Inverno começa nesta quinta-feira; o que esperar?


Período deve ser marcado por tempo seco no Sudeste e aumento de chuvas no Norte e Nordeste

Por Renata Okumura
Atualização:

O inverno começa oficialmente nesta quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). Segundo a Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer da estação neste ano.

Os primeiros efeitos serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa. O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do Brasil.

“O Oceano Pacífico fará a transição da fase neutra para o La Niña. É mais provável que o fenômeno comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho”, estima a empresa de meteorologia.

Ao longo da faixa litorânea, entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, as águas do oceano seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. “Este aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando”, acrescenta a Climatempo.

Enquanto isso, o Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do País para estas regiões, de acordo com a empresa de meteorologia.

Ainda segundo o Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno, mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelece no interior do País. Assim, temperatura dentro e abaixo da média só são prováveis no extremo sul do Brasil.

Pedestres andam agasalhados em dia de temperatura baixa na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Segundo a Climatempo, áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 29/04/2024

Como vai ser o inverno no Sudeste?

O inverno deve ser marcado por tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. “Muitas áreas, especialmente norte do Estado paulista, triângulo mineiro e noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva”, estima. Deve permanecer até meados de setembro.

A tendência também é de baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas, principalmente em julho. No litoral de São Paulo e do Rio, a previsão da Climatempo é de chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

De uma forma geral, por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em São Paulo, triângulo mineiro e no sul de Minas. Também ficam um pouco acima da média no Rio de Janeiro, litoral do Espírito Santo e noroeste de Minas.

O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata mineira e sul do Espírito Santo.

Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do normal. “Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor”, avalia a Climatempo.

Como vai ser o inverno na Região Sul?

Em razão dos frequentes bloqueios atmosféricos atuantes na região central e leste do Brasil ao longo do inverno, até o fim da estação há possibilidade de chuvas volumosas especialmente sobre o Rio Grande do Sul. A tendência, no entanto, é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados e menos abrangentes em razão da da formação e consequente intensificação do La Niña ao longo da estação.

“As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de Santa Catarina e no oeste e norte do Estado gaúcho entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal podem ocorrer no sul e leste do Rio Grande do Sul em julho”, acrescenta a empresa de meteorologia.

Conforme a Climatempo, áreas do oeste e norte do Paraná deverão ter menor chance de chuvas, com volumes abaixo da média durante todos os meses de julho, agosto e setembro.

“O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro”, projeta a Climatempo.

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina, e em torno da média no Rio Grande do Sul.

Outras regiões do Brasil

Após um período de transição, o La Niña deve trazer efeitos inversos aos do El Niño. Com a diminuição igual ou maior do que 0,5 graus na temperatura do Pacífico, deve haver aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tendência de tempo mais seco no Sul.

Para a região Centro-Oeste, julho e agosto tendem a ser meses com pouquíssima chuva, e volumes abaixo da média onde as médias são um pouco mais elevadas. Temporais podem ocorrer especialmente no centro-sul e oeste do Mato Grosso do Sul durante a passagem de frentes frias, mas serão poucos eventos, predominando assim condições de tempo muito seco.

Setembro deverá ter algumas pancadas esparsas de chuva no norte do Mato Grosso e de Goiás, mas de forma muito irregular e pouco frequente.

As temperaturas ficam acima da média em todas as áreas, sobretudo no sul do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, onde alguns períodos de temperaturas muito acima da média podem ocorrer, segundo a Climatempo.

O inverno começa oficialmente nesta quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). Segundo a Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer da estação neste ano.

Os primeiros efeitos serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa. O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do Brasil.

“O Oceano Pacífico fará a transição da fase neutra para o La Niña. É mais provável que o fenômeno comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho”, estima a empresa de meteorologia.

Ao longo da faixa litorânea, entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, as águas do oceano seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. “Este aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando”, acrescenta a Climatempo.

Enquanto isso, o Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do País para estas regiões, de acordo com a empresa de meteorologia.

Ainda segundo o Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno, mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelece no interior do País. Assim, temperatura dentro e abaixo da média só são prováveis no extremo sul do Brasil.

Pedestres andam agasalhados em dia de temperatura baixa na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Segundo a Climatempo, áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 29/04/2024

Como vai ser o inverno no Sudeste?

O inverno deve ser marcado por tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. “Muitas áreas, especialmente norte do Estado paulista, triângulo mineiro e noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva”, estima. Deve permanecer até meados de setembro.

A tendência também é de baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas, principalmente em julho. No litoral de São Paulo e do Rio, a previsão da Climatempo é de chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

De uma forma geral, por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em São Paulo, triângulo mineiro e no sul de Minas. Também ficam um pouco acima da média no Rio de Janeiro, litoral do Espírito Santo e noroeste de Minas.

