Ministra do Ambiente do governo Dilma refuta críticas de Sarney


Izabella Teixeira defendeu que o motivo pelo qual o governo da Noruega decidiu reduzir o repasse para o Fundo da Amazônia se deu não somente pela alta do desmatamento, mas também por retrocessos ambientais no País

Por Giovana Girardi
Atualização:
A bióloga Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff Foto: Celso Júnior/AE

SÃO PAULO - Ministra do Meio Ambiente na gestão Dilma Rousseff, a bióloga Izabella Teixeira refutou as críticas feitas pelo ministro Sarney Filho de que a responsabilidade pela alta do desmatamento na Amazônia no último ano é de sua gestão.

Ao Estado, ela disse que nunca cortou a fiscalização do Ibama (órgão responsável pelas ações de comando e controle na Amazônia) e defendeu que o motivo pelo qual o governo da Noruega decidiu reduzir o repasse para o Fundo da Amazônia se deu não somente pela alta do desmatamento, mas também por retrocessos ambientais no País. 

“Na carta que o ministro do Meio Ambiente da Noruega (Vidal Helgeser) enviou ao Sarney, ele elogia o Brasil até 2014 e aponta sinais que o Brasil está dando de possíveis retrocessos na área ambiental”, comenta. 

Ela cita como exemplo ações da bancada ruralista no Congresso para o desmonte do licenciamento ambiental e a redução de unidades de conservação na Amazônia. Para Izabella, isso passou um sinal de “liberou geral” que incentiva o desmatamento e teria sido mal visto pelos noruegueses. “O corte é um alerta para evitar retrocessos, para apoiar que o ministério avance nas políticas ambientais, para que a agricultura não seja desmatadora.” 

A ex-ministra, que registrou durante a sua gestão a menor perda florestal desde o início do monitoramento da Amazônia – em 2012 a taxa foi de 4.571 km² –, observou também duas altas consecutivas nos dois últimos anos à frente da pasta que juntas chegaram a quase 60%.

No período de agosto de 2015 a julho de 2016, a Amazônia perdeu, segundo dados preliminares do Prodes – o sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece os dados oficiais de desmatamento da Amazônia –, quase 8 mil km². Foi um aumento de 29% em relação ao período anterior, que, por sua vez, também já tinha tido uma perda 24% superior à do ciclo de 2013 a 2014. 

O movimento de alta vai na contramão de metas do Brasil de chegar a 2020 com uma perda florestal de cerca de 3.900 km² e de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

A ex-ministra atribuiu a elevação de 2014 para 2015 como uma flutuação normal que ocorreria em ano eleitoral, mas defendeu que no ano passado o cenário todo seria mais complexo por causa da mudança de governo. “Pode ter se passado um sinal de que podia desmatar que depois consolidava”, diz. 

Ela nega, porém, que a alta seguinte seria causada por redução da fiscalização ocasionada pela diminuição do orçamento do Ministério do Meio Ambiente. De 2015 para 2016, só o orçamento total do Ibama teve perda de 30% – coincidência ou não, foi quanto subiu o desmatamento.

“A gente cortava em outros lugares, mas o ministério nunca tirou dinheiro da fiscalização. O Ibama teve corte, mas a fiscalização não foi cortada”, disse. “Mas o problema é maior, precisava de uma Lava Jato para a Amazônia para enfrentar a corrupção associada ao desmatamento.”

Sobre a fala de Sarney Filho de que só Deus pode garantir se o desmatamento vai cair, ela ironizou: “Bom, Deus é brasileiro, né? Acho que vai ajudar.”

A bióloga Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff Foto: Celso Júnior/AE

SÃO PAULO - Ministra do Meio Ambiente na gestão Dilma Rousseff, a bióloga Izabella Teixeira refutou as críticas feitas pelo ministro Sarney Filho de que a responsabilidade pela alta do desmatamento na Amazônia no último ano é de sua gestão.

Ao Estado, ela disse que nunca cortou a fiscalização do Ibama (órgão responsável pelas ações de comando e controle na Amazônia) e defendeu que o motivo pelo qual o governo da Noruega decidiu reduzir o repasse para o Fundo da Amazônia se deu não somente pela alta do desmatamento, mas também por retrocessos ambientais no País. 

“Na carta que o ministro do Meio Ambiente da Noruega (Vidal Helgeser) enviou ao Sarney, ele elogia o Brasil até 2014 e aponta sinais que o Brasil está dando de possíveis retrocessos na área ambiental”, comenta. 

