Ibama e Funai iniciam retomada do território Yanomami e destroem aeronaves; veja vídeos


Em dois dias de operação, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo, além da apreensão de duas armas e três barcos com 5 mil litros de combustível

Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação.

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

Casa do garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, destruída por agentes do Ibama Foto: Divulgação/Ibama

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Cerca de 350 indígenas estão internados nos hospitais de Roraima. Mulheres e crianças são as mais atingidas. “A área Yanomami virou campo de concentração”, disse o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O hospital da base Surucucu ainda está em montagem dentro do plano de contingência e a Casai, que é o hospital de atendimento indígena, abriga 281 Yanomamis, sendo mais de 50 crianças em quadro grave de desnutrição. Segundo Tapeba, o polo de referência do Surucucu estava sem água, internet, telefone e energia.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que foram identificadas 75 pistas clandestinas próximas do território indígena Yanomami. A região possui uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

Desde a semana passada, a Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou o controle do espaço aéreo na região, com o objetivo de neutralizar o tráfego de aeronaves relacionadas à mineração ilegal, em um trabalho de estrangulamento logístico do crime que reúne cerca de 25 mil garimpeiros na floresta.

Garimpeiros detidos na terra indígena Yanomami, em operação liderada pelo Ibama Foto: ibama

“Temos 840 pistas clandestinas, só perto das terras Yanomami são 75. Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso tem de ser responsabilizado”, escreveu o presidente, no Twitter. Na segunda-feira, a FAB anunciou a abertura parcial do espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami, com a criação de três corredores de voo para viabilizar a saída de garimpeiros da região. Os mineradores, que têm pedido ajuda às autoridades para sair do território, terão uma semana para aproveitar a alternativa oferecida pela FAB, uma vez que os corredores vão ficar ativados até a próxima segunda-feira.

O governo estima que 15 mil garimpeiros ilegais estejam na região, mas que “milhares” já começaram a sair por conta própria antes do início de uma operação policial coercitiva, programada para apreender e destruir equipamentos e pistas clandestinas, e efetuar prisões em flagrante. A expectativa é de que 80% dos garimpeiros saiam do território ao longo desta semana.

Nos últimos dias, mineradores e mulheres gravaram vídeos pedindo socorro às autoridades e ajuda para conseguirem sair da região. Eles relatam dificuldades para deixar a área indígena e que pessoas doentes estão ilhadas no local.

No último dia 20, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para a situação vivida pelo povo Yanomami. A medida foi tomada porque o território, com mais de 30 mil indígenas, tem sofrido com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil, doenças e falta de acesso da população à saúde.

BRASÍLIA - O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação.

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

Casa do garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, destruída por agentes do Ibama Foto: Divulgação/Ibama

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Cerca de 350 indígenas estão internados nos hospitais de Roraima. Mulheres e crianças são as mais atingidas. “A área Yanomami virou campo de concentração”, disse o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O hospital da base Surucucu ainda está em montagem dentro do plano de contingência e a Casai, que é o hospital de atendimento indígena, abriga 281 Yanomamis, sendo mais de 50 crianças em quadro grave de desnutrição. Segundo Tapeba, o polo de referência do Surucucu estava sem água, internet, telefone e energia.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que foram identificadas 75 pistas clandestinas próximas do território indígena Yanomami. A região possui uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

Desde a semana passada, a Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou o controle do espaço aéreo na região, com o objetivo de neutralizar o tráfego de aeronaves relacionadas à mineração ilegal, em um trabalho de estrangulamento logístico do crime que reúne cerca de 25 mil garimpeiros na floresta.

Garimpeiros detidos na terra indígena Yanomami, em operação liderada pelo Ibama Foto: ibama

“Temos 840 pistas clandestinas, só perto das terras Yanomami são 75. Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso tem de ser responsabilizado”, escreveu o presidente, no Twitter. Na segunda-feira, a FAB anunciou a abertura parcial do espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami, com a criação de três corredores de voo para viabilizar a saída de garimpeiros da região. Os mineradores, que têm pedido ajuda às autoridades para sair do território, terão uma semana para aproveitar a alternativa oferecida pela FAB, uma vez que os corredores vão ficar ativados até a próxima segunda-feira.

O governo estima que 15 mil garimpeiros ilegais estejam na região, mas que “milhares” já começaram a sair por conta própria antes do início de uma operação policial coercitiva, programada para apreender e destruir equipamentos e pistas clandestinas, e efetuar prisões em flagrante. A expectativa é de que 80% dos garimpeiros saiam do território ao longo desta semana.