O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata mineira e sul do Espírito Santo.

Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do normal. “Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor”, avalia a Climatempo.

Como vai ser o inverno na Região Sul?

Em razão dos frequentes bloqueios atmosféricos atuantes na região central e leste do Brasil ao longo do inverno, até o fim da estação há possibilidade de chuvas volumosas especialmente sobre o Rio Grande do Sul. A tendência, no entanto, é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados e menos abrangentes em razão da da formação e consequente intensificação do La Niña ao longo da estação.

“As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de Santa Catarina e no oeste e norte do Estado gaúcho entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal podem ocorrer no sul e leste do Rio Grande do Sul em julho”, acrescenta a empresa de meteorologia.

Conforme a Climatempo, áreas do oeste e norte do Paraná deverão ter menor chance de chuvas, com volumes abaixo da média durante todos os meses de julho, agosto e setembro.

“O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro”, projeta a Climatempo.

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina, e em torno da média no Rio Grande do Sul.

Outras regiões do Brasil

Após um período de transição, o La Niña deve trazer efeitos inversos aos do El Niño. Com a diminuição igual ou maior do que 0,5 graus na temperatura do Pacífico, deve haver aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tendência de tempo mais seco no Sul.

Para a região Centro-Oeste, julho e agosto tendem a ser meses com pouquíssima chuva, e volumes abaixo da média onde as médias são um pouco mais elevadas. Temporais podem ocorrer especialmente no centro-sul e oeste do Mato Grosso do Sul durante a passagem de frentes frias, mas serão poucos eventos, predominando assim condições de tempo muito seco.

Setembro deverá ter algumas pancadas esparsas de chuva no norte do Mato Grosso e de Goiás, mas de forma muito irregular e pouco frequente.

As temperaturas ficam acima da média em todas as áreas, sobretudo no sul do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, onde alguns períodos de temperaturas muito acima da média podem ocorrer, segundo a Climatempo.

O inverno começa oficialmente nesta quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). Segundo a Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer da estação neste ano.

Os primeiros efeitos serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa. O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do Brasil.

“O Oceano Pacífico fará a transição da fase neutra para o La Niña. É mais provável que o fenômeno comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho”, estima a empresa de meteorologia.

Ao longo da faixa litorânea, entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, as águas do oceano seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. “Este aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando”, acrescenta a Climatempo.

Enquanto isso, o Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do País para estas regiões, de acordo com a empresa de meteorologia.

Ainda segundo o Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno, mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelece no interior do País. Assim, temperatura dentro e abaixo da média só são prováveis no extremo sul do Brasil.

Pedestres andam agasalhados em dia de temperatura baixa na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Segundo a Climatempo, áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 29/04/2024

Como vai ser o inverno no Sudeste?

O inverno deve ser marcado por tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. “Muitas áreas, especialmente norte do Estado paulista, triângulo mineiro e noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva”, estima. Deve permanecer até meados de setembro.

A tendência também é de baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas, principalmente em julho. No litoral de São Paulo e do Rio, a previsão da Climatempo é de chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

De uma forma geral, por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em São Paulo, triângulo mineiro e no sul de Minas. Também ficam um pouco acima da média no Rio de Janeiro, litoral do Espírito Santo e noroeste de Minas.

O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata mineira e sul do Espírito Santo.

Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do normal. “Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor”, avalia a Climatempo.

Como vai ser o inverno na Região Sul?

Em razão dos frequentes bloqueios atmosféricos atuantes na região central e leste do Brasil ao longo do inverno, até o fim da estação há possibilidade de chuvas volumosas especialmente sobre o Rio Grande do Sul. A tendência, no entanto, é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados e menos abrangentes em razão da da formação e consequente intensificação do La Niña ao longo da estação.

“As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de Santa Catarina e no oeste e norte do Estado gaúcho entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal podem ocorrer no sul e leste do Rio Grande do Sul em julho”, acrescenta a empresa de meteorologia.

Conforme a Climatempo, áreas do oeste e norte do Paraná deverão ter menor chance de chuvas, com volumes abaixo da média durante todos os meses de julho, agosto e setembro.

“O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro”, projeta a Climatempo.

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina, e em torno da média no Rio Grande do Sul.

Outras regiões do Brasil

Após um período de transição, o La Niña deve trazer efeitos inversos aos do El Niño. Com a diminuição igual ou maior do que 0,5 graus na temperatura do Pacífico, deve haver aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tendência de tempo mais seco no Sul.

Para a região Centro-Oeste, julho e agosto tendem a ser meses com pouquíssima chuva, e volumes abaixo da média onde as médias são um pouco mais elevadas. Temporais podem ocorrer especialmente no centro-sul e oeste do Mato Grosso do Sul durante a passagem de frentes frias, mas serão poucos eventos, predominando assim condições de tempo muito seco.

