixos do PPCDAm. Como, por exemplo, instrumentos econômicos e creditícios, aporte de recursos para que a gente possa fazer uma abordagem positiva, ajudando a mudar modelos de desenvolvimento, criando alternativas de base sustentável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

No caso do Cerrado, as taxas confirmadas já tinham sido divulgadas pelo governo no ano passado e mostravam um aumento de 3% do desmatamento no bioma. No último período analisado, o desmate do Cerrado chegou a 11.011 Km², ante 10.688 Km² na medição anterior.

Governo elabora plano para mudança climática

Durante a apresentação dos dados, a ministra Marina Silva falou sobre a importância do combate ao desmatamento no âmbito das políticas relacionadas às mudanças climáticas. Marina afirmou que o governo trabalha na construção de um “PPClima”, em referência ao PPCDAm, para preparar municípios para eventos extremos causados pelo clima. A ministra mencionou a situação do Rio Grande do Sul, onde até o momento 100 pessoas morreram em decorrência de enchentes.

“O que vamos fazer com município 100% alagado no Rio Grande do Sul? Não tem medida de prevenção que dê conta de uma situação dessa. Isso está acontecendo em função da ação humana. Se não revertermos os processos que levam à mudança do clima, teremos uma situação muito difícil”, afirmou.

A ministra afirmou que o plano começou a ser desenhado em fevereiro de 2023 após o desastre em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, quando 64 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas.

“Não é um plano que terá como ser definitivo. Será um plano dinâmico, até porque há uma dinâmica em si mesma do próprio sistema climático, de tudo que está acontecendo. E ele, com certeza, será no plano transversal, como o PPCDAm. Com certeza terá uma uma governança que dê capacidade e agilidade para que as ações sejam implementadas”, explicou Marina.

O “PPClima” deve conter ações que tornem essas cidades mais aptas a conviver com a nova realidade e incluir medidas de adaptação ao cenário de mudanças climáticas. O projeto é mais abrangente que o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDC), que deve ser apresentado no fim do mês que vem.

O índice de desmatamento na Amazônia caiu 21,8% em um ano, segundo dados divulgados pelo governo federal nesta quarta-feira, 8. De acordo com os números do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2022 a julho de 2023 foi desmatada uma área de 9.064 km², número inferior aos 11.594 km² registrados um ano antes.

A área desmatada na Amazônia no último ano é a menor registrada desde 2019. Em novembro do ano passado, o governo já tinha divulgado uma estimativa desta taxa, que mostrava uma queda de 22,3%. A variação, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, está dentro da margem de erro.

Já no Pantanal, outro bioma importante do País, a queda foi menos expressiva. No último período analisado, foram desmatados 723 km², número que representa uma redução de 9,2% em relação ao período anterior.

Queimadas em Santo Antônio do Matupi, no sul do Amazonas; em um ano, Brasil desmatou 9.064 km² da Amazônia Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO - 27/08/2019

A principal estratégia do governo para reduzir o desmate na área foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que reúne ações em eixos como fiscalização, monitoramento e desenvolvimento da bioeconomia local, entre outros.

A meta de zerar o desmatamento na região até 2030 é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das principais vitrines do Brasil na discussão global sobre clima.

“Esses resultados são a combinação de instrumentos: as ações de fiscalização, mas também as ações voltadas para outros eixos do PPCDAm. Como, por exemplo, instrumentos econômicos e creditícios, aporte de recursos para que a gente possa fazer uma abordagem positiva, ajudando a mudar modelos de desenvolvimento, criando alternativas de base sustentável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

No caso do Cerrado, as taxas confirmadas já tinham sido divulgadas pelo governo no ano passado e mostravam um aumento de 3% do desmatamento no bioma. No último período analisado, o desmate do Cerrado chegou a 11.011 Km², ante 10.688 Km² na medição anterior.

Governo elabora plano para mudança climática

Durante a apresentação dos dados, a ministra Marina Silva falou sobre a importância do combate ao desmatamento no âmbito das políticas relacionadas às mudanças climáticas. Marina afirmou que o governo trabalha na construção de um “PPClima”, em referência ao PPCDAm, para preparar municípios para eventos extremos causados pelo clima. A ministra mencionou a situação do Rio Grande do Sul, onde até o momento 100 pessoas morreram em decorrência de enchentes.