Nos últimos dias, mineradores e mulheres gravaram vídeos pedindo socorro às autoridades e ajuda para conseguirem sair da região. Eles relatam dificuldades para deixar a área indígena e que pessoas doentes estão ilhadas no local.

No último dia 20, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para a situação vivida pelo povo Yanomami. A medida foi tomada porque o território, com mais de 30 mil indígenas, tem sofrido com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil, doenças e falta de acesso da população à saúde.

BRASÍLIA - O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação.

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

Casa do garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, destruída por agentes do Ibama Foto: Divulgação/Ibama

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Cerca de 350 indígenas estão internados nos hospitais de Roraima. Mulheres e crianças são as mais atingidas. “A área Yanomami virou campo de concentração”, disse o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O hospital da base Surucucu ainda está em montagem dentro do plano de contingência e a Casai, que é o hospital de atendimento indígena, abriga 281 Yanomamis, sendo mais de 50 crianças em quadro grave de desnutrição. Segundo Tapeba, o polo de referência do Surucucu estava sem água, internet, telefone e energia.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que foram identificadas 75 pistas clandestinas próximas do território indígena Yanomami. A região possui uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

Desde a semana passada, a Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou o controle do espaço aéreo na região, com o objetivo de neutralizar o tráfego de aeronaves relacionadas à mineração ilegal, em um trabalho de estrangulamento logístico do crime que reúne cerca de 25 mil garimpeiros na floresta.

Garimpeiros detidos na terra indígena Yanomami, em operação liderada pelo Ibama Foto: ibama

“Temos 840 pistas clandestinas, só perto das terras Yanomami são 75. Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso tem de ser responsabilizado”, escreveu o presidente, no Twitter. Na segunda-feira, a FAB anunciou a abertura parcial do espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami, com a criação de três corredores de voo para viabilizar a saída de garimpeiros da região. Os mineradores, que têm pedido ajuda às autoridades para sair do território, terão uma semana para aproveitar a alternativa oferecida pela FAB, uma vez que os corredores vão ficar ativados até a próxima segunda-feira.

O governo estima que 15 mil garimpeiros ilegais estejam na região, mas que “milhares” já começaram a sair por conta própria antes do início de uma operação policial coercitiva, programada para apreender e destruir equipamentos e pistas clandestinas, e efetuar prisões em flagrante. A expectativa é de que 80% dos garimpeiros saiam do território ao longo desta semana.

Nos últimos dias, mineradores e mulheres gravaram vídeos pedindo socorro às autoridades e ajuda para conseguirem sair da região. Eles relatam dificuldades para deixar a área indígena e que pessoas doentes estão ilhadas no local.

No último dia 20, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para a situação vivida pelo povo Yanomami. A medida foi tomada porque o território, com mais de 30 mil indígenas, tem sofrido com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil, doenças e falta de acesso da população à saúde.

BRASÍLIA - O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação.

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

Casa do garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, destruída por agentes do Ibama Foto: Divulgação/Ibama

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Cerca de 350 indígenas estão internados nos hospitais de Roraima. Mulheres e crianças são as mais atingidas. “A área Yanomami virou campo de concentração”, disse o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O hospital da base Surucucu ainda está em montagem dentro do plano de contingência e a Casai, que é o hospital de atendimento indígena, abriga 281 Yanomamis, sendo mais de 50 crianças em quadro grave de desnutrição. Segundo Tapeba, o polo de referência do Surucucu estava sem água, internet, telefone e energia.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que foram identificadas 75 pistas clandestinas próximas do território indígena Yanomami. A região possui uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

Desde a semana passada, a Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou o controle do espaço aéreo na região, com o objetivo de neutralizar o tráfego de aeronaves relacionadas à mineração ilegal, em um trabalho de estrangulamento logístico do crime que reúne cerca de 25 mil garimpeiros na floresta.

Garimpeiros detidos na terra indígena Yanomami, em operação liderada pelo Ibama Foto: ibama

“Temos 840 pistas clandestinas, só perto das terras Yanomami são 75. Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso tem de ser responsabilizado”, escreveu o presidente, no Twitter. Na segunda-feira, a FAB anunciou a abertura parcial do espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami, com a criação de três corredores de voo para viabilizar a saída de garimpeiros da região. Os mineradores, que têm pedido ajuda às autoridades para sair do território, terão uma semana para aproveitar a alternativa oferecida pela FAB, uma vez que os corredores vão ficar ativados até a próxima segunda-feira.