Setembro deverá ter algumas pancadas esparsas de chuva no norte do Mato Grosso e de Goiás, mas de forma muito irregular e pouco frequente.

As temperaturas ficam acima da média em todas as áreas, sobretudo no sul do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, onde alguns períodos de temperaturas muito acima da média podem ocorrer, segundo a Climatempo.

O inverno começa oficialmente nesta quinta-feira, 20, às 17h51 (horário de Brasília). Segundo a Climatempo, a formação e gradual intensificação de um novo episódio do fenômeno La Niña terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer da estação neste ano.

Os primeiros efeitos serão mais evidentes no que se refere à umidade baixa. O tempo seco persistente também favorecerá prováveis ondas de calor entre agosto e outubro. Até lá, o frio pouco intenso deve prevalecer em grande parte do Brasil.

“O Oceano Pacífico fará a transição da fase neutra para o La Niña. É mais provável que o fenômeno comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho”, estima a empresa de meteorologia.

Ao longo da faixa litorânea, entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, as águas do oceano seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. “Este aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando”, acrescenta a Climatempo.

Enquanto isso, o Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do País para estas regiões, de acordo com a empresa de meteorologia.

Ainda segundo o Climatempo, as frentes frias e as massas de ar frio que as acompanham também ficarão mais frequentes com a atuação do fenômeno, mas durante o inverno elas deverão esbarrar na grande massa de ar seco que se estabelece no interior do País. Assim, temperatura dentro e abaixo da média só são prováveis no extremo sul do Brasil.

Pedestres andam agasalhados em dia de temperatura baixa na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Segundo a Climatempo, áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 29/04/2024

Como vai ser o inverno no Sudeste?

O inverno deve ser marcado por tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. “Muitas áreas, especialmente norte do Estado paulista, triângulo mineiro e noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva”, estima. Deve permanecer até meados de setembro.

A tendência também é de baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas, principalmente em julho. No litoral de São Paulo e do Rio, a previsão da Climatempo é de chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

De uma forma geral, por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em São Paulo, triângulo mineiro e no sul de Minas. Também ficam um pouco acima da média no Rio de Janeiro, litoral do Espírito Santo e noroeste de Minas.

O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, zona da mata mineira e sul do Espírito Santo.

Áreas do Sudeste, como o Estado de São Paulo, terão aumento mais evidente no número de dias frios a partir de agosto, mas sempre alternando com períodos mais longos de temperatura acima do normal. “Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor”, avalia a Climatempo.

Como vai ser o inverno na Região Sul?

Em razão dos frequentes bloqueios atmosféricos atuantes na região central e leste do Brasil ao longo do inverno, até o fim da estação há possibilidade de chuvas volumosas especialmente sobre o Rio Grande do Sul. A tendência, no entanto, é que os eventos fiquem cada vez mais espaçados e menos abrangentes em razão da da formação e consequente intensificação do La Niña ao longo da estação.

“As chuvas ficam um pouco abaixo da média também no oeste de Santa Catarina e no oeste e norte do Estado gaúcho entre julho e setembro. Volumes mais elevados que o normal podem ocorrer no sul e leste do Rio Grande do Sul em julho”, acrescenta a empresa de meteorologia.

Conforme a Climatempo, áreas do oeste e norte do Paraná deverão ter menor chance de chuvas, com volumes abaixo da média durante todos os meses de julho, agosto e setembro.

“O risco de chuvas volumosas e persistentes diminui gradualmente ao longo da estação, mas ainda existe risco por conta das frentes frias com deslocamento oceânico entre agosto e setembro”, projeta a Climatempo.

Entre julho e setembro, as temperaturas ficam acima da média histórica no Paraná, um pouco acima em Santa Catarina, e em torno da média no Rio Grande do Sul.

Outras regiões do Brasil

Após um período de transição, o La Niña deve trazer efeitos inversos aos do El Niño. Com a diminuição igual ou maior do que 0,5 graus na temperatura do Pacífico, deve haver aumento de chuvas no Norte e Nordeste, tendência de tempo mais seco no Sul.

Para a região Centro-Oeste, julho e agosto tendem a ser meses com pouquíssima chuva, e volumes abaixo da média onde as médias são um pouco mais elevadas. Temporais podem ocorrer especialmente no centro-sul e oeste do Mato Grosso do Sul durante a passagem de frentes frias, mas serão poucos eventos, predominando assim condições de tempo muito seco.

Setembro deverá ter algumas pancadas esparsas de chuva no norte do Mato Grosso e de Goiás, mas de forma muito irregular e pouco frequente.

As temperaturas ficam acima da média em todas as áreas, sobretudo no sul do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, onde alguns períodos de temperaturas muito acima da média podem ocorrer, segundo a Climatempo.

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