Ela cita como exemplo ações da bancada ruralista no Congresso para o desmonte do licenciamento ambiental e a redução de unidades de conservação na Amazônia. Para Izabella, isso passou um sinal de “liberou geral” que incentiva o desmatamento e teria sido mal visto pelos noruegueses. “O corte é um alerta para evitar retrocessos, para apoiar que o ministério avance nas políticas ambientais, para que a agricultura não seja desmatadora.” 

A ex-ministra, que registrou durante a sua gestão a menor perda florestal desde o início do monitoramento da Amazônia – em 2012 a taxa foi de 4.571 km² –, observou também duas altas consecutivas nos dois últimos anos à frente da pasta que juntas chegaram a quase 60%.

No período de agosto de 2015 a julho de 2016, a Amazônia perdeu, segundo dados preliminares do Prodes – o sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece os dados oficiais de desmatamento da Amazônia –, quase 8 mil km². Foi um aumento de 29% em relação ao período anterior, que, por sua vez, também já tinha tido uma perda 24% superior à do ciclo de 2013 a 2014. 

O movimento de alta vai na contramão de metas do Brasil de chegar a 2020 com uma perda florestal de cerca de 3.900 km² e de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

A ex-ministra atribuiu a elevação de 2014 para 2015 como uma flutuação normal que ocorreria em ano eleitoral, mas defendeu que no ano passado o cenário todo seria mais complexo por causa da mudança de governo. “Pode ter se passado um sinal de que podia desmatar que depois consolidava”, diz. 

Ela nega, porém, que a alta seguinte seria causada por redução da fiscalização ocasionada pela diminuição do orçamento do Ministério do Meio Ambiente. De 2015 para 2016, só o orçamento total do Ibama teve perda de 30% – coincidência ou não, foi quanto subiu o desmatamento.

“A gente cortava em outros lugares, mas o ministério nunca tirou dinheiro da fiscalização. O Ibama teve corte, mas a fiscalização não foi cortada”, disse. “Mas o problema é maior, precisava de uma Lava Jato para a Amazônia para enfrentar a corrupção associada ao desmatamento.”

Sobre a fala de Sarney Filho de que só Deus pode garantir se o desmatamento vai cair, ela ironizou: “Bom, Deus é brasileiro, né? Acho que vai ajudar.”

A bióloga Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff Foto: Celso Júnior/AE

SÃO PAULO - Ministra do Meio Ambiente na gestão Dilma Rousseff, a bióloga Izabella Teixeira refutou as críticas feitas pelo ministro Sarney Filho de que a responsabilidade pela alta do desmatamento na Amazônia no último ano é de sua gestão.

Ao Estado, ela disse que nunca cortou a fiscalização do Ibama (órgão responsável pelas ações de comando e controle na Amazônia) e defendeu que o motivo pelo qual o governo da Noruega decidiu reduzir o repasse para o Fundo da Amazônia se deu não somente pela alta do desmatamento, mas também por retrocessos ambientais no País. 

“Na carta que o ministro do Meio Ambiente da Noruega (Vidal Helgeser) enviou ao Sarney, ele elogia o Brasil até 2014 e aponta sinais que o Brasil está dando de possíveis retrocessos na área ambiental”, comenta. 

Ela cita como exemplo ações da bancada ruralista no Congresso para o desmonte do licenciamento ambiental e a redução de unidades de conservação na Amazônia. Para Izabella, isso passou um sinal de “liberou geral” que incentiva o desmatamento e teria sido mal visto pelos noruegueses. “O corte é um alerta para evitar retrocessos, para apoiar que o ministério avance nas políticas ambientais, para que a agricultura não seja desmatadora.” 

A ex-ministra, que registrou durante a sua gestão a menor perda florestal desde o início do monitoramento da Amazônia – em 2012 a taxa foi de 4.571 km² –, observou também duas altas consecutivas nos dois últimos anos à frente da pasta que juntas chegaram a quase 60%.

No período de agosto de 2015 a julho de 2016, a Amazônia perdeu, segundo dados preliminares do Prodes – o sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece os dados oficiais de desmatamento da Amazônia –, quase 8 mil km². Foi um aumento de 29% em relação ao período anterior, que, por sua vez, também já tinha tido uma perda 24% superior à do ciclo de 2013 a 2014. 

