Até quando vai o El Niño e como vai ficar o calor no ano que vem? Entenda previsão de órgão da ONU


Novo relatório da Organização Mundial de Meteorologia diz que pico do El Niño deve acontecer entre este mês e janeiro de 2024; planeta vem registrando recordes de temperatura desde junho

Por Giovanna Castro
Atualização:

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) nesta terça-feira, 7, aponta que o fenômeno El Niño, relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, deve perdurar até abril de 2024. Com isso, é muito provável que os termômetros disparem ainda mais neste final de ano e no ano que vem.

A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto deste ano e atingiu força “moderada” em setembro – mês em que os termômetros chegaram a marcar 38ºC em São Paulo.

O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.

“Provavelmente, (o El Niño) atingirá o pico, como um evento forte, em novembro-janeiro de 2024. Há uma probabilidade de 90% de que persista durante o próximo inverno/sul do hemisfério norte (verão no Brasil e demais países do hemisfério sul)”, afirma a OMM.

“Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, prevê-se que diminua gradualmente durante a próxima primavera boreal (que acontece de 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho).”

Com a persistência das altas temperaturas e a subida ainda maior nos termômetros, os impactos no planeta e na saúde humana devem continuar, alertam os especialistas que assinam, junto à OMM, o relatório.

Eventos climáticos e meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações e secas, devem ser intensificados. “Alertas antecipados para todos salvam vidas”, diz a organização.

No último fim de semana, uma tempestade atípica em São Paulo derrubou árvores e afetou a rede elétrica. Mais de dois milhões de endereços ficaram sem luz e, até terça-feira, 7, 30 mil continuavam desabastecidos. Em Manaus, no Amazonas, queimadas já têm forçado moradores voltarem a utilizar máscaras. E, no sul do País, a passagem de ciclones já matou dezenas de pessoas este ano.

O El Niño e o aquecimento global

O El Niño ocorre em média a cada dois e sete anos e normalmente dura de nove a 12 meses. É um padrão climático natural associado ao aquecimento da superfície do oceano Pacífico tropical central e oriental. No entanto, este ano, “ocorre no contexto de um clima que está sendo alterado pelas atividades humanas”, diz a OMM.

Uma prova dessa alteração no ciclo comum do El Niño é que os impactos do fenômeno na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento – neste caso, deveriam acontecer somente em 2024 –, mas, desde junho, o ano de 2023 tem caminhado para ser o mais quente já registrado.

Imagem capturada por satélite da Nasa mostra anomalias no nível da água do Oceano Pacífico, indicando o superaquecimento provocado pelo El Nino. Foto: Divulgação/ Nasa

As anomalias médias mensais da temperatura da superfície do mar no centro-leste do Pacífico equatorial têm aquecido significativamente. Ficaram cerca de 0,5 °C acima da média em maio de 2023 e subiram para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro, segundo estimativas da OMM relativas ao período de referência 1991-2020.

“Isto se deve, clara e inequivocamente, à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa, que retêm o calor, provenientes das atividades humanas”, afirmou o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas. O ano anterior mais quente já registado foi 2016, devido a um “golpe duplo” de um El Niño excepcionalmente forte e das alterações climáticas, afirma a OMM.

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) nesta terça-feira, 7, aponta que o fenômeno El Niño, relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, deve perdurar até abril de 2024. Com isso, é muito provável que os termômetros disparem ainda mais neste final de ano e no ano que vem.

A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto deste ano e atingiu força “moderada” em setembro – mês em que os termômetros chegaram a marcar 38ºC em São Paulo.

O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.

“Provavelmente, (o El Niño) atingirá o pico, como um evento forte, em novembro-janeiro de 2024. Há uma probabilidade de 90% de que persista durante o próximo inverno/sul do hemisfério norte (verão no Brasil e demais países do hemisfério sul)”, afirma a OMM.

“Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, prevê-se que diminua gradualmente durante a próxima primavera boreal (que acontece de 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho).”

Com a persistência das altas temperaturas e a subida ainda maior nos termômetros, os impactos no planeta e na saúde humana devem continuar, alertam os especialistas que assinam, junto à OMM, o relatório.

Eventos climáticos e meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações e secas, devem ser intensificados. “Alertas antecipados para todos salvam vidas”, diz a organização.

No último fim de semana, uma tempestade atípica em São Paulo derrubou árvores e afetou a rede elétrica. Mais de dois milhões de endereços ficaram sem luz e, até terça-feira, 7, 30 mil continuavam desabastecidos. Em Manaus, no Amazonas, queimadas já têm forçado moradores voltarem a utilizar máscaras. E, no sul do País, a passagem de ciclones já matou dezenas de pessoas este ano.