O governo estima que 15 mil garimpeiros ilegais estejam na região, mas que “milhares” já começaram a sair por conta própria antes do início de uma operação policial coercitiva, programada para apreender e destruir equipamentos e pistas clandestinas, e efetuar prisões em flagrante. A expectativa é de que 80% dos garimpeiros saiam do território ao longo desta semana.

Nos últimos dias, mineradores e mulheres gravaram vídeos pedindo socorro às autoridades e ajuda para conseguirem sair da região. Eles relatam dificuldades para deixar a área indígena e que pessoas doentes estão ilhadas no local.

No último dia 20, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para a situação vivida pelo povo Yanomami. A medida foi tomada porque o território, com mais de 30 mil indígenas, tem sofrido com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil, doenças e falta de acesso da população à saúde.

BRASÍLIA - O governo federal deu início às ações de repreensão ao crime e de retirada dos garimpeiros da terra indígena Yanomami, em Roraima. Entre a segunda-feira, 6, e o início da noite de terça-feira, 7, foram destruídos um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo. Foram apreendidas ainda duas armas e três barcos, com cerca de 5 mil litros de combustível.

A ação foi liderada por agentes do Ibama, com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Ibama e Força Nacional instalaram uma base de controle no rio Uraricoera, principal rota fluvial da região, para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. Além de gasolina e diesel, os barcos apreendidos carregavam cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet.

Todos os suprimentos serão usados para abastecer a base de controle. Nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos.

A instalação de bases de controle será estendida para outras áreas da terra indígena. A estrutura logística é fornecida pela Funai, com o apoio dos próprios indígenas nesta fase da operação.

A ação aérea é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos. O trator destruído era usado para abrir “ramais” na floresta.

O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos.

Casa do garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, destruída por agentes do Ibama Foto: Divulgação/Ibama

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.

As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).

Cerca de 350 indígenas estão internados nos hospitais de Roraima. Mulheres e crianças são as mais atingidas. “A área Yanomami virou campo de concentração”, disse o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O hospital da base Surucucu ainda está em montagem dentro do plano de contingência e a Casai, que é o hospital de atendimento indígena, abriga 281 Yanomamis, sendo mais de 50 crianças em quadro grave de desnutrição. Segundo Tapeba, o polo de referência do Surucucu estava sem água, internet, telefone e energia.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que foram identificadas 75 pistas clandestinas próximas do território indígena Yanomami. A região possui uma profusão de rotas aéreas clandestinas, com atividade dentro e fora do território nacional, mantida pelo crime organizado para extrair ouro e cassiterita.

Desde a semana passada, a Força Aérea Brasileira (FAB) aumentou o controle do espaço aéreo na região, com o objetivo de neutralizar o tráfego de aeronaves relacionadas à mineração ilegal, em um trabalho de estrangulamento logístico do crime que reúne cerca de 25 mil garimpeiros na floresta.

Garimpeiros detidos na terra indígena Yanomami, em operação liderada pelo Ibama Foto: ibama

“Temos 840 pistas clandestinas, só perto das terras Yanomami são 75. Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso tem de ser responsabilizado”, escreveu o presidente, no Twitter. Na segunda-feira, a FAB anunciou a abertura parcial do espaço aéreo nas terras indígenas Yanomami, com a criação de três corredores de voo para viabilizar a saída de garimpeiros da região. Os mineradores, que têm pedido ajuda às autoridades para sair do território, terão uma semana para aproveitar a alternativa oferecida pela FAB, uma vez que os corredores vão ficar ativados até a próxima segunda-feira.

O governo estima que 15 mil garimpeiros ilegais estejam na região, mas que “milhares” já começaram a sair por conta própria antes do início de uma operação policial coercitiva, programada para apreender e destruir equipamentos e pistas clandestinas, e efetuar prisões em flagrante. A expectativa é de que 80% dos garimpeiros saiam do território ao longo desta semana.

Nos últimos dias, mineradores e mulheres gravaram vídeos pedindo socorro às autoridades e ajuda para conseguirem sair da região. Eles relatam dificuldades para deixar a área indígena e que pessoas doentes estão ilhadas no local.

No último dia 20, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública de importância nacional para a situação vivida pelo povo Yanomami. A medida foi tomada porque o território, com mais de 30 mil indígenas, tem sofrido com casos de insegurança alimentar, desnutrição infantil, doenças e falta de acesso da população à saúde.

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