O movimento de alta vai na contramão de metas do Brasil de chegar a 2020 com uma perda florestal de cerca de 3.900 km² e de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

A ex-ministra atribuiu a elevação de 2014 para 2015 como uma flutuação normal que ocorreria em ano eleitoral, mas defendeu que no ano passado o cenário todo seria mais complexo por causa da mudança de governo. “Pode ter se passado um sinal de que podia desmatar que depois consolidava”, diz. 

Ela nega, porém, que a alta seguinte seria causada por redução da fiscalização ocasionada pela diminuição do orçamento do Ministério do Meio Ambiente. De 2015 para 2016, só o orçamento total do Ibama teve perda de 30% – coincidência ou não, foi quanto subiu o desmatamento.

“A gente cortava em outros lugares, mas o ministério nunca tirou dinheiro da fiscalização. O Ibama teve corte, mas a fiscalização não foi cortada”, disse. “Mas o problema é maior, precisava de uma Lava Jato para a Amazônia para enfrentar a corrupção associada ao desmatamento.”

Sobre a fala de Sarney Filho de que só Deus pode garantir se o desmatamento vai cair, ela ironizou: “Bom, Deus é brasileiro, né? Acho que vai ajudar.”

A bióloga Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff Foto: Celso Júnior/AE

SÃO PAULO - Ministra do Meio Ambiente na gestão Dilma Rousseff, a bióloga Izabella Teixeira refutou as críticas feitas pelo ministro Sarney Filho de que a responsabilidade pela alta do desmatamento na Amazônia no último ano é de sua gestão.

Ao Estado, ela disse que nunca cortou a fiscalização do Ibama (órgão responsável pelas ações de comando e controle na Amazônia) e defendeu que o motivo pelo qual o governo da Noruega decidiu reduzir o repasse para o Fundo da Amazônia se deu não somente pela alta do desmatamento, mas também por retrocessos ambientais no País. 

“Na carta que o ministro do Meio Ambiente da Noruega (Vidal Helgeser) enviou ao Sarney, ele elogia o Brasil até 2014 e aponta sinais que o Brasil está dando de possíveis retrocessos na área ambiental”, comenta. 

Ela cita como exemplo ações da bancada ruralista no Congresso para o desmonte do licenciamento ambiental e a redução de unidades de conservação na Amazônia. Para Izabella, isso passou um sinal de “liberou geral” que incentiva o desmatamento e teria sido mal visto pelos noruegueses. “O corte é um alerta para evitar retrocessos, para apoiar que o ministério avance nas políticas ambientais, para que a agricultura não seja desmatadora.” 

A ex-ministra, que registrou durante a sua gestão a menor perda florestal desde o início do monitoramento da Amazônia – em 2012 a taxa foi de 4.571 km² –, observou também duas altas consecutivas nos dois últimos anos à frente da pasta que juntas chegaram a quase 60%.

No período de agosto de 2015 a julho de 2016, a Amazônia perdeu, segundo dados preliminares do Prodes – o sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece os dados oficiais de desmatamento da Amazônia –, quase 8 mil km². Foi um aumento de 29% em relação ao período anterior, que, por sua vez, também já tinha tido uma perda 24% superior à do ciclo de 2013 a 2014. 

O movimento de alta vai na contramão de metas do Brasil de chegar a 2020 com uma perda florestal de cerca de 3.900 km² e de zerar o desmatamento ilegal até 2030.

A ex-ministra atribuiu a elevação de 2014 para 2015 como uma flutuação normal que ocorreria em ano eleitoral, mas defendeu que no ano passado o cenário todo seria mais complexo por causa da mudança de governo. “Pode ter se passado um sinal de que podia desmatar que depois consolidava”, diz. 

Ela nega, porém, que a alta seguinte seria causada por redução da fiscalização ocasionada pela diminuição do orçamento do Ministério do Meio Ambiente. De 2015 para 2016, só o orçamento total do Ibama teve perda de 30% – coincidência ou não, foi quanto subiu o desmatamento.

“A gente cortava em outros lugares, mas o ministério nunca tirou dinheiro da fiscalização. O Ibama teve corte, mas a fiscalização não foi cortada”, disse. “Mas o problema é maior, precisava de uma Lava Jato para a Amazônia para enfrentar a corrupção associada ao desmatamento.”

Sobre a fala de Sarney Filho de que só Deus pode garantir se o desmatamento vai cair, ela ironizou: “Bom, Deus é brasileiro, né? Acho que vai ajudar.”

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