“O que vamos fazer com município 100% alagado no Rio Grande do Sul? Não tem medida de prevenção que dê conta de uma situação dessa. Isso está acontecendo em função da ação humana. Se não revertermos os processos que levam à mudança do clima, teremos uma situação muito difícil”, afirmou.

A ministra afirmou que o plano começou a ser desenhado em fevereiro de 2023 após o desastre em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, quando 64 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas.

“Não é um plano que terá como ser definitivo. Será um plano dinâmico, até porque há uma dinâmica em si mesma do próprio sistema climático, de tudo que está acontecendo. E ele, com certeza, será no plano transversal, como o PPCDAm. Com certeza terá uma uma governança que dê capacidade e agilidade para que as ações sejam implementadas”, explicou Marina.

O “PPClima” deve conter ações que tornem essas cidades mais aptas a conviver com a nova realidade e incluir medidas de adaptação ao cenário de mudanças climáticas. O projeto é mais abrangente que o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDC), que deve ser apresentado no fim do mês que vem.

O índice de desmatamento na Amazônia caiu 21,8% em um ano, segundo dados divulgados pelo governo federal nesta quarta-feira, 8. De acordo com os números do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2022 a julho de 2023 foi desmatada uma área de 9.064 km², número inferior aos 11.594 km² registrados um ano antes.

A área desmatada na Amazônia no último ano é a menor registrada desde 2019. Em novembro do ano passado, o governo já tinha divulgado uma estimativa desta taxa, que mostrava uma queda de 22,3%. A variação, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, está dentro da margem de erro.

Já no Pantanal, outro bioma importante do País, a queda foi menos expressiva. No último período analisado, foram desmatados 723 km², número que representa uma redução de 9,2% em relação ao período anterior.

Queimadas em Santo Antônio do Matupi, no sul do Amazonas; em um ano, Brasil desmatou 9.064 km² da Amazônia Foto: GABRIELA BILÓ/ESTADÃO - 27/08/2019

A principal estratégia do governo para reduzir o desmate na área foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que reúne ações em eixos como fiscalização, monitoramento e desenvolvimento da bioeconomia local, entre outros.

A meta de zerar o desmatamento na região até 2030 é uma promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma das principais vitrines do Brasil na discussão global sobre clima.

“Esses resultados são a combinação de instrumentos: as ações de fiscalização, mas também as ações voltadas para outros eixos do PPCDAm. Como, por exemplo, instrumentos econômicos e creditícios, aporte de recursos para que a gente possa fazer uma abordagem positiva, ajudando a mudar modelos de desenvolvimento, criando alternativas de base sustentável”, afirmou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

No caso do Cerrado, as taxas confirmadas já tinham sido divulgadas pelo governo no ano passado e mostravam um aumento de 3% do desmatamento no bioma. No último período analisado, o desmate do Cerrado chegou a 11.011 Km², ante 10.688 Km² na medição anterior.

Governo elabora plano para mudança climática

Durante a apresentação dos dados, a ministra Marina Silva falou sobre a importância do combate ao desmatamento no âmbito das políticas relacionadas às mudanças climáticas. Marina afirmou que o governo trabalha na construção de um “PPClima”, em referência ao PPCDAm, para preparar municípios para eventos extremos causados pelo clima. A ministra mencionou a situação do Rio Grande do Sul, onde até o momento 100 pessoas morreram em decorrência de enchentes.

“O que vamos fazer com município 100% alagado no Rio Grande do Sul? Não tem medida de prevenção que dê conta de uma situação dessa. Isso está acontecendo em função da ação humana. Se não revertermos os processos que levam à mudança do clima, teremos uma situação muito difícil”, afirmou.

A ministra afirmou que o plano começou a ser desenhado em fevereiro de 2023 após o desastre em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, quando 64 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas.

“Não é um plano que terá como ser definitivo. Será um plano dinâmico, até porque há uma dinâmica em si mesma do próprio sistema climático, de tudo que está acontecendo. E ele, com certeza, será no plano transversal, como o PPCDAm. Com certeza terá uma uma governança que dê capacidade e agilidade para que as ações sejam implementadas”, explicou Marina.

O “PPClima” deve conter ações que tornem essas cidades mais aptas a conviver com a nova realidade e incluir medidas de adaptação ao cenário de mudanças climáticas. O projeto é mais abrangente que o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNDC), que deve ser apresentado no fim do mês que vem.

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