O El Niño e o aquecimento global

O El Niño ocorre em média a cada dois e sete anos e normalmente dura de nove a 12 meses. É um padrão climático natural associado ao aquecimento da superfície do oceano Pacífico tropical central e oriental. No entanto, este ano, “ocorre no contexto de um clima que está sendo alterado pelas atividades humanas”, diz a OMM.

Uma prova dessa alteração no ciclo comum do El Niño é que os impactos do fenômeno na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento – neste caso, deveriam acontecer somente em 2024 –, mas, desde junho, o ano de 2023 tem caminhado para ser o mais quente já registrado.

Imagem capturada por satélite da Nasa mostra anomalias no nível da água do Oceano Pacífico, indicando o superaquecimento provocado pelo El Nino. Foto: Divulgação/ Nasa

As anomalias médias mensais da temperatura da superfície do mar no centro-leste do Pacífico equatorial têm aquecido significativamente. Ficaram cerca de 0,5 °C acima da média em maio de 2023 e subiram para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro, segundo estimativas da OMM relativas ao período de referência 1991-2020.

“Isto se deve, clara e inequivocamente, à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa, que retêm o calor, provenientes das atividades humanas”, afirmou o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas. O ano anterior mais quente já registado foi 2016, devido a um “golpe duplo” de um El Niño excepcionalmente forte e das alterações climáticas, afirma a OMM.

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) nesta terça-feira, 7, aponta que o fenômeno El Niño, relacionado ao aumento nas temperaturas notado neste ano, deve perdurar até abril de 2024. Com isso, é muito provável que os termômetros disparem ainda mais neste final de ano e no ano que vem.

A OMM afirma que o El Niño desenvolveu-se rapidamente durante julho e agosto deste ano e atingiu força “moderada” em setembro – mês em que os termômetros chegaram a marcar 38ºC em São Paulo.

O fenômeno só chegou a uma consistência, de acordo com os registros de temperatura da superfície do mar e outros indicadores, em outubro. Por isso, a expectativa da organização é que ele ainda não tenha atingido o seu maior pico.

“Provavelmente, (o El Niño) atingirá o pico, como um evento forte, em novembro-janeiro de 2024. Há uma probabilidade de 90% de que persista durante o próximo inverno/sul do hemisfério norte (verão no Brasil e demais países do hemisfério sul)”, afirma a OMM.

“Com base nos padrões históricos e nas previsões atuais de longo prazo, prevê-se que diminua gradualmente durante a próxima primavera boreal (que acontece de 20 ou 21 de março até 20 ou 21 de junho).”

Com a persistência das altas temperaturas e a subida ainda maior nos termômetros, os impactos no planeta e na saúde humana devem continuar, alertam os especialistas que assinam, junto à OMM, o relatório.

Eventos climáticos e meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações e secas, devem ser intensificados. “Alertas antecipados para todos salvam vidas”, diz a organização.

No último fim de semana, uma tempestade atípica em São Paulo derrubou árvores e afetou a rede elétrica. Mais de dois milhões de endereços ficaram sem luz e, até terça-feira, 7, 30 mil continuavam desabastecidos. Em Manaus, no Amazonas, queimadas já têm forçado moradores voltarem a utilizar máscaras. E, no sul do País, a passagem de ciclones já matou dezenas de pessoas este ano.

O El Niño e o aquecimento global

O El Niño ocorre em média a cada dois e sete anos e normalmente dura de nove a 12 meses. É um padrão climático natural associado ao aquecimento da superfície do oceano Pacífico tropical central e oriental. No entanto, este ano, “ocorre no contexto de um clima que está sendo alterado pelas atividades humanas”, diz a OMM.

Uma prova dessa alteração no ciclo comum do El Niño é que os impactos do fenômeno na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento – neste caso, deveriam acontecer somente em 2024 –, mas, desde junho, o ano de 2023 tem caminhado para ser o mais quente já registrado.

Imagem capturada por satélite da Nasa mostra anomalias no nível da água do Oceano Pacífico, indicando o superaquecimento provocado pelo El Nino. Foto: Divulgação/ Nasa

As anomalias médias mensais da temperatura da superfície do mar no centro-leste do Pacífico equatorial têm aquecido significativamente. Ficaram cerca de 0,5 °C acima da média em maio de 2023 e subiram para cerca de 1,5 °C acima da média em setembro, segundo estimativas da OMM relativas ao período de referência 1991-2020.

“Isto se deve, clara e inequivocamente, à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa, que retêm o calor, provenientes das atividades humanas”, afirmou o Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas. O ano anterior mais quente já registado foi 2016, devido a um “golpe duplo” de um El Niño excepcionalmente forte e das alterações climáticas, afirma a OMM.

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