BRASÍLIA - Eduardo Bim, ex-presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi indicado para ser procurador federal do Ibama lotado em São Paulo. Trata-se de um cargo comissionado e que foi indicado no dia 30 de dezembro pelo subprocurador-geral federal Substituto, Sidarta Costa de Azeredo Souza, da Advocacia-Geral da União (AGU). Após a nomeação, porém, a AGU do novo governo anulou a indicação.
Bim é servidor da AGU. Com sua saída da presidência do Ibama, posição que é um cargo comissionado, ele retorna ao seu posto de origem. Pelo regimento, Bim poderia ser lotado em qualquer outro órgão federal.
O cargo na Procuradoria Federal Especializada era o mesmo que Bim ocupava antes de assumir a presidência do Ibama, durante o governo Jair Bolsonaro. Como chefe de divisão de dívida ativa, Bim atuaria, na prática, na área de cobrança de multas, área que viu seu passivo aumentar durante a gestão bolsonarista.
Eduardo Bim protagonizou episódios polêmicos durante a sua gestão no Ibama, sob o comando do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Bim chegou a ser afastado do cargo, durante investigações da Polícia Federal que apuravam supostas ações do Ibama que favoreceriam a extração ilegal e exportação de madeira nacional. Bim acabou retornando ao posto, onde permaneceu até o fim do ano. Salles caiu após a operação.
Substituto
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ainda não anunciou oficialmente o nome do novo presidente do Ibama, mas dentro da área ambiental é dada como certa a nomeação do deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP). Ele não confirmou a informação até o momento.
O Ibama é o principal executor de políticas ambientais do governo federal, ao lado do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), responsável pela fiscalização das unidades de conservação federais. A expectativa é de que Marina oficialize as nomeações nesta quarta-feira, 4, quando toma posse em cerimônia que será realizada no Palácio do Planalto.